As maiores empresas do mundo descobrem as redes sociais
A maior parte dos bilhões de conectados mundo afora que usa redes sociais entende o fenômeno sob seu ponto de vista, da utilidade de cada uma, das conexões que são feitas e, enfim da visibilidade obtida. Tudo isso de forma natural.
De outro lado, sabem eles -sabemos nós- que o preço da conveniência e da facilidade é a perda da privacidade.
Mas o que fazem com as redes sociais as maiores empresas? Tirando as de tecnologia, como estão usando essas plataformas as empresas da lista Fortune 500, como as de alimentos industrializados, máquinas pesadas, automóveis, petróleo, varejo e logística?
Pois saiba que elas estão entusiasmadas com o potencial dessas ferramentas para melhorar seus negócios. Um estudo recente do Centro de Pesquisas de Marketing da Universidade de Massachusetts – Dartmouth mostra como cresceu o uso entre 2012 e 2013.
As gigantes estão refinando seu conhecimento do mercado sobre o que, como, aonde, quanto e quando. A pesquisa sobre as empresas da lista 2013 da Fortune 500 mostra essas novas ferramentas de comunicação chegando como um tsunami nas mais diversas áreas das empresas!
Olhem o infográfico nesta página: Ele mostra quão a sério as grandes empresas estão levando as redes sociais.
Sessenta e nove por cento das F500 usaram o YouTube, crescimento de 7% sobre 2012. Para elas, o YouTube é tão importante quanto o Facebook.
Em 2013, a pesquisa incorporou as plataformas mais recentes, como Google+, Foursquare e Instagram. O Pinterest já vinha de 2012, quando registrou 2% das empresas usando a plataforma, contra 9% do ano passado. Em todos os casos, essas corporações mostraram-se dispostas a experimentar as novas ferramentas. Destas, só o Google+ mostra evidências de um número significativo de contas abertas, mas ainda inativas. Isso pode ser porque as empresas estudam o potencial do Google+. Mas já são 35% delas com contas abertas no Google+.
Depois de anos andando de lado, 34% das grandonas possuía blogs ativos em 2013, um crescimento de 21% sobre 2012.
Claro que esses titãs empresariais testam todas as novas ferramentas de comunicação. A preferência pelo Twitter sobre o Facebook é intrigante, talvez por conta da simplicidade de sua proposta e da mais rápida viralização do conteúdo. Ao usar Google+, Foursquare e Instagram, as grandes mostram que vão atrás da turma conectada. Elas agora parecem animadas com essa nova capacidade de engajar fornecedores, parceiros, clientes e o público interno de uma forma sequer imaginada quando a maioria dessas corporações foi fundada.
Não se surpreenda: Você vai ficar cada vez mais na mira dessas gigantes!
Da série Liberdade X Controle 5: Você está na telinha e na telona e não sabe?
Você já se deu conta que sua imagem pessoal está sendo gravada, todos os dias, por milhares de câmeras?
Elas podem ser geradas por câmeras de monitoramento nas ruas, nas empresas, nos shoppings, nas repartições públicas ou em qualquer um dos milhares ou mesmo milhões de celulares portados por cada uma das pessoas que moram na cidade onde você está agora.
Escapadas furtivas? Nem pensar, qualquer que seja o objetivo, mesmo a mais inocente saída à francesa de uma reunião chata.
Ficar desconectado? Até pode, mas aí você perde contacto com o mundo, e todo o seu passado estará lá devidamente registrado na nuvem.
Essa onipresença de olhos digitais em nosso cotidiano implica em não mais discutirmos se a profusão de câmeras nos filmando e fotografando é boa ou ruim. É fato consumado, pronto!
De outro lado, existe o uso indevido dessas imagens e coordenadas, especialmente por bandidos que estudam hábitos das pessoas para poder cometer crimes de maneira mais precisa e eficaz.
Muito se discute sobre a necessidade de rever legislações. Deve haver um jeito de penalizar mais quem cometa crimes contra a pessoa ou contra o patrimônio com o apoio da tecnologia.
Agravante de pena? Não sei, mas o ladrão digital que usa recursos da moderna tecnologia corre bem menos riscos do que o criminoso analógico.
Existem softwares sofisticados de reconhecimento de imagem que ajudam a identificar quem agiu contra a lei e foi flagrado por câmeras. Isso é bom? E se for usado por autoridades com o objetivo de cercear a liberdade individual? E se cair nas mãos de bandidos?
A tecnologia e seus usos andam mais rápidos do que a média dos cidadãos. Não devemos nos estressar sobre a onipresença das câmeras. Mas devemos estar permanentemente atentos sobre os avanços dos marcos regulatórios e das providências das autoridades para assegurar nossa liberdade e nossa individualidade, sem prejuízo do conforto que a tecnologia nos oferece do bem estar da coletividade.