Aplicativos Móveis: Mercado em expansão
No primeiro trimestre do ano, as lojas de aplicativos móveis faturaram algo como US$ 2.2 bilhões. Desse total, quase três quartos vieram da App Store, da Apple, mas a Google Play, que vende apps na plataforma Andoid cresce rapidamente seu faturamento e, neste segundo trimestre arrisca chegar à metade da sua rival maior.
Smartphones começam a baixar de preço. Precisam cair mais!
Começo a receber mensagens de marketing de várias operadoras e lojas com ofertas imperdíveis de smartphones, mais baratos, supostamente já em linha com a medida do governo que reduziu tributos incidentes sobre os aparelhos.
Aqui está uma amostra de uma das lojas, apenas como referência, até porque os preços acabam sendo muito parecidos.
Oba! Vamos nessa?? Calma, gente! Com muita calma…
A Mega Sena das Buscas Digitais. Só que ao contrário…
Você faz buscas na internet, usando seu smartphone ou tablet, via Google, Bing, Yahoo ou outros mecanismos menos cotados? Então prepare-se: se você confia nos resultados e acha que pode esquecer dos vírus dos trojans, enfim dos malwares que infestam computadores pessoais, pode começar a se preocupar.
A empresa alemã AV-TEST divulgou um estudo onde mostra o ranking desses mecanismos mais populares no quesito entrega de malware nas buscas nossas de cada dia. Esse estudo levou 18 meses para ser concluído e é bem completo e isento.
Sonho ou Pesadelo?
Notícia boa 1: A desoneração de smartphones que custam até R$ 1.500 deve reduzir em até 30% seu preço ao consumidor. Como resultado prático, mais gente vai poder trocar seus celulares basicões e desfrutar das centenas de milhares de aplicativos, o acesso rápido à internet, o uso de redes sociais “on the go” e tantas outras facilidades que hoje apenas uma camada da população dispõe.
Notícia boa 2: As operadoras precisam ampliar suas redes e pontos de acesso (as antenas nas torres, especialmente para a rede 4G) e querem negociar com as autoridades nas várias esferas e organismos mais agilidade, para que o processo que hoje leva em média 18 meses possa ser substancialmente reduzido e inclusive atender aos grandes eventos previstos para o Brasil entre 2013 e 2016.
Notícia boa 3: Anatel adia até 2018 o fim da TV analógica e, por consequência, a pressão sobre milhões de brasileiros para antecipar a compra de caixas conversoras de sinal digital ou desses modernos televisores de LED, LCD ou plasma, embora isso signifique menos banda disponível na faixa de 700 MHz para a telefonia 4G, hoje ocupada pelos sinais da TV aberta.
Podem três notícias boas somadas virarem um pesadelo gigantesco? Isso vai depender do desenrolar dos cenários que estão sendo postos.
TI 2013 – Um Ano Insosso
O Gartner, prestigiosa instituição de acompanhamento do mercado de TI prevê um 2013 até que razoável, em termos de economia global, com um crescimento de 4,2% para gastos totais estimados de US$ 3,7 trilhões.
Analisando os detalhes dos números, porém, vemos que o crescimento se dará de modo razoavelmente uniforme por segmento analisado, com foco em mercados que apresentam algum potencial ainda inexplorado, caso do Brasil.
Vedetes dos últimos anos, os tablets, smartphones e serviços na nuvem seguem em expansão forte nos volumes, mas com os valores unitários em forte queda, por conta da entrada no mercado de produtos e serviços mais baratos, sinal claro de maturação.
Softwares e serviços para corporações apresentam algum destaque, indicando que as empresas e instituições precisam investir para manter -e se possível melhorar- a competitividade e a qualidade de suas ofertas.
Mas a queda geral dos preços unitários significa a ausência de novidades que encantam o mercado, talvez um pouco carente desde 2010, com o lançamento do primeiro iPad.
O segmento de desktop e laptops –agora meio turbinado pelos ultrabooks– segue, na melhor das hipóteses, andando de lado, qual caranguejo, que, aliás, estão em fase de colheita para quem curte esses bichinhos do mangue.
Nos dispositivos móveis, a ação fica por conta da rápida substituição dos celulares comuns por smartphones, estes já mais vendidos em quantidade do que aqueles antiquados vovozinhos.
Na seara dos tablets, uma invasão de produtos genéricos a preços baixos, usando não só a popularidade e a abertura do código do Android mas também por produtos com exóticos sistemas operacionais próprios e com funcionalidades limitadas.
A tão esperada explosão de vendas dos e-Readers -já comentada em posts anteriores- será frustrada no chabú da inesperada queda ocorrida em 2012, aparentemente porque esses dispositivos estão à espera de algum fabricante ou distribuidor de conteúdo que os ofereça a preços de banana ou até mesmo de graça.
Há também um descasamento de ofertas: smartphones cada vez mais charmosos, velozes e com mais funcionalidades que travam na ausência, incompatibilidade ou preços abusivos dos serviços das redes 4G, dos serviços de mapas que não funcionam e das interfaces de comunicação por voz que ignoram linguas e situações típicas de mercados importantes. Esse é o caso do iPhone 5 e do iOS6 da Apple, já sob rumores de uma antecipação do iPhone 6 e do iOS7 para mitigar algumas dessas falhas.
Ou seja, 2013 deverá ver um mercado de TI robusto e crescendo mais do que a média da economia mundial, mas a sensação, ao final do ano, deve ser de fastio dos clientes, que gostariam de ver um pouco mais de encantamento e boas surpresas.
Tomara que eu esteja errado!
Pagamentos via dispositivos móveis: vai dar certo?
A IDC (International Data Corporation) prevê que em 2017 -daqui a 5 anos, portanto- as transações de compras e pagamentos via dispositivos móveis baterá na marca de US$ 1 trilhão. Desse total, 66% virão do chamado m-Commerce, ou as transações realizadas 100% pelo smartphone, tablet ou laptop. A tecnologia NFC (Near Field Communication) fica com 10% em segundo lugar; 7% sobram para transações feitas na modalidade P2P, ou Peer-to-Peer, aqui entendidas as transações comandadas e concluídas entre dispositivos móveis e, finalmente, apenas 2% para compras feitas através da leitura de etiquetas de códigos de barra.
Se a previsão da IDC estiver próxima da realidade, vemos que haverá uma transformação radical do que entendemos por comércio eletrônico. E mesmo uma mudança da arma de dinheiro nas mãos do comprador, hoje predominantemente um cartão de crédito ou débito, migrando direto para os dispositivos móveis.
Claro que as grandes operadoras, como Visa e Mastercard ainda estarão presentes, mas as teles estarão forçando um tráfego cada vez maior e mais valioso através de suas redes, que por sua vez tenderão a cobrir boa parte do planeta e dos seres humanos.
Uma baita mudança no jogo do poder!
Essa tendência pode gerar mais conforto para o dono do aparelho, mas, ao mesmo tempo, cria preocupações adicionais quanto à segurança dos dados perante os hackers e ao aumento da cadeia de intermediação, que envolverá o vendedor, a operadora do cartão, a tele, o vendedor de aplicativos para esses serviços e, claro, os hackers e crackers.
Mas o mundo caminha para lá, não há volta.
É, volta não há, mas e a ida? Aqui no Brasil, ao menos, com nossas redinhas fajutas e congestionadas, além de caras, como fazer crescer esse recurso que a mobilidade pode proporcionar?
É preciso ações urgentes de todas as partes envolvidas. Talvez precise uma ação da comunidade de usuários, hoje quase igual à população, para obrigar que governo, agências reguladoras, operadoras, fornecedores e legisladores trabalhem no sentido de desobstruir os acessos e remover esse obstáculo que hoje adiciona demais ao chamado Custo Brasil.
Novos lançamentos de smartphones da Positivo Informática
Papo de hoje com @alvaroborba e @garotasemfio na @cbncuritiba sobre a entrada da Positivo Informática no ramo de celulares e smartphones, numa jogada ousada para buscar market share num mercado que segue crescendo a dois dígitos por ano.
Atender a características únicas do mercado brasileiro, como o uso de mais de uma operadora pela maioria dos usuários, normalmente em planos pré-pagos parece estar no centro da estratégia.
Com excelentes canais de distribuição no Brasil, o desafio é expandir seu mercado para outros países emergentes.
A conferir!
Mensagem ao futuro prefeito da cidade grande
O que o prefeito de uma cidade grande deve priorizar em tecnologia? Wireless na cidade toda? Tablets para alunos? Informatização de serviços públicos?
Assim fui questionado para a minha coluna ao vivo na CBN, nesta quarta, 3, sobre Curitiba. Mas a resposta vale para qualquer cidade grande. Ou média. Ou mesmo pequena.
Respondendo ao contrário, vamos, de início, ao que eu não recomendaria ao prefeito:
1- Não compre tablets para os alunos da rede pública. Faltam conteúdo e conectividade, em especial para os que moram nas áreas mais carentes. Vale a pena trabalhar em parceria com o maior comprador de livros didáticos do mundo, o MEC, para que, a médio prazo, tivéssemos conteúdo inteligente e iterativo disponível para toda a rede pública. Isso seria objetivo das campanhas a governador e presidente em 2014, mas sob um plano muito bem elaborado.
2- Conectividade é bom, mas não pode ser tudo grátis. Lembremos que os que possuem dispositivos digitais, fixos ou móveis, com acesso à internet estão mais concentrados nas camadas mais alta de renda. Mas um bom programa municipal para cobrir a cidade inteira com acesso em banda larga poderia ser desenvolvido em parceria com provedores de acesso e operadoras, de modo a ter pacotes interessantes em regiões da cidade com baixa conectividade.
3- Informatizar serviços públicos existentes é bom, mas não é o principal. Melhorar sempre é possível, mas nunca priorizando as atividades-meio. Lembrando que hoje a telefonia celular cobre praticamente a totalidade dos cidadão e que há uma crescente participação de tablets e smartphones entre os usuários, serviços como agendamento de consultas médicas, interações da escola com os pais, solicitação de serviços públicos, por exemplo, poderiam ter uma meta agressiva para a gestão que se inicia em 2013. Por exemplo, ter, no mínimo, 60% dessas transações do cidaão com o município e vice-versa via internet ou mensagens. Melhoraria a vida de todos nós e a eficácia dos serviços melhoraria. O cidadão poderia ser um bom agente de melhoria do serviço público, ao passar via celular fotos e vídeos de problemas ou carências detectadas.
4- Rede social não é megafone. Não use o poder das redes sociais só para alardear seus feitos. Elas são fundamentais para que a administração saiba, em especial, o que não vem funcionando direito. Estimular a participação do cidadão em rede pode ser uma ferramenta poderosíssima para tornar seu trabalho e de sua equipe mais produtivo, para o benefício de todos. Se você ignorar a melhor forma de uso das redes sociais, elas se voltarão contra você.

