A Copa está aí! E a tecnologia?
O frenesi de acabamento de tudo que se relaciona à Copa do Mundo indica que, mesmo com protestos e com muito de obras que vão ficar para depois, ela deve acontecer, deixando mais marcas boas do que más.
No terreno tecnológico, a parte de comunicação de massa (rádio, TV, internet), já está tudo pronto. O que não estiver, vai ser varrido para baixo do tapete.
Não espere poder dar um show particular com seu smartphone 4G lustroso de novo, especialmente se você estiver assistindo a jogos nas Arenas da Baixada (Curitiba) e Itaquerão (São Paulo). As redes estão precárias, e não só em zonas secundárias, como estacionamentos e corredores de acesso. Espere uma congestão de tráfego de dados, e você pode se sentir como se estivesse a bordo de uma Ferrari no meio de um congestionamento de final de tarde em uma cidade grande brasileira. Dos doze estádios, só seis terão redes wi-fi internas para descongestionar as redes celulares.
Assim, se você já tem um smartphone com um plano 4G, OK. Se não tem, deixe para depois da Copa. Até setembro, outubro, as coisas podem melhorar.
Todas as redes sociais e os portais principais de esportes e notícias, do Brasil e do mundo, farão coberturas intensas da Copa. Aproveite para estar melhor informado e também interagir em tempo real, e não só durante os jogos, em casa ou no estádio. Você vai poder saber e informar sobre condições de trânsito, reservar restaurantes, capturar e receber imagens…
Afinal, durante o mês da Copa do Mundo 2014, teremos uma quantidade brutal de dados, especialmente imagens, sendo geradas a partir do Brasil. Medidas em quantidade de arquivos ou de petabytes gerados, os resultados serão maiores do que a soma de tudo que se originou por aqui de janeiro a abril.
E as TVs gigantes, hein? Dei uma sapeada nas lojas físicas e virtuais e tive algumas surpresas. Por exemplo, você pode comprar uma TV de 55″, Full HD, 3D, WiFi, recheada, enfim, com um bom desconto e ainda leva uma de 32″.
O que mais me chamou a atenção foram as TVs 4K, UltraHD. Uma delas, de 65″ vale menos de R$ 10.000, e cheia de funcionalidades. Embora não haja conteúdo 4K nas transmissões de TV aberta ou por assinatura, você pode acessar, via internet, portais como Netflix e YouTube que já oferecem conteúdo UltraHD. Mas, para isso, precisa de uma boa conexão à internet, acima de 15Mb real.
Como alguns dispositivos, como smartphones, câmeras fotográficas e filmadoras mais modernas já gravam vídeos UltraHD, dá para curtir suas produções familiares em altíssima definição. Se você tiver conteúdo 4K gravado em um pendrive ou um HD externo, dá para assistí-los também.
E as emissões de TV em Full HD? Com a funcionalidade de upscaling, esses televisores simulam a imagem UltraHD a partir da recepção Full HD que teremos na Copa. Fica bem melhor do que uma imagem apenas Full HD, mas não é 4K.
Como as vendas de televisores andaram de lado, abaixo das previsões dos fabricantes, os preços ficaram melhores.
Ainda assim é uma grana preta colocar R$ 10.000 num televisor, mesmo de 65″. Mas, se você pensava em trocar, agora pode ser uma boa hora. Esse mesmo aparelho já foi vendido aqui no Brasil por R$55 mil e, dois meses atrás, era oferecido na faixa de R$ 20.000.
Pode cair mais o preço? Poder, pode, e até deve, mas não muito, e também você aproveita a Copa no seu Home Theater incrementado.
Arena da Baixada, 14/5/2014: E aí?
A Copa do Mundo vai se aproximando, e os testes Brasil afora apontam para magníficas Arenas, mas ainda sujeitas a ajustes, mesmo aquelas já testadas na Copa das Confederações, em 2013.
Nesta quarta, 14 de maio, foi a vez da Arena da Baixada, em Curitiba, do Atlético Paranaense. Como atleticano e como fuçador de tecnologia, fui lá conferir, junto com familiares.
Aqui um resumo das minhas impressões:
O estádio ficou lindo! a chegada foi meio complicada, ainda mais com o horário do jogo coincidindo com pico do rush da tarde, somado à chuva e às restrições de tráfego. As calçadas do acesso estão ainda por terminar, e tomara que fiquem boas para os jogões da Copa, como Irã x Nigéria, que pretendo assistir para ver ao vivo um pouco do futebol global…
Depois de passar pela revista, entrar no estádio é um primor. Múltiplas catracas eletrônicas, muita gente de apoio, corredores largos e o acesso às arquibancadas muito fácil e rápido. Fiquei no andar de cima, onde as cadeiras são razoáveis, mas o espaço para circular sem incomodar os vizinhos é coisa para equilibrista.
A visibilidade do campo é magnífica, de onde quer que se esteja. Iluminação muito boa, acústica perfeita, o caldeirão volta a funcionar, com uma torcida entusiasmada.
Fotos, vídeos, músicas, começa o jogo. O Furacão com aquela juventude toda começa a colocar pressão no rival Corinthians, até que o craque Marcelo faz 1 x 0! Festa!!
Depois disso, só mesmo discutindo tecnologia. Não porque o mistão visitante ganhou de 2 x 1, mas porque… ahã, afinal, aqui temos um blog de tecnologia.
O que chamou a atenção de muita gente foi o mini-drone com câmera de TV voando sobre o campo, a alturas variáveis, desde rente ao campo até acima da cobertura. Fiquei com inveja do operador do drone. Um dia, ainda vou brincar com um. Mas, para mim, fica óbvio que os drones chegaram para ficar, nas transmissões de grandes eventos, esportivos, musicais, políticos.
Há pouco mais de 2 meses, um drone construído por um curitibano sobrevoou a Arena, ainda com muito por fazer, e filmou o interior da obra, até então resguardada da curiosidade da imprensa e dos fãs de futebol, por decisão interna da diretoria do Atlético. Iniciativa individual, que bombou no YouTube.
O que deixou a desejar –conforme antecipado– foi a rede celular no entorno e dentro da Arena. Lá fora, na fila para entrar e falar com outras pessoas exigia muitas tentativas e pouco sucesso, independente da localização, da operadora e da tecnologia disponível no aparelho: Edge, 3G, 4G, WiFi. Estava pior do que o transito e as calçadas. E nada indica que vá melhorar, em dia de jogo da Copa com o dobro de público.
E, por último, mais um gap tecnológico para nós: a Sony anuncia uma potencial parceria com uma operadora de TV por assinatura para transmissão dos jogos usando a tecnologia Ultra HD, ou 4K, que tem 4 vezes mais nitidez do que a atual Full HD (o dobro de pixels na horizontal X o dobro de pixels na vertical).
Se isso ocorrer, poucos serão os que poderão ver imagens melhores e mais nítidas, porque são poucos e caros os televisores no padrão 4k no Brasil. Quem não tem e eventualmente se arriscar a pagar para ter, vai necessitar de um conversor, da mesma forma que foi necessário um para adaptar os televisores analógicos para receber imagens digitais.
A FIFA terá vídeos 4k da Copa no Brasil. Alguns países receberão imagens também em 4k. É parte do Padrão FIFA.
Voltando ao futebol, o Atlético Paranaense perdeu por 2 x 1. Resta o consolo de termos o primeiro gol anotado por um atleticano, o jovem e talentoso Marcelo Cirino. Como tudo na vida é um processo, agora o Furacão tem um belo estádio, Padrão FIFA. Falta construir um time competitivo. O jeito é esperar…
TV4k vai ter para o Brasil?
CES 2014: Sinalizadores para o futuro
O CES – Consumer Electronics Show 2014, realizado semana passada em Las Vegas, foi campeão, em termos de audiência. Nos 4 dias do evento, quase 160.000 visitantes chegaram de carro ou de avião, para a maior feira da cidade.
Las Vegas é famosa pelos cassinos, mas é a capital americana das feiras e convenções há 19 anos, onde o CES é o top.
Essa turma toda presente gerou cerca de US$ 195 milhões para a cidade. Como um evento de tecnologia, porém, a imensa maioria dos que viram ou souberam do CES estiveram remotos, conectados.
Vale a pena ver os números no blog do CES. O interessante é que 95% das fotos e vídeos tirados por internautas foram postados pelo Instagram.
Nas redes sociais, eis os 6 temas mais comentados e com mais fotos e vídeos sobre o CES 2014 sob a ótica de milhões de internautas:
- Wearables (Dispositivos vestíveis), repercutindo lançamentos, de óculos e lentes de contato a relógios, passando por meias, camisas, capacetes e roupas íntimas, tudo conectado
- Internet das coisas, que tratou dos lançamentos na área de dispositivos digitais que fazem casas automatizadas, carros inteligentes se comunicando com outros carros e com as estradas, geladeiras comprando em supermercados virtuais, máquinas automáticas para compra de energia e serviços de telecomunicações pela menor tarifa e centenas de outras propostas.
- Televisores Ultra HD, ou 4K, por mostrarem imagens 4 vezes mais nítidas do que os atuais Full HD, com telas de até 110″, ou 2, 70m na diagonal, já no mercado e com conteúdo disponível
- Tecnologia para saúde – com soluções usando sensores no corpo humano conectados a tablets e smartphones que oferecem medidas em tempo real, referentes a glicose no sangue, batimentos e pressão cardíaca, postura de coluna e pés, volume de ar respirado, hábitos de sono, monitores digitais para crianças e idosos e muito mais. Os dados podem ser compartilhados com fisioterapeutas e médicos.
- Impressão 3D deixa de ser uma curiosidade, com fornecedores oferecendo impressoras ou serviços de impressão em 3 dimensões, sinalizando para o acesso ao consumidor individual.
- Carros sem motoristas já com montadoras lançando carros-conceito, como Audi, BMW e Toyota.
Essas tendências já vinham sendo sinalizadas há pelo menos 3 anos, e em breve farão parte de nossos hábitos.
CES 2014 – Novidades à vista!
Começa nesta terça, 7, a edição 2014 do Consumer Electronics Show, em Las Vegas. É o maior evento do setor, onde são esperados alguns anúncios importantes, que estaremos acompanhando e comentando.
Devemos esperar no centro das atenções a demonstração e início de vendas dos televisores Ultra HD – 4k de 110″, da LG e da Samsung, selando, de vez a produção em massa desse novo padrão de aparelhos que deixam encabuladas as imagens em Full HD.
Smartphones e tablets com centenas de novos modelos, com as chinesas HTC, ZTE e Lenovo puxando a fila, e, quem sabe, algo de novo por conta da associação da Blackberry com a Foxconn.
Na parte de aparelhos de casa, do escritório e soluções com dispositivos de segurança digital dá para gastar horas só para passar em frente aos stands.
Robôs domésticos estarão presentes nos mais variados formatos e com funcionalidades práticas, sem necessariamente parecerem com seus primos do Guerra nas Estrelas, mas agora chegam com uma atração especial: preços bem menores, piscando para seu cartão de crédito.
Aparecem também muitos wearable devices ou dispositivos vestíveis, sob a forma de smartwatches, óculos e lentes de contacto para concorrer com o Google Glass, cintos, pulseiras, sapatilhas, chuteiras, tudo chipado mas, por enquanto, nada de muito prático.
Para mim, a grande novidade, que não será vendida como tal, é o aumento da autonomia das baterias dos aparelhos que iremos ter nos próximos anos. E não se trata de substituir as baterias de íon de lítio, nem de diminuir o brilho das telas. Mas começam a aparecer de smartphones a automóveis elétricos carregáveis por painéis solares e carregadores de aparelhos tradicionais que não requerem fios nem um docking station.
Com a tendência de universalização de smartphones e de seu perfil de canivete suíço digital com cada vez mais funções, ele passa a ser o controle geral de tudo aquilo que vai estar a seu serviço, do televisor ao condicionador de ar, da geladeira ao carro.
Carro? Pois é, além de cada vez mais cheios de funções digitais, ele também pega carona na tendência verde, dessa vez com o anúncio da Ford de um carro-conceito 100% elétrico e com baterias recarregáveis ao sol!
Siga o CES 2014!
IFA 2013: O quente é Wearable Technology
Quando acaba o verão no hemisfério norte, acontece a IFA – Internationale Funkausstellung, em Berlim, Alemanha. É uma grande feira de gadgets eletrônicos que, este ano, apresenta muitas de novidades da maioria dos grandes fabricantes digitais. Ausente a Apple, que faz seus anúncios a partir de Cupertino, nesta terça. A Nokia, recém adquirida pela Microsoft e as gigantes chinesas ZTE e Huawei estão lá, mas apenas para marcar presença.
Assim, a ação e a atenção estão com os fabricantes de televisores com a tecnologia Ultra HD, que demora para chegar aqui, e com os super relógios digitais capitaneados pelo Samsung Galaxy Gear e pelo Sony SmartWatch 2, além de outros modelos menos cotados. Ambos correm atrás do mesmo público, os absolutamente fanáticos por novidades tecnológicas e as legiões de fãs das duas marcas asiáticas. E devem custar entre 200 dólares e 200 euros.
Os dois relógios de pulso mostram que a imaginação de Chester Gould, o autor de Dick Tracy, nos quadrinhos de 1940 finalmente virou realidade: Um relógio com múltiplas funções ,de comunicação a localização que pode até mostrar as horas. O espaço anunciado para o iWatch, da Apple, acaba sendo ocupado pela concorrência.
Ambos os smartwatches fazem o tipo cebolão, com displays de quase 2″. O Galaxy Gear sincroniza redondo com os smartphones mais modernos da Samsung, tem câmera para fotos e vídeos, acelerômetro para monitorar malhação, pode tocar música, dar previsão do tempo…
O SmartWatch 2 é um Android, como seu concorrente, e sucede, claro, o 1, que nem apareceu nas paradas de sucesso de gadgets. O 2 promete conversar com smartphones de várias marcas. Tem conexão NFC (Near Field Communication), que pode ser o futuro padrão para compras digitais.
Junto com a chegada a conta-gotas do Google Glass, que pretende criar a realidade aumentada da visão, esses relógios, cheios de funcionalidades, sinalizam que a tal da Wearable Technology chegou para ficar. Ainda sem nome definitivo em inglês, e sem uma tradução convincente para o português, esse neologismo agrupa produtos digitais que vamos vestir ou usar, no futuro, como hoje fazemos com óculos, relógios, sapatos…
Mas a IFA 2013 também mostra gadgets inúteis, e nesse quesito, a francesa Alcatel leva a taça: um controle remoto para smartphone… Já pensou????
TV Ultra HD é para valer
Você está feliz com sua telona de TV de alta definição, cheia de funcionalidades que você talvez nem use, mas que exibe imagens de tirar o fôlego, ainda mais se ela estiver acoplada a um sonoro home-theater?
Pois saiba que foi dada a largada em massa para o padrão Ultra High-Definition, com telas ainda maiores e com 4 vezes mais pixels do que o padrão da TV digital, o 1080p. São 4.096 x 2.160 pixels, contra os 1.920 x 1.080 da resolução Full HD.
O que parecia um lance de marketing dos japoneses e coreanos, deu o primeiro salto de preços –para baixo-, e agora a coisa vai. Enquanto que há um ano atrás, as telas entre 65″ e 85″ comandavam preços que iam de US$ 25.000 a US$ 70.000, e, portanto, atraiam apenas os curiosos com generosos saldos bancários, agora os principais fabricantes de televisores começam a apresentar produtos com preços inferiores a US$ 10.000. Lá fora, claro, mas sinalizando uma tendência de virar padrão que se sobreponha ao FullHD de hoje.
As vantagens do Ultra HD ficam óbvias quanto maior for a tela, desde que o conteúdo de imagem esteja também em altíssima definição. E começam a surgir telas ultrafinas, com tecnologia OLED, que não só consomem menos energia e exibem brilhos e contrastes impressionantes, mas possibilitam que elas tenham uma leve curvatura, como nas telas de cinema, que vão possibilitar melhor visão de vários ângulos.
Sony, Toshiba, Panasonic, LG, Samsung e a eterna Philips estão no jogo. Mas quem deu a largada na queda de preços foi a japonesa Sharp, que já foi inovadora no setor mas andava meio encolhida por conta de sucessivas gestões equivocadas.
E no Brasil, como fica a TV Ultra HD, se nem acabamos de implantar a TV digital Full HD? E conteúdo em ultra alta definição, e as licenças, as emissoras, vão nessa?
A resposta é sim, o UltraHd virá para cá, mas não já. Mas cuidado! Você pode comprar gato por lebre! Já existem lojas aqui no Brasil ofertando televisores que seriam 4K/Ultra HD. Não são. Nem há transmissão em Ultra HD ainda.