iOS 8: Ainda não baixou? Espere! (Saiu a versão 8.0.1)
Apresentado no último dia 9 de setembro, com o burburinho que antecede os lançamentos da Apple, o sistema operacional iOS 8 veio como a maior atualização desde o lançamento do iPhone original, em 2007.
Já disponível gratuitamente para modelos de iPhone desde o 4S e do iPad desde o 3, e instalado de fábrica nos novíssimos iPhone 6 e 6 Plus, virá também nos iPad que serão lançados em outubro.
Como sempre, a disponibilização da novidade gerou milhões de downloads na AppStore, muitos movidos pela simples novidade; outros, para analisar o que chega, para poder contar suas experiências.
Foi o meu caso. Baixei o 8 em meus iPhone 5S e iPad Air.
Que devo dizer aos meus amigos que ainda não o fizeram? Aguarde!
A versão 8.0 está com muito mais bugs do que novidades. Dentre elas, um consumo bem maior de bateria (algo como 35% a mais), vários Apps não funcionam e outros travam. Isso mesmo, travam, coisa rara em produtos da Apple.
No caso do iPhone, trava exatamente o App para ligações telefônicas. Parece que a tela sensível ao toque não está funcionando, e, por vezes, é necessário reiniciar o smartphone. Algo impensável para quem precisa usar seu celular.
No iPad, os problemas são parecidos, mas, como não há a função telefonia, não incomoda tanto. Mas, por vezes, é necessário usar uma alternativa, que pode ser outro tablet ou o laptop.
Foi mal, hein?
Para quem ainda não foi para o iOS 8, a opção é esperar mesmo.
Para quem já está no iOS 8, existem vários tutoriais disponíveis sobre como voltar para o 7. O mais óbvio é, se você tem o backup de seu celular num iCloud ou numa Time Capsule, restaurar a versão e os dados mais recentes antes da atualização para o 8. As outras disponíveis ou sugeridas podem até ser mais rápidas, mas requerem algum grau de conhecimento técnico que está fora do alcance de 99,98% dos usuários, ou seja: não as use!
Outra solução para quem já foi para o 8 é esperar. A Apple vai lançar muito em breve uma atualização do sistema operacional.
O certo mesmo, para quem está totalmente na arquitetura Apple, inclusive com o Mac, é esperar pela atualização do OSX, na versão Yosemite, que vai integrar melhor com o iOS 8.
Lançamento precipitado? Talvez. Mas a pressão exercida pela concorrência e a aproximação da temporada de vendas natalinas fez com que os cofres da Apple falassem mais alto do que a razão. O tempo dirá se essa pixotada será compensada pela magia da marca
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Mas entre a publicação da postagem original e esta atualização, a lança a versão 8.0.1 do iOS. Por enquanto, disponível só para os iPad. A conferir se sanou os principais bugs…
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A versão 8.0.1 saiu pior que a 8.0… Além de travar o telefone, aboliu o login por impressão digital. Espera-se a 8.0.2 até o final de semana.
Tropeços assim minam a credibilidade da marca.
WWDC 2014: Rumos novos para Apple?
Começa nesta segunda, 2 de junho, o WWDC 2014, a conferência anual da Apple com os desenvolvedores de aplicativos e dispositivos ocmpatíveis com o OSX do Mac e o iOS dos dispositivos móveis. O que deve rolar de novo? o iOS 8, o OS X 10.10, e novos hardware (talvez, mas não para entrega imediata).
A Apple, do CEO Tim Cook, parece estar virando uma empresa mais convencional, menos inovadora do que nos tempos de Steve Jobs. Assim, eventos como o WWDC 2014 podem até trazer surpresas, mas vou arriscar uma aposta em uma linha mais conservadora, mas nem porisso menos importante.
Anotem:
Nessa segunda-feira 2 de junho, a partir das 14hs de Brasília, Apple vai fazer impoirtantes anúnciossobre o futuro das duas plataformas mais importantes: iOS e OS X. Devemos conhecer o iOS 8, com forte apelo para aplicativos na área da saúde e um redesenho do OSX do Mac. Novidades de hardware? Pode ser, mas não para entrega imediata.
O iOS 8, internamente conhecido por Okemo, promete melhorar o design, a usabilidade e a performance dos iPhones, iPads e iPods (até quando, o iPod?).
O Maps deve surgir com melhorias, mas muitas delas ainda não muito úteis para o mercado brasileiro, por exemplo. O Google Maps contiuará dando as cartas como App de localização.
Grandes expectativas quanto ao App Healthbook, que deve trazer uma série de facilidades para controlarmos dados de nossa saúde pessoal. Mas o Healthbook estará, com certeza, sinalizando para o iWatch ou algo que o valha, assim como uma possível abertura para o desenvolvimento de produtos de terceiros, os wearables homologados pela Apple, como jaquetas, meias, camisetas, bonés, tênis e muitos outros, que terão sensores capazes de medir e enviar dados importantes para o seu dono e, se for o caso, para os médicos, clínicas, laboratórios, academias e hospitais que atendem a esse dono.
Mas a Apple, que aposta alto nos novos recursos do iOS 8, pode não disponibilizá-los de uma só vez nessa semana do WWDC. Fontes internas da Apple vazaram que muitas dessas funcionalidades pode não ser anunciadas a partir da segunda, 2, ou, caso sejam, com disponibilidade futura, talvez casadas com a chegada ao mercado desses novos produtos, como o iWatch.
O Healthbook é um App que reune dados de saúde e fitness de diversos aplicativos e acessórios de hardware. Ele pretende ser a sua caderneta pessoal de saúde. Já há produtos anunciados e outros em fase beta, capazes de gerar dados de rastreamento de freqüência cardíaca, pressão arterial, nutrição, açúcar no sangue, qualidade do sono, freqüência respiratória, saturação de oxigênio, peso e atividade.
O botão de Atividades do HealthBook deve permitir o acompanhamento das metas definidas pelo médico, nutricionista ou personal trainer, ou por você mesmo, quanto a calorias queimadas, distâncias percorridas na esteira ou na pista. O botão do peso pode acompanhar a evolução do peso, o IMC e o percentual de gordura corporal.
Haverá a opção de obtenção desses e outros dados diretamente dos wearables e dispositivos externos, como balanças, esteiras, medidores de pressão, que transmitem wireless seus dados para seu dispositivo com iOS, ou, na falta deles, por entrada dos dados manual, coisa que muita gente diz que vai fazer mas esquece.
Mas a tendência é clara: Cada dia mais e mais dispositivos estarão aptos a se conectar com seu dispositivo iOS (ou Android, ou Windows Phone) para monitorar sua saúde e seu bem-estar.
O Healthbook virá também com a função de cartão de Emergência, um arquivo pessoalcom seu nome, foto, data de nascimento, tipo sanguíneo, se é doador de órgãos, informações para um contato em caso de emergência, e uma lista de medicamentos usados e de restrições medicamentosas e alimentares. Isso é útil em caso de acidente, para um atendimento de emergência, ou, caso você não chegue lá, para salvar a vida de outros, caso você seja um doador potencial.
O Maps da Apple, famoso por seu lançamento tumultuado, cheio de falhas que até custou o emprego de pessoas importantes e gerou um pedido formal de desculpas de Tim Cook, deve chegar bastante reformulado. Não bastou a disponibilidade de mapas em 3D nem a correção de seus bugs. Com o iOS 8, a Apple pretende recuperar o tempo perdido com esse App de mapeamento.
O Maps deve trazer uma cartografia mais precisa, além de vir recheado com informações sobre pontos de ônibus, estações de trem e aeroportos. Mas, por enquanto, esqueça o Brasil.
Espera-se também uma melhoria substantiva na capacidade multitarefa para o iPad, ou seja, o tablet poderá rodar mais de um aplicativo ao mesmo tempo, com exibição e operação simultânea na tela do tablet. Mas essa funcionalidade parece não estar pronta para disponibilização, por atrasos internos, embora seja só uma questão de tempo até ela chegar.
Os planos da Apple para integrar dispositivos iOS com hardware inteligente em residências é conhecido desde matéria recente do Financial Times, e essa tendência vem desde os tempos de Steve Jobs. Agora que muitos dispositivos domésticos possuem interfaces digitais, a hora de ter seu iPhone como um controle remoto universal para a casa pode ter finalmente chegado.
Ou seja, seu iPhone será cada vez menos usado para fazer chamadas telefônicas…
O Siri, que ainda não fala português, vai ganhando espaço em outras línguas e paragens. A gora parece que o Shazam, App para identificação de músicas estará conversando com o Siri, algo bastante importante quando o negócio de música gravada em áudio ou vídeo parece ir definitivamente para o caminho do streaming.
Devemos ver também mudanças no Centro de Notificações, no Game Center e nas Mensagens.
já o OS X deverá ter a versão 10.10. codinome interno Syrah, que deve focar na melhoria da interface com o usuário, depois de uma boa reforma com o lançamento do Mavericks, em 2013.
Mas é inegável que o look-and-feel, ou o jeitão, em português, do OSX estará convergindo para o do iOS, para uma eventual fusão, mais à frente
A Apple diz que vai manter o iOS e o OS X independentes, e que a convergência não mexe na essência dos dois sistemas operacionais, mas tudo leva a crer que haja uma unificação no futuro, até porque a concorrência se move nessa linha, vide o Android do Google e o Windows da Microsoft. .
E novos hardwares? Se vier algo de novo, para entrega a curto prazo, deve ser o iWatch, talvez uma nova versão da Apple TV.
O resto, deve ficar para o final do verão no hemisfério norte, com entregas previstas para o trenó do Papai Noel.
O que vamos verificar, com quase toda certeza, é que a Apple irá mostrar evoluções, não uma revolução. Tim Cook é mais da área financeira, dos resultados para os acionistas. Não por acaso, na última pesquisa sobre o valor das marcas das principais empresas do mundo, o Google ultrapassou a Apple, e hoje é a número 1.
Personal Bafômetro
A Lei Seca para motoristas parece que veio para ficar. Um copinho de cerveja já estoura os limites, e, dependendo do teor alcoólico no seu sangue ou no seu bafo, você pode ter uma multa de R$ 2.000, a carteira de habilitação suspensa e o carro apreendido. Pior: você pode ir preso!
Vamos usar a tecnologia para que você tenha uma idéia de como está a concentração etílica no seu organismo, antes de ligar o motor de seu carro?
O Mashable publicou interessante matéria sobre o Alcohoot, um pequeno dispositivo que você acopla no seu smartphone, instala um App e ele mede seu bafo. Um bafômetro pessoal, fácil de usar. E custa, para compra no site, US$ 119, ou algo como R$ 270 ao câmbio de hoje, R$ 440 com impostos de importação inclusos. Cabe no bolso, na bolsa ou no porta-luvas e dá tranquilidade e a opção de pedir para alguém dirigir para você ou deixar o carro no estacionamento para pegar no dia seguinte.
E ele tem vantagens adicionais:
RASTREAMENTO INTELIGENTE
O Alcohoot mostra a evolução do teor alcoólico durante uma festa.
PRECISÃO NA MEDIDA
O Alcohoot usa tecnologia de célula de combustível, a mesma usada nos bafômetros da polícia.
PORTABILIDADE
Pesa só 50 gramas, fácil de carregar e usar.
AUTO-CONHECIMENTO
Descubra como seu organismo reage ao álcool, para cada tipo de bebida, ou para reduzir seu consumo.
ADICIONE COMENTÁRIOS
Faça uma anotação no App após cada teste que você fizer, de modo a não esquecer nenhum momento.
FIQUE SÓBRIO DE MODO SEGURO
Use o App do Alcohoot para chamar um taxi ou achar um restaurante próximo, para você comer algo, passar o tempo até reduzir o teor alcoólico com segurança.
BEBA MELHOR
Com seus dados pessoais e os registros que você fizer, você vai saber como beber melhor e evitar que sua noite acabe cedo demais…
ACORDE “ZERO BALA”
Evite a ressaca e acorde pronto para enfrentar o dia.
O Alcohoot funciona com o iPhone e com os smarphones que usam Android.
Samsung Galaxy S4 obsoleto?
A Samsung acertou o passo quando lançou o Galaxy S4 em abril passado. Foram mais de 40 milhões de unidades vendidas em 6 meses, 10 milhões nos primeiros 30 dias. É bastante coisa, ainda mais que existem dezenas de fabricantes de smartphones com o sistema operacional Android onde a própria Samsung tem uma série de ofertas.
Mas o objetivo claro de competir com o iPhone foi atingido. A quantidade de donos de iPhone que migrou para o S4 foi tal que a Apple teve de antecipar o lançamento simultâneo do 5s, no topo de linha, e do 5c, como dispositivo de entrada na linha.
Mas o volume de vendas do S4 não vem acompanhando as previsões dos coreanos, embora sigam robustas. Assim, agora em janeiro, teremos o Galaxy S5, com tela curva, que se estenderá pelas bordas laterais, permitindo interagir com o aparelho mesmo com a tela principal desligada, ou em espera. Parece pouco, mas tela grande e acesa de smartphone fininho é sinônimo de alto consumo de energia, ou, traduzindo, a bateria descarrega rapidinho.
Esperem também por câmeras frontal e traseira com maior resolução, o Android 4.3 instalado, e apps desenvolvidos especificamente para aproveitar o novo processador, bem mais rápido, e maior capacidade de memória.
Tudo isso para dizer a você, que tem ou estava de olho no Galaxy S4, virado o ano, ele será modelo antigo, meros 8 meses após lançado.
Não espere um S5 revolucionário, salvo talvez pela tela curva. O argumento é que essa concavidade melhora a visualização da tela para o dono. A tela tem tecnologia AMOLED, ou LED orgânico, como no S4, que permite melhor resolução, brilho e contraste em relação às telas LED comuns. Além disso, consomem menos energia, podem ser cada vez mais finas e, no futuro, poderão ser flexíveis quase tanto como uma folha de papel.
O resto é evolução. E buscar brigar com os concorrentes, Apple à frente.
Será que estaremos condenados a gastar um monte de grana com dispositivos caros que logo ficam obsoletos? Essa parece ser a estratégia dos fabricantes.
Mas dá para fazer diferente: antes de comprar seu próximo smartphone ou tablet, pense bem que tipo de uso você necessita e como esse gadget pode facilitar sua vida.
Você verá que, na maioria dos casos, não é preciso migrar só para ter o mais novo.
Woz
Steve Wozniak, o co-fundador da Apple com Steve Jobs é uma personalidade, no mínimo, polêmica. O verdadeiro gênio tecnológico na criação do Apple II e do Macintosh, Woz, como é conhecido, rompeu lá atrás com Jobs e foi cuidar de sua vida, com muita grana no bolso.
Mas continua dando seus pitacos sobre a Apple, como recentemente, quando disse que não compraria o novo iPad Air.
Agora, numa entrevista à BBC ele propõe que 3 das grandes do mundo da tecnologia –Apple, Google e Samsung– busquem cooperação, através de licenciamento cruzado de patentes e pesquisas em comum. Segundo Woz, poderíamos ter melhores produtos, mais baratos, com mais funcionalidades.
Só que, para quem está no mundo Apple, ali está o que há de melhor; e para quem tem um smartphone Samsung, especialmente o Galaxy 4S, a resposta invariável é: o que o iOS7 e o iPhone 5s oferece meu Galaxy tem, e tem muito mais.
E o Google, com seu domínio no mundo das buscas, dos mapas e do Android tem a liderança em quase todos os segmentos que possam ser relevantes, com a notável exceção das redes sociais, onde o Facebook reina soberano.
Mas Woz, de um modo ou de outro, expressa com simpatia e candura um desejo oculto de muitos usuários Apple, Google e Samsung: ter tudo o que já possui mais as boas funcionalidades dos demais. Pouca gente vai admitir isso, como Woz o fez, ao declarar que “eu vejo coisas boas nos smartphones da Samsung que eu gostaria de ter no meu iPhone.”
Mas essa inusitada aliança traria mais benefícios do que problemas? Se os três viessem a cooperar de modo mais forte, talvez houvesse uma perigosa consolidação do mercado, com muitos produtos e serviços parecidos, inibindo a criatividade e a inovação, por falta de um motivador maior: a concorrência.
De outro lado, a Samsung é fornecedora da Apple para inúmeros componentes importantes, como a tela sensível ao toque. E o Google, embora expulso do iOS com seu aplicativo Maps, ainda é o mecanismo de busca principal do iPhone e do iPad. Ou seja, essa colaboração implícita já existe.
E você, o que acha? Uma convergência maior entre Apple, Google e Samsung seria benéfica para nós, usuários? Eu, Guy Manuel, sigo preferindo a concorrência.
iPhone 5s vende o dobro do 5c
O iPhone 5s -top de linha dos novos smartphones da Apple- está vendendo o dobro do que seu irmãozinho mais simples, mais colorido e mais barato, o iPhone 5c. Será que a turma que compra Apple não se rende a produtos menos sofisticados, ou essa tendência logo será revertida?
Foi a primeira tentativa da Apple de conseguir acesso a um mercado mais, digamos assim, popular. Antes do 5s e do 5c, ao lançar um novo smartphone, a empresa dava descontos sobre o modelo anterior. Mais ou menos o que fazem as montadoras de veículos aqui no Brasil, ao deixarem conviver uma nova geração de um modelo com uma mais antiga. Com carros, e no Brasil, funciona. Com smartphones, funcionou para a Apple até agora.
Os compradores de produtos Apple sacam com mais facilidade seus cartões de crédito, e adoram estar na crista da onda com produtos mais novos, mais leves, mais sofisticados e, via de regra, mais bonitos.
Mas o mercado de smartphones muda de perfil. Este ano, eles passam a representar a maioria dos celulares vendidos no mundo, e são bilhões de unidades. E a variedade de opções de aparelhos Android faz com que a maioria dos que entram nesse mundo fascinante dos dispositivos móveis inteligentes tenham sua primeira experiência com o sistema operacional do Google. E como existem vários fabricantes ofertando smartphones Android no topo da escala de preços e de funcionalidades, quem entra tem mais possibilidades de ficar por ali do que migrar para o iOS da Apple.
As novidades também têm seu preço: ao optar por um processador mais poderoso de 64 bits para o 5s, a Apple também ficou refém do legado de aplicativos de 32 bits, que precisam seguir funcionando, ao mesmo tempo em que precisam surgir evoluções dos antigos e novos aplicativos que usem melhor os recursos do A7. E, para criar mais marolas, os Apps para o novo iOS7 no iPhone 5s estão travando duas vezes mais do que nas versões anteriores.
Mesmo assim, o iPhone 5s é um sucesso de vendas e de críticas. Ele já se destaca em cima das mesas de reuniões em escritórios, aeroportos e cafés do mundo.
E o 5c? A versão mais pelada do iPhone, como o Pé-de-Boi lançado pela Volks para vender um Fusca mais barato na década de 1960 pode não dar certo. Eu, particularmente, acho que o 5c emplacaria legal se tivesse preços menores, mas isso sacrificaria as margens da Apple e os acionistas não gostariam. Pode funcionar se a Apple topar aumentar drasticamente os canais de venda do 5c, através de lojas de departamentos e de supermercados, e em mais países.
Afinal, o 5c é mais parrudo do que o 5 que foi descontinuado.
iOS 7: primeiras impressões
Não deu outra: baixei o iOS7 no meu iPad, antes mesmo de receber o aviso da Apple de disponibilização da versão. Estava curioso para ver como seria o look & feel criado pelo time de Jony Ive e se, efetivamente a má impressão do iOS6 ficaria para trás.
Então, aqui vai: Wow! Os novos ícones e as telas de abertura e navegação ficaram espetaculares! Embora lembrem os do Android 4.2, o todo ficou muito convidativo, e resgata, nesse quesito, o design que encanta o usuário, característica forte da Apple.
Um cuidado inicial: antes de atualizar para o 7, faça backups completos do seu iPad ou iPhone. Embora eu não tenha tido nenhum problema, depois de algumas horas avaliando as novidades, já há relatos de usuários que tiveram parte de suas fotos e músicas eliminadas, não pouca coisa, em se tratando de acervos relevantes para a maioria.
O iOS 7 tem condições plenas de ser um sucesso. E, interessante, nas suas raízes está o fiasco combo do iOS 6 e do Maps, que geraram várias decapitações profissionais de executivos importantes da Apple, ano passado. Jony Ive assumiu o comando e, sem muitas firulas, imprimiu seu estilo e sua filosofia de proporcionar uma boa experiência ao usuário.
Os ícones, ao perderem o 3D de suas formas, ficaram muito mais bonitos e legíveis. Um detalhe que mostra o cuidado: o aplicativo Relógio (Clock), que incorpora vários fusos horários, alarme, cronômetro e timer agora tem um ícone dinâmico, que mostra horas, minutos e segundos no formato analógico.
Interessante o Control Center, que permite habilitar acesso entre aplicativos. Embora mereça cuidados, por conta da possibilidade de compartilhamento de dados com diversos fornecedores de Apps, ele já gera um importante grau de liberdade: A nova versão do Google Chrome para iOS 7 permite acesso linkado entre sua conta de GMail e o Google Maps, por exemplo, e isso de uma forma simples e intuitiva. Assim, se você não gosta do Maps da Apple, aí está o caminho.
Aqueles avisos que chegam à tela por conta de autorizações que damos, mas nem sempre levamos em conta o todo, agora estão organizados no Notification Center, onde aparecem todos os Apps onde você pode dar ou retirar autorização para ser lembrado de algo.
O Do Not Disturb permite, por exemplo, que você só receba chamadas de seus contatos marcados como favoritos. Simples, e óbvia utilidade, não?
Por enquanto, o iOS 7 vem sendo uma agradável experiência para mim!
===VOU SEGUIR COM ESSA POSTAGEM===
LUMOback
A era digital criou uma enorme demanda por ortopedistas, fisioterapeutas, academias de musculação e fabricantes de órteses dedicadas a minorar os males de uma vida mais sedentária, debruçada num computador.
Quem já não teve um problema de dor lombar, por conta das posições tortas durante horas à fio no computador, smartphone, tablet ou console de game?
A mesma tecnologia que criou as máquinas causadoras desses males que chegaram com o computador agora oferece produtos que podem ajudar a corrigir sua postura.
Um deles é o LUMOback, uma espécie de cinto capaz de medir desvios posturais e vibrar suavemente, lembrando-lhe de parar de brigar com sua coluna vertebral.
Antes de começar a usá-lo, você baixa um aplicativo num iPad, iPad Mini, iPod 5 ou iPhone 4S ou mais recente e carrega a bateria do LUMOback no seu computador ou em uma fonte DC através de um cabo USB.
Ele será pareado ao seu tablet ou smartphone, e vai lhe propor um programa de melhoria de postura. Como seus dados estão sendo medidos e regsitrados, você poderá acompanhar seu progresso, através de metas negociadas entre você e o LUMOback.
No site Mashable, você pode ler a experiênca da Dani Fankhauser, que reconhece suas falhas de postura e mostra suas descobertas durante uma experiência de três dias.
O LUMOback é mais um produto a incorporar a nova tendência de dispositivos vestíveis, ou wearable devices, e pode ser bastante útil para minorar problemas de coluna vertebral derivados de postura inadequada.
Mas ele não substitui os diversos profissionais especializados em coluna vertebral, nem elimina automaticamente seus hábitos indevidos.
Seu preço? US$ 150, lá fora. Como é pequeno e não pesa muito, pode caber facilmente na sua mala, na volta se sua próxima viagem ao exterior.
Uma dúvida: Na hora de ver se cabe nos US$ 500 da quota pessoal na alfândega, será que o LUMOback é um dispositivo eletrônico ou uma peça de vestuário?
Em Setembro: Novidades da Apple.
A Apple anda meio quieta, mas as especulações sobre novos produtos ou novas versões até que ganharam um novo gás nos últimos dias, antecipando possíveis lançamentos no próximo dia 10 de setembro.
Com o iOS 7 já na praça em versão final para desenvolvedores, é razoável supor que um pacotaço de novidades apareça, de novo sob a regência insossa do CEO Tim Cook.
Esperamos uma versão apimentada e melhorada do iPhone 5, provavelmente chamada de iPhone 5S. Uma funcionalidade que é antecipada é o login através da impressão digital do dono, visando maior segurança.
Para muitos analistas, nos quais me incluo, pode surgir uma segunda vertente de iPhone, talvez chamado de iPhone 5C, para dar espaço à Apple no segmento de entrada, os aparelhos que custam –lá fora– menos de US$ 200, desbloqueados. Até agora, o que vinha acontecendo era a continuidade de fabricação do modelo imediatamente anterior, a preços descontados. Essa estratégia até que funcionou, e hoje a Apple fornece os iPhones 4, 4S e 5, ou três gerações do mesmo produto.
Especula-se que o C seja indicativo de Cor, e que esse iPhone básico tenha a carcaça em plástico com diversas cores e talvez até temas, com foco no público jovem de ambições grandes mas renda nem tanto.
Eu ficaria contente se o iCloud, o serviço na nuvem da Apple ficasse mais aberto, na linha do Google+, hoje em dia o mais fácil de usar. Junto com o iPhone 5C, sinalizaria uma ampliação do público alvo e uma abertura maior à conectividade com produtos e serviços da concorrência.
Mas dá para refletir, para não misturar o que pode acontecer com o que gostaríamos que acontecesse. Se a Apple insistir em manter sua receita de sucesso, ela simplesmente anuncia atualizações daquilo que sempre deu certo, com arquiteturas fechadas, preços altos e o forte apelo da maçã mordida.
Pode ser, e pode funcionar. Mas não por muito tempo. Afinal de contas, inovação, charme, glamour e exclusividade já existem em produtos premium dos concorrentes. E esse mercado, que, se a Apple não inventou certamente ela deu os contornos nesses últimos 8 anos, virou algo gigantesco, maior do que os melhores sonhos de seus criadores. Só de smartphones, serão 1 bilhão de aparelhos vendidos em 2013.