Quer saber mais?
Vou mudar o foco de minhas digressões sobre tecnologia. Ao contrário de uma possível paráfrase a Francis Fukuyama, eu não acredito que estejamos na era do fim da tecnologia, ou do fim dos avanços. Muito pelo contrário. Sigo acreditando que muita coisa nova virá, que pode encantar o mercado, e, enfim, transformar o mundo em que vivemos.
Só que isso pode demorar algum tempo, no mínimo meia década, que, nessa área tecnológica, é uma eternidade! Enquanto isso, as discussões são sempre em cima de um pouco mais do mesmo (evolução), privacidade x segurança (deveres e direitos), plataformas (hoje reduzida, para efeitos práticos, aos mundos Apple e Android) e longas e custosas batalhas legais sobre patentes, legislações locais ou globais, quem manda na internet, quem pode, quem não pode.
Mas o mundo da tecnologia está centrado em grandes e poucos atores, como as indústrias automobilísticas, aeroespaciais, entretenimento, alimentos e bebidas. No mundo da tecnologia, os key players são Apple, Google e Samsung. OK, tem os chineses no hardware, os indianos no software, tem a Microsoft, a Oracle, a HTC, a Intel, a Qualcomm… Tem muitas outras, assim como na automotiva, o mundo não é só GM, Ford, Toyota, Honda, VW, Fiat e Hyundai. Tem também os chineses, os niche players, os… Mas tem também o Google, a Apple querendo entrar, tem…
O que está em falta, e parece que demorará a surgir, são os novos Googles, Facebook, ou novidades da turma do software livre. Faltam também novidades ou pelo menos iniciativas em outros países, salvo pelas exceções de Israel, um pouco na Alemanha, a África do Sul está trabalhando sério, a Austrália também.
Mas faltam inovadores, faltam núcleos de inovação. OK, no Brasil temos lá o Porto Digital, iniciativa pioneira do incansável Sílvio Meira, tem o polo de Campinas, ah!… já ia esquecendo da minha alma-mater, o ITA, em São José dos Campos. Bem , o ITA segue em nível destacado, mas, em essência, forma pouca gente por ano, não muito mais do que em meu tempo, há longínquos 50 anos.
Tem também a turma que trabalha com a parte de ferramentas para dispositivos móveis, grupo porreta em BH. Mas é do Google, nos dias de hoje.
Em resumo: somos majoritariamente consumidores de tecnologia, cada vez mais influindo menos, cada vez consumindo mais. Não é algo essencialmente errado, mas para falar e escrever sobre isso, precisamos de mais de gente de marketing, de comportamento do consumidor, de especialistas em direito. Não é o meu caso, que trabalho no mundo digital desde 1961 ou 1962.
Então vou parar de comentar sistematicamente sobre novidades tecnológicas. Puxo o freio nessa experiência gostosa de vários anos, mas que tem ficado monótona, ultimamente.
Vou buscar meus guardados e começar a escrever um pouco da história que vivi. Inclusive sobre lances de bastidores, que pouca gente conhece, mas que permitiram algum desenvolvimento tecnológico no Brasil, e inibiram algumas outras iniciativas, por conta do jogo de interesses ou do alcance da visão.
Eventualmente, posso até voltar a falar sobre novidades.
Por enquanto, obrigado a todos pela paciência nas leituras de minhas escritas. E sigam por aqui. Vou precisar de vocês, sobretudo os mais veteranos, para garimpar o passado. Que também pode ser fascinante!
Abraço!
Microsoft integra Office com serviços na nuvem de terceiros
Se você é usuário da suite de aplicativos Office, da Microsoft, deve ter notado a evolução dos produtos, já disponíveis por assinatura, e das versões também para smartphones e tablets nas plataformas iOS e Android. Bom para nós, usuários, que podemos criar, acessar, atualizar, compartilhar arquivos de Word, Excel, Powerpoint e outros a partir de praticamente qualquer dispositivo digital.
Mas ainda restava uma barreira: o armazenamento na nuvem, de forma automática, era feito essencialmente no próprio serviço da Microsoft, o One Drive. Claro que dava para guardar também no Dropbox, no Google Drive e no iCloud, da Apple, mas sempre com algum trabalho manual. O compartilhamento, para quem usava esses serviços, também era possível, mas requerendo alguma ginástica.
A Microsoft já havia disponibilizado acesso automático de arquivos do Office para o Dropbox e outros serviços menos cotados. Agora, dá para fazer o mesmo também nos serviços Box e iCloud. Ponto para nós, usuários! Organizar seus documentos na nuvem agora depende só de você e de sua capacidade de evitar bagunça digital.
É isso? Bem, quase…
Resta o caminho inverso: do mundo Apple para o “resto” do universo digital. A empresa de Cupertino segue com sua arquitetura fechada, abrindo poucas e controladas interfaces e funcionalidades nos seus sistemas operacionais e nos seus serviços na nuvem, incluindo o iCloud. iPhoto, iTunes e iMovie? Nem pensar!
Do ponto de vista de segurança, a Apple está correta. Do ponto de vista da fidelização de seus clientes, os números mostram que há mais clientes entrando no mundo iOS/OSX do que saindo. E, na ótica de geração de caixa, a Apple tem mais de US$ 150 bi disponíveis na conta e seu valor de mercado é maior do que qualquer outra empresa de capital aberto na história e maior do que a soma de todas as empresas listadas no índice BOVESPA. Mudar para quê?
Eu entendo que, mais cedo ou mais tarde, a Apple vai entender que é preciso ser mais flexível. Mas, por enquanto, fiquemos com a boa nova da Microsoft. Bom para nós, usuários, e bom para ela, que pode prolongar por mais algum tempo a vida de suas vacas leiteiras Windows e Office.
Apple, sempre ela!
Nesta terça, 27, A Apple fez, em sua sede de Cupertino, na California, a apresentação dos resultados da companhia para o trimestre encerrado em dezembro passado, o 1º trimestre fiscal de 2015. Tudo muito enorme, superando as previsões mais otimistas.
O CEO Tim Cook apresentou dados superlativos sobre o desempenho da companhia. De 2007 até dezembro de 2014, a Apple ultrapassou a marca único de 1 bilhão de dispositivos com o sistema operacional iOS para os iPod Touch, iPhone, iPad e iPad Mini. 1 Bilhão!
Tem mais: Nesse trimestre, a Apple vendeu estonteantes 76 milhões de iPhone 6 e 6Plus, recorde absoluto. Recorde também de migrantes de Android para iPhone e iPad, recorde de novos usuários. Em dinheiro, foram US$ 18 bilhões em lucros para US$76bi de receitas. Recorde de receitas e lucros em um só trimestre, em toda a história da Bolsa de Valores. Computados os 20 maiores resultados trimestrais de todos os tempos,15 ficam com várias petroleiras, os 5 outros, com a Apple.
As receitas do iPhone já passam de 76% do total de vendas da empresa. E a Apple tem arquitetura fechada, só seus dispositivos têm iOS!
No outro lado da cerca, o Google, dono do sistema operacional Android, anuncia que sua divisão YouTube passa adotar como default os uploads de videos no padrão HTML5, descartando o Flash, da Adobe, que nadava de braçada com seu produto proprietário, adotado por toda a indústria, menos a Apple.
Traduzindo em miúdos, as coisas parecem se fechar: A Apple domina o mercado de alto luxo, o Android do Google diz que adota o padrão aberto HTML5 para páginas da internet. Assim, somados Android/Google e iOS/Apple, temos uma sutil cartelização do mercado.
Quem gostou ou se conformou, fica com um dos dois, Quem se sente desconfortável, fica com Window Phone ou alguma alternativa exótica.
E você?
Vale a pena trocar seu smartphone, tablet ou laptop?
Vai chegando o Natal, e aí aumentam os apelos de compras, seja para você, seja para presentear. Mas você ou os presenteáveis já possuem um ou mais desses dispositivos digitais: smartphone, tablet, laptop. Vale a pena?
Pois bem, em anos anteriores, eu sempre dei dicas sobre as novidades da hora, especialmente voltadas aos novidadeiros, ou early adopters, ou aos recém-chegados ao mundo da tecnologia digital.
Neste Natal de 2014, com vitrines cheias, apelos os mais variados, e múltiplas opções, minha recomendação é: depende!
Como a maioria dos que nos acompanham aqui ou aqui chegam por redes sociais ou mecanismos de busca já estão devidamente digitais, e as novidades estão cada vez mais próximas uma das outras, talvez seja melhor controlar o impulso, ainda mais sob um clima de incertezas na economia.
A linha que recomendo para o Papai Noel de 2014 é a de cautela. Como regra, não compre a última novidade, salvo se você já tem o aparelho objeto de desejo há tempos, com uma ou duas gerações de atraso e seu valor já está amortizado.
Salvo por honrosas excessões, evite mudar de plataforma, como do iOS para Android ou vice-versa. A razão é que produtos concorrentes estão muito parecidos e suas funcionalidades idem. Aplicativos existem para todos os gostos, seja de um lado, seja do outro.
As novas tendências de acessórios, como pulseiras, relógios, camisetas, tênis, ou até mesmo óculos com recursos de conectividade podem até parecer irresistíveis, mas nenhum deles ainda ganhou adoção em massa, ou seja, os rumos seguem indefinidos.
Bem contado, o mundo digital viu sua última revolução em 2010, com a chegada do iPad.
Caso seu orçamento seja ilimitado, OK, vá em frente! Ou se você não consegue rodar os Apps que são indispensáveis para seu cotidiano, idem.
A minha impressão é que as vendas desses aparelhos vai ser elevada, para o Natal de 2014. Mas nada de grandes destaques. Portanto, aja com prudência!
IFA 2014: Saldo final mostra TVs de tela curva e wearables em seu futuro
Esta Quarta, 10/9, fecha a IFA 2014, uma das maiores feiras globais de eletrônicos, sediada em Berlim. Por coincidência, os pilotos da Lufthansa, a flag carrier nacional, estão em greve parcial exatamente nessa data, o que pode sinalizar problemas para quem quiser voltar para casa usando transporte aéreo.
Mas, voltando à IFA 2014: Nada de revolução, muita evolução, consolidando rumos que há muito vêm norteando o mundo digital: de um lado, as TVs de tela grande, passando para o formato UHD, ou 4K, começam a ficar com telas curvas, para melhorar a boa visualização a um número maior de pessoas; de outro, dispositivos vestíveis, ou wearables, surgem cada vez em maior variedade, embora, por enquanto, predominem os relógios, pulseiras e óculos. Camisetas, tênis, bonés, meias, cuecas e calcinhas até reforçam presença, mas nada que sinalize um mercado mainstream. Ao menos para essa edição da IFA.
Confira o que marcou a IFA 2014 nessa matéria do Mashable.
Smartwatches? Eles evoluiram, mas ficaram com barbas de molho, após o lançamento do Apple Watch, na terça, 9. Smartphones? Nada de muito novo também, e um suspiro de alívio ao ver que o iPhone 6, lançado junto com o Apple Watch, ainda corre atrás dos principais modelos premium com Android.
Fire Phone da Amazon: Mais um na briga ou mudança de referência?
A Amazon anunciou dia 18 de junho seu novo lançamento, o Fire Phone, um smartphone com algumas características diferenciadas dos concorrentes, mas que, nas palavras de Jeff Bezos, o Capo di Tutti Capi, vai fazer a concorrência balançar e mexer com o mercado.
Das novidades, a mais diferenciada é a imagem 3D, que pode ser visualizada sem óculos e com muito mais nitidez e brilho do que a Nintendo procurou fazer com seu efêmero 3DS, já encontrado nas lojas com um bom desconto . Baseado na captação de imagens por 4 câmeras distintas, ele usa algorítmo que lembra o que vem sendo usado na Copa do Mundo na determinação precisa de se bola entrou ou não no gol.
Na ponta do mais prosaico, earphones cujo cabo de conexão ao celular não enrolam. Taí uma coisa que pode ser bem prática, embora os dos aparelhos mais caros, como o iPhone e o Galaxy S os earphones até que não enrolam muito.
Como características básicas, até que ele não faz feio, mas também não se sobressai muito. Veja:
- Tela de LCD de 4,7 polegadas
- Resolução: 1280×720 pixels
- Processador/Chipset: quad-core Qualcomm Snapdragon 800 de 2,2 GHz
- GPU: Adreno 330
- RAM: 2 GB
- Armazenamento interno: 32 GB ou 64 GB
- Conectividade: WiFi 802.11, Bluetooth 3.0 e NFC
- Câmera traseira: 13 megapixels
- Câmera frontal: 2,1 megapixels
- Bateria: 2.400 mAh
- Dimensões: 13,92 cm x 6,65 cm
Como a Amazon desistiu de inventar a roda, o eistema operacional é o Fire OS 3.5.0, essencialmente um Android com sabores específicos da Amazon.
E aí, será que vale a pena entrar num modelo de smartphone de um fabricante cuja única coisa boa até agora foi o leitor de e-books Kindle? Ainda mais no Brasil, onde a Amazon é forte, mas não tem a bala toda de mercado do que em outros países, onde ela vende de tudo, inclusive se programando para entregar pequenas encomendas na sua cãs usando drones, em no máximo 30 minutos depois da compra…
Bem, essa comparação pode não levar a nada, ainda mais quando vemos que próprio Google escorregou ao lançar um smartphone e seu laptop barato, conectado à nuvem também não virou um sucesso absoluto. O Facebook tentou, mas você conhece alguém que tenha um smartphone com o logo da empresa de Mark Zuckerberg? Isso sem falar na ascensão e queda da Motorola, da Nokia que virou Microsoft Mobile e.. peraí! Aqui tem coisa!
Claramente as grandes do mercado estão buscando uma estratégia de ter o cliente só para sí: a Apple com sua arquitetura fechada onde iOS significa iPhone, iPod, iPad e os futuros wearables, tipo iWatch e o OSX no Mac; a Microsoft apostando no seu carro chefe Windows para trazer a turma do mundo corporativo também via hardware móvel ou fixo; o Google, com um monte de serviços na nuvem que todo mundo usa e maestro da plataforma Android; agora entra a Amazon, maior loja virtual de vendas de produtos físicos no planeta e forte player na venda de serviços na nuvem dizendo “venha, aqui tem de tudo!”
Do outro lado do Pacífico, as coreanas Samsung e LG, mais as chinesas Lenovo, HTC e outras vão pela massificação dos dispositivos móveis, usando, quase sempre, o Android, mas sem desprezar o Windows Phone. Algumas delas chegam baseando-se nos serviços na nuvem de gigantes como o Alibaba e no mais de 1 bilhão de chineses como mercado de partida.
Voltando à Amazon, seu Fire Phone estará nas lojas americanas no final de julho. Não está clara sua estratégia de vendas em outros mercados, mas as operadoras locais já estudam o novo device. Afinal, ele vem com 3D decente, e tem botões e funcionalidades (vide o NFC) que facilitarão compras na Amazon, inclusive de produtos físicos, coisa não muito em voga na concorrência.
Por enquanto, o negócio é ficar de olho, mas acompanhar com calma essas mexidas dos gigantes nesse tabuleiro cada vez maior e mais complexo: o mundo digital. Alguma coisa de boa acaba sobrando para nós…
Personal Bafômetro
A Lei Seca para motoristas parece que veio para ficar. Um copinho de cerveja já estoura os limites, e, dependendo do teor alcoólico no seu sangue ou no seu bafo, você pode ter uma multa de R$ 2.000, a carteira de habilitação suspensa e o carro apreendido. Pior: você pode ir preso!
Vamos usar a tecnologia para que você tenha uma idéia de como está a concentração etílica no seu organismo, antes de ligar o motor de seu carro?
O Mashable publicou interessante matéria sobre o Alcohoot, um pequeno dispositivo que você acopla no seu smartphone, instala um App e ele mede seu bafo. Um bafômetro pessoal, fácil de usar. E custa, para compra no site, US$ 119, ou algo como R$ 270 ao câmbio de hoje, R$ 440 com impostos de importação inclusos. Cabe no bolso, na bolsa ou no porta-luvas e dá tranquilidade e a opção de pedir para alguém dirigir para você ou deixar o carro no estacionamento para pegar no dia seguinte.
E ele tem vantagens adicionais:
RASTREAMENTO INTELIGENTE
O Alcohoot mostra a evolução do teor alcoólico durante uma festa.
PRECISÃO NA MEDIDA
O Alcohoot usa tecnologia de célula de combustível, a mesma usada nos bafômetros da polícia.
PORTABILIDADE
Pesa só 50 gramas, fácil de carregar e usar.
AUTO-CONHECIMENTO
Descubra como seu organismo reage ao álcool, para cada tipo de bebida, ou para reduzir seu consumo.
ADICIONE COMENTÁRIOS
Faça uma anotação no App após cada teste que você fizer, de modo a não esquecer nenhum momento.
FIQUE SÓBRIO DE MODO SEGURO
Use o App do Alcohoot para chamar um taxi ou achar um restaurante próximo, para você comer algo, passar o tempo até reduzir o teor alcoólico com segurança.
BEBA MELHOR
Com seus dados pessoais e os registros que você fizer, você vai saber como beber melhor e evitar que sua noite acabe cedo demais…
ACORDE “ZERO BALA”
Evite a ressaca e acorde pronto para enfrentar o dia.
O Alcohoot funciona com o iPhone e com os smarphones que usam Android.
iTunes no Google Play? Pode ser!
O blog 9to5Mac mostra que a Apple está em negociações com o Google para lançar o iTunes no mundo Android, oferecendo o App e os serviços através do Google Play. Provavelmente, essa oferta incluirá também o serviço de streaming de áudio e vídeo, para concorrer com o Spotify e congêneres.
Isso implicaria em um upgrade do iTunes Radio, que é até bonzinho, mas pouca gente usa. Seria também uma reviravolta na linha traçada por Steve Jobs em 2011, quando ele explicou, em entrevista, que a Apple havia feito a versão do iTunes para Windows com o objetivo de vender mais iPods e mais músicas, e que uma versão para Android só serviria para tornar os usuários Android mais felizes e ele não queria que os usuários de aparelhos com Android ficassem felizes.
Passados 3 anos, Steve Jobs se foi, o Android vende mais que o iOS, e a venda de músicas no modelo do iTunes começa a apresentar sinais de fadiga. O iPod, sucesso estrondoso no passado recente está com as vendas declinando fortemente, pois o modelo Touch é só um pouco mais barato que o iPhone e tem pouca razão de ser; os mais baratinhos Nano até que sobrevivem, como um acessório prático para malhadores, ciclistas e fundistas ouvirem suas músicas preferidas enquanto se exercitam.
Mas até esse nicho pode perder a razão de ser com o anúncio iminente e inevitável do iWatch, que acabará sendo um iPod Nano de pulso, agregando funções de monitoramento de dados vitais dos seus donos, com a chegada do iOS 8.
Para nós, que compramos os aparelhos e as músicas, dois sinais diferentes: de um lado, será bom podermos ter nosso acervo musical acessível independente do aparelho que estamos usando num determinado momento; de outro, mais uma possível colaboração entre os gigantes da tecnologia que podem tornar os serviços menos inovadores e talvez mais caros, pela diminuição da concorrência.
A Montanha Russa da Internet
Nem bem o anúncio da compra do WhatsApp pelo Facebook, por US$ 19 bilhões se espalhou mundo afora, e já temos desdobramentos. Logo de cara, mais de 10 milhões de usuários do WhatsApp buscaram outros serviços de mensagens instantâneas, colocando holofotes em várias alternativas que, até então, eram exatamente isso: alternativas, sem graça e sem densidade.
Aí, o WhatsApp sofreu um apagão gigante durante o final de semana, deixando dezenas de milhões de usuários na mão, ou quem sabe, com o dedo frustrado por não conseguir enviar e receber suas mensagens.
Aí surgiu um novo fenômeno, o Telegram, que se destacou dentre os demais, e passou a ganhar adeptos a velocidade estonteante, inclusive para este que vos escreve. Só neste domingo, 23, mais de 4,5 milhões de novas contas foram abertas em 48 países. E aí… bem, aí que esse incremento não estava previsto e o serviço caiu por mais de 3 horas.
Telegram, essa recém-famosa plataforma de mensagens instantâneas foi criado por Nikolai e Pavel Durov, dois irmãos que também por trás da VK, a maior rede social da Rússia, onde supera o campeão Facebook. Até o nome é sacada e simplicidade geniais!
Em seu site, a empresa diz que se diferencia do WhatsApp e outras plataformas de mensagens pela segurança, velocidade e gratuidade, sem anúncios.
A proposta de chats privados e seguros é atraente, mas dá calafrios quanto à segurança, ainda mais que o Edward Snowden está asilado na Rússia… Mas, pelo menos, muda quem pode estar nos grampeando, paciência…
Dois pontos adicionais merecem destaque, sob a ótica desse blogueiro de tecnologia: primeiro, a estrondosa velocidade de migração de uma plataforma para outra; segundo, o registro de mais dois russos por trás de empreendimentos de sucesso na internet. Lá atrás, na pré-história de 1998, o russo Sergey Brin juntou-se ao americano Larry Page para criar o Google.
Entre o Google e o Telegram, centenas de russos viraram mi ou bilionários com soluções de tecnologia. Eles são melhores do que nós ou privilegiam o conhecimento e a ênfase nas exatas, matemática à frente?
Ah! O Telegram está disponível para iOS e Android.
Eu voltei!
Com o lançamento do Samsung Galaxy S4, em abril de 2013, eu resolvi me mexer e sair do iPhone com aquele malfadado iOS6, e sem 4G. Comprei um S4 desbloqueado, para não ficar amarrado a nenhuma operadora. Fiz algumas postagens, desde uma com as primeiras impressões, passando por dicas de como migrar dados do iPhone para o S4 (ainda hoje muito consultada via mecanismos de buscas), chegando a algumas críticas ao aparelho e ao Android. Saí do universo fechado da Apple e achei que estava me liberando das amarras e do esnobismo, até para checar se aquilo não era mais marketing do que qualquer outra coisa.
Pois bem, o S4 encantou, vem aí o S5 ainda melhor, a tela grande de 5″ é um plus e integrá-lo com dados de outros dispositivos da Apple não é um pepino, mesmo para os não iniciados.
O reconhecimento de gestos do S4 é sensacional; os aplicativos que usava no iPhone e sigo usando no iPad estão quase todos no Google Play; o processador é rápido e eficiente, mas…
Mas, de uns tempos para cá, o S4 começou a travar, Apps em excesso com bugs, bem mais do que no iOS, e vírus enchendo o saco. Sem falar na ogrice por energia. É só deixar alguns aplicativos abertos que interagem com a nuvem que a bateria arria rapidinho, questão de 2 horas. O Smart Stay, que fecha apps quando você passa algum tempo sem olhar para a tela até ajuda, mas não resolve. E a rede 4G ainda está meia boca, não só para o Samsung, mas geral.
Ajudou, também, a péssima qualidade da assistência técnica da Samsung. Aqui em Curitiba, eu já havia tido experiências irritantes com aparelhos de vídeo, e, logo que comprei o S4, fui lá para ver se conseguia comprar uma capa protetora, coisa rara então, antes da inauguração da loja própria da Samsung. Levei mais de 1/2 hora para ser atendido, precisei dar um monte de informações pessoais para só então a mal-humorada atendente dizer que não tinha nada dessa linha de acessórios… Enquanto esperava, ao menos 10 pessoas reclamavam em voz alta ou muito alta do atendimento…
Quando a Apple lançou o 5s, achei que a maioria dos problemas que me afastaram do iPhone estavam resolvidos. Mantive um 4S com iOS7 e no tablet a mesma coisa, tudo quase redondo.
Aí veio uma oferta boa para o 5s e eu voltei! Carregar os dados que tinha no Galaxy S4 ocorreu suavemente, via serviços na nuvem que uso (iCloud, GoogleDrive, Gmail e outros), mais fácil até do que sair do iOS para o Android.
Mas a gota d’água foi ter de utilizar Apps como o Advanced Task Killer e o Battery Doctor, várias vezes ao dia, por recomendação de outros Androideiros. Isso para estender um pouco o tempo de uso entre duas cargas. Sem falar nas recomendações de fóruns sobre o tema consumo de bateria que, inevitavelmente, recomendam fechar Apps que, de um modo ou de outro, justificam a opção por um smartphone. Uma delas diz que, durante a maior parte do dia, é para manter tudo fechado menos a função de telefone e de SMS. Para fazer isso, não precisa de um smartphone. Um Nokia basicão é até melhor,mais barato, a bateria dura a semana inteira.
Minha opção foi voltar para o iPhone, arrependido, mas mas com a lição aprendida. Mas já estou sentindo falta da tela grande no 5s… Resposta virá no iPhone 6 com iOS8