Nesta quarta, 15/5, o Google começou sua conferência anual para desenvolvedores, o Google I/O 2013, com muitos anúncios relevantes, que vão requerer mais tempo para assimilar do que uma jiboia gasta para digerir um boi inteiro.
Ainda é cedo para avaliar tudo o que está sendo ofertado pelo Google. São dezenas de novidades, centradas em uma grande integração dos produtos com o Google+. Melhoram as interfaces, compartilham-se os diversos espaços de armazenamento na nuvem com o Google Drive, e os aplicativos Maps, Gmail, YouTube e que mais você use do Google devem funcionar sob regência única.
O Google Now, o assistente virtual que aceita comandos de voz é um Siri mais avançado e natural, e o Google Hangouts consolida todos os serviços anteriores de mensageria e chats anteriores, e é tão intuitivo e simples de usar que coloca os concorrentes em estado de alerta máximo!
Bianca Bosker,do Huffington Post, toca num ponto central: o recado do Google no keynote de 3 horas e meia seria sobre seu objetivo de fazer a tecnologia desaparecer, ou seja, torná-la tão trivial e fácil de usar que nem nos daremos conta de que ela existe. E não é só sobre interfaces mais óbvias, que dispensem explicações para o uso, ou que eliminem mecanismos anti-naturais, como o teclado e o mouse. Nem os aplicativos cativantes ou dispositivos charmosos serão suficientes. Ao contrário do anúncio, o Google, segundo Bianca, trabalha para que sua tecnologia seja tão completa e onipresente que nos torne a todos seus clientes cativos.
Do ponto de vista estratégico, nada muito diferente do que já tentaram a Apple e o Facebook, até agora sem sucesso. Só que o caminho do Google parece mais lógico, com uma plataforma aberta que atrai cada vez mais parceiros, e as novidades entregues por ele ultimamente estão provando isso.
Não por acaso, as ações do Google subiram para mais de US$ 918, valorizando 50% em um ano, enquanto as da Apple seguem em queda, a US$ 427, um declínio de quase 30% no mesmo período.