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Siri em português

Finalmente a Apple disponibilizou o (a) assistente com reconhecimento de voz em português, Siri. Eu vou de feminino, a Siri, já que escolhi a voz de mulher.

SiriPortugues

Isso acontece ao você atualizar seu dispositivo iOS para a versão 8.3.

Eu já usava a Siri em inglês. Às vezes meio burra, outras vezes meio ríspidas, mas eu havia gostado. Só que, para localização de endereços ou mesmo rotas, não funcionava aqui no Brasil. Agora, vai começar devgarinho. O problema é a interação com o Mapas, o App nativo da Apple que concorre com o Google Maps, este muito melhor.

Mas é um avanço! Celebremos, com cautela…

E você, já está usando a Siri em português?

Vai viajar? Cuidado com seus planos!

Que seu celular pode estar grampeado por agências de inteligência e que suas conversas pelas redes sociais também, você já sabia, ainda mais depois das revelações do ex-NSA Edward Snowden, hoje asilado na Rússia.

Slide de apresentação interna da NSA com tópicos de monitoramento em massa.

Slide de apresentação interna da NSA com tópicos de monitoramento em massa.

A figura ao lado mostra um slide de uma apresentação da NSA sobre os tópicos que estavam sendo monitorados.

Mas nesta segunda, 27, o jornal New York Times revela que a coisa é mais abrangente do que podemos imaginar, e pode até causar problemas em sua próxima viagem. Como?

Você vem planejando com seus amigos aquela viagem de férias, mesmo com o dólar caro. Economizou uma grana, avaliou alternativas, buscou melhores preços e itinerários através de sites de viagem. E fez esse roteiro via Google Maps. Claro que você também usou seu smartphone e seu tablet para chats com os amigos e também pegou dicas com outras pessoas, conhecidas ou não, que já estiveram nesses lugares. É mais ou menos assim?

Pois saiba que a NSA e sua contraparte britânica armazenam tudo isso também nos seus supercomputadores. Aproveitando que os apps e os sites mais usados armazenam muitos de seus dados pessoais, os espiões verificam possíveis conexões suas que estejam enquadradas no perfil de um terrorista, ou até mesmo passando suas navegações nos algoritmos de identificação de suspeitos, e, sem querer, você pode ficar na mira.

Mas não é só isso. Enquanto você planeja a viagem, seus filhos ficam entretidos com os Angry Birds, em qualquer de seus apps famosos mundo afora. Até ali os dados de uso estão sendo monitorados.

Como reporta o Times, “a cada nova geração de tecnologia de telefonia celular, mais e mais dados pessoais são despejados através das redes onde os espiões podem capturá-los. 

Dentre essas ferramentas de inteligência estão os aplicativos com ‘vazamentos’ que abrem tudo, desde códigos de identificação dos usuários de smartphones até os lugares onde eles estiveram naquele dia.”

Um leitor da Califórnia define bem o que acontece. Diz ele: “Os smartphones de hoje nada mais são do que dispositivos de rastreamento bem embalados que o usuário com orgulho e ingenuamente exibe por onde passa“.

Google, 2 trilhões de buscas

Dias atrás, comentamos sobre os robustos números do YouTube e o que eles representam no tráfego da internet. Agora vamos tratar do serviços de buscas do Google. Esse foi a origem dessa empresa, em 1998, que hoje é uma das mais valiosas do planeta, de acordo com a cotação de suas ações na Bolsa de Valores.

Ao final de 2013, o Google terá respondido a mais de 2 trilhões de buscas. São cerca de 300 buscas por habitante, ou quase uma por dia, por habitante, contados aí os desconectados e os que vivem em países e regiões onde o Google tem algum tipo de restrição.

No ano de seu lançamento, foram 3,6 milhões de buscas; no ano 2000, 22 bilhões; em 2007, 438 bilhões; em 2010, 1,324 trilhão.

Os números absolutos são de tirar o fôlego, mas, ao analisarmos as taxas de crescimento, vemos algumas luzes sobre o possível futuro do motor de buscas mais popular da internet.

Considerando 2007 como ano de consolidação indiscutível de sua liderança, as taxas anuais de crescimento vêm caindo desde 2009, quando o volume de buscas cresceu 50% sobre 2008. Em seguida, 39% em 2010, 30% em 2011 e 9% em 2012, quando o total de buscas foi de 1,874 trilhão.

Ora, 9% ao ano ainda é muita coisa, ainda mais considerada a base de usuários, maior do que a do Facebook. Mas quer dizer também que há concorrentes, como o chinês Baidú e o russo Yandex o Yahoo volta com tudo, e as buscas especializadas, onde existem mecanismos específicos para milhares de categorias.

Veja as tabelas abaixo, cortesia do Google:

ANO  Quantidade de buscas/ano do Google  Média de buscas/dia
1998  3.600.000  9.863
2000  22.000.000.000  60.000.000
2007  438.000.000.000  1.200.000.000
2008  637.200.000.000  1.745.000.000
2009  953.700.000.000  2.610.000.000
2010  1.324.670.000.000  3.627.000.000
2011  1.722.071.000.000  4.717.000.000
2012  1.873.910.000.000  5.134.000.000
ANO Crescimento anual %
2008 45%
2009 50%
2010 39%
2011 30%
2012 9%

Fonte: Google

Através de seus links patrocinados e do direcionamento de anúncios de acordo com o perfil de cada usuário e sua localização, o Google faturou US$ 50 bilhões de dólares em 2012, com um custo de US$ 37 bi, com margens extraordinárias, gerado caixa para seu hoje enorme leque de produtos e serviços: Gmail, Google Maps, Google+, Blogger e tantos outros.

Os diversos serviços do Google estão cada vez mais integrados entre si, gerando tráfego de um para o outro, e, portanto, possibilidade de incremento de visualizações e de receitas.

Junte-se a isso o Android, hoje a plataforma mais usada no mundo para dispositivos móveis e aí fica fácil entender os 2 trilhões de buscas no Google em 2013.

O crescimento futuro, os números mostram, não será tanto na quantidade de buscas, mas sim na multiplicidade de serviços do Google que usaremos. Ou seja, ele quer mais o seu, o meu, o nosso tempo. Como nunca, aqui, time is money!

iPhone 5C e 5S anunciados lá. E funcionarão na rede 4G daqui. Ufa!

No dia em que a Apple anuncia seus dois novos iPhone, a melhor notícia é que teremos versões que funcionarão na faixa de 2,6GHz, ou seja serão compatíveis com a rede 4G brasileira.

Como antecipado aqui em nosso blog, o iPhone 5 deixa de ser fabricado, mas chega o 5C, com um pouquinho mais de recursos do que seu antecessor e opções de capas de poliuretano em diversas cores, com reforço metálico fazendo as vezes de antena. O processador é um A6, de 32 bits, melhor do que o do iPhone 5.

No topo da linha vem o 5S, com uma inovadora câmera que grava videos em câmera lenta. Eu prefiro o termo slow-motion, pois a captura é feita com mais quadros por segundo que depois, são exibidos a taxas normais, de 30 ou 60 quadros por segundo, dando a impressão de movimento lento. A câmera é rápida, não lenta…

O 5S traz um sistema de login através de reconhecimento de impressões digitais do dono, e, assegura a Apple, esses dados são criptografados e não vão nem para a nuvem nem são compartilhados com outros aplicativos.  Nesses tempos de grampo global, uma proteção adicional contra espiões oficiais e outros tipos de hackers.

Seu processador A7 é de 64 bits, e, somado a um co-processador de movimentos, o M7, promete ser até 40 vezes mais potente e rápido do que o original iPhone, lançado há 6 anos. O M7 vai integrado ao acelerômetro, ao giroscópio e à bússola do aparelho, tornando mais precisos e focados os aplicativos de malhação, saúde e localização.

Para aproveitar os 64 bits, os aplicativos serão progressivamente migrados para processar dados em blocos maiores do que nos anteriores de 32 bits. A Apple diz que os aplicativos nativos do iOS7 já têm versão de 64 bits, inclusive o tão polêmico Maps, que substituiu o Google Maps quando do lançamento do iOS6.

Fica em produção o iPhone 4S, para promoções das operadoras, muitas das quais deverão oferecê-lo gratuitamente, com algum contrato de fidelidade por 1 ou 2 anos.

Espremendo tudo, o gostinho bom do suco é o da compatibilidade dos novos iPhone com o 4G brasileiro. Por coincidência, hoje eu consegui, no meu smartphone, navegar na rede 4G, pela primeira vez, com taxas de download de 10Mb e de upload de 7. Bem-vindos, iPhone 5C e 5S, quando for que vocês chegarem!  

Google quer fazer a tecnologia desaparecer

ImagemNesta quarta, 15/5, o Google começou sua conferência anual para desenvolvedores, o Google I/O 2013, com muitos anúncios relevantes, que vão requerer  mais tempo para assimilar do que uma jiboia gasta para digerir um boi inteiro.

Ainda é cedo para avaliar tudo o que está sendo ofertado pelo Google. São dezenas de novidades, centradas em uma grande integração dos produtos com o Google+. Melhoram as interfaces, compartilham-se os diversos espaços de armazenamento na nuvem com o Google Drive, e os aplicativos Maps, Gmail, YouTube e que mais você use do Google devem funcionar sob regência única.

O Google Now, o assistente virtual que aceita comandos de voz é um Siri mais avançado e natural, e o Google Hangouts consolida todos os serviços anteriores de mensageria e chats anteriores, e é tão intuitivo e simples de usar que coloca os concorrentes em estado de alerta máximo!

Bianca Bosker,do Huffington Post, toca num ponto central: o recado do Google no keynote de 3 horas e meia seria sobre seu objetivo de fazer a tecnologia desaparecer, ou seja, torná-la tão trivial e fácil de usar que nem nos daremos conta de que ela existe. E não é só sobre interfaces mais óbvias, que dispensem explicações para o uso, ou que eliminem mecanismos anti-naturais, como o teclado e o mouse. Nem os aplicativos cativantes ou dispositivos charmosos serão suficientes. Ao contrário do anúncio, o Google, segundo Bianca, trabalha para que sua tecnologia seja tão completa e onipresente que nos torne a todos seus clientes cativos.

Do ponto de vista estratégico, nada muito diferente do que já tentaram a Apple e o Facebook, até agora sem sucesso. Só que o caminho do Google parece mais lógico, com uma plataforma aberta que atrai cada vez mais parceiros, e as novidades entregues por ele ultimamente estão provando isso.

Não por acaso, as ações do Google subiram para mais de US$ 918, valorizando 50% em um ano, enquanto as da Apple seguem em queda, a US$ 427, um declínio de quase 30% no mesmo período.

Da série Liberdade X Controle 5: Você está na telinha e na telona e não sabe?

Você já se deu conta que sua imagem pessoal está sendo gravada, todos os dias, por milhares de câmeras?

Elas podem ser geradas por câmeras de monitoramento nas ruas, nas empresas, nos shoppings, nas repartições públicas ou em qualquer um dos milhares ou mesmo milhões de celulares portados por cada uma das pessoas que moram na cidade onde você está agora.

Escapadas furtivas? Nem pensar, qualquer que seja o objetivo, mesmo a mais inocente saída à francesa de uma reunião chata.

Ficar desconectado? Até pode, mas aí você perde contacto com o mundo, e todo o seu passado estará lá devidamente registrado na nuvem.

Essa onipresença de olhos digitais em nosso cotidiano implica em não mais discutirmos se a profusão de câmeras nos filmando e fotografando é boa ou ruim. É fato consumado, pronto!

De outro lado, existe o uso indevido dessas imagens e coordenadas, especialmente por bandidos que estudam hábitos das pessoas para poder cometer crimes de maneira mais precisa e eficaz.

Muito se discute sobre a necessidade de rever legislações.  Deve haver um jeito de penalizar mais quem cometa crimes contra a pessoa ou contra o patrimônio com o apoio da tecnologia.

Agravante de pena? Não sei, mas o ladrão digital que usa recursos da moderna tecnologia corre bem menos riscos do que o criminoso analógico.

Existem softwares sofisticados de reconhecimento de imagem que ajudam a identificar quem agiu contra a lei e foi flagrado por câmeras. Isso é bom? E se for usado por autoridades com o objetivo de cercear a liberdade individual? E se cair nas mãos de bandidos?

A tecnologia e seus usos andam mais rápidos do que a média dos cidadãos. Não devemos nos estressar sobre a onipresença das câmeras. Mas devemos estar permanentemente atentos sobre os avanços dos marcos regulatórios e das providências das autoridades para assegurar nossa liberdade e nossa individualidade, sem prejuízo do conforto que a tecnologia nos oferece do bem estar da coletividade.

Google Multiuso

Quando o Google lançou o Chrome, como um revolucionário browser, eu até que fiquei animado. Mas depois de testá-lo em vários releases e até mesmo desculpá-lo por suas falhas, achei-o simples demais, despretensioso demais e… sem a cara do Google. Voltei ao trio Firefox/Safari/IE, cada um com seus pontos positivos e negativos.

Não mais! O release 3.0.195.33 está muito bom, rápido, seguro, fácil de customizar e bonito de ver, até porque ele pode ficar do jeito que você gosta.

Mas isso não é tudo.  O Google põe no forno as versões Leopard e Linux, cobrindo assim, junto com a versão Windows, todo o espectro de sistemas operacionais que realmente contam no mercado.

A estratégia do  Google é ambiciosa.  Basta ver as primeiras avaliações do Google Chrome OS na versão para desenvolvedores. Simples de usar, rápido e fácil de fazer a migração. Especialmente do Windows Vista.

Vamos adiante. O Android nas plataformas de dispositivos móveis está mexendo com o mercado, e vai brigar com a Apple e sua dianteira nos sistemas operacionais de smartphones.

E os aplicativos? O Google Docs está cada vez mais compatível com o Microsoft Office, fora os Picasa, GMail, Images, Maps, Earth, e mais uma miríade de soluções cada vez mais usadas.  E tudo grátis para o indivíduo e cobrável de empresas em versões mais abrangentes e integradas.

Chega? Acho que não. O Google desperta a ira de muitos, inclusive do magnata Rupert Murdoch, que busca uma impensável aliança com a Microsoft para poder cobrar por seu conteúdo através das plataformas da gigate de Redmond. Ele e Bill Gates correndo atrás do prejuízo… Aliás, nessa linha, a Microsoft disponibiliza na “nuvem” muitas funções de seu Office 2010 que já existem no Google Docs.

E, finalmente, como o Google domina amplamente o suculento mercado de anúncios por links patrocinados (que eufemismo brilhante!) e tem milhões de usuários do AdWords e mais milhões de canais de distribuição de seus anúncios através do AdSense, eu vejo os tentáculos dessa empresa com 11 anos de vida abraçarem todos os caminhos conhecidos da internet.

Não vou aqui afirmar que o Google vai reescrever a visão de George Orwell, em seu memorável 1984, na versão corporativa. Mas o Google ficou suficientemente grande para incomodar de vez o establishment global, e não só da área de TI. As agências de publicidade, os veículos de comunicação, os provedores de serviços de localização, as operadoras de telecomunicações, dentre tantos outros, sentem urticárias ao ouvir  o nome Google…

Isso sem falar no sabor original, o mecanismo de busca.

Ah! Eu postei um video dos primeiros passos de meu neto no YouTube. E daí? Daí que o YouTube, comprado pelo Google, responde por 20% de todo o tráfego da web. Um endereço www.youtube.com = 20%. Quanto vale isso? Operadoras de TV por assinatura, tremei!