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CES 2014 – Novidades à vista!

Começa nesta terça, 7, a edição 2014 do Consumer Electronics Show, em Las Vegas. É o maior evento do setor, onde são esperados alguns anúncios importantes, que estaremos acompanhando e comentando.

Devemos esperar no centro das atenções a demonstração e início de vendas dos televisores Ultra HD – 4k de 110″, da LG e da Samsung, selando, de vez a produção em massa desse novo padrão de aparelhos que deixam encabuladas as imagens em Full HD.

Smartphones e tablets com centenas de novos modelos, com as chinesas HTC, ZTE e Lenovo puxando a fila, e, quem sabe, algo de novo por conta da associação da Blackberry com a Foxconn.

Na parte de aparelhos de casa, do escritório e soluções com dispositivos de segurança digital dá para gastar horas só para passar em frente aos stands.

Robôs domésticos estarão presentes  nos mais variados formatos e com funcionalidades práticas, sem necessariamente parecerem com seus primos do Guerra nas Estrelas, mas agora chegam com uma atração especial: preços bem menores, piscando para seu cartão de crédito.

Aparecem também muitos wearable devices ou dispositivos vestíveis, sob a forma de smartwatches, óculos e lentes de contacto para concorrer com o Google Glass, cintos, pulseiras, sapatilhas, chuteiras, tudo chipado mas, por enquanto, nada de muito prático.

Para mim, a grande novidade, que não será vendida como tal, é o aumento da autonomia das baterias dos aparelhos que iremos ter nos próximos anos. E não se trata de substituir as baterias de íon de lítio, nem de diminuir o brilho das telas. Mas começam a aparecer de smartphones a automóveis elétricos carregáveis por painéis solares e carregadores de aparelhos tradicionais que não requerem fios nem um docking station.

Com a tendência de universalização de smartphones e de seu perfil de canivete suíço digital com cada vez mais funções, ele passa a ser o controle geral de tudo aquilo que vai estar a seu serviço, do televisor ao condicionador de ar, da geladeira ao carro.

Carro? Pois é, além de cada vez mais cheios de funções digitais, ele também pega carona na tendência verde, dessa vez com o anúncio da Ford de um carro-conceito 100% elétrico e com baterias recarregáveis ao sol!

Siga o CES 2014! 

A estratégia dos Angry Birds

angrybirdsgoRecebi comentários a favor e contra minhas observações sobre os Angry Birds e o marco que essa proposta representa no mercado de games.

Agora, vem o anúncio do novo game, o Angry Birds Go!, a ser lançado em 11 de dezembro. Nele, os pássaros viram pilotos de carrinhos que descem ladeira abaixo.

São várias pistas, claro, na ilha dos porquinhos verdes que aprontam todo tipo de surpresas. E você fica associado a um pássaro ou a um porquinho, ou seja, é o piloto de fato do carrinho. Dependendo da posição de chegada, você recebe prêmios em moeda virtual dos Angry Birds. Acumulando dinheiro, você pode incrementar seu carrinho, seja do ponto de vista estético, seja em melhorias mecânicas, a seu critério.

Você deve poder comprar os Telepods, réplicas físicas dos personagens, seus acessórios e equipamentos, produzidas pela Hasbro, assim como aconteceu na série Angry Birds Starwars, onde a franquia de George Lucas casou-se impecavelmente com os passarinhos da Rovio. Não por acaso, a turma conectada com até 7 anos de idade –platéia favorita para os Angry Birds– passou a incorporar a seu vocabulário os nomes Luke Skywalker, Chewbacca, Princesa Lea, Jedi. E cada Telepod virá com um QR Code para poder ser escaneado para captura da imagem e incorporação ao joguinho.

Logo, logo, esses bichinhos e carrinhos estarão nas lojas de brinquedos, em roupas, mochilas e um sem-número de adereços. Já existem patrocinadores de corridas de automóvel das mais diversas categorias negociando a colocação de suas marcas nas pistas, nos carros e nos capacetes do Angry Birds Go!

Não por acaso, a Rovio liberará, simultaneamente, versões Android, iOS, Windows Phone e até mesmo Blackberry, acreditem! Ou seja, para todo mundo.

Do ponto de vista tecnológico, o segredo está na capacidade da Rovio de desenvolver um game que vai servir a todas as plataformas de dispositivos móveis. Sob a ótica de mercado, associar os pássaros a temas que interessam aos pequenos e aos não tão pequenos assim. Sucesso à vista!

Grátis o joguinho? Claro, que nem o Google, o Facebook… A receita vai para a Rovio do mesmo jeito, e em borbotões!

BlackBerry encolhe mais um pouco

Se alguém estava pensando em trocar seu BlackBerry por um novo, ou, menos provável, sair de um smartphone com iOS, Android ou WindowsPhone para um aparelho desse fabricante canadense, melhor rever os planos.

Neste final de semana, a BlackBerry (ex Research in Motion) anunciou perdas de quase 1 bilhão de dólares no segundo trimestre fiscal e a demissão de 4.500 colaboradores, ou 35% de sua força de trabalho.

Aqui no Brasil, faz tempo que não vejo uma pessoa física com uma conta no BlackBerry, e as pessoas jurídicas progressivamente migram para as plataformas com mais reconhecimento no mercado.

Como a BlackBerry havia anunciado que estaria buscando um comprador para a empresa, essa notícia até que não causou grande impacto. Ao contrario, após o Wall Street Journal ter especulado sobre as demissões, as ações da empresa mostraram uma ligeira recuperação, para em seguida voltarem a cair.

Não foi pouca coisa: com 5,9 milhões de aparelhos, o prejuízo médio, por aparelho faturado, ficou em torno de US$ 160.

Para quem usa BlackBerry, não é motivo para pânico. Ainda. Tudo indica que é só uma questão de pouco tempo até que um investidor institucional resolva injetar grana na empresa, ou então um concorrrente de peso resolva absorvê-la, de olho menos na tecnologia e mais no tipo de cliente que a BlackBerry conquistou, o das empresas e governos que buscam serviços de comunicação digital com alto nivel de segurança e disponibilidade.

Claro que, numa operação de salvamento, sempre alguém vai estar de olho também nas patentes que a empresa gerou, muitas das quais ainda não utilizadas, e que poderiam ser usadas em larga escala por um grande player do mercado.

E o mercado de smartphones segue em consolidação, ao menos no que diz respeito a sistemas operacionais. iOS, Android e Windows Phone. Ponto.

Blackberry: Réquiem não tão fúnebre

obamaberryAgora é oficial: A canadense Blackberry, ex-RIM (Research In Motion) está procurando um comprador, não para seus aparelhos, mas para a própria empresa. Até há 4, 5 anos atrás, ela era a líder de soluções de telefonia móvel, no mundo corporativo, inclusive para governos. Basta lembrar da campanha eleitoral de Barack Obama, e, 2008, onde ele e seu Blackberry eram companheiros inseparáveis.

Não existia no mercado melhor plataforma móvel para comunicação segura de e-mails, e os CIOs de grandes organizações adoravam a facilidade de integração com seus aplicativos de ERP, CRM e outras letrinhas.

Mas o mundo mudou rapidamente, com a maturidade das soluções oferecidas nas plataformas iOS e Android. Em 2010 vieram os Tablets, e a então RIM até que tentou lançar um concorrente para o iPad e o Galaxy Tab, sem sucesso. As mesas de reunião dos boards das empresas rapidamente viram os iPhones e Androids tomarem a atenção dos diretores e executivos.

A RIM então tentou mudar de nome, virou Blackberry, para ver se ganhava um fôlego. Mas a sua dependência quase que exclusiva do mercado das grandes e médias empresas bateu de frente com a tendência do BYOD, ou Bring Your Own Device, que virou política formal ou implícita da maioria das organizações. O definhamento da Blackberry era uma questão de tempo.

Até que ela tentou, lançando alguns smartphones charmosos, com tela sensível ao toque e uma loja de aplicativos, mas a receptividade foi tépida.

E agora? Quem tem Blackberry pode ficar com um mico na mão? Provavelmente não, até porque a maioria dos seus usuários já tem um outro smartphone, e as empresas e órgãos de governo já vêm mudando de rumo gradativamente.

O possível comprador da Blackberry -existem vários- estará menos interessado em sua tecnologia e muito mais no acesso que a empresa ainda tem no mundo corporativo. Interessará a esse investidor também investigar e potencializar os antigos pontos fortes dessa empresa que é pioneira na comunicação móvel das pessoas jurídicas. Afinal, nos dias que correm, ter um foco em segurança de dados e facilidade de uso é um predicado em alta.

A briga pelo controle da Blackberry antecipa lances emocionantes. Seja de investidores institucionais, seja dos big players do mercado, querendo defender seus territórios.

Quem dominará o mercado de smartphones?

Benedict Evans publica uma postagem onde mostra a tendência da mobilidade digital, com smartphones tomando conta do pedaço.

Começa em 2008, quando o termo smartphone era neologismo, mas os celulares que faziam algo além de falar e mandar mensagens de texto já existiam e o mercado era dominado pela finlandesa Nokia e pela canadense RIM, fabricante do Blackberry, sucesso de público no mundo corporativo. O iPhone apenas engatinhava, com traço na audiência total. Era quase que 3/4 para a Nokia e 1/4 para a RIM.

O que aconteceu nos anos seguintes foi um crescimento forte da Apple até ter quase 20% do mercado, no primeiro trimestre de 2010. Aí, mesmo com o lançamento do iPad, surge de modo avassalador o fenômeno Android, que, sem piedade, joga o market share da Apple para algo entre 12% e 15%, desidrata os antigos donos do mercado e ignora as incursões da Microsoft com o Windows Phone.

O mercado de smartphones e tablets segue crescendo de forma vertiginosa, e a distribuição atual é parecida com a de 2008, só que com novos atores: o Android está hoje em 3 smartphones para cada 1 iPhone. O resto é traço.

Duopólio à vista? Não é o que parece! Apple e iOS seguem sendo uma coisa só, fechada e muito bem sucedida no topo do mercado; O Andoid, do Google, é um sistema operacional aberto que está nos dispositivos de dezenas de fabricantes.

E aí aparece um novo fenômeno: a coreana Samsung, com sua série Galaxy de smartphones e tablets desfruta de uma folgada liderança no mundo Android.

Indo adiante nos números, um gráfico do trabalho de Evans mostra que, enquanto a Apple tem, no 1º trimestre de 2013, 12% do mercado, a Samsung, o dobro disso, e os demais ainda predominam, em unidades vendidas; quando analisamos a receita total, ela é quase a mesma da Apple, da Samsung e do resto; quando o tema é grana, nas margens operacionais, a Apple tem 60%, Samsung 35% e os demais só 5%.

Duopólio Apple + Samsung? Pouco provável, lembrando que as cordinhas do Android seguem sendo manipuladas pelo Google, que se preocupa com a dominação da Samsung em seu território, e esta diversifica estrategicamente para o mundo Microsoft, player nada desprezível.

Daqui a 5 anos, a história e os atores podem ser diferentes. Mas, por enquanto, esses 3 nomes seguem ditando os rumos no mundo da mobilidade digital.

Concentrando os atores

Duas notícias no mesmo dia sacodem o mercado: A HP desiste do mercado de desktops, notebooks, netbooks, tablets e smartphones; a Nokia anuncia o abandono de seu sistema operacional campeão de vendas, o Symbian.

A surpresa vinda da HP é pelo timing. No que toca aos computadores, o avanço dos asiáticos de baixo preço, especialmente no mercado da pessoa física espremeram demais as margens. Lembrando da IBM anos atrás quando passou o boné para a chinesa Lenovo, mas embolsando uma graninha. Agora, nem isso.

Nos tablets e smartphones a HP nem chegou a decolar. Meses depois de fazer uma nova aposta no renomeado WebOS, sistema operacional herdado da adquirida e pioneira Palm, era estratégia ousada da companhia ser uma alternativa viável aos competidores iOS, Android e Windows Phone.  O recuo soou como algo mal planejado. O mercado bateu pesado no valor das ações, na sexta, e, já na segunda, sinalizava com uma recuperação parcial. Algo como que susto! ao saber das novas seguido de um talvez não tenha sido tão mal assim.

Os chamados consumíveis, um eufemismo para cartuchos de tinta e toner para impressoras seguem gerando caixa para a HP, mesmo com a concorrência acirrada. E a área de serviços segue embalada. Aqui, de novo, parecido com o que vem fazendo a também gigante IBM.

Já a Nokia, ao dizer que acaba a produção de celulares com Symbian para o mercado da América do Norte assume que a evolução desse sistema operacional está congelada e dá ao mesmo tempo um poderoso aval e incentivo aos concorrentes e deixa evidente que aposta todas suas fichas na plataforma Windows Phone, da sua parceira Microsoft.

Então dá para assumir que os smartphones vão acelerar suas taxas de crescimento e que as vendas de tablets -mercado inexistente até o primeiro trimestre de 2010- também disparam.

E a definição da próxima bola da vez, para mim, está definida: a RIM, fabricante do Blackberry, hoje sucesso de público no mercado corporativo, vai ser fortemente pressionada pelos atores gigantes. Não será novidade se ela for, finalmente, adquirida por algum desses mencionado aí no início do post.

Ah! Não podemos esquecer o também recente anúncio da compra da Motorola Mobile pelo Google. movimento no mínimo estranho para um gigante que produz o Android como plataforma aberta e agora sinaliza que pode turbinar as vendas de smartphones fabricados em casa, em detrimento de seus muitos parceiros globais,


A concentração dos fornecedores deve se acentuar. Quem ganha? Quem perde? Façam suas apostas!

SMARTPHONE: Nome meio certo, meio errado

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Cena típica da era analógica: duas adolescentes conversando ao telefone, queimando tempo e energia para descrever a roupa de uma amiga e o que ela fazia ao se encontrar com um menino popular na tribo. Tempo médio da observação: 5 minutos; Tempo médio das descrições: 15 minutos; Precisão das informações: < 20%
Cena típica da era digital, com adolescentes na mesma situação, mas em 2010: uma foto ou um vídeo capturado pelo celular e mandado por e-mail de uma para outra, ou, mais provável ainda: sua postagem no YouTube ou no Facebook, ou no Orkut, com uma chamada pelo Twitter. Tempo médio da observação: 5 minutos; Tempo médio da transmissão: 1 minuto; Precisão das informações: 100%
Agora, às estatísticas brasileiras:
1-    As receitas das operadoras de celular já registram faturamento de serviços de internet representando 53% das receitas, contra 47% para SMS (torpedos) e MMS (videotorpedos)
2-    Os Serviços de Valor Adicionado (SVA) representam algo entre 15% e 20% das receitas totais. Por SVA entendemos os serviços de informação diversos, musica, jogos, vídeo, TV, localização georeferenciada e muitos outros.
3-    No mundo corporativo, quase 10% das linhas de celular já são exclusivamente de dados
4-    Em abril deste ano, a teledensidade (ou numero de linhas por 100 habitantes), segundo a Anatel, atingiu 112 no Centro Oeste (puxada por Brasília), 105 no Sudeste, 99 no Sul, e 75v no Norte e Nordeste do Brasil. Ou seja, tirando o Norte e Nordeste, regiões de potencial forte crescimento, o resto do país já está “universalizado”, quando falamos em telefonia móvel
5-    Embora a participação de smartphones no bolo ainda seja pequena,  34% dos consumidores pretendem ter um, em sua próxima compra. No mundo corporativo, já são 50% de usuários que possuem um telefoninho esperto.
6-    Os usuários de smartphones com mais recursos e planos mais caros chegam a gastar menos de 10% do tempo de uso com voz via operadora.
Peraí… Telefone? Vejamos algumas das principais funcionalidades dos melhores smartphones no mercado brasileiro:
  • Câmera fotográfica
  • Câmera de vídeo
  • Player de musica
  • Player de vídeo
  • GPS
  • Bluetooth
  • WiFi
  • Mapas
  • e-Mail
  • Internet
  • TV Digital
  • 1.000.000+ de aplicativos, só contando as lojas da Apple e do Google, embora muita coisa ainda não esteja disponível entre nós
  • Ah!!! – e telefone, claro, as boas e velhas chamadas de voz…

Então, dá para seguir chamando essas engenhocas de telefones?
Eu entendo que não! Precisa apenas definir um novo nome ou uma nova sigla. Smartphone não é ruim, pelo Smart. Mas ele definitivamente não tem o phone como seu atributo principal. Um iPhone ou um Blackberry, para ficar em dois ícones da mobilidade esperta, são pouco usados para falar, do modo que nossos avós faziam, ou tentavam fazer quando e se dava linha…
Aberta a sugestão de busca de um novo nome, pois esses aparelhinhos ficarão cada vez mais smart e cada vez menos phone. Então, alguém se habilita?
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