iPhone 6: Começam os problemas de vulnerabilidades
Nem bem a Apple começou a entregar os novíssimos e maiores iPhone 6 e 6 Plus e já surgem problemas de vulnerabilidade. Isso depois que o novo iOS 8.0 também deu defeitos e foi necessária a sua atualização sucessiva para o 8.01, 8.1 e agora, o 8.1.1.
Problemas? A Apple deixou de ter produtos seguros? Como está a nossa exposição, enquanto usuários?
Pois é: mais uma vez, bem-vindo ao novo mundo conectado, onde a preocupação com segurança é cada vez maior. Mais conectado, mais tempo, mais exposição, mais vulnerabilidade.
Desta vez, houve tempo até para aviso do governo americano e nota oficial da Apple a respeito. Aparentemente, o problema surge quando você tem instalado em seu iPhone aplicativos ou plugins de terceiros, ou seja, não adquiridos na App Store ou que não sejam assegurados pela empresa em que você trabalha.
Na prática, a mensagem é: não faça jailbreak no seu iPhone nem instale aplicativos de terceiros. Mas também, assim como nos carros cada vez mais conectados, objeto de postagem anterior, o seu smartphone ou tablet acabam sendo hubs de uma importante rede digital que influenciam sua vida, e a potencial exposição de dados pessoais, ou alteração desses dados pode ter resultados catastróficos!
Lembrando que, além da conexão com sua operadora de telefonia, o iPhone pode ser conectado por AirDrop, Bluetooth, WiFi, GPS, sem falar no novíssimo Apple Pay para fazer pagamentos usando a tecnologia NFC. Ou seja, mesmo com a arquitetura fechada da Apple, você não está seguro.
E o Android ou o Windows Phone? Mesma coisa, em estágios diferentes, que ora apresentam maior ou menor vulnerabilidade. Afinal, são bilhões de unidades de smartphones no mundo, fora o bilhãozinho novo todo ano. Mesmo com a evolução dos sistemas de segurança, os hackers do mal não descansam.
No frigir dos ovos, esse anúncio sobre o problema com o 6 até gerou um pouco de desconforto, mexeu um pouco nas cotações das ações da companhia na bolsa mas o mundo segue conectado.
A você, cabe cuidar, porque, no seu aparelho, são seus dados que estão lá, e, por vezes, um descuido simples de deixar a tela inicial sem senha pode torná-lo um alvo fácil par ao mais inexperiente dos ladrões de dados. Cuide bem do seu smartphone e de seu conteúdo!
Verão derrete seus aparelhos digitais
Esse verão de 2014 não deixará saudades… Ao menos, o que espero é que os próximos não sejam tão quentes e por tanto tempo!
Se você tem ar condicionado em casa, no carro ou no trabalho, até que dá para minimizar os danos. Muito líquido, sorvete, protetor solar e comidas leves, tudo isso vale repetir, mas não é coisa para um comentário de tecnologia. Ou é? Afinal, seus laptops, tablets e smartphones não têm essa opção de refresco. Ao contrário: podem estar sendo mais utilizados à medida em que você minimiza deslocamentos pelas facilidades e recursos que eles oferecem.
Você já reparou que eles andam esquentando mais nesses dias escaldantes? É, eles aquecem mais, especialmente os smartphones com mais recursos, onde é possível deixar ligado o 3G ou 4G, o WiFi, o Bluetooth, o GPS e aplicativos que são ogres no consumo, especialmente aqueles que permitem sincronização em tempo real com serviços na nuvem, como iCloud, Google+, DropBox, e os de redes sociais, como Facebook.
Todas essas facilidades consomem energia, e geram calor. Não é só porque o dia está quente e você está em ambientes com temperaturas maiores do que a habitual. Aparelhos digitais requerem uma faixa de temperatura para boa operação que não convém ultrapassar, sob pena de ter severos danos. Veja os manuais de uso de cada um.
O UOL Tecnologia publica matéria sobre o assunto, de onde retirei as dicas sobre o que fazer para evitar problemas:
Evite situações de calor acumulado, como deixar o gadget dentro do carro, diretamente sob o sol ou sobre superfícies metálicas durante longos períodos |
Sob calor intenso, desligue o Wi-Fi, 3G e sistema de geolocalização no smartphone. Ele aquece ainda mais quando esses recursos estão em uso |
Desligue imediatamente o celular quando encontrá-lo superaquecido |
Quando possível, retire a bateria do aparelho superaquecido |
Leve o gadget a um local onde a temperatura esteja mais amena |
Em hipótese alguma recorra soluções drásticas para esfriá-lo (como usar a geladeira), sob risco de danificar permanentemente o gadget |
Ligue o aparelho apenas depois de ele voltar à temperatura normal |
Cuide bem de seus gadgets e evite prejuízos!
Procuram-se: Baterias mais leves, potentes e duradouras. Paga-se bem!
O Google badala o Glass, na verdade um computador portátil com câmera e acesso à internet que foi comprimido em uma armação de óculos, numa espécie de pré-estréia dos chamados wearable devices, ou dispositivos digitais para vestir, em tradução livre.
A Apple, no WWDC 2013, anunciou que os MacBook Air virão com autonomia das baterias entre recargas aumentada em até 78%, podendo durar até 12 horas em uso normal.Também falou em integração entre os iPhones, iPods e iPads com os carros, visto que, nos Estados Unidos, 95% dos automóveis novos vendidos possuem portas de conexão com esses dispositivos móveis.
Mas as baterias dessas sofisticadas geringonças continuam as mesmas, de íon de lítio…
Uma bateria maior para fazer a carga do Glass durar o dia todo em uso? Doem as orelhas e o nariz!
Um smartphone que acesse a internet, tenha GPS, Bluetooth, NFC e outras conexões ativas, enquanto seu dono faz vídeo-chamadas onde quer que esteja? Sem um carregador à mão, nada feito… Então, até que ponto essa conectividade com os carros não é mais para carregar e manter carregados os dispositivos?
Dia desses, eu participava de uma longa reunião com 12 pessoas, no fim do dia. Aí foi preciso instalar filtros de linha e carregadores extras pois 11 smartphones precisavam de reabastecimento de energia; Outros 4 estavam em uso por seus donos, ou emprestados. Na verdade, poucos desses executivos tinham um só aparelho, então a durabilidade necessária das baterias por vezes se dá com o segundo celular ou com a ajuda de carregadores.
Como os laboratórios de pesquisa indicam, uma forte tendência é na linha dos wearables. Mas não dá para querer ter produtos usáveis se eles são incômodos, pesados e precisam estar sendo recarregados a cada 5 ou 6 horas.
Também é furado vender um aparelho com múltiplas funcionalidades realmente úteis se elas não podem ficar à disposição do dono o tempo todo.
Até setembro, deveremos assistir a uma série de lançamentos, voltados principalmente para o consumidor, tentando pegar a onda do Natal 2013.
Se não for anunciada uma bateria mais leve e mais potente, teremos apenas evolução do que conhecemos. O próximo salto no mundo da tecnologia depende de baterias para que os produtos possam passar naturalmente nos testes de usabilidade, no sentido mais básico da palavra.
Waze: de zero a um bilhão em poucos meses
O Waze, um aplicativo que já foi apelidado de “GPS Social“, é fenômeno de popularidade no mundo, no Brasil em particular. Além das funções tradicionais de um serviço de localização por GPS, ele também aprende as rotas para seus pontos preferidos e sugere alternativas, baseadas em sugestões de quem anda por elas, inclusive suas e de seus amigos.
Mais uma sacada do Waze é o apelo de game, pois ele instiga os usuários a passar informações de tráfego, e a atuar na correção e atualização dos mapas, como um eventual bloqueio temporário, a mudança de mão de direção ou um novo viaduto aberto. E, ao dar sua colaboração, o usuário acumula pontos que o fazem subir no ranking de editores, e assim ficar cada vez mais reconhecido pela comunidade.
Se você marcou reunião com pessoas de sua comunidade e está atrasado, não precisa ficar dando desculpas. Elas vão saber onde você está, dada a interatividade do Waze.
Ao oferecer integração com o Facebook, o Waze virou alvo de aquisição pelo gigante das redes sociais. A empresa tem origem em Israel, onde existem importantes núcleos de inovação em tecnologia da informação.
Negócio quase fechado! O Waze complementaria as funcionalidades do Facebook, com mapas, GPS, localização e um potencial de crescimento sobre a base de 1 bilhão de clientes.
Entra o Google na parada. Dono do Android, o sistema operacional mais popular nos smartphones. Começou a disputa. Mais de US$ 1 bilhão de dólares depois, o Google compra o Waze, com o compromisso de manter em Israel o time responsável pelo produto.
Todd Wasserman, do Mashable, cita 4 motivos para o Google colocar tanta grana no negócio:
- O Waze não tinha nenhum concorrente à altura no segmento de mapas
- O Google ganha uma camada social muito ativa para dispositivos móveis
- O Maps é um produto muito importante para o Google
- O Google fez uma ação defensiva para manter dominância nesse setor, no futuro
É interessante observar os próximos lances nesse jogo de xadrez, uma vez que a Apple aparentemente não entrou na disputa e, com o Waze, o Google vai mais forte ainda sobre o mundo de Apps para iOS, de onde a Apple expeliu o Google quando do lançamento do iOS 6 com seu tão criticado Maps.
Carro sem motorista: Custos começam a baixar. Você pretende ter um?
Carros que dispensam motoristas já existem, em várias versões. O mais célebre é o modelo criado pelo Google que, em alguns estados americanos, já rodam por ruas e rodovias atualizando as imagens do Street View, enquanto o ocupante da cabine só interfere na condução em situações de emergência ou falha. O humano é, no caso, um motorista backup…
Mas as soluções do carro sem motoristas ainda são raras e caras. Ou eram. Uma empresa de Israel, a empresa Mobileye criou um protótipo de baixo custo, da ordem de centenas de dólares, capaz de conduzir um Audi A7 em uma austoestrada a 100 km/h.
OK, talvez não seja uma boa idéia investir um monte de grana em um Audi A7 para andar só a 100 km/h e delegando o prazer de dirigir a uma maquineta composta de processadores, sensores e câmeras de video.
É provável que o caminho para o carro auto-conduzido nem seja esse, mas a Mobileye e concorrentes já fornecem às montadoras vários módulos de conforto e segurança, como o FCW, que avisa a iminente colisão com outro veículo ou obstáculo, o PCW, que alerta sobre a possível atropelamento de pedestres, o LDW, que apita quando o carro muda de faixa sem sinalizar, o IHC que impede o uso de farol alto quando um veículo vem no sentido contrário e muitos outros, que já se encontram disponíveis em vários modelos vendidos no Brasil.
Hoje em dia, um GPS já não é algo tão exótico a bordo dos carros, com a voz digital indicando ao motorista os caminhos até seu destino, avisando sobre curvas e saídas próximas, sem falar nos alertas sobre os radares multadores. Usar os dados em tempo real do GPS para alimentar um sistema de condução de carros que independa do motorista é uma das possibilidades.
Talvez você tenha de esperar anos ou mesmo décadas até ver um carro que não dependa de motorista. Pode até ser que esse dia nem chegue. Mas a automação das funções dos veículos automotores vai seguir evoluindo, nem só por conta da segurança e conforto, mas também para torná-los cada vez mais eficientes.
Carros: Computadores sobre rodas controlados por outros computadores
Domingo, dia das Mães, logo cedo, minhas antenas da tecnologia voltada para carros. Grande Prêmio da Espanha de Formula 1
Dia bonito na Espanha, organização perfeita do evento, Felipe Massa coadjuvante, mas estou interessado é na tecnologia dos carros, das equipes, na regência do todo poderoso Brian Ecclestone do negócio bilionário da F1, e na transmissão da prova, pela TV e pela internet.
Esse circo, ou laboratório de novas tecnologias para os bólidos e seus pilotos, pistas e boxes das equipes mostra hoje o que podemos ter amanhã nos nossos carros.
Sem falar em novos materiais que tornam os carros mais leves e seguros, como alumínio e fibra de carbono, passando pelas ligas de borracha dos pneus e novos aditivos do combustível, a eletrônica digital é o que acaba sendo o centro das inovações .
É ela que informa aos telespectadores e aos que acompanham a corrida via web, dentre outras coisas: velocidade instantânea, velocidade média, rotação do motor, marchas em uso, aceleração lateral G, uso de freio e regeneração de energia (KERS), pressão de óleo, temperatura de água e óleo, pressão dos pneus, e por aí vai.
As equipes sabem dos pilotos a pressão arterial, principais dados cardíacos, respiratórios, movimentos de olhos, e dos carros coletam dados de desgaste de componentes críticos, vibrações anormais, distância entre os carros, consumo instantâneo e acumulado de combustível, previsão de pit-stop, fora os dados da meteorologia, para poder antecipar troca de pneus por conta de pista molhada ou seca. E isso é só parte do show digital!
Na retaguarda das equipes, análise de dados de performance dos carros com os ajustes recém-feitos, comparando com adversários e companheiro de equipe, da corrida atual em relação aos treinos e a corridas anteriores.
A pista tem centenas de câmeras e sensores, sem contar as câmeras de alta definição que estão em cada parte de cada carro que possa gerar uma imagem interessante.
É por aí que veremos os carros do futuro, cada vez mais conectados e monitorados. Aqui no Brasil, demora um pouco mais. O que tem de tecnologia digital por trás de uma prova de Formula 1 é coisa para ninguém botar defeito! Um dia desses, nos carros que poderemos comprar nas lojas, verdadeiros computadores sobre rodas…
O Cachorro e o Tablet
No próximo dia 3 de abril, o iPad assopra duas velinhas. Nem parece que foi ontem o lançamento de um controvertido produto, em cima de uma tecnologia que existia há mais de uma década e que a maioria dos analistas e concorrentes apostava que ia ser um fracasso.
Mas o mundo real provou o contrário: o iPad e os tablets concorrentes rapidamente ultrapassaram a barreira de 100 milhões de unidades vendidas e um mercado superior a US$100 bilhões foi virtualmente criado a partir do nada. Ou melhor, a partir de uma visão de uma pessoa -Steve Jobs- que dizia não adiantar fazer pesquisa de mercado para saber da reação dos compradores sobre algo que eles ainda nem sabiam que iriam precisar.
A discussão sobre a utilidade do tablet segue aquecida, mesmo entre os quase 200 milhões de proprietários mundo afora.
Outro dia, recebi mensagem de um amigo meu no Facebook que se dizia preocupado com a proliferação de dispositivos que ele acabava tendo que aderir por conta da necessidade de se manter atualizado e conectado com o mundo.
E aí ele me listou, por ordem de aquisição: desktop, câmera fotográfica, iPod, laptop, smartphone pessoal, filmadora Full HD, smartphone corporativo, GPS e finalmente o tablet.
Nesse meio do caminho, ele relatou que quase não usa mais o desktop, o laptop ficou para uso profissional, os smartphones não desgrudam dele e o tablet “só falta ter um siga-me automático, um latido e algumas pulgas para ficar que nem meu cachorro de estimação”.
Ele também acaba usando sua câmera digital em ocasiões muito especiais e aposentou definitivamente a poderosa filmadora Full HD, já que a câmera e um dos smartphones são capazes de capturar vídeos 1080p com praticamente os mesmos efeitos, ao menos dentro de sua expectativa de uso. O iPod não virou sucata, mas agora mora em uma docking station conectada a seu home theater.
Desde novembro, diz meu amigo, ele só percorre suas quatro contas de e-mail usando seu tablet, aí contada a corporativa, e nem se lembra mais quando foi a última vez que ele alugou um vídeo na locadora ou comprou um título de livro impresso em inglês ou alemão pela Amazon, esses viraram eBook. Músicas em meio físico, então, nem pensar, depois que ele conseguiu comprar as coleções de Adoniran Barbosa e dos Beatles na iTunes Store para repor as que havia perdido quando de seu primeiro divórcio. E o GPS do carro, que ele pagou uma grana preta, agora está disponível como um aplicativo para seu smartphone por uma fração do preço.
Como ele já é um cinquentão alto, significa que ele passou por várias fases da evolução tecnológica e dos traumas a ela associados. Poderia ter sido tentado a pregar as virtudes do passado, mas seguiu, valente, as novas tendências.
Hoje ele é absolutamente dependente do tablet, algo que, em abril de 2010 ele nem imaginava ter. Quando eu postei minha primeira perspectiva do iPad neste blog, ele disse que estaria na turma dos que “nem esperando para ver o que aconteceria teria a mais remota tentação de comprar um”. Sua rejeição ao tablet, que ele nem sabia o que era, durou meros três meses, e acabou quando ele foi em julho com a filha e os dois netinhos para Orlando, com direito até mesmo a fila de espera na loja da Apple.
Mas é aí que a cobra fuma: no meu entender, pouco importa o que eu, meu amigo ou todos os demais nascidos no século XX, no segundo milênio da era cristã, podem pensar. O fato é que essa geração D nascida em anos que começam com 2 sequer viveu uma era sem internet, sem dispositivos com tela sensível ao toque e vai estar no mercado dentro de poucos anos.
E essas tecnologias, dentre outras coisas, eliminam barreiras de acesso ao conhecimento (internet) e criam uma forma intuitiva de interação com as máquinas. O touch-screen foi uma novidade nos smartphones e provaram seu verdadeiro valor nos tablets. Basta ver a naturalidade que qualquer criança tem ao manusear um tablet, mesmo sem ainda ter saido das fraldas.
Se voltarmos ao tempo, muita gente falava contra os smartphones (eram caros, muitos nem teclado tinham e lhes faltava a graça e a duração da bateria dos flip-phones, como o tão popular StarTac da Motorola) e mesmo contra os desktops (o presidente da Digital Equipment, Ken Olsen, dizia na década de 70, que não via nenhuma razão para um indivíduo ter um computador em casa. Não por outro motivo, a DEC, então lider de mercado no segmento de minicomputadores, acabou comprada pela Compaq, que, por sua vez, acabou no bolso da HP).
No caso do tablet, a mudança foi e será ainda mais radical, pois o descrédito original transformou-se rapidamente na percepção de que ele potencializa o uso de múltiplas funcionalidades e facilita, como nenhum outro, o acesso a conteudos dos mais váriados tipos, e já possui literalmente milhões de aplicativos disponíveis, a maioria gratuito.
Mas ainda não chegamos lá.
Ao meu amigo do Facebook, eu respondi que, à exceção das pulgas, ele poderia ter quase todo o resto do cão no tablet, ou quase isso, o que lhe gerou uma dúvida existencial em relação ao seu companheiro de muitos anos…
Numa dessas, dá para pensar num App que atraia pulgas e o tablet comece a se coçar, mas aí já é querer demais!
Compras deste Natal serão diferentes do ano passado

Olhando pela perspectiva das compras, o Natal 2011 será bem diferente do de 2010. Dólar oscilando, ausência de grandes novidades de hardware e, de outro lado, um grande aumento de ofertas de conteúdo fazem com que seja possível, dessa vez, pensar no todo, na integração, no bom uso daquilo que você já tem, com pequenos ajustes.
Ano passado o frisson estava nos tablets, em especial o iPad da Apple, que, quase do nada, criou um vasto mercado novo. Junto com acessíveis tocadores BluRay e televisores de alta definição, foram as estrelas de então. Agora em 2011, a oportunidade vai estar na integração de dispositivos.
Não basta um novíssimo e enorme TV 3D, mesmo junto com um belo home-theater para que o som faça jus à imagem. Alguns televisores e players BluRay até dispõem de acesso a internet, mas a maioria deles implica em usar o incômodo controle remoto para digitar compridos endereços, ou então o acesso é limitado a alguns pouco portais.
De outro lado, começam a surgir ofertas via internet de vídeos com filmes, shows, documentários grátis ou pagos, muitos deles em alta definição. Mas para baixá-los ou fazer streaming, não basta uma conexão rápida e contas criadas com os fornecedores. É preciso um computador ou um tablet para que a coisa seja prática. Aí é a telinha que não resolve. Então, é preciso que esses dispositivos possam ser facilmente ligados à telona, de preferência via entrada HDMI, para desfrutar plenamente da qualidade de áudio e vídeo. Um presente original pode ser uma assinatura de um desses serviços.
Podemos pensar em melhorar o armazenamento de arquivos de áudio e vídeo que geramos em nossas câmeras e filmadoras digitais (que já estão com 3D em alguns modelos), sem falar naquelas dos celulares e tablets. Não se esqueça do que chega por e-mail e aqueles que você entende que devam ser armazenados perto de você, venham eles de redes sociais, de portais de imagens como Flickr ou Picasa, só para ficar entre os mais populares.
É muita coisa? Os HDs de alta capacidade despencaram de preço, então é só comprar mais um ou dois terabytes de disco, correto? Não necessariamente, o mais importante é ter tudo isso bem organizado e disponível para quando precisar. A saída é investir em bons programas de organização de imagens, sejam elas locais ou remotos na nuvem. Aqui a palavra “investir” não necessariamente implica em desembolso de grana, mas com certeza demanda cada vez mais disciplina para que essa diversidade de conteúdo não se perca em múltiplas pastas digitais que você acaba esquecendo por aí.
Enfim, faça de seu televisor principal uma central de entretenimento, conectada em uma rede local com seu desktops, laptops, tablets, filmadoras, câmeras e smartphones, mantendo os arquivos bem organizados.
Sob outro enfoque, existem os produtos que cada vez mais cabem no seu bolso e trazem mais conveniência e conforto, como os aparelhos GPS para carro ou mesmo para maratonistas e adeptos de trilhas e esportes radicais.
Aqui também a tentação do preço não deve prevalecer sobre a cuidadosa avaliação da qualidade e da regular atualização de conteúdo. A opção de aplicativos GPS para seu smartphone ou tablet até que pode se revelar mais barata e tão eficaz quanto a de um dispositivo dedicado, mas se você é um heavy user, as baterias vão abrir o bico rapidamente.
No campo de smartphones, as opções com Android estão cada vez melhores e mais diversificadas; se você está com a Apple e não muda, o iPhone 4 continua sendo a opção ao menos até o Natal de 2012.
Nos tablets, o iPad 2 ainda está bem à frente dos concorrentes. Notebooks estão também com muito boas ofertas, mas os pequenos netbooks perderam rapidamente sua razão de ser, sanduichados entre preços e funcionalidades de notebooks e tablets.
Resumindo, no Natal 2011 você pode melhorar o desfrute dos brinquedinhos que você comprou ao longo dos últimos 12 meses, para que, ao final, seu investimento valha ainda mais.
Artigo publicado na coluna Vida Online do número 2 da Revista Batel Lifestyle
Smartphones fazem de tudo, até telefonar
Quem tem, sabe. Quem não tem, quer ter um. Os smartphones ganham cada vez maior participação no mercado de celulares e, com isso, mudam hábitos, novas necessidades são atendidas e, eventualmente, eles são usados até para aquela tradicional comunicação por voz.
Epa! Nem sempre a ligação de voz é feita pela rede da operadora, às vezes é direto em uma conexão WiFi e não custa nada, e pode ter até video. Smartphone, Smartpeople ou um novo ambiente criado a partir de uma engenhoca que fica a cada dia mais sofisticada?
Por partes:
- Hoje o market share de Smartphones já passa de 30% no mundo, aqui no Brasil ainda abaixo de 20% das novas vendas, mas crescendo.
- O tráfego de dados nas redes celulares 3G já é maior do que o tráfego de voz tradicional
- Correio eletrônico já é mais acessado em dispositivos móveis (aí incluidos notebooks e netbooks) do que em computadores de mesa
- Já existem mais de 1.000.000 de aplicativos disponíveis para Smartphones, aí consideradas as plataforams mais populares, como iPhone, Blackberry, as múltiplas versões do Android e o Symbian, da Nokia.
- O uso de Smartphones em aplicativos de localização já supera o de aparelhos específicos de GPS para automóveis e pessoais
- A venda de músicas e jogos para uso em Smartphones já supera todos os outros meios tradicionais
- Acesso aos principais portais da internet por dispositivos móveis já é a maior fatia da pizza de consumo de tráfego
Ou seja, além de criar novas demandas, os Smartphones mudam hábitos. Tomemos o exemplo de sair com amigos para jantar fora. Hoje é mais fácil fazer tudo, menos ir e comer, com o Smartphone como protagonista principal.
Começa pela comunicação por chat ou e-mail e até mesmo por uma videoconferência sobre a oportunidade de confraternizar. Passa pela seleção do local, através de um guia digital de restaurantes, que vai ter avaliação dos especialistas e também de clientes, para então, fechado o local, é clicar no link do restaurante e ligar para fazer a reserva (ou fazê-la diretamente no site) e depois usar os aplicativos de mapas e trânsito para chegar lá guiado pelo GPS e pelas dicas de trânsito que evitam pontos problemáticos.
Para os mais apressadinhos, um detetor de radares ou pardais ávidos por multar qualquer desvio de conduta com certeza ajuda, e mais ainda, se quiser sofisticar a coisa, dá para usar aplicativos de comunicação de assalto ou sequestro, sem falar nos que podem transformar o Smartphone em uma poderosa central de comando dos acessórios do carro e/ou do controle de acesso a residência.
Conheço gente que chega ao extremo de conectar o aparelhinho com centrais de conforto e entretenimento doméstico, de modo a ligar o ar-condicionado meia hora antes da chegada ao lar, e enviar um comando de gravação de um programa na TV que não havia sido previsto e muito mais.
Eu me dei ao trabalho de checar meu consumo de minutos de voz no ano anterior a minha adesão a um Smartphone e agora, nos ûltimos 12 meses. A queda foi de 58%, para mais ou menos as mesmas condições ambientais de demanda. Já meu tráfego de dados aumentou 10 vezes, ou 1.000% no mesmo período, isso só contando a rede da operadora.
Serei eu um usuário típico?