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Galinha Pintadinha chega ao Bilhão!

galinhapintadinha1biyoutubeSucesso entre a turminha pequena nascida nesta década, a Galinha Pintadinha ultrapassa a imponente marca de 1.000.000.000 de views no YouTube!

Hoje em dia, não há pai, mãe, avô, avó e parentes de crianças até 5 anos que desconheçam esse novo fenômeno de marketing e comunicação criado por Marcos Luporini e Juliano Prado, lá atrás, em 2006.

Essa marca histórica no YouTube bate os canais de humor e de música, normalmente os campeões de audiência. O inusitado é que a Galinha surgiu de um projeto para TV que foi recusado pelos produtores. A saída foi tentar o YouTube. Em pouco mais de 6 meses, atingiu 500.000 visualizações. E demorou um pouco para realmente viralizar.

Embora não tenha tido alcance global, como os Angry Birds, a Galinha acertou em cheio com o gosto da criançada e, por que não reconhecer, dos adultos também. O licenciamento de mais de 600 produtos, as músicas fáceis de entender e cantar, somaram-se ao traço relativamente simples dos desenhos para torná-la um fenômeno no país inteiro. São DVDs, tablets, mochilas, jogos, peças de teatro, shows, material temático para festinhas infantis, livros, e, claro, os personagens em em vários tamanhos nas lojas de brinquedos que alavancam esse fenômeno.

Mas o grande vetor de propagação foi, indiscutivelmente, o YouTube. Para dar uma idéia, a Galinha Pintadinha bate Michel Teló (832 milhões), Porta dos Fundos (713 milhões) e o Galo Frito (440 milhões), todos tentando chegar antes ao bilhão.

Com essa marca, fica evidente o papel das principais plataformas da internet na viabilização de um novo produto ou uma nova marca. E os sucessos quase sempre vão de YouTube ou de Facebook, desafiando caminhos tradicionais, como a TV, que depois vem a reboque.

Eu, avô reconhecidamente babão, fico feliz com o sucesso da Galinha Pintadinha! Ainda mais, Made in Brasil. Sucesso perene a ela e sua turma!

Vai viajar? Cuidado com seus planos!

Que seu celular pode estar grampeado por agências de inteligência e que suas conversas pelas redes sociais também, você já sabia, ainda mais depois das revelações do ex-NSA Edward Snowden, hoje asilado na Rússia.

Slide de apresentação interna da NSA com tópicos de monitoramento em massa.

Slide de apresentação interna da NSA com tópicos de monitoramento em massa.

A figura ao lado mostra um slide de uma apresentação da NSA sobre os tópicos que estavam sendo monitorados.

Mas nesta segunda, 27, o jornal New York Times revela que a coisa é mais abrangente do que podemos imaginar, e pode até causar problemas em sua próxima viagem. Como?

Você vem planejando com seus amigos aquela viagem de férias, mesmo com o dólar caro. Economizou uma grana, avaliou alternativas, buscou melhores preços e itinerários através de sites de viagem. E fez esse roteiro via Google Maps. Claro que você também usou seu smartphone e seu tablet para chats com os amigos e também pegou dicas com outras pessoas, conhecidas ou não, que já estiveram nesses lugares. É mais ou menos assim?

Pois saiba que a NSA e sua contraparte britânica armazenam tudo isso também nos seus supercomputadores. Aproveitando que os apps e os sites mais usados armazenam muitos de seus dados pessoais, os espiões verificam possíveis conexões suas que estejam enquadradas no perfil de um terrorista, ou até mesmo passando suas navegações nos algoritmos de identificação de suspeitos, e, sem querer, você pode ficar na mira.

Mas não é só isso. Enquanto você planeja a viagem, seus filhos ficam entretidos com os Angry Birds, em qualquer de seus apps famosos mundo afora. Até ali os dados de uso estão sendo monitorados.

Como reporta o Times, “a cada nova geração de tecnologia de telefonia celular, mais e mais dados pessoais são despejados através das redes onde os espiões podem capturá-los. 

Dentre essas ferramentas de inteligência estão os aplicativos com ‘vazamentos’ que abrem tudo, desde códigos de identificação dos usuários de smartphones até os lugares onde eles estiveram naquele dia.”

Um leitor da Califórnia define bem o que acontece. Diz ele: “Os smartphones de hoje nada mais são do que dispositivos de rastreamento bem embalados que o usuário com orgulho e ingenuamente exibe por onde passa“.

A estratégia dos Angry Birds

angrybirdsgoRecebi comentários a favor e contra minhas observações sobre os Angry Birds e o marco que essa proposta representa no mercado de games.

Agora, vem o anúncio do novo game, o Angry Birds Go!, a ser lançado em 11 de dezembro. Nele, os pássaros viram pilotos de carrinhos que descem ladeira abaixo.

São várias pistas, claro, na ilha dos porquinhos verdes que aprontam todo tipo de surpresas. E você fica associado a um pássaro ou a um porquinho, ou seja, é o piloto de fato do carrinho. Dependendo da posição de chegada, você recebe prêmios em moeda virtual dos Angry Birds. Acumulando dinheiro, você pode incrementar seu carrinho, seja do ponto de vista estético, seja em melhorias mecânicas, a seu critério.

Você deve poder comprar os Telepods, réplicas físicas dos personagens, seus acessórios e equipamentos, produzidas pela Hasbro, assim como aconteceu na série Angry Birds Starwars, onde a franquia de George Lucas casou-se impecavelmente com os passarinhos da Rovio. Não por acaso, a turma conectada com até 7 anos de idade –platéia favorita para os Angry Birds– passou a incorporar a seu vocabulário os nomes Luke Skywalker, Chewbacca, Princesa Lea, Jedi. E cada Telepod virá com um QR Code para poder ser escaneado para captura da imagem e incorporação ao joguinho.

Logo, logo, esses bichinhos e carrinhos estarão nas lojas de brinquedos, em roupas, mochilas e um sem-número de adereços. Já existem patrocinadores de corridas de automóvel das mais diversas categorias negociando a colocação de suas marcas nas pistas, nos carros e nos capacetes do Angry Birds Go!

Não por acaso, a Rovio liberará, simultaneamente, versões Android, iOS, Windows Phone e até mesmo Blackberry, acreditem! Ou seja, para todo mundo.

Do ponto de vista tecnológico, o segredo está na capacidade da Rovio de desenvolver um game que vai servir a todas as plataformas de dispositivos móveis. Sob a ótica de mercado, associar os pássaros a temas que interessam aos pequenos e aos não tão pequenos assim. Sucesso à vista!

Grátis o joguinho? Claro, que nem o Google, o Facebook… A receita vai para a Rovio do mesmo jeito, e em borbotões!

Games para todo o mercado

Quando a Nintendo lançou o Famicom, 30 anos atrás, estava oficialmente dada a largada para o bilionário negócio dos games digitais. Antes disso, a Atari e centenas de fabricantes de pequenos joguinhos de mão e produtores de televisores colocavam no mercado produtos de alcance limitado, preço alto, que, por uma série de motivos, nunca chegaram a uma indústria de massa, quebradora de paradigmas.

O mercado de consoles cresceu, consolidou-se e tem hoje dois grandes players e um lá atrás: Sony e Microsoft brigam pela dominação e a pioneira Nintendo mal e mal chega à medalha de bronze. O resto não conta.

Mas o mercado mudou. PCs cada vez mais parrudos, e, mais recentemente, smartphones e tablets viram plataformas de jogos, usando a internet como meio e liça de lutas virtuais.

A demanda por games explode. Cursos rápidos até teses de pós-doutorado tentam atender o mercado e a falta de profissionais para criar futuros games. No Brasil, várias empresas passam a lançar produtos para as plataformas mais relevantes.

Hoje em dia, oportunidades para profissionais são amplas e variadas, de programadores a designers de idéias, como vimos recentemente numa proposta nova dos finlandeses: os Angry Birds, primeiro conjunto de games específico para dispositivos móveis com múltiplas versões grátis. Mercado aquecido, todo mundo usando ou falando dos passarinhos zangados.

A partir daí, cria-se uma grife poderosa capaz de lançar, em escala global, uma série de produtos licenciados que começam com as réplicas de pelúcia de cada um dos personagens a parques temáticos, passando por desenhos para a TV, brinquedos de montar, refrigerantes, roupas e acessórios, kits para festas infantís…

Provavelmente, os Angry Birds não vão dominar o mundo, nem serão o caminho definitivo para a indústria dos games.

Mas, com certeza, com a popularização de tablets e smartphones, o esforço para conquista de market share passará, obrigatoriamente, pela produção de games para essas plataformas, e não só para lazer. Surgem opções para educação, treinamento, e reciclagem pessoal e profissional, simuladores para os mais diversos usos. De aviões e carros ao corpo humano para os profissionais da saúde.

Se eu fosse apostar em um novo caminho para games, eu iria na direção de uma criação coletiva, um crowdsourcing de games bem específicos, como o GeneGames.

Isso é tema para muita discussão!

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