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A Copa está aí! E a tecnologia?

O frenesi de acabamento de tudo que se relaciona à Copa do Mundo indica que, mesmo com protestos e com muito de obras que vão ficar para depois, ela deve acontecer, deixando mais marcas boas do que más.

No terreno tecnológico, a parte de comunicação de massa (rádio, TV, internet), já está tudo pronto. O que não estiver, vai ser varrido para baixo do tapete.

Não espere poder dar um show particular com seu smartphone 4G lustroso de novo, especialmente se você estiver assistindo a jogos nas Arenas da Baixada (Curitiba) e Itaquerão (São Paulo). As redes estão precárias, e não só em zonas secundárias, como estacionamentos e corredores de acesso. Espere uma congestão de tráfego de dados, e você pode se sentir como se estivesse a bordo de uma Ferrari no meio de um congestionamento de final de tarde em uma cidade grande brasileira. Dos doze estádios, só seis terão redes wi-fi internas para descongestionar as redes celulares.

Assim, se você já tem um smartphone com um plano 4G, OK. Se não tem, deixe para depois da Copa. Até setembro, outubro, as coisas podem melhorar.

Todas as redes sociais e os portais principais de esportes e notícias, do Brasil e do mundo, farão coberturas intensas da Copa. Aproveite para estar melhor informado e também interagir em tempo real, e não só durante os jogos, em casa ou no estádio. Você vai poder saber e informar sobre condições de trânsito, reservar restaurantes, capturar e receber imagens…

Afinal, durante o mês da Copa do Mundo 2014, teremos uma quantidade brutal de dados, especialmente imagens, sendo geradas a partir do Brasil. Medidas em quantidade de arquivos ou de petabytes gerados, os resultados serão maiores do que a soma de tudo que se originou por aqui de janeiro a abril.

E as TVs gigantes, hein? Dei uma sapeada nas lojas físicas e virtuais e tive algumas surpresas. Por exemplo, você pode comprar uma TV de 55″, Full HD, 3D, WiFi, recheada, enfim, com um bom desconto e ainda leva uma de 32″.

O que mais me chamou a atenção foram as TVs 4K, UltraHD. Uma delas, de 65″ vale menos de R$ 10.000, e cheia de funcionalidades. Embora não haja conteúdo 4K nas transmissões de TV aberta ou por assinatura, você pode acessar, via internet, portais como Netflix e YouTube que já oferecem conteúdo UltraHD. Mas, para isso, precisa de uma boa conexão à internet, acima de 15Mb real.

Como alguns dispositivos, como smartphones, câmeras fotográficas e filmadoras mais modernas já gravam vídeos UltraHD, dá para curtir suas produções familiares em altíssima definição. Se você tiver conteúdo 4K gravado em um pendrive ou um HD externo, dá para assistí-los também.

E as emissões de TV em Full HD? Com a funcionalidade de upscaling, esses televisores simulam a imagem UltraHD a partir da recepção Full HD que teremos na Copa. Fica bem melhor do que uma imagem apenas Full HD, mas não é 4K.

Como as vendas de televisores andaram de lado, abaixo das previsões dos fabricantes, os preços ficaram melhores.

Ainda assim é uma grana preta colocar R$ 10.000 num televisor, mesmo de 65″. Mas, se você pensava em trocar, agora pode ser uma boa hora. Esse mesmo aparelho já foi vendido aqui no Brasil por R$55 mil e, dois meses atrás, era oferecido na faixa de R$ 20.000.

Pode cair mais o preço? Poder, pode, e até deve, mas não muito, e também você aproveita a Copa no seu Home Theater incrementado.

TV Ultra HD é para valer

UltraHDVocê está feliz com sua telona de TV de alta definição, cheia de funcionalidades que você talvez nem use, mas que exibe imagens de tirar o fôlego, ainda mais se ela estiver acoplada a um sonoro home-theater?

Pois saiba que foi dada a largada em massa para o padrão Ultra High-Definition, com telas ainda maiores e com 4 vezes mais pixels do que o padrão da TV digital, o 1080p. São 4.096 x 2.160 pixels, contra os 1.920 x 1.080 da resolução Full HD.

O que parecia um lance de marketing dos japoneses e coreanos, deu o primeiro salto  de preços –para baixo-, e agora a coisa vai. Enquanto que há um ano atrás, as telas entre 65″ e 85″ comandavam preços que iam de US$ 25.000 a US$ 70.000, e, portanto, atraiam apenas os curiosos com generosos saldos bancários, agora os principais fabricantes de televisores começam a apresentar produtos com preços inferiores a US$ 10.000. Lá fora, claro, mas sinalizando uma tendência de virar padrão que se sobreponha ao FullHD de hoje.

As vantagens do Ultra HD ficam óbvias quanto maior for a tela, desde que o conteúdo de imagem esteja também em altíssima definição. E começam a surgir telas ultrafinas, com tecnologia OLED, que não só consomem menos energia e exibem brilhos e contrastes impressionantes, mas possibilitam que elas tenham uma leve curvatura, como nas telas de cinema, que vão possibilitar melhor visão de vários ângulos.

Sony, Toshiba, Panasonic, LG, Samsung e a eterna Philips estão no jogo. Mas quem deu a largada na queda de preços foi a japonesa Sharp, que já foi inovadora no setor mas andava meio encolhida por conta de sucessivas gestões equivocadas.

E no Brasil, como fica a TV Ultra HD, se nem acabamos de implantar a TV digital Full HD? E conteúdo em ultra alta definição, e as licenças, as emissoras, vão nessa?

A resposta é sim, o UltraHd virá para cá, mas não já. Mas cuidado! Você pode comprar gato por lebre! Já existem lojas aqui no Brasil ofertando televisores que seriam 4K/Ultra HD. Não são. Nem há transmissão em Ultra HD ainda.

TV 3D patina por falta de conteúdo. E vice-versa


3DslowAgora foi a BBC inglesa que desistiu de produzir filmes e séries em 3D. A audiência supostamente qualificada que esses produtos visavam atingir não chegou para pagar a conta. É mais uma grande rede de TV que puxa o freio de mão no mundo de três dimensões.

A tecnologia que permite ver imagens em três dimensões usando óculos especiais não é nova. Tem mais de 100 anos, mas só agora temos imagens bem realistas. Mas ainda existem problemas a contornar.

Começa pelos óculos de um fabricante que não servem para ver no televisor de outro fabricante. São dois tipos,  os óculos ativos, com bateria, e os óculos passivos, que, em tese, oferecem metade da resolução.

Passa pela falta de conteúdo 3D para a variedade de canais de TV existentes , e pelo exagero de efeitos tridimensionais, priorizando o efeito sobre o que exige a narrativa.

Quebra o galho a emulação de efeitos 3D a partir de conteúdos 2D, tipo asfalto anti-pó, que não dá para usar muito. Essas gambiarras de transição sempre são usadas quando surge uma nova tecnologia, como o BluRay e as imagens Full HD ou 1080p. A maioria dos players de BluRay e até alguns de DVD fazem upscale de 480p (padrão DVD) para 720p (HD) e 1080p.

Hoje, com o padrão Full HD em consolidação, já surgem vídeos e aparelhos de TV no mercado com o padrão Ultra-HD, ou 4k, que oferecem 16 vezes mais pixels que o 1080p, e aí estão os investimentos dos fabricantes, delineando a tendência futura.

Voltando à decisão da BBC de parar com conteúdo 3D: isso é ruim para os fabricantes, ruim para os geradores de conteúdo, ruim para quem sacou o cartão de crédito e apostou na imagem 3D doméstica.

Já no cinema, os filmes em 3D parecem ter conquistado um espaço definitivo. Quando escrevo esse post, são seis títulos diferentes em cartaz nos cinemas de Curitiba, e muitos mais anunciados.

Há controvérsias sobre o pouco entusiasmo para a dimensão da profundidade na telinha. Discussões centrais estão na inconveniência dos óculos atuais e na perspectiva de novos produtos que exibem imagens tridimensionais que dispensam óculos, como o Nintendo 3DS.

Outro dia ouvi uma explicação razoável: excesso de óculos. Óculos 3D, Google Glass, óculos de sol, óculos para ler, óculos para longe… não é tralha demais?

Dicas de Natal: TVs para NÃO comprar

Se você pretende comprar mais um televisor ou repor um que já esteja baleado, aqui vão duas dicas de não-compra, ou aquilo que você deve evitar.

1- NÃO COMPRE televisores de tubo, aqueles antigos, de formato 3×4. Além de consumirem muita energia,  eles só recebem sinais analógicos, que vão deixar de ser gerados em algum momento entre a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Você vai precisar comprar um conversor digital, que hoje custa, no mínimo, R$ 269,00 e pode chegar a R$ 600, dependendo do fabricante e das características. Ele é necessário para exibir programas da TV digital.  Lembrando que a vida útil de um aparelho desses é de no mínimo 10 anos, você já está comprando um lixo eletrônico. ESQUEÇA!

2- NÃO COMPRE televisores de plasma ou LCD que não tenham o conversor digital embutido. Embora eles sejam normalmente de boa qualidade, incluir a caixinha digital como um acessório, além de custar mais, são mais fios e conexões elétricas para complicar e juntar pó. Esses televisores estão sendo ofertados em liquidações, como pechinchas, mas, além de não terem o conversor, normalmente eles oferecem a resolução máxima de 720p, que é abaixo do padrão 1080p. Em telas iguais ou menores que 32″, essa resolução menor até que não aparece tanto e uma exceção pode ser aberta desde que a oferta do aparelho + conversor seja menor do que a de um equivalente mas com o conversor integrado.

Aliás, falando em TV Digital, as emissoras ficam devendo mais conteúdo aberto em alta definição, lembrando que na imensa maioria das cidades brasileiras esse sinal ainda não chega, obrigando a contratação de pacotes por assinatura, que estão custando caro demais.

Além disso, a promessa da interatividade na TV digital, por enquanto, está apenas nisso, na promessa. É verdade que existem emissões experimentais em algumas cidades, mas em escala muito limitada. Aparecem agora alguns comerciais chapa-branca apregoando as virtudes da interatividade, mas programas interativos, neca!

Uma palavrinha sobre os conversores: quando do lançamento da TV Digital, o Ministério das Comunicações assegurou que essas caixinhas deveriam custar por volta de R$ 100. Além de termos hoje um preço médio várias vezes superior, elas estão com um nível de oferta baixíssimo, e a diferença de preço entre televisores com e sem o conversor embutido é, por vezes, muito pequena, meio que forçando o consumidor a substituir um aparelho que ainda poderia ser útil por um bom tempo. Falo sobre as primeiras gerações de televisores de plasma e LCD que eram de 720p (ou HDTV ready), ou mesmo Full HD (1080p), mas sem o conversor. Quem embarcou nessa, deve ter pago uma fortuna lá atrás comparado com as opções deste Natal, e induzí-los a trocar não faz sentido.

Parece que houve ou uma precipitação no anúncio das maravilhas e dos custos da TV digital pelo governo, fabricantes e emissoras, ou uma gostosa acomodação dos dois últimos com as bênçãos do primeiro, para aproveitar uma economia aquecida e dar uma faturadinha extra.

Voltando às dicas de não comprar: se mesmo assim você pensa que é uma boa opção ter ou um TV de tubo ou um TV fininho, ambos sem conversor, espere a virada do ano, pois os preços desses aparelhos devem cair ainda mais, por serem ponta de estoque.

Se você não comprou até agora, dá para esperar mais um pouco…

Compras de Natal: Respire fundo e pense bem antes de sacar o cartão de crédito!

Os apelos de compras de Natal são enormes. Além da multiplicidade de produtos charmosos, encantadores, com apelos cada vez mais criativos, o clima criado faz que o coração fique mais mole e o bolso, mais flexível.


Onde encaixar um pouco de racionalidade?

Uma delas é pensar nas funcionalidades dos produtos ofertados, e se isso vem acompanhado de algum benefício extra, se houver preço adicional por elas.

Por exemplo, ter um televisor novinho com acesso à internet pode parecer um bonus incrível, mas é melhor antes testar essa funcionalidade e ver que nem sempre o acesso é bom, quando se trata de digitar endereços da web usando um controle remoto tradicional.

Aquela filmadora maravilhosa, que gera filmes HD, alta definição, pode ser mais uma engenhoca que ocupa espaço no armário para algo que, passada a febre inicial da novidade, será raramente usada, visto que você já tem uma câmera fotográfica fenomenal que também grava filmes HD. Ter as duas, pode? Poder, pode, mas converse com seu bolso…

E um computador novo, só porque já vem com Windows 7? Talvez, se seu modelo atual não estiver obsoleto, valha a pena comprar um disco rígido externo, ou trocar o monitor, ou ainda expandir a memória que, se a configuração suportando, dê para instalar o Windows 7, com o preço da licença e dos upgrades sempre menor que o preço de um novo.

Se o apelo é de comprar mais um player de música, lembre-se que os produtos disponíveis no mercado de Smartphones -talvez o próprio que você usa- possuem essa funcionalidade e pode dispensar um novo iPod, por exemplo.

Aliás, acho mesmo que os smartphones deveriam mudar de nome para os verdadeiros canivetes suiços do século XXI, de tantas funcionalidades que possuem. Eu, por exemplo, já identifiquei mais de 100 no meu, e um dia eu vou fazer uma postagem específica sobre o assunto.

Em outras palavras, veja se o que você está tentado a comprar não é puro modismo, ou algo que você já tem ou ainda algo que você não precisa. O mesmo raciocínio vale para o presenteado. Aí, antes de decidir, respire fundo e tome uma decisão.

Numa dessas, você libera uma graninha relevante para ou comprar outro presente realmente diferente ou investir em uma poupança, ou naquela viagem dos sonhos.


Pense nisso antes de ir às compras!

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? – IV: Televisores

Muita gente anda de olho nos televisores LED, LCD ou plasma neste Natal.  Aliás, quem quiser comprar um televisor de qualquer tamanho dificilmente encontrará um modelo novo com tubo de imagem e no formato da TV analógica, 4×3, salvo algumas honrosas excessões de 14″ ou menores.


Lembrando que o formato das emissões da TV Digital é 16×9, e que o 4×3 desaparecerá gradualmente, parece que o Natal de 2009 também anuncia o réquiem dos televisores de tubo.

Mas se você vai mesmo comprar um televisor novo, pense apenas na opção Full HD, que é a que dá a resolução de 1080p, ou seja, o padrão máximo da TV Digital. Ideal se você também optar por um modelo que tenha o conversor digital embutido, que economiza mais uns R$ 200, e evita mais uma caixinha conectada por cabos difíceis de esconder e fáceis de enroscar com os tantos outros que você precisa para conectar seu home theater, o DVD ou BluRay, os altofalantes e por aí vai.

Opte por um modelo que tenha mais de uma conexão HDMI, que, além de poder quase sempre ser o único cabo de sinal entre o televisor e o home theater ou o player de DVD/BluRay, é o que assegura a melhor qualidade de sinal.

Aí entramos na tecnologia da tela do televisor, hoje com 3 opções: as tradicionais LCD e plasma e a novíssima LED, introduzida no mercado brasileiro este ano pela Samsung e já seguida pela LG.

Inegavelmente o visual de um televisor LED impressiona mais pela sua espessura de no máximo 3 cm, menos da metade do que exibem as de plasma e LCD.  O contraste também é significativamente melhor, o que aumenta a sensação de profundidade da imagem.

Mas os preços dos televisores LED ainda são, em média, 40% mais caros que os de plasma ou LCD em configuração semelhante.  A exemplo dos carros, os fabricantes tendem a colocar novidades nos modelos na ponta superior, como, por exemplo, os discos rígidos embutidos para gravação em alta definição.

Lembrem, no entanto, que por vezes esses “extras” já estão ou no decodificador da operadora de TV por assinatura ou no próprio home theater.  Então, antes de decidir, pense no todo de suas necessidades.

Exija também que a instalação seja feita por uma revenda autorizada e, de preferência, que venha também com o suporte de parede no pacote, pois aí você ganha espaço e, quase sempre, uma melhor solução estética.

Como referência de valores médios na data da postagem, para TVs Full HD com conversor digital embutido:

LCD e plasma:
32″ de R$ 2.400 a R$ 2.500
42″ de R$ 3.300 a R$ 4.500
52″ de R$ 10.900 a R$ 12.000
55″ R$ 14.000



LED:
32″ de R$ 4.000 a R$ 4.200
42″ de R$ 5.800 a R$ 6.900
46″ de R$ 7.900 a R$ 8.500

E, como isso não é a compra de um pé de alface, antes de fechar negócio, busque os preços em outras lojas, não sem antes verificar as ofertas dos principais sites confiáveis de comércio eletrônico.

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? – IV: Televisores

Muita gente anda de olho nos televisores LED, LCD ou plasma neste Natal.  Aliás, quem quiser comprar um televisor de qualquer tamanho dificilmente encontrará um modelo novo com tubo de imagem e no formato da TV analógica, 4×3, salvo algumas honrosas excessões de 14″ ou menores.


Lembrando que o formato das emissões da TV Digital é 16×9, e que o 4×3 desaparecerá gradualmente, parece que o Natal de 2009 também anuncia o réquiem dos televisores de tubo.

Mas se você vai mesmo comprar um televisor novo, pense apenas na opção Full HD, que é a que dá a resolução de 1080p, ou seja, o padrão máximo da TV Digital. Ideal se você também optar por um modelo que tenha o conversor digital embutido, que economiza mais uns R$ 200, e evita mais uma caixinha conectada por cabos difíceis de esconder e fáceis de enroscar com os tantos outros que você precisa para conectar seu home theater, o DVD ou BluRay, os altofalantes e por aí vai.

Opte por um modelo que tenha mais de uma conexão HDMI, que, além de poder quase sempre ser o único cabo de sinal entre o televisor e o home theater ou o player de DVD/BluRay, é o que assegura a melhor qualidade de sinal.

Aí entramos na tecnologia da tela do televisor, hoje com 3 opções: as tradicionais LCD e plasma e a novíssima LED, introduzida no mercado brasileiro este ano pela Samsung e já seguida pela LG.

Inegavelmente o visual de um televisor LED impressiona mais pela sua espessura de no máximo 3 cm, menos da metade do que exibem as de plasma e LCD.  O contraste também é significativamente melhor, o que aumenta a sensação de profundidade da imagem.

Mas os preços dos televisores LED ainda são, em média, 40% mais caros que os de plasma ou LCD em configuração semelhante.  A exemplo dos carros, os fabricantes tendem a colocar novidades nos modelos na ponta superior, como, por exemplo, os discos rígidos embutidos para gravação em alta definição.

Lembrem, no entanto, que por vezes esses “extras” já estão ou no decodificador da operadora de TV por assinatura ou no próprio home theater.  Então, antes de decidir, pense no todo de suas necessidades.

Exija também que a instalação seja feita por uma revenda autorizada e, de preferência, que venha também com o suporte de parede no pacote, pois aí você ganha espaço e, quase sempre, uma melhor solução estética.

Como referência de valores médios na data da postagem, para TVs Full HD com conversor digital embutido:

LCD e plasma:
32″ de R$ 2.400 a R$ 2.500
42″ de R$ 3.300 a R$ 4.500
52″ de R$ 10.900 a R$ 12.000
55″ R$ 14.000



LED:
32″ de R$ 4.000 a R$ 4.200
42″ de R$ 5.800 a R$ 6.900
46″ de R$ 7.900 a R$ 8.500

E, como isso não é a compra de um pé de alface, antes de fechar negócio, busque os preços em outras lojas, não sem antes verificar as ofertas dos principais sites confiáveis de comércio eletrônico.

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? – II

Seguindo a postagem anterior, com uma pitada de nostalgia apenas para ilustrar o ponto.  Eu sou do tempo que:

  1. O telefone servia para telefonar (quando dava linha);
  2. O computador fazia processamento de dados
  3. O arquivo estava em disco ou fita magnética
  4. A câmera fotográfica só tirava fotos
  5. O televisor pegava uns poucos canais de TV aberta
  6. O som estéreo ficava na sala principal da casa
  7. Torpedo era coisa mandada por submarino

 Às vésperas do Natal de 2009 e do Ano Novo de 2010, a coisa ficou  mais ou menos assim:

  1. O telefone serve mais para ouvir música, jogar joguinho, mandar torpedo
  2. O computador serve para falar ao vivo com outras pessoas, com imagem de vídeo
  3. O arquivo que eu mais preciso eu guardo na ‘nuvem’
  4. Filmes do dia-a-dia podem ser feitos com câmera fotográfica ou com o telefone
  5. O televisor mostra as fotos que tirei, acessa o YouTube e raramente passa o Fantástico
  6. O som de qualidade está em qualquer lugar, em múltiplos dispositivos, menos na sala
  7. O Submarino é loja virtual, ao menos até o Brasil construir os seus nucleares

Então, reforçada a dificuldade de posicionar um produto no mercado digital, ouvi de um dos criadores do telefone celular, Martin Cooper, que o melhor mesmo são os aparelhos mais simples. Esse cara que é nostálgico!

Para quem já tem vários aparelhos digitais, então o Natal pode ser um bom momento de consolidar esse investimento.  Pode ser uma boa hora de construir uma rede doméstica, não aquela de pendurar nas paredes ou nas árvores, mas uma rede de computadores que vai servir a muitos aparelhos digitais, inclusive a computadores!

Além dos aparelhos que vou conectar através de cabos da rede, se precisar ligar aparelhos através de um roteador sem fio, a dica é aproveitar a queda de preços do padrão 802.11n, que, além de mais rápidos, normalmente oferecem maior alcance e guardam compatibilidade com os padrões anteriores, o b e o g. Um roteador wireless n hoje custa um pouquinho mais que um equivalente g.

Não é uma boa dica para presente a quem tem tudo, e numa faixa de R$ 300?

Mas esse mundo digital está cada vez mais interessante, fácil de usar e difícil de explicar.  Ao menos à luz de premissas saudosistas…

 

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital?

A cada ano que passa, a tecnologia avança, os preços se reduzem, as opções aumentam, a decisão então…


Revendo algumas recomendações que fiz para Natais anteriores, vejo que até que não errei muito. Minhas previsões foram muito baseadas no que chamaria da “Lei de Moore Expandida”.

Gordon Moore, um dos fundadores da Intel certa vez falou a um público seleto que a lógica dos processadores de computador era de a cada 18 meses sua capacidade dobrar e o preço cair pela metade. Moore “chutou” aquilo, mas a coisa pegou e os processadores veem seguindo essa lógica empírica (como ele mesmo reconheceu mais tarde).

Só que hoje todos os produtos digitais são microprocessados, do computador ao celular, do televisor à filmadora, passando por dispositivos de rede, de armazenamento, enfim, tudo!

Assim, a Lei de Moore começou a ter aplicabilidade a um leque enorme de produtos e de serviços digitais, ainda mais com a disseminação universal da internet.

O que está ficando confuso, hoje em dia, é definir o que é um segmento de mercado. Vamos ver o exemplo de um iPhone. Em tese, é um celular -telefone!- com algumas ou muitas funcionalidades adicionais, que acabou categorizado como um “smartphone“. Se isso é verdade, e não apenas um rótulo de marketing, adicionem-se todos os demais smartphones e chegamos a um mercado que hoje passa de 10% mas não chega a 20% das unidades de celulares comercializadas, dependendo do país ou da região. Assim, por exclusão, 80% -no mínimo- dos celulares vendidos no mundo não são smartphones; logo, são “dumbphones“, ou “telefones burros“.

No Brasil, 40% dos acessos à internet feitos por dispositivos móveis são originados de iPhone, que tem míseros 2% de market share. Ou seja, quem tem iPhone definitivamente usa relativamente pouco a função de telefonia por voz.

Vamos agora ao mundo do entretenimento doméstico, hoje centrado nos televisores digitais de alta definição, um home-theater e boas opções de conteúdo. É só olhar as ofertas que vamos ver algumas tendências:

  • Os televisores e os receivers estão recheados de portas HDMI, USB e acesso à internet;
  • 1 em cada 3 ofertas de player BluRay também acessam a internet e navegam direto no YouTube
  • Câmeras fotográficas e filmadoras de ponta trabalham com imagens 1080p, algumas também podem postar conteúdo na internet
  • Quem tem essas geringonças todas usa muito pouco de suas funcionalidades e tem um monte de cabos e fios que fazem verdadeiros ninhos de rato nos lares

Para minimizar o investimento e maximizar o desfrute, temos de pensar de nova perspectiva: integrar e conectar todas essas coisas, aí incluidos o GPS do carro e os dispositivos de monitoramento e segurança pessoais e domiciliares.

Devemos, enfim, pensar antes nas funcionalidades que pretendemos, e de que forma podemos otimizá-las, não só em termos de custo, como -e especialmente- de praticidade.

Dá para afirmar que, se temos um orçamento capaz de comprar e manter essa diversidade de dispositivos digitais, vale a pena planejar o futuro, antes de fazer as compras do presente.

Explico melhor: com toda essa modernidade, será que estamos melhor equipados? Por exemplo, quando precisamos recuperar uma sequência de fotos da década passada e não as achamos ou não temos como lê-las. O tal do “backup” raramente funciona a longo prazo, e quase tudo aquilo que nos gera a decisão de compra é esquecido após o início do uso dos digitais.

Ora, se uma TV tem acesso à internet, um celular pode fazer fotos maravilhosas,  um computador é um apoio importante a um escritor ou a um músico, e os livros digitais estão chegando, mas outros dispositivos também são bons, eu acho que um iPhone não é só um telefone, um player BluRay não é só um toca video HD, um computador de mesa pode ser uma central multimídia, ou o servidor de uma rede doméstica, e por aí vai.

A compatibilidade entre os equipamentos é algo a ser cuidado, e merece mais detalhamento. Mas, no Natal de 2009, pense naquilo que você pretende comprar e como você vai conectá-lo em seus outros equipamentos digitais.

Para começar, ele deve ter portas USB e/ou HDMI, estas últimas o novo padrão para transmitir imagens de alta definição e, na maioria dos casos, o som aberto e multicanal que acompanha.

Então, pense nisso:  Duas interfaces que facilitam a conexão entre dispositivos digitais, USB e HDMI. Há um ano atrás, poderiam ser opcionais em um televisor de alta definição ou em um Home Theater.  Em 2009, já são a regra. E, supondo que você poderá ter muitas conexões, quanto mais portas desse tipo você tiver nos aparelhos que ficam em casa, melhor.

E a TV de alta definição, como vai indo?

Quase 2 anos depois de estrear com muito alarde e adoção tímida, as maiores cidades do país já têm emissão de sinal aberto e gratuito;  as operadoras de TV por assinatura já oferecem alguns canais com programação exclusiva HD; as TVs Full HD e os players BluRay já estão em todas as lojas, os vídeos de alta definição podem ser comprados ou locados, celulares que recebem o sinal HD… Você já está na era da alta definição? 


Se está, parabéns!  Você participa da fase inicial de uma revolução na comunicação, com uma qualidade surpreendente de som, imagem e futuros recursos de interatividade.  Se ainda não está, aguarde!  A disponibilização de conteúdo ainda é limitada e de qualidade de programação duvidosa, com muitas reprises ou então de programação popularesca, na sua maioria.  E os preços de adesão ainda estão muito altos. 

O círculo vicioso está aí:  os preços são altos porque poucos compram, e poucos compram porque os preços estão altos. 

Mas, em tempos de crise, faz sentido usar a pressão do lado do comprador e aguardar até que a oferta seja mais ampla e os preços menores.  O caminho é sem volta, existem prazos contratuais a serem cumpridos por todos os atores.  

Assim, se você e seus amigos, e os amigos de seus amigos adiam um pouco a decisão de compra, são excelentes as chances de ter melhores produtos, preços mais convidativos e, sobretudo, uma oferta de conteúdo de melhor qualidade.