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Google, 2 trilhões de buscas

Dias atrás, comentamos sobre os robustos números do YouTube e o que eles representam no tráfego da internet. Agora vamos tratar do serviços de buscas do Google. Esse foi a origem dessa empresa, em 1998, que hoje é uma das mais valiosas do planeta, de acordo com a cotação de suas ações na Bolsa de Valores.

Ao final de 2013, o Google terá respondido a mais de 2 trilhões de buscas. São cerca de 300 buscas por habitante, ou quase uma por dia, por habitante, contados aí os desconectados e os que vivem em países e regiões onde o Google tem algum tipo de restrição.

No ano de seu lançamento, foram 3,6 milhões de buscas; no ano 2000, 22 bilhões; em 2007, 438 bilhões; em 2010, 1,324 trilhão.

Os números absolutos são de tirar o fôlego, mas, ao analisarmos as taxas de crescimento, vemos algumas luzes sobre o possível futuro do motor de buscas mais popular da internet.

Considerando 2007 como ano de consolidação indiscutível de sua liderança, as taxas anuais de crescimento vêm caindo desde 2009, quando o volume de buscas cresceu 50% sobre 2008. Em seguida, 39% em 2010, 30% em 2011 e 9% em 2012, quando o total de buscas foi de 1,874 trilhão.

Ora, 9% ao ano ainda é muita coisa, ainda mais considerada a base de usuários, maior do que a do Facebook. Mas quer dizer também que há concorrentes, como o chinês Baidú e o russo Yandex o Yahoo volta com tudo, e as buscas especializadas, onde existem mecanismos específicos para milhares de categorias.

Veja as tabelas abaixo, cortesia do Google:

ANO  Quantidade de buscas/ano do Google  Média de buscas/dia
1998  3.600.000  9.863
2000  22.000.000.000  60.000.000
2007  438.000.000.000  1.200.000.000
2008  637.200.000.000  1.745.000.000
2009  953.700.000.000  2.610.000.000
2010  1.324.670.000.000  3.627.000.000
2011  1.722.071.000.000  4.717.000.000
2012  1.873.910.000.000  5.134.000.000
ANO Crescimento anual %
2008 45%
2009 50%
2010 39%
2011 30%
2012 9%

Fonte: Google

Através de seus links patrocinados e do direcionamento de anúncios de acordo com o perfil de cada usuário e sua localização, o Google faturou US$ 50 bilhões de dólares em 2012, com um custo de US$ 37 bi, com margens extraordinárias, gerado caixa para seu hoje enorme leque de produtos e serviços: Gmail, Google Maps, Google+, Blogger e tantos outros.

Os diversos serviços do Google estão cada vez mais integrados entre si, gerando tráfego de um para o outro, e, portanto, possibilidade de incremento de visualizações e de receitas.

Junte-se a isso o Android, hoje a plataforma mais usada no mundo para dispositivos móveis e aí fica fácil entender os 2 trilhões de buscas no Google em 2013.

O crescimento futuro, os números mostram, não será tanto na quantidade de buscas, mas sim na multiplicidade de serviços do Google que usaremos. Ou seja, ele quer mais o seu, o meu, o nosso tempo. Como nunca, aqui, time is money!

Afinal, eles realmente sabem de tudo sobre nós?

Google is watching

Capa da revista “The Independent”

Pensei em falar sobre algoritmos, sobre nossa concordância com os termos de uso e políticas de privacidade dos grandes portais e redes sociais, do tal do Big Data, mas, mesmo assim, o assunto não seria esgotado em uma simples postagem. Então, fui para um exemplo prático:

Peguei dois aparelhos conectados à internet, abri os browsers e fiz buscas simultâneas no Google.

Tentei “Óculos de sol“. Tive o cuidado de colocar os argumentos de busca iguais em cada dispositivo (um PC e um iPad) e dar enter ao mesmo tempo. Os resultados foram bem diferentes, em cada aparelho. Os links patrocinados também vieram diferentes.

Depois fui de “Arroz com feijão“, e, do mesmo jeito, os resultados da busca foram diferentes no PC e no iPad

Descontadas as frações de segundo decorridas entre buscas iguais através de dois aparelhos diferentes, com sistemas operacionais diferentes, o que ajuda a explicar porque “Óculos de sol” e “Arroz com feijão” não são iguais no iPad e no PC são cookies armazenados em cada aparelho e hábitos de navegação, armazenados nos servidores do Google.

Como o Google armazena tudo, ou quase tudo, ele pode direcionar os resultados de buscas de acordo com o que ele assume sejam suas preferências, ou, por razões comerciais, atendendo aos interesses dos anunciantes.

Você pode reproduzir esse exercício com argumentos de busca próprios, que também darão resultados diferentes quando você usa o Facebook, o Twitter, ou acessa qualquer dos grandes portais.

Resumo da ópera: Sim, essa turma sabe muito mais sobre você do que você imagina. Mesmo sendo você uma exceção à regra que costuma ler e entender as políticas de privacidade e os termos de uso de cada um desses serviços. Afinal, ao concordar com eles, você também concorda que eles possam mudar as regras a qualquer momento, sem aviso prévio.

Parar de usar? Nem pensar. Mas cuide com o que você posta e por onde você navega.

A Mega Sena das Buscas Digitais. Só que ao contrário…

ImagemVocê faz buscas na internet, usando seu smartphone ou tablet, via Google, Bing, Yahoo ou outros mecanismos menos cotados? Então prepare-se: se você confia nos resultados e acha que pode esquecer dos vírus  dos trojans, enfim dos malwares que infestam computadores pessoais, pode começar a se preocupar.

A empresa alemã AV-TEST divulgou um estudo onde mostra o ranking desses mecanismos mais populares no quesito entrega de malware nas buscas nossas de cada dia. Esse estudo levou 18 meses para ser concluído e é bem completo e isento.

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