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Mobilidade 2013-2016

phablet2013 será o ano dos smartphones. Pela primeira vez, o total de unidades vendidas bate na marca do bilhão, ou 52% de todos os celulares faturados no ano. Em 2016, ano da Olimpíada no Rio, as vendas totais podem chegar a 1,7 bilhão, com 78% de market share de telefones celulares. Definitivamente, os aparelhos comuns passam para a história da tecnologia.

Quem aponta esses números impressionantes é a Gartner, a principal empresa de pesquisa de tendências tecnológicas do mundo digital.

Os tablets também avançam, de 200 milhões de unidades este ano para mais de 400 milhões em 2016. Em 2014 ou 2015 os tablets ultrapassam o total de notebooks e ultrabooks vendidos. E tudo indica que esse novíssimo mercado de tablets será fatiado em partes quase iguais entre as plataformas iOS, da Apple, e Android, do Google.  A Microsoft fica num distante terceiro lugar, com uma fatia fininha da pizza. E o resto, bem… o resto nem aparece no mapa.

O segmento dos smartphones será fortemente dominado pelos aparelhos powered by Android. A Gartner prevê que, em 2016, o número de unidades vendidas com Windows Phone pode superar o de iPhones, colocando de vez a empresa de Bill Gates na primeira divisão do mundo da mobilidade. Já Blackberry, Nokia e outros menos cotados, com sistemas operacionais proprietários, ficam com nichos inexpressivos.

A liderança dos smartphones com Android tem a ver com a variedade de fabricantes que adotam o sistema operacional do Google, com aparelhos mais básicos a preços de referência por volta de 40 dólares, com acesso a internet, WiFi e Bluetooth.

A diferenciação entre dispositivos também fica mais embaçada, com o surgimento do phablet,  um smartphone com tela gigante ou um tablet com tela pequena, entre 6″ e 8″. Sem contar os híbridos, mistos de tablet com notebook ou ultrabook, com teclado destacável.

A Gartner descreve também tablets com telas de até 27″, tamanho razoável para um televisor de LCD para ambientes pequenos. E com os televisores cada vez mais conectados, só falta tê-los também com tela sensível ao toque.

Ou seja, em 2016, uma geladeira conectada à internet e administrando seu estoque de comida não é algo fora do razoável. Inclusive com um tablet destacável que possa lhe dar aulas de culinária, com os melhores chefs do mundo, de modo que você possa preparar pratos estrelados para seus amigos.

Confuso? Também acho. Mas é bom ir se acostumando…

Procuram-se: Baterias mais leves, potentes e duradouras. Paga-se bem!

O Google badala o Glass, na verdade um computador portátil com câmera e acesso à internet que foi comprimido em uma armação de óculos, numa espécie de pré-estréia dos chamados wearable devices, ou dispositivos digitais para vestir, em tradução livre.

A Apple, no WWDC 2013, anunciou que os MacBook Air virão com autonomia das baterias entre recargas aumentada em até 78%, podendo durar até 12 horas em uso normal.Também falou em integração entre os iPhones, iPods e iPads com os carros, visto que, nos Estados Unidos, 95% dos automóveis novos vendidos possuem portas de conexão com esses dispositivos móveis.

Mas as baterias dessas sofisticadas geringonças continuam as mesmas, de íon de lítio…

Uma bateria maior para fazer a carga do Glass durar o dia todo em uso? Doem as orelhas e o nariz!

Um smartphone que acesse a internet, tenha GPS, Bluetooth, NFC e outras conexões ativas, enquanto seu dono faz vídeo-chamadas onde quer que esteja? Sem um carregador à mão, nada feito… Então, até que ponto essa conectividade com os carros não é mais para carregar e manter carregados os dispositivos?

Dia desses, eu participava de uma longa reunião com 12 pessoas, no fim do dia. Aí foi preciso instalar filtros de linha e carregadores extras pois 11 smartphones precisavam de reabastecimento de energia; Outros 4 estavam em uso por seus donos, ou emprestados. Na verdade, poucos desses executivos tinham um só aparelho, então a durabilidade necessária das baterias por vezes se dá com o segundo celular ou com a ajuda de carregadores.

Como os laboratórios de pesquisa indicam, uma forte tendência é na linha dos wearables. Mas não dá para querer ter produtos usáveis se eles são incômodos, pesados e precisam estar sendo recarregados a cada 5 ou 6 horas.

Também é furado vender um aparelho com múltiplas funcionalidades realmente úteis se elas não podem ficar à disposição do dono o tempo todo.

Até setembro, deveremos assistir a uma série de lançamentos, voltados principalmente para o consumidor, tentando pegar a onda do Natal 2013.

Se não for anunciada uma bateria mais leve e mais potente, teremos apenas evolução do que conhecemos.  O próximo salto no mundo da tecnologia depende de baterias para que os produtos possam passar naturalmente nos testes de usabilidade, no sentido mais básico da palavra.

Arriscando novas previsões

Entre 1996 e 1997, durante várias discussões sobre a privatização do Sistema Telebrás, eu afirmava que haveria uma forte demanda por linhas de celulares, em um crescimento que poderia multiplicar por 100 o número de aparelhos existentes no Brasil.

Os céticos e os conservadores acharam que eu estava louco, numa época em que o Brasil todo tinha algo como 1 miulhão de linhas. Pois bem, em 15 anos, passamos de 200 milhões de linhas habilitadas, logo o crescimento foi de 200 vezes, não 100. Mas errei por um fator de 2…

Agora, lendo a excelente matéria publicada no UOL sobre o Mobile World Congress que está acontecendo em Barcelona, vejo que, na verdade, as previsões mais ousadas do final do milênio passado e mesmo alguns devaneios do início da primeira década do presente foram superadas.

Vale a pena ler a matéria e prestar atenção nos infográficos.

Acho que, daqui para frente, o crescimento será limitado tão somente pelos órgãos reguladores e governamentais. Isso se a tecnologia, novamente, não atropelar os acomodados.

Dispositivos Móveis: A Hora da Negociação

Quando se estuda a evolução da tecnologia até chegar ao mainstream, ou uso em massa, podemos adotar várias abordagens e metodologias. Aqui eu vou propor a minha, baseada em décadas de participação nesse mundo e, especialmente, de muita observação e meditação.


Para efeitos didáticos, vamos dividir a evolução em três etapas, segundo o protagonista de cada uma:

1- Os Engenheiros
2- Os Advogados
3- Os Negociadores

Explico:

Na fase 1, uma boa idéia, gestada em laboratórios de pesquisa e desenvolvimento, tem seu seguimento conduzido por técnicos, não só, mas principalmente, composto por engenheiros, físicos, matemáticos, enfim, a turma das exatas. Daí surgem os microprocessadores, as memórias, os displays, as telas sensíveis ao toque, os dispositivos de armazenamento, as redes de comunicação, apenas a título de exemplo e simplificação. Concepção, parto, primeiros cuidados com a criança até que ela firme seus passos.

Na fase 2, alguma(s) empresa(s) ganham a dianteira no mercado, e a defesa de patentes, marcos regulatórios, enquadramentos tributários e outros quetais viram prioridade. É a fase de ouro dos advogados, ajudando as empresas e as tecnologias a ganharem dominância. Talvez aqui a analogia seja com a adolescência, com seu rápido crescimento, o encontro com novas realidades, os conflitos do novo x estabelecido, a era da contestação e da busca pelo diferente.

Na fase 3, a realidade e a maturidade. Para seguir participando da festa, é preciso negociar alianças ou parcerias, conviver com os rivais, competir dentro de regras estabelecidas. Aqui se definem padrões, protocolos e as regras do ganha-ganha, no jargão dos negócios. É a fase adulta.

Podemos dar alguns exemplos, no mundo eletrônico e digital:

A briga VHS x Betamax: quem viu, sabe que o Betamax era superior ao VHS, quando o tema era gravação de conteudo de video doméstico. O problema foi da Sony, detentora da tecnologia Betamax que não viu a necessidade de negociar, enquanto que os concorrentes se juntaram e fizeram do medíocre VHS o padrão de fato, o que possibilitou o rápido crescimento do mercado. Os engenheiros da Sony eram melhores, seus advogados pegaram uma causa perdida e seus negociadores não tinham o quê negociar. Anos depois, a gigante japonesa aprendeu a lição e deu a volta por cima, ganhando com o padrão BluRay.

O Consenso USB: Antes dessa porta genial, chamada Universal Serial Bus, o mundo dos primitivos computadores era o caos completo. Só a miríade de cabos e conectores de tantos pinos, serial ou paralelo, mini ou normal, fazia com que nada ganhasse escala para atender a todos. Aí os grandes atores do mercado sentaram-se a mesas de negociação para chegar a um consenso assinado. E veio a USB, já na sua Geração 3, com um sucesso tão grande e tomada como algo tão natural quanto o sol e a chuva, que fica complcado explicar aos mais jovens que já houve uma era pré-USB. Mesmo assim, alguns renitentes -Apple à frente- insistem em esdruxulices como FireWire e similares. Esse é um raro caso onde as fases 2 e 3 andaram praticamente juntas.

A internet: já pensaram se não existisse um protocolo abreviado por http? Pois então, isso já existiu em priscas eras, quando os computadores e os terminais só falavam entre si se fossem da mesma marca e da mesma geração. A internet levou quase 30 anos desde seu primeiro impulso de uma rede de comunicação até o início de sua adoção em massa, nos meados da década de 1990. Uma série de eventos levou a isso, eu sei, mas se não fosse um protocolo (http), ainda teríamos ilhas não conectadas. Mas até chegar lá, brigas bilionárias envolvendo fabricantes de computadores, de equipamentos de telecomunicações, de software e, claro, de governos e entes reguladores desaguaram em tribunais locais e internacionais até que houve a evolução para  afase adulta: “Vamos negociar!”

Agora é a vez dos dispositivos móveis. Os celulares comuns, aqueles que só permitem falar e mandar/receber torpedos estão com seus dias contados. Mais um pouco, e a maioria das vendas vai ser dos ditos smartphones, que, quando dominarem o mercado, devem perder o prefixo smart e algo novo vai aparecer. E os antigos aparelhos virarão, por analogia, dumbphones, ou telefones burros.

Não esqueçamos dos tablets, que agora completam 2 anos de mercado de massa, depois do fenômeno do iPad. Em 2012, a marca de 100 milhões de unidades vendidas será facilmente alcançada, com crescimento de vendas esperado acima de 40% ao ano no futuro previsível. Ou seja, tablet vai ser uma geringonça que todo mundo vai ter ou vai querer, contrariando as cassandras que diziam que ninguém iria querer comprar um iphonão ou um laptop sem teclado.

E os laptops, agora turbinados com o conceito dos ultrabooks, vai continuar relevante e conectado.

Fazer com que essas três famílias falem entre si e, dentro de cada segmento, sejam muito compatíveis parece ser o novo desafio.

Por enquanto, nós, usuários, achamos que esse mundo é maravilhoso, que os gadgets criados por engenheiros fabulosos são o passaporte para o nirvana.

Mas os advogados brigam nos tribunais, desde sobre quem tem o direito à marca iPad até sobre a patente da funcionalidade slide nos martphones, ou aquela que você desliza o dedo sobre uma regua virtual para desligar seu aparelho, passando, naturalmente, pela hegemonia dos sistemas operacionais, hoje uma briga entre os gigantes Microsoft, Apple e Google.

Falando em Google, enquanto escrevo leio que a rede social FourSquare, que essencialmente é ancorada na localização física de seus participantes, abandona o Google Maps como ferramenta para aderir a uma solução aberta feita por uma startup…

Isso aí ainda vai ter muita discussão sobre tecnologia, pelos engenheiros e usuarios, mas o papel dos advogados vai crescer.

Já se vislumbra alguma negociação séria. No evento de mobilidade que acontece em Barcelona, todos menos a Apple sentam-se a mesa para começar a negociar um novo padrão.

Seria ingênuo apostar que dali surgirá a nova e mágica universalidade digital, e que a Apple ficaria isolada com sua arquitetura proprietária. A diferença, agora, que não pode ser ignorada, é que a Apple e seus produtos e serviços já ficaram grandes demais para poderem ser ignorados. Afinal, uma empresa que supera o meio trilhão de dólares em valor de mercado, enquanto tudo isso ocorre, não ficará de fora.

Mas os estrategistas da Apple e seus valorosos engenheiros insistem no modelo fechado. Talvez o melhor exemplo de turrice esteja no seu lindo Facetime, para conexão de audio e video entre seus usuários. O problema é que o Facetime não funciona com o resto do mundo nem com versões anteriores de produtos e sistemas operacionais da Apple.

Resumo da ópera: a história se repete, e estamos provavelmente no meio de uma profunda transformação de ambientes, plataformas e dispositivos, para aplicações que vão mudar e mudar muito.


A diferença agora, no mundo da mobilidade, é que essas transformações abrangerão uma parcela ponderável da humanidade. Talvez a busca por padrões e protocolos de entendimento seja, afinal, não uma estratégia sensata de negócios, mas uma questão de sobrevivência.

Fusões & Confusões

Sátira de sarcasticgamer.com

O Skype foi comprado pela Microsoft por US$8,4 bilhões neste 10 de maio. Bom para seus investidores, que planejavam talvez metade disso em um futuro IPO.

Um Steve Ballmer eufórico com as 170 milhões de contas ativas do Skype no dia do anúncio mostrava que a empresa de Redmond enxergou um poderoso atalho para o mundo da mobilidade e da comunicação.

A Microsoft vem sendo uma ávida compradora de empresas de sucesso com tecnologias, produtos e serviços que possam ampliar seu leque de atuação para além do Windows, do Office e do Windows Live.

A recente compra da TellMe pode significar a maturidade de uma tecnologia que há tempos anda por aí sem escala: a do reconhecimento de voz. De outro lado, a aliança com a Nokia parece indicar fichas caídas para ambas as empresas de que algo precisa ser feito para alcançar os lideres do mercado de smartphones e tablets. Correr atrás dos líderes para quem modelou para as massas a computação pessoal e a telefonia celular, respectivamente.

É possível argumentar que tanto a Microsoft como a Nokia são especialistas em ocupar mercados criados por terceiros, lembrando que computador pessoal, interface gráfica, planilha eletrônica, processador de textos, celular digital, smartphone, nada disso a dupla Microsoft-Nokia saiu na frente. Mas cada uma soube ocupar e liderar com maestria esses enormes mercados.

Talvez agora as coisas sejam diferentes. Ou não.  Afinal, os mercados que esses movimentos tectônicos de Microsoft+Nokia+Skype estão visando já possuem atores entrincheirados e com parcelas significativas de mercado. Aqui falamos do Google, da Apple e do Facebook, para ficar nos mais evidentes. Bater essa turma é tarefa de fôlego, embora não impossível.

E os resultados podem não estar a altura das expectativas da Microsoft. As grandes fusões e aquisições da ultima década no mundo da tecnologia evocam, para mim, um único e solitário sucesso: a compra do YouTube pelo Google.

As demais, em maior ou menor grau, podem ate ter adicionado valor à empresa compradora e muito dinheiro aos bolsos dos vendedores, mas, para nós, meros compradores, significou quase sempre menos evolução, mais custos ou ambos.

Não que esteja cético, mas, por cautela, vou deixar por uns tempos de fazer minha barba para poder deixa-la de molho.

Tomara que essa compra do Skype seja boa para nós, usuários. Pode até ser que a Microsoft saiba transformá-lo em uma útil plataforma corporativa, sem esquecer as pessoas físicas. Mas eu temo por possíveis restrições do serviço, pela inclusão de um excesso de propagandas chatas ou mesmo pelo direcionamento do uso da evolução do Skype para plataformas  Microsoft.

O bom seria replicar o sucesso da parceria Google-YouTube, com a Microsoft encarando de frente a concorrência e trabalhando com todas as principais plataformas de mobilidade.

Aí sim, ganharíamos todos e minha barba poderia sair do molho.

O Despertar das Gigantes

O mundo da mobilidade foi comunicado: as gigantes Nokia, Microsoft e HP acordaram e prometem dar trabalho, muito trabalho, às líderes de mercado com a nova geração de produtos e serviços.


Depois de muitas especulações de que a Microsoft compraria a Nokia ou que ambas fariam alianças estratégicas e outros comunicados e análises, ficou claro que, nessa configuração de parceria, a Nokia desenvolve o hardware e a Microsoft fornece o Windows Phone 7 como plataforma para os aplicativos. O objetivo anunciado é suculento: criar um novo ecosistema global de mobilidade. Nada menos que isso.

Faz sentido: A Microsoft dominou por décadas a computação pessoal e ainda hoje a imensa maioria de desktops e laptops são movidos a Windows; a Nokia, de outro lado, popularizou o universo dos celulares com seus aparelhos robustos, fáceis de usar e que têm como sistema operacional o Symbian, que, definitivamente não conseguiu emplacar no mundo dos smartphones e tablets.

A também gigante HP, que muita gente achava que iria ficar para trás, anunciou o seu tablet TouchPad, sem ficar corada pelo empréstimo do nome do dispositivo sensível ao toque presente em quase todos os notebooks do mercado. Com tela de 10″, câmera fotográfica e interface USB, ele tem tudo que o iPad 2 deverá ter, menos o conteúdo. O sistema operacional é o excelente e revitalizado webOS, da extinta Palm, comprada pela HP tempos atrás e que foi a pioneira no mercado em dispositivos digitais portáteis.

Não tenho dúvidas de que esses gigantes vão incomodar a liderança da Apple e o crescimento vertiginoso do Android, sem falar na focada e sólida RIM com seus Blackberries solidamente entrincheirados no mundo corporativo, onde a mobilidade ainda é quase que totalmente dedicada à checagem de e-mails e ao acesso a poucos sites e aplicativos dedicados.

Sinaliza também que o mercado da mobilidade vai entrar em uma nova fase, mais madura, onde o encantamento inicial criado pela Apple pode não ser mais o efeito determinante na decisão de compra.

No entanto, o grande desafio a ser superado está na quantidade e na qualidade das centenas de milhares de apps já disponíveis nos ambientes iOS e Android.

Mas a guerra está declarada. Os demais entrantes no mercado de smartphones e tablets vão ter que se allinhar a uma dessas plataformas: os já famosos iOS e Android e os gigantes Microsoft/Nokia e HP.

A RIM e seu Blackberry pode ser um caso a parte, dada sua zona de conforto nas empresas. Mas é difícil imaginar um ambiente corporativo em 3 ou 4 anos que aposte suas fichas em um produto de nicho, embora extremamente competente no que faz.

Eu até arriscaria um palpite -de resto já contemplado em análises de cenário nos eventos maiores de tecnologia- que a RIM está, na moita, estudando em qual porto vai lançar âncoras para a próxima geração de produtos.

Mas vai ser fascinante observar e participar dos próximos lances!

Soluções de mobilidade demoram para emplacar no Brasil

Está escrito em 10 de 10 previsões de analistas do setor de tecnologia: as soluções que envolvem recursos de dispositivos móveis, especialmente os smartphones, GPS e tablets são a grande avenida de crescimento do mundo digital.  O Brasil, no entanto, está em posições tímidas em qualquer ranking, quando o assunto é mobilidade.  Estranho?

Nem tanto…  Se levarmos em conta os custos absurdos que somos obrigados a encarar, tanto para compra de hardware como para uso de redes de acesso à internet, entendemos os motivos que nos colocam em posições medíocres, mesmo se comparados com nossos vizinhos latinoamericanos.

E o debate fica perigosamente desfocado quando vai para a reativação da Telebrás, supostamente para prover banda larga a qualquer cidadão em qualquer lugar do Brasil.

Assim, enquanto discutimos o sexo dos anjos, perdemos preciosas oportunidades de oferecer às nossas empresas e aos nossos cidadãos já incluidos digitalmente, as soluções decentes que usam intensamente os recursos da mobilidade digital.

Enquanto tivermos que pagar preços várias vezes maiores do que os praticados em outras plagas do planeta, não há milagre a operar. Vamos ficando para trás, em uma era onde estar presente em qualquer lugar –como permite a internet– não é mais fator crítico de sucesso, mas uma necessidade vital.

Alta carga tributária, um marco regulatório esquisito, que desestimula a concorrência, segurança jurídica no mínimo questionável ajudam a explicar esse descompasso.

Disposição de mudar parece inexistir entre os diversos atores, a começar por nós, usuários, que bovinamente assistimos essa aberração e ruminamos as altas contas que pagamos mensalmente como se fossem altamente nutrientes…

Engano puro! Esse quadro vai nos levar a uma perda de competitividade cada vez mais gritante.  E revertê-la, cada vez mais difícil.

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