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A Copa está aí! E a tecnologia?

O frenesi de acabamento de tudo que se relaciona à Copa do Mundo indica que, mesmo com protestos e com muito de obras que vão ficar para depois, ela deve acontecer, deixando mais marcas boas do que más.

No terreno tecnológico, a parte de comunicação de massa (rádio, TV, internet), já está tudo pronto. O que não estiver, vai ser varrido para baixo do tapete.

Não espere poder dar um show particular com seu smartphone 4G lustroso de novo, especialmente se você estiver assistindo a jogos nas Arenas da Baixada (Curitiba) e Itaquerão (São Paulo). As redes estão precárias, e não só em zonas secundárias, como estacionamentos e corredores de acesso. Espere uma congestão de tráfego de dados, e você pode se sentir como se estivesse a bordo de uma Ferrari no meio de um congestionamento de final de tarde em uma cidade grande brasileira. Dos doze estádios, só seis terão redes wi-fi internas para descongestionar as redes celulares.

Assim, se você já tem um smartphone com um plano 4G, OK. Se não tem, deixe para depois da Copa. Até setembro, outubro, as coisas podem melhorar.

Todas as redes sociais e os portais principais de esportes e notícias, do Brasil e do mundo, farão coberturas intensas da Copa. Aproveite para estar melhor informado e também interagir em tempo real, e não só durante os jogos, em casa ou no estádio. Você vai poder saber e informar sobre condições de trânsito, reservar restaurantes, capturar e receber imagens…

Afinal, durante o mês da Copa do Mundo 2014, teremos uma quantidade brutal de dados, especialmente imagens, sendo geradas a partir do Brasil. Medidas em quantidade de arquivos ou de petabytes gerados, os resultados serão maiores do que a soma de tudo que se originou por aqui de janeiro a abril.

E as TVs gigantes, hein? Dei uma sapeada nas lojas físicas e virtuais e tive algumas surpresas. Por exemplo, você pode comprar uma TV de 55″, Full HD, 3D, WiFi, recheada, enfim, com um bom desconto e ainda leva uma de 32″.

O que mais me chamou a atenção foram as TVs 4K, UltraHD. Uma delas, de 65″ vale menos de R$ 10.000, e cheia de funcionalidades. Embora não haja conteúdo 4K nas transmissões de TV aberta ou por assinatura, você pode acessar, via internet, portais como Netflix e YouTube que já oferecem conteúdo UltraHD. Mas, para isso, precisa de uma boa conexão à internet, acima de 15Mb real.

Como alguns dispositivos, como smartphones, câmeras fotográficas e filmadoras mais modernas já gravam vídeos UltraHD, dá para curtir suas produções familiares em altíssima definição. Se você tiver conteúdo 4K gravado em um pendrive ou um HD externo, dá para assistí-los também.

E as emissões de TV em Full HD? Com a funcionalidade de upscaling, esses televisores simulam a imagem UltraHD a partir da recepção Full HD que teremos na Copa. Fica bem melhor do que uma imagem apenas Full HD, mas não é 4K.

Como as vendas de televisores andaram de lado, abaixo das previsões dos fabricantes, os preços ficaram melhores.

Ainda assim é uma grana preta colocar R$ 10.000 num televisor, mesmo de 65″. Mas, se você pensava em trocar, agora pode ser uma boa hora. Esse mesmo aparelho já foi vendido aqui no Brasil por R$55 mil e, dois meses atrás, era oferecido na faixa de R$ 20.000.

Pode cair mais o preço? Poder, pode, e até deve, mas não muito, e também você aproveita a Copa no seu Home Theater incrementado.

Verão derrete seus aparelhos digitais

Esse verão de 2014 não deixará saudades… Ao menos, o que espero é que os próximos não sejam tão quentes e por tanto tempo!

Se você tem ar condicionado em casa, no carro ou no trabalho, até que dá para minimizar os danos. Muito líquido, sorvete, protetor solar e comidas leves, tudo isso vale repetir, mas não é coisa para um comentário de tecnologia. Ou é? Afinal, seus laptops, tablets e smartphones não têm essa opção de refresco. Ao contrário: podem estar sendo mais utilizados à medida em que você minimiza deslocamentos pelas facilidades e recursos que eles oferecem.

Você já reparou que eles andam esquentando mais nesses dias escaldantes? É, eles aquecem mais, especialmente os smartphones com mais recursos, onde é possível deixar ligado o 3G ou 4G, o WiFi, o Bluetooth, o GPS e aplicativos que são ogres no consumo, especialmente aqueles que permitem sincronização em tempo real com serviços na nuvem, como iCloud, Google+, DropBox, e os de redes sociais, como Facebook.

Todas essas facilidades consomem energia, e geram calor. Não é só porque o dia está quente e você está em ambientes com temperaturas maiores do que a habitual. Aparelhos digitais requerem uma faixa de temperatura para boa operação que não convém ultrapassar, sob pena de ter severos danos. Veja os manuais de uso de cada um.

O UOL Tecnologia publica matéria sobre o assunto, de onde retirei as dicas sobre o que fazer para evitar problemas:

Evite situações de calor acumulado, como deixar o gadget dentro do carro, diretamente sob o sol ou sobre superfícies metálicas durante longos períodos
Sob calor intenso, desligue o Wi-Fi, 3G e sistema de geolocalização no smartphone. Ele aquece ainda mais quando esses recursos estão em uso
Desligue imediatamente o celular quando encontrá-lo superaquecido
Quando possível, retire a bateria do aparelho superaquecido
Leve o gadget a um local onde a temperatura esteja mais amena
Em hipótese alguma recorra soluções drásticas para esfriá-lo (como usar a geladeira), sob risco de danificar permanentemente o gadget
Ligue o aparelho apenas depois de ele voltar à temperatura normal

Cuide bem de seus gadgets e evite prejuízos!

iPad Air no Brasil. Vale a pena?

Para quem estava de olho no iPad Air aqui no Brasil, a Apple colocou-o à venda, a preços razoavelmente compatíveis com o importado. Assim, do ponto de vista de seu bolso, não vale a pena trazê-lo na sua próxima viagem ao exterior.

Comparo um iPad Air WiFi+Celular de 64Gb, cá e lá, usando uma taxa de imposto lá de 8%, um dólar de R$ 2,40 (cotação de sexta, 6/12), o IOF de 0,38% (pagamento com cartão de débito) e um imposto na entrada no Brasil de 50% sobre o excesso da quota de US$ 500.

O iPad importado acaba custando R$ 2.551,73, contra os R$ 2,499,00 do preço de lista da Apple no Brasil.  Veja a tabela:

Lista Apple US  829,00  
Taxa local  895,32 8%
Câmbio  2.148,77 2,40
IOF débito  2.156,93 0,38%
Imposto excesso quota  394,80 50%
     
Preço Brasil na entrada  2.156,93  
Importado + imposto  2.551,73  
   
     
Preço Brasil  2.499,00  

Dito isso, vamos ao principal: Se dá para comprar, vale a pena? E a resposta é: depende!

Se você já tem um modelo anterior e ficar testando o iPad Air por mais de 15 minutos, quando você voltar ao seu fiel companheiro, vai achar que está com um tijolo na mão. Afinal, são meros 454 gramas para segurar.

O processador A7 realmente impressiona, quando exigido. Não vai fazer muita diferença, na maioria dos aplicativos, especialmente aqueles que exigem conexão à internet, como checar seus e-mails.

Como o A7 é de 64 bits e todos os apps da Apple já estão convertidos, com certeza há algum ganho de performance. Você ainda ganha grátis o Pages, o Numbers e o Keynote, que concorrem com o Word, Excel e Powerpoint. Mais charmosos, mais intuitivos mas, definitivamente, não são os aplicativos padrão para uso no escritório.

Por algum motivo que não entendi, o modelo com 128Gb de memória flash não é ofertado aqui. E também não faz muita diferença, se você utiliza algum serviço na nuvem, como o iCloud ou o SkyDrive. Lá fora, ele custa US$ 100 a mais.

Supondo que sua opção seja pelo modelo que roda na rede celular, saiba que o iPad Air vem desbloqueado.

As operadoras locais já oferecem pacotes 4G para o Air, que usa o nano-chip como o iPhone 5. Os preços ainda são altos, a cobertura continua sofrível, tendendo a melhorar.

Mas  se chegou a hora de comprar um tablet, ou então trocar um modelo mais antigo do iPad, especialmente o 1 ou o 2, o Air é uma excelente pedida. E o preço, como vimos, é bem parecido com o lá de fora.

Rede 4G: Teremos mais antenas em Curitiba?

Vi na TV matéria sobre a volta da discussão de um projeto de lei na Câmara de Vereadores de Curitiba que visa facilitar a instalação de antenas para a rede celular 4G, aquela que deveria oferecer altíssima velocidade de acesso à internet, mas que, na prática…

Por conta da frequência de operação do 4G no Brasil, na faixa de 2,5 a 2,6 GHz, são necessárias mais antenas para que a rede possa funcionar direito. A faixa mais usada mundo afora é a de 700 MHz, mas essa ainda é ocupada pelas emissões de TV aberta analógica, e que só estarão disponíveis para a telefonia celular após a implantação plena da TV Digital. Coisa para 2016.

Enquanto isso, temos e não temos o 4G. Oficialmente disponível já num número apreciável de cidades brasileiras, a qualidade do serviço deixa a desejar. As operadoras reclamam da demora na obtenção de todas as licenças para instalação de antenas, os órgãos licenciadores cuidam de suas áreas específicas e, nesse jogo de empurra, quem fica com o mico é o usuário.

Curitiba é uma das cidades onde as restrições a novas antenas estão acima da média brasileira. Se levada ao pé da letra, o número de antenas existentes teria de diminuir, não aumentar. A questão simples é que a nova geração de rede celular exige uma quantidade de antenas praticamente 4 vezes maior do que as que hoje espetam nossa paisagem urbana.

E existe um compromisso da implantação da rede 4G, não só para dar vazão à enorme demanda de acesso à internet em alta velocidade por dispositivos móveis, como também por conta dos encargos assumidos pelo Brasil para a realização da Copa do Mundo do ano que vem.

Está mais do que na hora de sentar e encontrar uma solução. Daí a notícia de que o assunto voltará à pauta da Câmara de Vereadores é extremamente auspiciosa. Os argumentos pró e contra já foram brandidos. E a rede precisa ser construída de acordo com padrões técnicos e ambientais absolutamente corretos.

É hora de incentivar os nossos edis a encontrar o melhor caminho. Se você é eleitor e sofredor com sua comunicação celular, mande um email para cada vereador. O projeto de lei aparentemente está maduro para ser votado.

iPhone 5C e 5S anunciados lá. E funcionarão na rede 4G daqui. Ufa!

No dia em que a Apple anuncia seus dois novos iPhone, a melhor notícia é que teremos versões que funcionarão na faixa de 2,6GHz, ou seja serão compatíveis com a rede 4G brasileira.

Como antecipado aqui em nosso blog, o iPhone 5 deixa de ser fabricado, mas chega o 5C, com um pouquinho mais de recursos do que seu antecessor e opções de capas de poliuretano em diversas cores, com reforço metálico fazendo as vezes de antena. O processador é um A6, de 32 bits, melhor do que o do iPhone 5.

No topo da linha vem o 5S, com uma inovadora câmera que grava videos em câmera lenta. Eu prefiro o termo slow-motion, pois a captura é feita com mais quadros por segundo que depois, são exibidos a taxas normais, de 30 ou 60 quadros por segundo, dando a impressão de movimento lento. A câmera é rápida, não lenta…

O 5S traz um sistema de login através de reconhecimento de impressões digitais do dono, e, assegura a Apple, esses dados são criptografados e não vão nem para a nuvem nem são compartilhados com outros aplicativos.  Nesses tempos de grampo global, uma proteção adicional contra espiões oficiais e outros tipos de hackers.

Seu processador A7 é de 64 bits, e, somado a um co-processador de movimentos, o M7, promete ser até 40 vezes mais potente e rápido do que o original iPhone, lançado há 6 anos. O M7 vai integrado ao acelerômetro, ao giroscópio e à bússola do aparelho, tornando mais precisos e focados os aplicativos de malhação, saúde e localização.

Para aproveitar os 64 bits, os aplicativos serão progressivamente migrados para processar dados em blocos maiores do que nos anteriores de 32 bits. A Apple diz que os aplicativos nativos do iOS7 já têm versão de 64 bits, inclusive o tão polêmico Maps, que substituiu o Google Maps quando do lançamento do iOS6.

Fica em produção o iPhone 4S, para promoções das operadoras, muitas das quais deverão oferecê-lo gratuitamente, com algum contrato de fidelidade por 1 ou 2 anos.

Espremendo tudo, o gostinho bom do suco é o da compatibilidade dos novos iPhone com o 4G brasileiro. Por coincidência, hoje eu consegui, no meu smartphone, navegar na rede 4G, pela primeira vez, com taxas de download de 10Mb e de upload de 7. Bem-vindos, iPhone 5C e 5S, quando for que vocês chegarem!  

O Porsche e o 4G

Há um ano atrás, eu dirigia em Curitiba pela Ubaldino do Amaral, sentido Jardim Botânico, tentando chegar até a Visconde de Guarapuava. Trânsito congestionado, coisa absolutamente normal. E eu com compromisso profissional passível de atraso. Aí, o inusitado acontece:

À frente de meu carro, um reluzente Porsche Panamera, com placas do interior do Estado, e seu motorista, possivelmente o dono, estava claramente nervoso, com o vidro aberto e agitando o braço esquerdo, que estava para fora. Ele falava ao celular.

Estávamos ambos na faixa da direita, que era a pior. A da esquerda até que se movia. Aí aparece um Fiat Mille surrado, de uma dessas empresas de instalação de operadora de telefonia, com uma escada presa ao rack to teto. Vidros abertos, seu motorista olhava para o Porsche com admiração. Ele se movia talvez a 4 km/hora, o Porsche parado, o dono irritado.

O cara do Fiat, por algum motivo que não vem ao caso, ao passar pelo Porsche deu duas buzinadas curtas e um aceno de mão para o irado cidadão do interior. Este, espumando, fez o gesto clássico com a mão esquerda fechada e o dedo médio em riste. O do Fiat riu, buzinou outra vez e se foi.

Eu não havia associado essa cena à tecnologia, até que resolvi analisar o histórico das conexões de meu smartphone, devidamente equipado com um chip e um plano 4G. Aí pude entender o cara do Porsche: Em 20 medições, só uma acima de 5 megabits; uma com pouco mais de 3 Mb, três entre 1 e 1,5 Mb e as demais abaixo de 1Mb. Numa delas, 161 kilobits por segundo, coisa de rede 2G.

“OK”, justificarão alguns, “você está usando uma rede em implantação, sujeita a instabilidades, cobertura não é plena, ainda. Paciência, Guy!”, ou: “se você mudasse de operadora, as coisas iriam melhorar”, ou ainda “bem feito, quem mandou gastar dinheiro sem saber da qualidade dos serviços?”.

É, acho que fui cedo demais ao 4G. Mas não pude deixar de fazer um paralelo do meu smartphone com o Porsche Panamera do ano passado. Posso até argumentar que meu investimento foi menor do que o dele, e que, logo, logo estarei navegando com o smartphone a velocidades dignas de um Porsche numa Autobahn alemã.

Acho que entrei numa fria…

Mas voltando à cena da Ubaldino, eu estava atrasado para minha reunião. Graças à tecnologia SMS, recebi um torpedo de meu cliente avisando que ele estava atrasado, por conta do trânsito. Respondi: “Não esquenta, eu aguardo!”. E aguardei. No trânsito!

3 Operadoras com 4G em Curitiba! Você gostou?

Nesta terça, 27, a TIM começou a oferecer o serviço celular 4G em Curitiba. Junta-se à Claro e à Vivo na antecipação de metas assumidas com a Anatel. Agora, a concorrência vai ser lascada e, logo, logo, teremos todos a possibilidade de navegar na internet cidade afora a velocidades impensáveis para a rede 3G. Será?

O que eu gostei da proposta da TIM foi a oferta de migração do 3G para o 4G sem custo, só precisando de aparelho e chip compatíveis, sem precisar mudar de plano! Mas a estreia aqui nessa terça gelada foi marcada por muitas críticas. Não saiu como se esperava…

E as demais? Sinto a rede 4G aqui como um queijo suíço, cheia de buracos, nas vastas regiões sem a devida cobertura. Velocidade de 5Mb, por exemplo, quando chega lá, é de comemorar. Na média, eu fico mais de 2/3 do tempo na velocidade dos kilobits, coisa que a rede 3G prometia aposentar e não conseguiu, tal o congestionamento causado pelo sucesso de sua adoção pelo brasileiro conectado.

Só lembrando, a tecnologia 4G pode oferecer velocidades de download de até 100 Mb. Para nós, ainda miragem.

Eu ainda não conheci nenhum usuário que esteja eufórico com o 4G.

Voltando lá atrás, quando surgiu a rede 3G, também houve problemas e frustrações. Mesmo assim, a explosão do número de linhas ativadas serviu para calar a boca de muitos críticos.

Na Copa das Confederações, as cidades-sede fizeram um teste de campo, não só no futebol, mas também nas comunicações via rede celular. Ainda bem que o Brasil levantou a taça no gramado. Já a rede celular tomou alguns gols contra que não estavam previstos. Bem, afinal, era só um teste! A prova de fogo vem na Copa em 2014, em Curitiba inclusive.

Agora, que começa a verdadeira corrida para a adoção da rede 4G, tem muito mais gente ansiosa para desfrutar de sua rapidez e qualidade, com os serviços adicionais que podem ser disponibilizados.

Ou seja, mais gente para reclamar. É chegada a hora de fazer com que todos os envolvidos nessa oferta, comecem a jogar na velocidade da nova tecnologia. Com o entrosamento necessário de um time campeão! A torcida, ou melhor, o cliente, agradece…

A Internet das Coisas já chegou!

comentamos sobre “A Internet das Coisas”, quando máquinas se comunicam, sem interferência de humanos, facilitando nossas vidas. Antes da Copa do Mundo de 2014, teremos mais dispositivos digitais conectados entre si do que com humanos. Falamos das redes de altíssima velocidade que permitirão casas inteligentes, carros interagindo com as estradas e muitas coisas mais, que deverão melhorar nossa qualidade de vida, aumentar a produtividade da nossa economia, ajudar a resolver problemas ambientais, por exemplo.

Mas, afinal, aonde estão essas maravilhas todas, mais parecidas com promessas de campanha eleitoral, se ainda temos internet lenta, estradas congestionadas, carros poluentes, casas mal acabadas, e, afinal, 2014 está bem ali?

E as máquinas vão efetivamente estar interligadas de forma a dispensar atividades humanas? Quais os benefícios?

Calma! Essa transformação já vem ocorrendo e nem nos damos conta, por enquanto, de forma bem básica, mas é assim que tudo começa. Por exemplo: já existem mais linhas de celular habilitadas no Brasil e no mundo do que habitantes. E esses aparelhos, quando ligados, estão dentro de redes digitais que possuem milhões de computadores conectados e tomando decisões automáticas sobre roteamento de tráfego, uso de rotas alternativas, no diagnóstico de falhas e até na antecipação de possíveis defeitos, visando manter a rede funcionando próximo de 100% do tempo, com qualidade dentro do exigido pelas agências reguladoras e pelos próprios assinantes de seus serviços.

Os aparelhos que usamos ficam cada vez mais sofisticados e executam múltiplos aplicativos. No caso de smartphones, o tráfego de dados já supera largamente o tráfego de voz. Eles são phones quase que só no nome, e substituem computadores pessoais ao ponto de já gerarem mais acessos à internet do que laptops, no uso não corporativo.

Esses bilhões de dispositivos digitais conectados à rede, estão conversando com os computadores da rede o tempo todo, dando sua localização, seus planos de acesso, tipo de uso, hábitos de navegação…

E já temos árvores, containers, caminhões, navios, trens e aviões que estão o tempo todo conectados. Estão em fase de lançamento os drones, aqueles aviõezinhos não tripulados que, por enquanto, têm uso quase que exclusivamente militar, para serviços de segurança civil, de combate a incêndio de florestas, de localização de pessoas perdidas em locais remotos ou em catástrofes, que requerem mínima intervenção humana.

A Internet das Coisas, versão 1.0, já chegou!

Smartphone moderno: Carro esportivo com motor manco

Não são poucos os modelos de automóvel que possuem um visual agressivo, esportivo, mas que são entregues com motorização fraca. Algo como uma Ferrari com motor 1.0, e sem turbo, ainda por cima!

Pois sensação parecida se abate sobre os donos de smartphones mais modernos, que permitem dezenas de aplicativos fantásticos, são multitarefa, mas… a bateria abre o bico bem antes do final do dia.

Para ficar conectado a pleno, vários protocolos de comunicação estão ativados: GPS para locomoção, WiFi para economizar nas tarifas da operadora, BlueTooth para comunicação com outros dispositivos próximos, inclusive o som do carro, NFC para fazer pagamentos, e habilitação para entrar na rede celular nos modos 2G, 3G e até 4G, para não perder a fala.

Conectividade a pleno, também ficam abertos múltiplos aplicativos, que estão entre os mais usados: e-mail, notícias, esportes, cotações de bolsa, informações de trânsito e, claro, a música para desestressar ou embalar. WhatsUp e Viber servem para escapar das tarifas de torpedo e Skype e FaceTime para mandar imagens e fazer videoconferência.

Ah! E o smart ainda tira fotos com duas câmeras ao mesmo tempo e grava videos! De alta definição, e você pode vê-los em sua telona brilhante.

Tudo isso consome energia. Ah!, a bateria… Ela acaba rapidinho, não dá conta do recado.

Então vêm as dicas:

Baixe o brilho da tela, desligue  WiFi,  Bluetooth, NFC e GPS quando não em uso, veja os aplicativos que não precisam ficar abertos. Ah! Se você tem a velocidade do 4G mas a cobertura é limitada, desabilite-a, passe para a 3G ou até para a Edge, ou 2G.

Ou seja: para ter a bateria durando mais, use seu incrementado smartphone apenas para falar e mandar torpedo. E para exibir aos amigos. Vale a pena o investimento?

Claro que sim, mas a sensação é de frustração. Por enquanto, as baterias de íon de lítio ainda não geram a energia suficiente para uso intenso das funcionalidades desses aparelhos maravilhosos o dia inteiro.

A outra solução é ter carregadores por perto, no carro, na casa, no escritório. Ou então usar aquelas capas gordinhas que possuem baterias adicionais.

Mas fica a sensação de ter uma Ferrari com um motor de um Mini.

Brasil tem 103 milhões de acessos à internet com banda larga

Primeiro as boas notícias: em maio de 2013, o Brasil cravou 103 milhões de acessos à internet com banda larga. O  levantamento é da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), que também aponta para 28 milhões de novos acessos nos últimos 12 meses.

Mais: Desses 103 milhões de acessos, 67 milhões (ou quase 2/3) são conexões através da rede celular 3G. A ultra-rápida e cara 4G representava modestos 80.000 acessos, coisa normal em se tratando de uma tecnologia nova, em implantação. Mas esses números mudam rapidamente, com o espalhamento da rede 3G para a quase totalidade dos municípios brasileiros (eram 3.409 em maio) e a ampliação, nos grandes centros, da cobertura da rede 4G. As restantes 36 milhões de conexões são feitas através de provedores de acesso fixo tradicionais.

Uma penteada nesses números: 103 milhões de acessos não são 103 milhões de pessoas conectadas. Você que nos lê , talvez use mais de uma conexão, via seus celulares, tablets, laptops e desktops.

Outra reflexão é sobre o metro que mede banda larga aqui no Brasil e o de outros países. Por aqui, 1 Megabit por segundo já é banda larga, e, mesmo assim, é de soltar foguetes se você consegue essa velocidade mínima de forma constante numa rede 3G ao se deslocar pela cidade e em qualquer horário. Lá fora, banda larga que se preze tem no mínimo o dobro disso, e é banda assegurada.

Mesmo assim a gente se acostuma por aqui, e acaba usufruindo dos recursos da tecnologia digital. Sacar do bolso o Smartphone para acessar as redes sociais, fazer transações bancárias e mesmo postar imagens de manifestações populares são temas triviais, nesse julho de 2013.

Mas pagar a fatura do celular ou da internet é sempre dolorido. Temos aqui no Brasil o bit mais caro do mundo entre as economias relevantes, sem falar dos aparelhos, que também nos custam mais suor do que o de nossos irmãos de outras plagas.

Como resolver esse quesito de custo? Quando temos 103 milhões de conexões à internet em banda larga e quase o triplo disso em habilitações de celulares, fica óbvio que estar conectado não é mais um luxo, e sim uma necessidade da imensa maioria dos brasileiros.  Redução de tributos, melhorias nas metas de qualidade e disponibilidade de serviços é o mínimo que se pode esperar.

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