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2016

2015 foi o ano que parei de escrever regularmente sobre tecnologia. Não que eu tenha cansado, ou desistido. Mas as mudanças estão acontecendo em um ritmo diferente, e entender o que se passa nesse mundo maluco requer, de vez em quando, uma mudança de foco.

Assim, estudei mais, me dediquei em buscar novas soluções tecnológicas que sejam aplicáveis a empresas e organizações governamentais.

Gastei fosfato, garganta e ouvido. Cheguei à conclusão de que não há conclusão. O mundo digital segue mudando, mas muda com menos espetáculo e com mais foco em dispositivos e soluções que sejam realmente úteis.

Os novos lançamentos da Apple, do Google, da Samsung e de tantos outros já não causam tanto frisson; as redes sociais estão à busca de um novo Facebook, que já dá sinais de cansaço, mas mostra uma robustez incrível na geração de caixa.

OK, tem o WhatsApp, que no Brasil já tem mais contas do que o Facebook,mas esse não vale, pois é do Facebook. Valeu o investimento, assim como o do Google ao comprar o YouTube, lá no início do milênio.

A segurança digital nossa de cada dia vai exigindo que abramos mão de nossa privacidade, mas, fazer o quê, se terroristas organizam atentados usando aplicativos que todos nós usamos? Não queremos ser alvos de atentados, por certo!

Há, por fim, aquela necessidade de estar desconectado por uma parte razoável de nosso tempo, que nos permita estar fisicamente com os nossos familiares e amigos.

O que me traz à reflexão inevitável quando chega a virada do ano: acredito que 2015 vá deixar poucas saudades, e 2016 sinaliza turbulências. Mas isso não deve ser motivo de desânimo nem de baixo-astral. Já que estamos aqui nesse planeta onde a natureza já mostra que não está muito satisfeita conosco, vamos procurar melhorar esse nosso lar.

Além de buscar eliminar desperdícios de recursos finitos, devemos buscar uma melhor convivência entre aqueles que nos são próximos e outros nem tanto.

2016 será o ano das Olimpíadas no Rio, no Brasil. Para mim, isso não representa um marco nem uma corrida de 100 metros rasos. É mais um ano que vai exigir muito esforço, muito trabalho, melhores soluções e, sobretudo, paciência e persistência.

Mas é exatamente nas dificuldades que surgem as oportunidades!

Countdown

Feliz 2016 a todos!

Apple Watch, ou como ganhar bastante dinheiro

WatchA Apple lançou o Watch com grande espalhafato, no começo de setembro passado, prometendo as entregas logo no início de 2015. Depois adiou para abril, logo para maio e agora jura que embarca o primeiro milhão de unidades vendidas em poucos dias a partir de junho.

As lojas já exibem o produto para demonstração e testes de clientes, em países selecionados, e a Apple admite problemas na produção e nas vendas acima de qualquer expectativa.

Com certeza, o produto vai dar o que falar. Pode até abrir espaço para mais um gadget que você nem sabia que ia precisar, seguindo a linha de pensamento do grande Steve Jobs.

E a Apple segue sendo uma empresa altamente lucrativa, sólida, esbanjando charme. O Watch é o primeiro produto inteiramente novo projetado e lançado após sua morte.

Mas dá para fazer uma outra leitura.

Ocorre que o conjunto de funcionalidades, tamanho reduzido, preço razoável e capacidade de processamento e de comunicação batem de frente com a capacidade e durabilidade da bateria. Esse foi o principal glitch, e a tentativa de melhorar o que foi anunciado, depois do lançamento, foi infrutífera. O fato é que o Watch não tem capacidade para mais do que 18 horas de funcionamento contínuo, depois precisa reabastecer usando o charmoso carregador com cara de estetoscópio.

O Watch é, pois, o primeiro relógio de produção em massa cuja corda dura 18 horas, ou menos, se você começar a usá-lo para outras coisas que não seja ver as horas.

18 horas de um total de 24 horas/dia. OK, você dorme, seu Watch carrega. Parece um bom acordo. Só que, no mundo moderno, nem sempre é assim. Existem viagens intercontinentais com diversos fusos horários, você pode esquecer de colocá-lo no carregador depois de uma animada festa, enfim, o Watch depende de você ser uma pessoa com hábitos regrados e constantes.

Mas a Apple tem bala na agulha para criar mais uma legião de dependentes até que essa briga com a bateria se resolva.

Enquanto isso, 1 milhão de Watches a US$ 250 cada (ticket médio), são US$ 250.000.000 no caixa da empresa sem que nenhum relógio tenha sido embarcado.

Genial, não? Você não adoraria ser acionista de uma empresa assim?

Siri em português

Finalmente a Apple disponibilizou o (a) assistente com reconhecimento de voz em português, Siri. Eu vou de feminino, a Siri, já que escolhi a voz de mulher.

SiriPortugues

Isso acontece ao você atualizar seu dispositivo iOS para a versão 8.3.

Eu já usava a Siri em inglês. Às vezes meio burra, outras vezes meio ríspidas, mas eu havia gostado. Só que, para localização de endereços ou mesmo rotas, não funcionava aqui no Brasil. Agora, vai começar devgarinho. O problema é a interação com o Mapas, o App nativo da Apple que concorre com o Google Maps, este muito melhor.

Mas é um avanço! Celebremos, com cautela…

E você, já está usando a Siri em português?

Quer saber mais?

Vou mudar o foco de minhas digressões sobre tecnologia. Ao contrário de uma possível paráfrase a Francis Fukuyama, eu não acredito que estejamos na era do fim da tecnologia, ou do fim dos avanços. Muito pelo contrário. Sigo acreditando que muita coisa nova virá, que pode encantar o mercado, e, enfim, transformar o mundo em que vivemos.

Só que isso pode demorar algum tempo, no mínimo meia década, que, nessa área tecnológica, é uma eternidade! Enquanto isso, as discussões são sempre em cima de um pouco mais do mesmo (evolução), privacidade x segurança (deveres e direitos), plataformas (hoje reduzida, para efeitos práticos, aos mundos Apple e Android) e longas e custosas batalhas legais sobre patentes, legislações locais ou globais, quem manda na internet, quem pode, quem não pode.

Mas o mundo da tecnologia está centrado em grandes e poucos atores, como as indústrias automobilísticas, aeroespaciais, entretenimento, alimentos e bebidas. No mundo da tecnologia, os key players são Apple, Google e Samsung. OK, tem os chineses no hardware, os indianos no software, tem a Microsoft, a Oracle, a HTC, a Intel, a Qualcomm… Tem muitas outras, assim como na automotiva, o mundo não é só GM, Ford, Toyota, Honda, VW, Fiat e Hyundai. Tem também os chineses, os niche players, os… Mas tem também o Google, a Apple querendo entrar, tem…

O que está em falta, e parece que demorará a surgir, são os novos Googles, Facebook, ou novidades da turma do software livre. Faltam também novidades ou pelo menos iniciativas em outros países, salvo pelas exceções de Israel, um pouco na Alemanha, a África do Sul está trabalhando sério, a Austrália também.

Mas faltam inovadores, faltam núcleos de inovação. OK, no Brasil temos lá o Porto Digital, iniciativa pioneira do incansável Sílvio Meira, tem o polo de Campinas, ah!… já ia esquecendo da minha alma-mater, o ITA, em São José dos Campos. Bem , o ITA segue em nível destacado, mas, em essência, forma pouca gente por ano, não muito mais do que em meu tempo, há longínquos 50 anos.

Tem também a turma que trabalha com a parte de ferramentas para dispositivos móveis, grupo porreta em BH. Mas é do Google, nos dias de hoje.

Em resumo: somos majoritariamente consumidores de tecnologia, cada vez mais influindo menos, cada vez consumindo mais. Não é algo essencialmente errado, mas para falar e escrever sobre isso, precisamos de mais de gente de marketing, de comportamento do consumidor, de especialistas em direito. Não é o meu caso, que trabalho no mundo digital desde 1961 ou 1962.

Então vou parar de comentar sistematicamente sobre novidades tecnológicas. Puxo o freio nessa experiência gostosa de vários anos, mas que tem ficado monótona, ultimamente.

Vou buscar meus guardados e começar a escrever um pouco da história que vivi. Inclusive sobre lances de bastidores, que pouca gente conhece, mas que permitiram algum desenvolvimento tecnológico no Brasil, e inibiram algumas outras iniciativas, por conta do jogo de interesses ou do alcance da visão.

Eventualmente, posso até voltar a falar sobre novidades.

Por enquanto, obrigado a todos pela paciência nas leituras de minhas escritas. E sigam por aqui. Vou precisar de vocês, sobretudo os mais veteranos, para garimpar o passado. Que também pode ser fascinante!

Abraço!

Apple, sempre ela!

AppleGiantNesta terça, 27, A Apple fez, em sua sede de Cupertino, na California, a apresentação dos resultados da companhia para o trimestre encerrado em dezembro passado, o 1º trimestre fiscal de 2015. Tudo muito enorme, superando as previsões mais otimistas.

O CEO Tim Cook apresentou dados superlativos sobre o desempenho da companhia. De 2007 até dezembro de 2014, a Apple ultrapassou a marca único de 1 bilhão de dispositivos com o sistema operacional iOS para os iPod Touch, iPhone, iPad e iPad Mini. 1 Bilhão!

Tem mais: Nesse trimestre, a Apple vendeu estonteantes 76 milhões de iPhone 6 e 6Plus, recorde absoluto. Recorde também de migrantes de Android para iPhone e iPad, recorde de novos usuários.  Em dinheiro, foram US$ 18 bilhões em lucros para US$76bi de receitas. Recorde de receitas e lucros em um só trimestre, em toda a história da Bolsa de Valores. Computados os 20 maiores resultados trimestrais de todos os tempos,15 ficam com várias petroleiras, os 5 outros, com a Apple.

As receitas do iPhone já passam de 76% do total de vendas da empresa. E a Apple tem arquitetura fechada, só seus dispositivos têm iOS!

No outro lado da cerca, o Google, dono do sistema operacional Android, anuncia que sua divisão YouTube passa adotar como default os uploads de videos no padrão HTML5, descartando o Flash, da Adobe, que nadava de braçada com seu produto proprietário, adotado por toda a indústria, menos a Apple.

Traduzindo em miúdos, as coisas parecem se fechar: A Apple domina o mercado de alto luxo, o Android do Google diz que adota o padrão aberto HTML5 para páginas da internet. Assim, somados Android/Google e iOS/Apple, temos uma sutil cartelização do mercado.

Quem gostou ou se conformou, fica com um dos dois, Quem se sente desconfortável, fica com Window Phone ou alguma alternativa exótica.

E você?

Comunicação e Informação em 12/2014. Diferente do que foi imaginado!

As previsões mais ousadas sobre o futuro da internet e do mundo digital não se materializaram. Ao menos não na maciça migração de consumidores de mídias tradicionais, como livro, jornal, revista, rádio e TV. O que vimos foi convivência e mudança do perfil de uso.

book-ebookHá 8 anos atrás, um pouco menos, com o lançamento do iPad e do Kindle, mais o poder das gigantes Apple e Amazon, houve quem indicasse que o mercado de livros seria totalmente digital, e que o livro de papel sumiria das prateleiras e mesmo as livrarias físicas seriam sebos apenas.

O que ocorreu, de fato, foi um acirramento da concorrência e um brutal aumento da relação de livros vendidos por leitor usual ou mesmo por habitante, no mundo todo. Algumas livrarias pequenas, outras redes tradicionais que não se adaptaram, sumiram do mapa. Mas surgiram novas livrarias com múltiplos serviços, com cafés, auditórios e palestras de especialistas. Nunca se lançaram tantos livros em noites de autógrafos como hoje. No Brasil, um autor que não se chamasse Paulo Coelho não atingiria a dezena de milhares de exemplares vendidos, que diria ingressar no clube do milhão. Não é, Laurentino Gomes?

Hoje em dia, se você quer um livro, dependendo de sua pressa, da disponibilidade do título no formato impresso ou digital, você tem escolha. E isso é bom!

NewsPOs jornais diários, com certeza, foram os mais atingidos, Publicações fortes, tradicionais, sumiram do mapa ou foram absorvidas pelos concorrentes. A receita mais relevante, a de anúncios e classificados, ficou minúscula. Mesmo para os veículos que foram forte para a internet perderam público por conta da especialização do mercado. Quando foi mesmo a última vez que você se guiou por um anúncio de jornal para iniciar a compra de um carro ou de um imóvel?

magazine vs digitalAs revistas ganharam força ao penetrarem no mercado via tablets, que facilitaram o processo de distribuição. Revistas semanais de informações, antes dedicadas a analisar com mais detalhes as notícias diárias, agora podem se dar ao luxo de trabalhar melhor com o jornalismo investigativo e apresentar notícias à frente de muitos outros veículos.

As revistas especializadas proliferaram também no formato impresso, mas algumas delas perdem o sentido. Um exemplo é a INFO Exame, publicada pela Abril, que a partir de fevereiro de 2015 deixa de publicar sua versão de papel. Ficou simplesmente impossível abordar a tecnologia sem recursos multimídia. E a INFO só é pioneira aqui no Brasil. Lá fora, muitas revistas técnicas, científicas, ou de nichos específicos mas que têm público disperso geograficamente já estão 100% digitais.

RadioAs rádios, para serem viáveis, viraram redes, e usam muito os meios digitais. Vide a nossa CBN Curitiba, há tempos recebendo informações e solicitações de ouvintes por torpedo, Twitter, Facebook e agora, febre total, o WhatsApp. Assim como quando surgiu a TV muitos apostavam no sumiço do rádio, o que ocorreu foi o contrário: com o crescimento das cidades e os problemas de trânsito e segurança, nunca as rádios foram tão úteis, e, com a interação com os ouvintes, viraram fontes importantes para aqueles longos (no tempo) trajetos nas vias abarrotadas de carros, todos com carros e ouvintes dentro. Hoje, mais de 2/3 das receitas das rádios, no mundo, estão com as que oferecem algum tipo de interação com o ouvinte.

TV_Cable_internetA TV aberta, mesmo ainda com boa audiência, têm dificuldade em competir com os canais de TV paga e o serviços na rede. Mas, por conta do aumento da renda média, mundo afora, ganharam uma sobrevida no seu formato atual. Talvez seja o vetor de comunicação com mais necessidade de reinvenção. Mas hoje, nos Estados Unidos, mais de 51% dos telespectadores gastam parte de seu tempo vendo TV pela internet, 54% dos que têm menos de 25 anos.

Adeus, veículos impressos, adeus broadcast de rádio e TV? Não é o caso. Mas potencializar o combo analógico/digital para atingir melhor o público-alvo é fundamental. Até porque esse público-alvo (nós, consumidores de conteúdo) somos cada vez mais exigentes e também produtores de conteúdos.

Conviver com formatos diferentes é bom para nós, consumidores. E isso deve se intensificar!

Alguém lembrou aqui de mencionar as redes sociais?

iPhone 6: Começam os problemas de vulnerabilidades

6_6PlusNem bem a Apple começou a entregar os novíssimos e maiores iPhone 6 e 6 Plus e já surgem problemas de vulnerabilidade. Isso depois que o novo iOS 8.0 também deu defeitos e foi necessária a sua atualização sucessiva para o 8.01, 8.1 e agora, o 8.1.1.

Problemas? A Apple deixou de ter produtos seguros? Como está a nossa exposição, enquanto usuários?

Pois é: mais uma vez, bem-vindo ao novo mundo conectado, onde a preocupação com segurança é cada vez maior. Mais conectado, mais tempo, mais exposição, mais vulnerabilidade.

Desta vez, houve tempo até para aviso do governo americano e nota oficial da Apple a respeito. Aparentemente, o problema surge quando você tem instalado em seu iPhone aplicativos ou plugins de terceiros, ou seja, não adquiridos na App Store ou que não sejam assegurados pela empresa em que você trabalha.

Na prática, a mensagem é: não faça jailbreak no seu iPhone nem instale aplicativos de terceiros. Mas também, assim como nos carros cada vez mais conectados, objeto de postagem anterior, o seu smartphone ou tablet acabam sendo hubs de uma importante rede digital que influenciam sua vida, e a potencial exposição de dados pessoais, ou alteração desses dados pode ter resultados catastróficos!

Lembrando que, além da conexão com sua operadora de telefonia, o iPhone pode ser conectado por AirDrop, Bluetooth, WiFi, GPS, sem falar no novíssimo Apple Pay para fazer pagamentos usando a tecnologia NFC. Ou seja, mesmo com a arquitetura fechada da Apple, você não está seguro.

E o Android ou o Windows Phone? Mesma coisa, em estágios diferentes, que ora apresentam maior ou menor vulnerabilidade. Afinal, são bilhões de unidades de smartphones no mundo, fora o bilhãozinho novo todo ano. Mesmo com a evolução dos sistemas de segurança, os hackers do mal não descansam.

No frigir dos ovos, esse anúncio sobre o problema com o 6 até gerou um pouco de desconforto, mexeu um pouco nas cotações das ações da companhia na bolsa mas o mundo segue conectado.

A você, cabe cuidar, porque, no seu aparelho, são seus dados que estão lá, e, por vezes, um descuido simples de deixar a tela inicial sem senha pode torná-lo um alvo fácil par ao mais inexperiente dos ladrões de dados. Cuide bem do seu smartphone e de seu conteúdo!

iOS 8: Ainda não baixou? Espere! (Saiu a versão 8.0.1)

iOS8Apresentado no último dia 9 de setembro, com o burburinho que antecede os lançamentos da Apple, o sistema operacional iOS 8 veio como a maior atualização desde o lançamento do iPhone original, em 2007.

Já disponível gratuitamente para modelos de iPhone desde o 4S e do iPad desde o 3, e instalado de fábrica nos novíssimos iPhone 6 e 6 Plus, virá também nos iPad que serão lançados em outubro.

Como sempre, a disponibilização da novidade gerou milhões de downloads na AppStore, muitos movidos pela simples novidade; outros, para analisar o que chega, para poder contar suas experiências.

Foi o meu caso. Baixei o 8 em meus iPhone 5S e iPad Air.

Que devo dizer aos meus amigos que ainda não o fizeram? Aguarde!

A versão 8.0 está com muito mais bugs do que novidades. Dentre elas, um consumo bem maior de bateria (algo como 35% a mais), vários Apps não funcionam e outros travam. Isso mesmo, travam, coisa rara em produtos da Apple.

No caso do iPhone, trava exatamente o App para ligações telefônicas. Parece que a tela sensível ao toque não está funcionando, e, por vezes, é necessário reiniciar o smartphone. Algo impensável para quem precisa usar seu celular.

No iPad, os problemas são parecidos, mas, como não há a função telefonia, não incomoda tanto. Mas, por vezes, é necessário usar uma alternativa, que pode ser outro tablet ou o laptop.

Foi mal, hein?

Para quem ainda não foi para o iOS 8, a opção é esperar mesmo.

Para quem já está no iOS 8, existem vários tutoriais disponíveis sobre como voltar para o 7. O mais óbvio é, se você tem o backup de seu celular num iCloud ou numa Time Capsule, restaurar a versão e os dados mais recentes antes da atualização para o 8. As outras disponíveis ou sugeridas podem até ser mais rápidas, mas requerem algum grau de conhecimento técnico que está fora do alcance de 99,98% dos usuários, ou seja: não as use!

Outra solução para quem já foi para o 8 é esperar. A Apple vai lançar muito em breve uma atualização do sistema operacional.

O certo mesmo, para quem está totalmente na arquitetura Apple, inclusive com o Mac, é esperar pela atualização do OSX, na versão Yosemite, que vai integrar melhor com o iOS 8.

Lançamento precipitado? Talvez. Mas a pressão exercida pela concorrência e a aproximação da temporada de vendas natalinas fez com que os cofres da Apple falassem mais alto do que a razão. O tempo dirá se essa pixotada será compensada pela magia da marca 

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Mas entre a publicação da postagem original e esta atualização, a  lança a versão 8.0.1 do iOS. Por enquanto, disponível só para os iPad. A conferir se sanou os principais bugs…

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A versão 8.0.1 saiu pior que a 8.0… Além de travar o telefone, aboliu o login por impressão digital. Espera-se a 8.0.2 até o final de semana.

Tropeços assim minam a credibilidade da marca.

Apple segue com iPhone 6 e ousa com Watch

Para variar, dia de anúncios de novos produtos da Apple gera uma comoção na turma de tecnologia, na imprensa, na NASDAQ. Mídia espontânea, avaliada em centenas de milhões de dólares, para duas horas de show. Um show de verdade, mesmo… Terminou com uma apresentação ao vivo do U2, que, de brinde, deu de presente para quem tem conta no iTunes em 115 países, um download de um album a estimados 500 milhões de clientes.

Bono Cook

Bono Vox prestando vassalagem ao insosso CEO da Apple, Tim Cook.

Mas vamos ao que interessa: evolução ou revolução?

iPhone 6Na primeira parte, com a apresentação dos iPhone 6 (tela de 4.7″) e 6 Plus (tela de 5.5″), uma clara mostra que, quando o assunto é hardware de smartphone, a Apple vem correndo atrás da concorrência. Até o jeitão dos aparelhos, mais finos e com cantos arredondados, lembra a linha Galaxy S, da Samsung.

O processador é o novo A8, com o coprocessador M8, que, juntos, prometem entregar até 50 vezes mais poder computacional do que o iPhone original. Isso em 7 anos!

Junto veio o Apple Pay, sistema de pagamentos usando o smartphone  com NFC (Near Field Communication) e pronto para as bandeiras Amex, Mastercard e Visa. O NFC, aliás, vem com atraso grande para a linha Apple, já disponível há bem mais de 1 ano nos produtos premium dos concorrentes. Aqui no Brasil, estamos atrasados na introdução do NFC, mas isso é outra história.

Gostei também do VoLTE (Voice over LTE), ou a possibilidade de automaticamente converter uma chamada de voz para o canal de dados, permitindo qualidade de som HD e redução de custos. Mas depende da oferta desse serviço pela operadora.

Fora o design e a potência, mais resolução, câmeras melhores,  mais funcionalidades, o novo iOS8 (disponível a partir de 17/9) e o início das entregas 2 dias depois, nas lojas e pela internet, nos Estados Unidos. Em outros 150 países, até o final de 2014 (Brasil incluído, mas acho que é mais para final de novembro).

Com preços variando de US$ 199 a US$ 499, mais um contrato de 2 anos com as operadoras (dependendo do tamanho da tela e da memória flash, que vai dos usuais 16GB e chega aos 128 GB), os preços estão um pouco acima da concorrência, mas dentro do padrão Apple.

Com a chegada dos iPhone 6, ficam disponíveis os iPhone 5c (grátis) e 5s ($99), ambos em contrato de 2 anos. Grátis!

iWatchMas o top do evento foi o Apple Watch, o smartwatch que a Apple lançou para tentar redefinir esse mercado, ainda meio indefinido e sem ganhadores identificados.

Chamativo o botãozinho “analógico“, na lateral do relógio, como se fosse um botão de corda e ajuste de hora de um relógio comum. Só que esse do Apple Watch (ou Watch) é um controle de navegação, com zoom, e bem fácil de navegar entre os aplicativos.

O Watch (rolou o nome iWatch até a hora do lançamento) tem um monte de diferenciais em relação aos concorrentes.

O display padrão Retina é flexível. A Apple diz ser  “laminado em um único cristal de safira, o material mais duro depois do diamante transparente”. Vem com giroscópio, acelerômetro, e a conexão via Wi-Fi e GPS depende de um iPhone conectado. Ponto negativo para quem não é 100% Applemaniac.

A Apple não falou sobre a duração de carga da bateria, mas mostrou o novo de carregador sem fio indutivo, que gruda na parte interna do relógio como se fosse um estetoscópio.

Vários Apps foram apresentados nesse lançamento,inclusive as mais óbvias como controle das músicas de um dispositivo iOS ou Mac conectado, notificações (com feedback tátil), e a possibilidade de mudar as aparências do relógio. Esse conceito de feedback tátil é bem útil para mensagens, bem como para permitir aos usuários fazer pequenos desenhos e enviar, ou a possibilidade de enviar os dados de seu batimento cardíaco para outra pessoa.

No quesito fitness, o Watch manda bem. Aplicativos de ginástica e musculação incluem recursos para acompanhar os objetivos de fitness e compartilhar esses dados com o aplicativo Saúde no iOS 8. O dispositivo também é compatível com o Apple Pay.

Os desenvolvedores Apple já dispõem de um  SDK (software Development Kit) que já coloca a turma para trabalhar e gerar mais Apps para a loja. No lançamento já foram mostrados alguns, como BMW, Pinterest, Facebook, Twitter e Nike.

São três modelos: Watch, Watch Sport e Watch Edition.  O Sport possui design mais robusto, enquanto o Apple Watch Edition apresenta materiais de alta qualidade como ouro 18k. São vários tipos de pulseiras intercambiáveis, de modo que você pode ter seu Watch diferente a cada dia. E, claro, uma enorme tentação de passar na loja e comprar mais um acessório…

OWatchh é compatível com o iPhone 6, iPhone 6 Plus, iPhone 5S, iPhone 5c, e iPhone 5 e estará disponível “no início de 2015”, comp preços começando em US$ 349.

 

Terça, 9 é dia de iPhone 6. E iWatch também?

Esta terça, 9, é dia de lançamentos da Apple, aquela, que não estava na IFA 2014 nem em outras grandes feiras de tecnologia mas que anuncia coisas novas sempre em cima dessas onde todos os outros fabricantes convivem.

Faz algum tempo que a Apple não rouba a cena, apenas com evoluções. Mas agora pode ser diferente. Aproveitando a ausência de novidades que excitam o mercado, pode surgir a grande novidade, o por enquanto especuladíssimo e secretíssimo iWatch, ou o nome que a Apple venha a escolher, para acompanhar o lançamento dos iPhone 6 de tela grande.

Dos resumos que vi até agora, o mais sensato é o do Mashable, que prevê ainda o iOS 8 e mais algumas novidades menores; para outubro, os novos iPad.

Se o iWatch vier mesmo, a entrega não deve ser imediata. Ele deve estar integradíssimo com o iPhone 6 com iOS 8 (aliás, aposto que o relógio esperto da Apple virá com o iOS 8).

Mas serão os aplicativos para fitness e monitoramento da saúde do iWatch, aliados à facilidade de uso e sua utilidade prática, no entanto, é que serão os definidores de um novo mercado, assim como ocorreu com o iPod, o iPhone e o iPad. A verdade é que os smartwatches da concorrência provaram ser pouco mais que gadgets bonitinhos, que muita gente compra, usa para mostrar que tem e depois deixa na gaveta.

Mas se for algo que faça sentido… A Apple sabe dar o toque de classe.

Aguardemos! Amanhã é o dia.