Siri em português
Finalmente a Apple disponibilizou o (a) assistente com reconhecimento de voz em português, Siri. Eu vou de feminino, a Siri, já que escolhi a voz de mulher.
Isso acontece ao você atualizar seu dispositivo iOS para a versão 8.3.
Eu já usava a Siri em inglês. Às vezes meio burra, outras vezes meio ríspidas, mas eu havia gostado. Só que, para localização de endereços ou mesmo rotas, não funcionava aqui no Brasil. Agora, vai começar devgarinho. O problema é a interação com o Mapas, o App nativo da Apple que concorre com o Google Maps, este muito melhor.
Mas é um avanço! Celebremos, com cautela…
E você, já está usando a Siri em português?
O teclado resiste… e continua vivo, apesar dos prognósticos
Embora eu tenha escrito aqui -e discutido em diversos fóruns- que a interface humana com a máquina através de um teclado era anti-natural e, portanto, fadada ao ocaso, a realidade prática parece cada vez mais me desmentir e, sobretudo, a provar que, por um bom tempo, teremos que batucar nos QWERTYs da vida para gerar a palavra escrita, popularizada por aquele alemão, o Gutemberg, séculos atrás.
Mesmo existindo aplicativos razoavelmente inteligentes, capazes de ouvir uma fala e convertê-lo em texto, com boa acuracidade, eles não se tornaram dominantes, desde o embalo do Dragonfly, nos anos 1980.
Temos hoje milhares de aplicativos capazes de reconhecer a voz humana e transformá-la em textos ou em comandos de computadores, smartphones ou tablets. Quem tem iPhone e fala inglês, espanhol, francês ou japonês consegue comunicar-se sem teclado através do Siri, uma bem pensada incursão da Apple no terreno da interface homem-máquina. Bem pensada, mas não um sucesso de bilheteria…
A diversidade dos dispositivos tornam o teclado pouco prático em muitos momentos. Eu, particularmente, fico pensando nas legiões de pessoas que passam o dia furiosamente mandando mensagens e emails a partir de seus smartphones, decididamente um atentado a princípios básicos de ergonomia e fonte de receita futura para ortopedistas e fisioterapeutas. Mesmo assim, o teclado virtual nas telas touch-screen ainda são a melhor alternativa para muitas funções.
Mas existe uma razão especial para a longevidade dos teclados, especialmente nos desktops e laptops: eles evoluiram bastante, são agradáveis ao toque, precisos no uso, permitindo uma razoável produção de textos usando os dedos da mão.
Cada vez que troco meu laptop, o teclado parece ter ficado melhor. E isso dá mais conforto para escrever. Não me baseio em nenhum estudo amplo, apenas reflito sobre meu uso e minhas observações.
Será que o teclado vai continuar relevante na geração de textos? Procurei fazer a prova com o que disponho: paro de escrever no laptop e vou para dois desktops de gerações anteriores, mas não jurássicos. É…melhorou muito! Prova definitiva? Coloco uma folha de papel numa velha máquina de escrever manual e começo a… d-a-t-i-l-o-g-r-a-f-a-r! Não há dúvidas: o teclado moderno evoluiu muito, e vai continuar no trecho por muito tempo!
Samsung Galaxy S4: Grande Novidade!
Meu pré-teste do Samsung Galaxy S4 trouxe-me de volta o entusiasmo com o novo, semelhante ao que experimentei ao usar meu primeiro iPhone. Só que agora eu vejo o dispositivo móvel chegar a um novo nível de usabilidade capaz de chacoalhar muitos conceitos tido hoje como avançados.
Explico: além de bonito, o S4 é leve, tem uma ergonomia sensacional e, depois que você se acostuma com a telona de 5″ e se deixa seduzir pela aparência e pela facilidade de usá-lo tal e qual outros smartphones, começam as surpresas.
A primeira delas é a navegação pela internet ou por páginas abertas dos aplicativos, que pode ser feito por gestos do rosto, das mãos ou dos dedos, sem tocar na tela. Os sensores de movimento estão lá para facilitar sua vida e para ajudar a manter a tela limpa.
O reconhecimento de voz ainda tem restrições, mas já entende os comandos usuais em português, coisa que o Siri, da Apple, ainda não faz e vai demorar a fazer.
Tem, claro, a integração perfeita com os produtos do Google, como as buscas, os mapas, o Gmail, o YouTube e outros mais.
O Google Play, a loja virtual que é tão diversificada e completa quanto a iTunes Store á mais um apelo.
A versão 4G, que pode acessar a internet a velocidades até 20 vezes maior do que a de uma boa rede 3G não pode ser testada por mim, porque o telefone não estava habilitado na operadora que já tem o serviço onde eu estava.
Mas, a julgar pelas amostras da performance da rede 4G, esse produto premium da Samsung chega para arrasar e chacoalhar a crença de muito applemaníacos, eu inclusive.
O problema maior está na grana: A versão 3G sai por R$ 2.399 e a 4G por R$ 2.499. Desbloqueado, para que eu possa usá-lo na operadora de minha escolha sem ficar amarrado a planos de fidelidade.
Mas olhando as ofertas no mercado americano para o S4, dá vontade de chorar: você consegue um por US$ 149 (R$ 300) para um contrato de dois anos com a operadora.
Aqui no Brasil, a tecnologia 4G ainda engatinha, e, por conta disso, os preços dos contratos são elevadíssimo, com uma cota de dados que pode se esgotar rapidamente nos primeiros dias do mês.
Mas eu estou seriamente considerando mudar para essa jóia da tecnologia chamada Samsung Galaxy S4. Vou esperar os preços cairem um pouco, especialmente as das operadoras.
Mas já começo a escrever desde já: “Querido Papai Noel, este ano eu me comportei direitinho e quero que o senhor me traga de presente um Galaxy S4 habilitado para 4G. Se o senhor quiser, pode usá-lo na sua vinda do Polo Norte. Um abraço do Guy”
Fim da Tendinite?
Essas geringonças digitais que possuem mouse, controle remoto ou teclado são a alegria dos neurologistas, ortopedistas e fisioterapeutas: Muito uso, má postura ou uma associação de ambos é tendinite na certa, só para ficar no incômodo mais comum.
Mas podemos ter esperanças de que as coisas mudem!
Minha percepção indica que podemos estar caminhando para o fim, ou na pior hipótese, para a minimização do uso dessas interfaces antinaturais.
Dia desses estava em uma loja dessas de shoppping, onde vi uma demonstração de um desses novos televisores espertos (cada marca tem seu nome, então uso uma denominação genérica), com direito a test-drive dos curiosos.
Esse aparelho, com tela lá pela beira das 50″, tinha sensor de movimento e reconhecimento de voz, e uma senhora nos seus sessenta, setenta e algo de idade mexia braços e mãos e falava com ele.
Dava para ver que ela (a senhora) não era das mais íntimas com dispositivos digitais, mas ia sem muito constragimento se iniciando nas maravilhas que o televisor -e o vendedor- prometiam.
Fiquei observando o ritual, e depois de uns 30 minutos vi que a venda acabava de ser feita, tão logo o marido chegou com o cartão de crédito.
Não resisti e fui perguntar ao casal qual a lógica da decisão de compra.
Ela: “Eu não aguentava mais o controle remoto para buscar o que queria, e agora posso só apontar para a TV e ela me obedece. Ou então mandá-la fazer o que quero”
Ele: “Ela quer mandar na TV assim como manda em mim”
Ela: “Tomara que a TV me obedeça, porque com você eu mando e você me ignora!”
Ele: “Mas eu tenho dúvidas se isso aí vai funcionar que nem na demonstração. O que eu queria mesmo era uma TV de alta definição e 3D, mas não sei como fica quando ela der uma ordem e eu não concordar. A TV obedece a quem??”
Ela: “Você ainda duvida, João*?”
Ali acabaram minhas dúvidas. Se antes, com os smartphones e tablets tomando de assalto a novíssima geração que não precisa mais de manual do usuário, agora podemos ter um novo nível de inclusão digital justamente naquela faixa dos resistentes à tecnologia, como o casal que conheci na loja.
Conversando com eles com mais calma, enquanto o pós-venda se perdia com a burocracia, acabei sabendo que eles são do tempo do videocassete que sempre ficava com o relógio piscando nas 12:00, porque eles não conseguiam ajustar. Mesmo quando a filha mostrava como fazer, já naquela época -meados dos anos 80- o dito cujo só servia para exibir fitas da videolocadora. Gravar programas de TV aberta, nem pensar!
Será que eles conseguirão se adaptar à nova maravilha da tecnologia? Ou eles acabarão se rendendo ao controle remoto, que vem junto?
Para mim, isso é irrelevante. O que parece ser inevitável é a chegada, para valer, do reconhecimento de gestos, voz e imagens, também pelos aparelhos de entretenimento doméstico. Daí para termos os eletrodomésticos conversando conosco é um passo.
Mas aí será necessário preparar os médicos, para evitar que encaminhem direto ao psiquiatra um paciente que afirma falar com o televisor e com a geladeira.
Afinal, pode ser uma pessoa muito saudável, não só da cabeça. Pode também não ter tendinite.
*nome fictício
2011: Ano Digital Fraquinho…
Fazendo um resumo de 2011, sob a ótica de produtos e serviços digitais, o resultado não é muito inspirador.
Consolidaram-se os smartphones, que venderam aos borbotões e prometem mais em 2012; o mercado de tablets, inexistente estatisticamente em 2009 e que apresentou as grandes novidades em 2010, registrou em 2011 marca superior a 50 milhões de unidades vendidas, descontados os genéricos ching-ling, e promete superar os notebooks em unidades vendidas lá por 2013, 2014.
A notícia ruim de 2011 foi a morte de Steve Jobs. Parece que todo o mercado, não apenas a Apple, contentaram-se em produzir mais do mesmo do que praticamente inovar.
Será?
Se formos mais um pouquinho detalhistas, podemos garimpar avanços que, se não refletiram muito em nossa realidade de cidadãos digitais, vão causar novos tsunamis em cima dos conceitos de modernidade, versão 2011.
Na avaliação deste veterano blogueiro, a nova Constituição Digital será consolidada em cima de três vetores:
A internet de banda larga cada vez mais larga e a custo cada vez menor, que possibilitará a maturidade das ofertas de cloud computing.
A tela sensível ao toque, que torna intuitiva a interção das pessoas com os dispositivos, e absolutamente natural aos pequeninos nascidos neste milênio, que precisarão cada vez menos de manuais de instrução e de explicações dos mais velhos;
As ferramentas de reconhecimento de voz chegando ao mainstream do uso, com a chegada do Siri, da Apple e de vários wannabes já surgindo, que tornam nossa comunicação com os dispositivos e, através deles, com outras pessoas cada vez mais simples e precisa.
Assim, 2011 se vai sem trazer novas excitações que vinham ocorrendo anualmente, pelo menos desde 2007, e que mudaram radicalmente a configuração do mundo digital e, porque não, do mundo como o conhecíamos. Mas, ao menos, aponta para as novas mudanças e para a consolidação do que já existe.
Do ponto de vista dos futuros historiadores, 2011 poderá ser encarado como o marco de uma nova era, mas, do ponto de vista de registros “arqueológicos”, pouco terá a mostrar.
Então, Feliz 2012!
2011: Ano Digital Fraquinho…
Fazendo um resumo de 2011, sob a ótica de produtos e serviços digitais, o resultado não é muito inspirador.
Consolidaram-se os smartphones, que venderam aos borbotões e prometem mais em 2012; o mercado de tablets, inexistente estatisticamente em 2009 e que apresentou as grandes novidades em 2010, registrou em 2011 marca superior a 50 milhões de unidades vendidas, descontados os genéricos ching-ling, e promete superar os notebooks em unidades vendidas lá por 2013, 2014.
A notícia ruim de 2011 foi a morte de Steve Jobs. Parece que todo o mercado, não apenas a Apple, contentaram-se em produzir mais do mesmo do que praticamente inovar.
Será?
Se formos mais um pouquinho detalhistas, podemos garimpar avanços que, se não refletiram muito em nossa realidade de cidadãos digitais, vão causar novos tsunamis em cima dos conceitos de modernidade, versão 2011.
Na avaliação deste veterano blogueiro, a nova Constituição Digital será consolidada em cima de três vetores:
A internet de banda larga cada vez mais larga e a custo cada vez menor, que possibilitará a maturidade das ofertas de cloud computing.
A tela sensível ao toque, que torna intuitiva a interção das pessoas com os dispositivos, e absolutamente natural aos pequeninos nascidos neste milênio, que precisarão cada vez menos de manuais de instrução e de explicações dos mais velhos;
As ferramentas de reconhecimento de voz chegando ao mainstream do uso, com a chegada do Siri, da Apple e de vários wannabes já surgindo, que tornam nossa comunicação com os dispositivos e, através deles, com outras pessoas cada vez mais simples e precisa.
Assim, 2011 se vai sem trazer novas excitações que vinham ocorrendo anualmente, pelo menos desde 2007, e que mudaram radicalmente a configuração do mundo digital e, porque não, do mundo como o conhecíamos. Mas, ao menos, aponta para as novas mudanças e para a consolidação do que já existe.
Do ponto de vista dos futuros historiadores, 2011 poderá ser encarado como o marco de uma nova era, mas, do ponto de vista de registros “arqueológicos”, pouco terá a mostrar.
Então, Feliz 2012!