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Briga pelo cliente

Na hora que o calo aperta, a briga pelo cliente se intensifica.

Agora a Microsoft oferece 5 Terabytes de armazenamento no One Drive para assinantes do Office 365, 1 TB por máquina habilitada.

Boa iniciativa!

http://view.email.office.com/?j=fec7167570670474&m=fe9815707264017b71&ls=fe21177771630c7d711079&l=ff661c7175&s=fe3017717661027d771077&jb=ff3315727763&ju=fe601571776d027e7216&WT.mc_id=eml_CXM__C_OneDrive_1TB_Announcement-Home&r=0

Aguardemos os próximos lances!

“Dia Zero” é um problema no Internet Explorer

Se você usa o Internet Explorer como browser principal, você pode estar sujeito ao virus Dia Zero, que simplesmente abre suas credenciais de uso do seu computador e permite que um hacker assuma sua identidade, com todos os seus dados abertos.

Embora esse virus venha atacando há meses, e seja conhecido da comunidade técnica, o alerta publicado pela Microsoft não deixa dúvidas: embora existam opções de configuração que minimizem a possibilidade de um ataque, ela ainda persiste, até que seja lançada uma correção para o IE, ou patch, como é chamado em informatiquês. E isso ainda não ocorreu, segundo a PC Magazine.

Lembrando que todos os computadores com sistema operacional Windows possuem o Internet Explorer como browser padrão e pré-instalado, a possibilidade de danos é grande, ainda mais para os usuários que possuem a credencial de administrador da conta. Traduzindo: se você comprou um computador com Windows, para seu uso pessoal, você deve ser o administrador da máquina, podendo alterar senhas, bloquear acessos e configurar privilégios de uso, embora você talvez nem saiba disso.

É bom ter um browser alternativo instalado, como o Firefox ou o Chrome, ao menos enquanto não sai a atualização de segurança da Microsoft. Você deve mudar, também, suas senhas internas e, principalmente, as de administrador de seu computador. Não deixe para depois!

Enquanto isso, verifique se não há movimentação suspeita em suas contas bancárias, suas mensagens de email, suas intervenções em redes sociais e até mesmo para uso adicional de licenças de aplicativos como o Office.

O Internet Explorer ainda é bastante utilizado e, por isso mesmo, é muito visado por hackers do mal. Eu, particularmente, evito ao máximo o uso do IE, salvo se o site que visito requeira esse browser, o que, hoje em dia, é raro.

Por fim, se você ainda usa o Windows Xp, chegou a hora da despedida. A Microsoft não incluirá o veterano Xp nessa nova atualização para conter o Dia Zero. A ordem é mudar, de uma vez por todas!

Microsoft de CEO novo

satya

O indiano Satya Nadella assumiu nesta terça, 4 de fevereiro, o cargo de CEO da Microsoft, no lugar de Steve Ballmer, que se aposenta. Antes de Ballmer, só Bill Gates ocupou a posição nessa importante empresa, fundada em 1976.

Quem tem mais de 20 anos e já mexeu com um microcomputador, já deve ter trabalhado com o sistema operacional Windows. Pelo menos 90% dos usuários usam ou usaram alguma de suas versões. Também são quase substantivos as palavras Excel (planilha eletrônica), Word (processador de texto) e PowerPoint (apresentador).

Parte dos que não usaram o Windows, ou são Macmaníacos ou usam alguma versão do Linux, sistema operacional de código aberto. A turma do Linux, na sua maioria, detesta a Microsoft, mas são minoria no todo.

A Microsoft cresceu, foi extremamente bem sucedida ao ponto de ser, em dado momento, a empresa com maior valor de mercado do mundo, mas, com a febre dos dispositivos móveis, o quadro mudou um pouco.  Mesmo assim, Bill Gates vem frequentando o topo da lista das pessoas mais ricas do mundo há cerca de um quarto de século! E a Microsoft segue crescendo.

A chegadas de Satya Nadella corresponde à reordenação da Microsoft em ofertas de serviços na nuvem, inclusive mas não restrita à popular suite de aplicativos Office. Nadella tem sido o comandante dessa mudança.

Os detalhes estão em várias publicações, e eu fico com o release oficial da Microsoft, que pode ser lido ao final desta postagem. Mas quero chamar a atenção dos que aqui me dão a honra de sua visita para o fato de ele ser indiano. E daí, algum problema? pode perguntar alguém…

Não, ao contrário. A Índia é hoje um celeiro de profissionais da área de tecnologia e uma usina de recursos humanos no setor, fruto de uma política muito focada na busca de excelência em tecnologia da informação. Hoje em dia, há indianos em posições de destaque na maioria das empresas estreladas do setor, como a IBM, a Oracle, a Apple, o Google, o Facebook, enfim, todas! E várias empresas indianas de serviços de TI possuem escala global, faturam bilhões por anos. A Índia já é fonte relevante de inovação e patentes que fazem parte de nosso dia-a-dia digital.

Voltando a 1984, o ano do livro famoso de George Orwell, aqui no Brasil vivíamos os estertores do regime militar e também, no Congresso Nacional, discutia-se a nova Lei de Informática, que acabou privilegiando o hardware sobre o software.

À época – 30 anos atrás- , eu presidia nacionalmente a Assespro, a associação que congrega as empresas de software e serviços. Convidado a falar sobre o tema, discorri sobre o futuro do software e que rumos deveríamos tomar. A Índia foi pelo software, nós, pelo hardware.

Quem se interessar, é só ler o meu pitch a favor do software. Não deu…

Mas, voltando ao Nadella, tudo indica que ele foi escolhido por ser um cara top de linha, não só na Microsoft, como no mercado. É olhar seu currículo para ver que ele chegou lá por méritos de sobra!

Acho que, mais uma vez, a gigante de Redmond se move na direção certa. Veremos boas novidades nos próximos meses e anos.

Sucesso, Satya Nadella!

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RELEASE DA MICROSOFT SOBRE SATYA NADELLA

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Microsoft anuncia Satya Nadella como novo CEO

Bill Gates assume novo papel como consultor de tecnologia; John Thompson passa a presidente do Conselho de Administração

REDMOND, Wash. — 4 de fevereiro de 2014— A Microsoft anuncia que o seu Conselho de Administração nomeou Satya Nadella como CEO global da companhia e membro do conselho para início imediato. Até este comunicado, Nadella ocupava a posição de vice-presidente executivo da divisão de Clould e Enterprise da Microsoft.

“Neste momento de transformação, não há pessoa melhor para liderar a Microsoft que Satya Nadella”, afirma Bill Gates, fundador da Microsoft e membro do Conselho de Administração. “Satya tem liderança comprovada com habilidades em engenharia, visão de negócios e capacidade para aproximar as pessoas. Sua visão de como a tecnologia será utilizada e consumida ao redor do mundo é exatamente o que a Microsoft precisa, uma vez que a companhia ingressa no novo capítulo de crescimento e inovação ampliada em produtos”.

Desde que ingressou na empresa, em 1992, Nadella liderou importante estratégia e mudanças técnicas em todo o portfólio de produtos e serviços da companhia, com destaque para o movimento da Microsoft para a nuvem e para o desenvolvimento de uma das maiores infraestruturas de nuvem do mundo com suporte para Bing, Xbox, Office e outros serviços. Durante a sua gestão na divisão de servidores e ferramentas de negócios da Microsoft, a área superou o mercado e conquistou a participação de mercado dos concorrentes.

“A Microsoft é uma das poucas empresas que realmente revolucionou o mundo com a tecnologia e eu não poderia me sentir mais honrado por ter sido o escolhido para conduzir a companhia”, afirma Nadella. “A oportunidade à frente da Microsoft é enorme, mas para aproveitá-la, devemos ter foco claro, agir com rapidez e continuar a transformar. Uma grande parte do meu trabalho é acelerar nossa capacidade de trazer produtos inovadores para nossos clientes mais rapidamente”.

“Trabalho com ele há mais de 20 anos e sei que Satya é o líder certo para o momento certo da Microsoft”, comenta Steve Ballmer, que anunciou em 23 de agosto de 2013 que se aposentaria assim que seu sucessor fosse nomeado.  “Eu tive o privilégio de trabalhar os mais talentosos colaboradores e líderes de equipe da indústria e sei que a paixão deles e a fome pela grandeza só irão aumentar sob a liderança de Satya”.

A Microsoft também anunciou que Bill Gates, anteriormente presidente do Conselho de Administração da empresa, assumirá um novo papel na cúpula como fundador e conselheiro tecnológico. Gates dedicará mais tempo à companhia, suportando Nadella no desenvolvimento de tecnologias e na direção de produtos. John Thompson, membro independente do Conselho de Administração, vai assumir o cargo de presidente da cúpula e continuará a ter a posição de membro autônomo.

“Satya é claramente a melhor pessoa para conduzir a Microsoft e tem o suporte unânime do Conselho”, disse Thompson. “O Conselho fez o raciocínio da maneira que nossos acionistas, consumidores, parceiros e funcionários esperavam e mereciam”.

Com a chegada de Nadella, o conselho de diretores da Microsoft passa a ser composto por Ballmer; Dina Dublon, ex-diretora financeira do JP Morgan Chase; Gates; Maria M.Klawe, presidente da Universidade de Harvard; Stephen J. Luczo, presidente do Conselho e CEO da Seagate Technology; David F. Marquardt, sócio na August Capital; Nadella; Charles H. Noski, ex-vice-presidente do Bank of America; Dr. Helmut Panke, ex-presidente do conselho de gestão da BMW; e John W. Thompson, CEO da Virtual Instruments. Sete dos 10 nomes são membros independentes da Microsoft, o que é consistente com as diretrizes de governança corporativa que exigem que a maioria das posições seja ocupada por membros autônomos.

Satya participará de uma webcast para clientes e parceiros às 18h00 (horário de Brasília). O link para a webcast é http://msft.it/ceowebcast.

Vídeos gravados por Satya Nadella, Bill Gates, Steve Ballmer e John Thompson, além de fotos do novo CEO da Microsoft estão disponíveis no site http://www.microsoft.com/en-us/news/ceo/index.html.

Sobre a Microsoft Brasil

Fundada em 1989, a Microsoft Brasil possui 8 escritórios em todo o País e gera localmente oportunidades diretas na área de tecnologia para mais de 18 mil empresas e 424 mil profissionais. Nos últimos dez anos, a empresa investiu mais de R$ 167 milhões em projetos sociais, levando tecnologia a escolas, universidades, ONGs e comunidades carentes. É uma das 110 subsidiárias da Microsoft Corporation, fundada em 1975, empresa líder mundial em software, serviços e soluções que ajudam empresas e pessoas a alcançarem seu potencial pleno.

Cada vez melhores, cada vez mais simples

Você reparou como as planilhas eletrônicas, os processadores de texto e os programas de apresentação estão cada vez mais elegantes, com mais recursos e mais simples de usar?

Traduzindo para nomes conhecidos: Word, Excel e Powerpoint, da Microsoft, Pages, Numbers e Keynote da Apple, e Google Docs, do Google, que engloba os três tipos de aplicativos. Quem ainda domina esse mercado é a Microsoft, que engloba seus produtos sob o nome de Office, desde os primórdios do PC.

Mas o que está por trás desses softwares? São milhões de linhas de código, que aproveitam o cada vez maior poder computacional à disposição de cada um de nós, com novas e melhores funcionalidades como gráficos, vídeos, fórmulas sofisticadas, tradutores de texto. A interatividade das telas sensíveis ao toque e reconhecimento de voz faz com que, em breve, seja absolutamente trivial conversarmos com uma planilha, desenhando cenários de planejamento futuro, interagindo com pessoas que podem estar do nosso lado ou do outro lado do mundo.

Mas a versatilidade e a sofisticação desses programas são enormes! Ainda assim, muitos de nós usa apenas suas funcionalidades básicas, sem atentar para os recursos disponíveis.

No caso do processador de texto, por exemplo, não é a maioria dos usuários que prepara um índice automático dos capítulos de um documento mais extenso e elaborado. Muitos de nós entregamos ao corretor ortográfico a tarefa de ajustar pequenos erros de digitação ou de concordância.

Nas planilhas, então, ainda lidera a página composta de colunas  referentes aos meses do ano e linhas com a descrição de produtos e vendas, com subtotais por trimestre e alguns percentuais. E um gráfico para facilitar o entendimento.

Nas apresentações, mesmo com essa enxurrada de pps que recebemos por e-mail, falta à maioria delas forma e conteúdo capazes de encantar uma platéia.

Você certamente conhece alguém assim?

Essas ferramentas de produtividade poderiam ser melhor usadas, até para aproveitar as mais de 4 décadas de desenvolvimento. 

Como elas ficam cada vez mais sofisticadas e fáceis de usar, ganham escala e podem ser vendidas a preços cada vez menores, ou até mesmo dados de presente, como a Apple fez agora para quem migrou para o iOS 7.

E você: é um usuário avançado desses programas? 

Microsoft compra Nokia: Novo Capítulo da Tecnologia?

SteveStephenNa madrugada desta terça, 3 de setembro, Steve Balmer e Stephen Elop, CEOs respectivamente da Microsoft e da Nokia anunciaram uma bola cantada há mais de dois anos: A Microsoft comprou, por US$ 7,2 bilhões a Divisão de Dispositivos e Serviços da Nokia. Resumindo, seu negocio de celulares.

Vale a pena ler a carta assinada por Steve & Stephen, onde essa junção de forças pretende, nada menos do que escrever o próximo capítulo da história da tecnologia e da mobilidade. Compromisso ousado!

A Nokia fica com seus negócios de serviços de rede e de localização e mapas, este último um fenômeno gerador de caixa para a empresa finlandesa.

Olhando o negócio do ponto de vista do passado, a Microsoft tinha por objetivo colocar um computador em cada casa; a Nokia, um celular em cada bolso. De um jeito ou de  outro, ambas tiveram sucesso, que renderão estudos décadas à frente.

Mas foi exatamente esse sucesso do passado que criou a necessidade de preservação das bases de clientes.  Esse generoso legado impediu que ambas pudessem entrar de cabeça no mundo da conectividade para concorrer com Google, Apple e Facebook.

Essa transação, que ainda precisa passar pelos trâmites junto aos acionistas da Nokia, de Comissões de Valores Mobiliários e de agências reguladoras, deve estar concluido anda no primeiro semestre de 2014.

O que dá para vislumbrar é um fortalecimento do Windows Phone como sistema operacional para smartphones e tablets, usando aparelhos da Nokia. A nova Microsoft entra para valer no negócio de hardware, antes com representatividade apenas através de sua bem sucedida linha de consoles, o XBox.

Uma boa aposta é para o fim mais rápido dos celulares comuns, pois, com a Microsoft dando as cartas na Nokia, o interesse em sistemas operacionais diferentes do Windows Phone é zero.

Essa cartada parece sinalizar o encerramento com festas da era Steve Balmer na Microsoft, que, ironicamente, pode ser substituido pelo seu quase xará da Nokia, Stephen Elop, aliás, ex-Microsoft.

Vale ficar atento para o desenvolvimento desse ecossistema centrado nos diversos sabores do Windows, que pretende estar em qualquer dispositivo digital do futuro. Se der certo, será, efetivamente, o próximo capítulo da tecnologia.

Microsoft Office agora também para Android

O que o mercado aguardava há meses aconteceu: a Microsoft disponibiliza a versão do Office Mobile também para a plataforma Android. Anteriormente, os usuários de smartphones e tablets com Windows Phone tinham sido os primeiros brindados. Logo em seguida, a versão para o iOS da Apple foi bem recebida. Com esse último anúncio, a Microsoft permite acesso a sua mais popular suite de aplicativos para praticamente todo o mercado.

O requisito é ter uma assinatura do Office 365 Home Premium ou ProPlus. Aí é só baixar o App no Google Play, fazer o login e pronto: você tem acesso aos documentos criados por sua empresa ou por você para revisão, comentários e até mesmo para apresentações através de seu tablet ou smartphone.

Não espere, porém, a dispensa total da versão plena do Word, do Excel ou do Powerpoint. Já pensou tentar editar no smartphone uma sofisticada planilha com várias folhas, dezenas de colunas, centenas de linhas, com fórmulas complexas, links, imagens e gráficos os mais variados? Para isso, o desktop e o notebook ainda são insubstituíveis…

O que mais me agrada, como veterano usuário da família do Microsoft Office é a sua disponibilização na nuvem, via SkyDrive (belo serviço, por sinal) e a possibilidade de acesso através de todos os dispositivos digitais de meu uso, pagando taxas razoáveis pelo serviço, em vez daquela burocracia complexa par atualização de licenças, a cada nova versão.

Por mais que o mercado ofereça alternativas simpáticas ao Office, na prática o padrão corporativo ainda é ditado pelo trio Word, Excel, PowerPoint.

E isso não vai mudar tão cedo.

Microsoft Office agora no iPhone. Lá nos States. E aqui?

Quase ao mesmo tempo, recebo duas informações sobre o lançamento do Office, da Microsoft, para a plataforma iOS. Ela inclui versões dos quase universais Word, Excel e PowerPoint. Desse modo, você pode sincronizar seus documentos na nuvem, fazendo acesso, atualização e visualização a partir de múltiplos dispositivos, uma conveniência cada vez mais demandada pelo mercado.

Inicialmente anunciado apenas para a App Store americana, o produto já está disponível para o iPhone com iOS 6. O App é gratuito, mas seu uso pleno só é possível para os assinantes do Office 365. Surpreendentemente, ao não liberar a versão para iPad nem para iPad Mini, a Microsoft dá uma sobrevida ao concorrente da própria Apple, o iWorks. Só que isso pode mudar, e bem rápido.

A Microsoft Brasil, ao informar sobre o futuro do produto entre nós, não dá prazos, mas aponta para a disponibilização da versão para iPhone e para iPad do Office, o que pode sinalizar para um timing planejado de ocupação de um mercado que sempre dominou, mas onde está ausente para quem utilizava os dispositivos da Apple. Curioso, fiz três perguntas sobre as novidades no Brasil para os que usam e gostam tanto do Microsoft Office quanto do iPhone, do iPad e, porque não, dos Android também, uma vez que o Office já está disponível para quem tem smartphones e tablets com Windows Phone.

Eis as repostas:

1- Há data prevista para a disponibilização na AppStore do Brasil?

Em breve será a versão para a App Store do Brasil, tanto para Iphone quanto para Ipad.

2- Quem tem conta na AppStore americana e assinatura do Office 365 no Brasil pode fazer a atualização já?

Sim, pode. A versão brasileira é que ainda está sendo aguardada, com previsão de lançamento em breve.  

3- E a versão para Android, alguma pista?

Ainda não há uma previsão da versão para Android, mas a Microsoft está trabalhando para chegar a todas as plataformas em breve. Hoje, o que já está disponível para Android é o One Note gratuito e o uso do Lync para assinantes do Office 365 que tenham dispositivos com Android. Mais informações sobre Office para telefone no link http://office.microsoft.com/pt-br/mobile/

Revolução X Resolução

A curiosidade era grande. Para variar, a Apple montou uma estratégia de sigilo e dissimulação sob controle, ou seja, criou a expectativa com o lançamento do que seria o iPad 3 (iPad HD, iPad Plus), fez o habitual sigilo “total” com vazamentos seletivos através de analistas e jornalistas conhecidos, excitou a imaginação dos blogueiros e, enfim, lançou nada mais, nada menos que o Ipad e a Apple TV.

Mas a grande questão era, e foi parcialmente respondida: Como seria o primeiro grande lançamento da Apple na era pós-Steve Jobs?

Os lançamentos em São Francisco, acompanhados globalmente, não decepcionaram, mas também não chegaram a mostrar muita coisa realmente nova, embora Tim Cook tenha afirmado que o novo iPad redefiniria a experiência do usuário com o tablet. Não é exatamente isso que saiu, mas também não foi uma decepção.

A chamada na página principal da Apple usa um termo muito bem sacado para o iPad novo: Resolutionary, ou uma brincadeira com as palavras Revolutionary e Evolutionary.

A Apple aposta na maior resolução como o centro da inovação para este ano. Ela é quatro vezes mais pixels por polegada do que nos já excelentes modelos anteriores, mas nada de revolução. É exatamente a mesma do iPhone 4.

Aí vem o processador mais rápido, o A5X, um processador gráfico de 4 núcleos, mais memória principal e uso da tecnologia celular 4G, esta ainda não disponível entre nós, e sem prazo para aparecer.

A Apple TV ficou no extremo conservador das expectativas. Os mais entusiasmados preditores usaram até as palavras de Walter Isaacson, o biógrafo oficial de Steve Jobs para inferir que a empresa da maçã finalmente entraria no mundo das TVs de tela grande (o iTV), para concorrer com as gigantes Sony, LG, Samsung e Philips. Nada disso. O que houve foi a evolução da pequena caixinha preta que serve de media center e custa (lá) US$ 99 e um monte de R$ (aqui) para um modelo que suporta Full HD e incorpora o já bom Genius do iTunes para tornar a busca de videos mais focada nas preferências do cliente.

Mas o que houve de impressionante foi a quantidade e a qualidade de aplicativos. Além da incorporação de funcionalidades no já excelente Garage Band, a disponibilização do iPhoto para o iPad e o iPhone, com uma interface muito bem cuidada e extremamente fácil de usar.  Muitos deles já estão disponíveis e a maioria roda nos iPads e iPhones mais recentes, ou seja, nada fica obsoleto.

Surgiu também uma batelada de novos games que utilizam em pleno a resolução, a velocidade do processador gráfico e, claro, a adutora do 4G que permite velocidades pela rede celular de até 72Mb, coisa que nem temos idéia do que seja.

Sony, Microsoft, Nintendo, tremei!

Essa aposta inesperada da Apple nos games, e a forte participação de desenvolvedores externos surpreendeu a muitos analistas, pois isso era esperado para mais tarde. Mas as cartas estão lançadas, vamos ver como fica.

O grande ausente no iPad foi o Siri.

Pensando um pouco, um dia depois dos anúncios, parece óbvio que o iPad de 3ª geração (simplesmente iPad, sem adjetivos ou sufixos) é uma evolução, não uma revolução. Mas, ao focar na melhoria da experiência do usuário – o grande mantra da Apple- é muito provável que mais gente se renda a seus encantos.

Afinal, ficou muito mais fácil e mais agradável capturar e tratar fotos e vídeos, buscar entretenimento pago via iTunes Store (os livros passam a vir com resolução próxima a do papel impresso, algo que parecia difícil sem o uso da tecnologia eInk) e sinaliza para a consolidação do modelo iCloud e de uma aceleração da venda de aplicativos, músicas, vídeos e livros.

Sinaliza também para os próximos lançamentos, como o Mountain Lion, o novo sistema operacional do Mac, que deverá ficar bem mais próximo do iOS (6?). Ontem a Apple disponibilizou o iOS 5.1, já com boas novidades.

O maior desafio segue sendo a manutenção do crescimento. No último trimestre de 2011, a Apple cresceu impressionantes 76% em vendas, quando comparado com o último trimestre de 2010. Excelente para uma empresa que vale mais de meio trilhão de dolares na Bolsa e exibe robustas margens operacionais, mas manter essa taxa parece difícil, quase impossível.

Com a concorrência somada já encostando nos 50% de market share, o mercado de tablets já oferece excelentes opções na plataforma Android e agora, começando a aparecer nas estatísticas, a Microsoft deu um salto à frente de todos ao mostrar como será o Windows 8, uma coisa só para qualquer dispositivo.

O que parece continuar sendo o diferencial da Apple é a riqueza de conteúdo que só parece aumentar à medida em que a experiência do usuário fica cada vez melhor.

Pode ser que aí esteja a revolução, que muita gente não enxergou: a persistência de um modelo que vem dando certo nos últimos anos, que é a sedução do usuário. Afinal, no último trimestre de 2011 a Apple vendeu mais iPads do que a HP, lider mundial de omputadores, conseguiu faturar com notebooks.


E não custa lembra que, há apenas 2 anos atrás, quase todos os especialistas torciam o nariz para o iPad original, um iPhonão sem telefone ou um notebook sem teclado, diziam as cassandras.

Dispositivos Móveis: A Hora da Negociação

Quando se estuda a evolução da tecnologia até chegar ao mainstream, ou uso em massa, podemos adotar várias abordagens e metodologias. Aqui eu vou propor a minha, baseada em décadas de participação nesse mundo e, especialmente, de muita observação e meditação.


Para efeitos didáticos, vamos dividir a evolução em três etapas, segundo o protagonista de cada uma:

1- Os Engenheiros
2- Os Advogados
3- Os Negociadores

Explico:

Na fase 1, uma boa idéia, gestada em laboratórios de pesquisa e desenvolvimento, tem seu seguimento conduzido por técnicos, não só, mas principalmente, composto por engenheiros, físicos, matemáticos, enfim, a turma das exatas. Daí surgem os microprocessadores, as memórias, os displays, as telas sensíveis ao toque, os dispositivos de armazenamento, as redes de comunicação, apenas a título de exemplo e simplificação. Concepção, parto, primeiros cuidados com a criança até que ela firme seus passos.

Na fase 2, alguma(s) empresa(s) ganham a dianteira no mercado, e a defesa de patentes, marcos regulatórios, enquadramentos tributários e outros quetais viram prioridade. É a fase de ouro dos advogados, ajudando as empresas e as tecnologias a ganharem dominância. Talvez aqui a analogia seja com a adolescência, com seu rápido crescimento, o encontro com novas realidades, os conflitos do novo x estabelecido, a era da contestação e da busca pelo diferente.

Na fase 3, a realidade e a maturidade. Para seguir participando da festa, é preciso negociar alianças ou parcerias, conviver com os rivais, competir dentro de regras estabelecidas. Aqui se definem padrões, protocolos e as regras do ganha-ganha, no jargão dos negócios. É a fase adulta.

Podemos dar alguns exemplos, no mundo eletrônico e digital:

A briga VHS x Betamax: quem viu, sabe que o Betamax era superior ao VHS, quando o tema era gravação de conteudo de video doméstico. O problema foi da Sony, detentora da tecnologia Betamax que não viu a necessidade de negociar, enquanto que os concorrentes se juntaram e fizeram do medíocre VHS o padrão de fato, o que possibilitou o rápido crescimento do mercado. Os engenheiros da Sony eram melhores, seus advogados pegaram uma causa perdida e seus negociadores não tinham o quê negociar. Anos depois, a gigante japonesa aprendeu a lição e deu a volta por cima, ganhando com o padrão BluRay.

O Consenso USB: Antes dessa porta genial, chamada Universal Serial Bus, o mundo dos primitivos computadores era o caos completo. Só a miríade de cabos e conectores de tantos pinos, serial ou paralelo, mini ou normal, fazia com que nada ganhasse escala para atender a todos. Aí os grandes atores do mercado sentaram-se a mesas de negociação para chegar a um consenso assinado. E veio a USB, já na sua Geração 3, com um sucesso tão grande e tomada como algo tão natural quanto o sol e a chuva, que fica complcado explicar aos mais jovens que já houve uma era pré-USB. Mesmo assim, alguns renitentes -Apple à frente- insistem em esdruxulices como FireWire e similares. Esse é um raro caso onde as fases 2 e 3 andaram praticamente juntas.

A internet: já pensaram se não existisse um protocolo abreviado por http? Pois então, isso já existiu em priscas eras, quando os computadores e os terminais só falavam entre si se fossem da mesma marca e da mesma geração. A internet levou quase 30 anos desde seu primeiro impulso de uma rede de comunicação até o início de sua adoção em massa, nos meados da década de 1990. Uma série de eventos levou a isso, eu sei, mas se não fosse um protocolo (http), ainda teríamos ilhas não conectadas. Mas até chegar lá, brigas bilionárias envolvendo fabricantes de computadores, de equipamentos de telecomunicações, de software e, claro, de governos e entes reguladores desaguaram em tribunais locais e internacionais até que houve a evolução para  afase adulta: “Vamos negociar!”

Agora é a vez dos dispositivos móveis. Os celulares comuns, aqueles que só permitem falar e mandar/receber torpedos estão com seus dias contados. Mais um pouco, e a maioria das vendas vai ser dos ditos smartphones, que, quando dominarem o mercado, devem perder o prefixo smart e algo novo vai aparecer. E os antigos aparelhos virarão, por analogia, dumbphones, ou telefones burros.

Não esqueçamos dos tablets, que agora completam 2 anos de mercado de massa, depois do fenômeno do iPad. Em 2012, a marca de 100 milhões de unidades vendidas será facilmente alcançada, com crescimento de vendas esperado acima de 40% ao ano no futuro previsível. Ou seja, tablet vai ser uma geringonça que todo mundo vai ter ou vai querer, contrariando as cassandras que diziam que ninguém iria querer comprar um iphonão ou um laptop sem teclado.

E os laptops, agora turbinados com o conceito dos ultrabooks, vai continuar relevante e conectado.

Fazer com que essas três famílias falem entre si e, dentro de cada segmento, sejam muito compatíveis parece ser o novo desafio.

Por enquanto, nós, usuários, achamos que esse mundo é maravilhoso, que os gadgets criados por engenheiros fabulosos são o passaporte para o nirvana.

Mas os advogados brigam nos tribunais, desde sobre quem tem o direito à marca iPad até sobre a patente da funcionalidade slide nos martphones, ou aquela que você desliza o dedo sobre uma regua virtual para desligar seu aparelho, passando, naturalmente, pela hegemonia dos sistemas operacionais, hoje uma briga entre os gigantes Microsoft, Apple e Google.

Falando em Google, enquanto escrevo leio que a rede social FourSquare, que essencialmente é ancorada na localização física de seus participantes, abandona o Google Maps como ferramenta para aderir a uma solução aberta feita por uma startup…

Isso aí ainda vai ter muita discussão sobre tecnologia, pelos engenheiros e usuarios, mas o papel dos advogados vai crescer.

Já se vislumbra alguma negociação séria. No evento de mobilidade que acontece em Barcelona, todos menos a Apple sentam-se a mesa para começar a negociar um novo padrão.

Seria ingênuo apostar que dali surgirá a nova e mágica universalidade digital, e que a Apple ficaria isolada com sua arquitetura proprietária. A diferença, agora, que não pode ser ignorada, é que a Apple e seus produtos e serviços já ficaram grandes demais para poderem ser ignorados. Afinal, uma empresa que supera o meio trilhão de dólares em valor de mercado, enquanto tudo isso ocorre, não ficará de fora.

Mas os estrategistas da Apple e seus valorosos engenheiros insistem no modelo fechado. Talvez o melhor exemplo de turrice esteja no seu lindo Facetime, para conexão de audio e video entre seus usuários. O problema é que o Facetime não funciona com o resto do mundo nem com versões anteriores de produtos e sistemas operacionais da Apple.

Resumo da ópera: a história se repete, e estamos provavelmente no meio de uma profunda transformação de ambientes, plataformas e dispositivos, para aplicações que vão mudar e mudar muito.


A diferença agora, no mundo da mobilidade, é que essas transformações abrangerão uma parcela ponderável da humanidade. Talvez a busca por padrões e protocolos de entendimento seja, afinal, não uma estratégia sensata de negócios, mas uma questão de sobrevivência.

Adobe X Apple e a caçapa cantada

Era uma questão de tempo: Nesta terça, 8/11, a Adobe anunciou uma reestruturação da companhia para focar-se em duas áreas de crescimento explosivo, mídias digitais e marketing digital. O que não fica muito claro na nota é a razão da demissão de 750 colaboradores de uma pancada só. Mas o motivo é um só: O Adobe Flash, ainda hoje dominante nas exibições de imagens e vídeos na internet, prepara seu passaporte para o museu.

Na versão para a imprensa, a Adobe diz que não fará mais evoluções do Flash para browsers de smartphones e tablets, justamente os segmentos de mercado que mais crescem, ao contrário dos desktops (queda acentuada), notebooks (em desaceleração) e netbooks (alguém viu algum novo modelo por aí?)

Quando o iPhone foi lançado em 2007, uma das principais críticas era exatamente essa, que o Safari não conseguia exibir videos criados em Flash. A Adobe e muitos rivais da Apple diziam ser essa uma estratégia suicida da turma da maçã; Steve Jobs batia firme dizendo que o Flash era proprietário e, ainda mais, suscetível a hackers e crackers, portanto não seguro. Para arrematar, o Flash seria um ogre no consumo de bateria, coisa ruim em dispositivos que se propõem a ser móveis e necessitarem um mínimo de conexão com a tomada de energia.

Mas eu via evidências de que a estratégia da Apple estava correta. O sucesso de seus produtos fez com que os portais e sites corporativos migrassem seus videos usando o HTML5, definitivamente o novo padrão.

Mas havia uma barreira: a Microsoft e sua dominância tanto em sistemas operacionais (Windows) e browsers (Internet Explorer) ainda aceitavam o Flash. Não mais: o IE 10 vem sem suporte para Flash, o que fará que, com o tempo, haja uma migração ainda mais forte para longe da ferramenta da Adobe.

Para o usuário comum, como a imensa maioria de nós, pouco mudará: continuaremos a acessar vídeos pela internet, e a vida segue normal.

Para os desenvolvedores que ganhavam seu dinheirinho usando soluções com a plataforma –paga– da Adobe, um mico que será resolvido reciclando suas estratégias de negócios, coisa que já vem ocorrendo de modo bem perceptível.

A Adobe deve seguir com seus planos anunciados dia 8, e ainda vai ter um carro chefe que lhe dá muita receita e muita margem: O Photoshop, aquele software de edição de imagens que tira defeitos de captura ou de origem das imagens e que 11 em cada 10 capas da Playboy são tratadas pelo programa.

Mas a forma de cobrança para o uso de licenças, tanto do Photoshop quanto de qualquer outro programa, está também se transformando, e para valer.

A falta de percepção da Adobe desse novo mundo da segunda década deste milênio pode explicar a queda do Flash. Mas isso é tema de uma próxima postagem…

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