iOS 8: Ainda não baixou? Espere! (Saiu a versão 8.0.1)
Apresentado no último dia 9 de setembro, com o burburinho que antecede os lançamentos da Apple, o sistema operacional iOS 8 veio como a maior atualização desde o lançamento do iPhone original, em 2007.
Já disponível gratuitamente para modelos de iPhone desde o 4S e do iPad desde o 3, e instalado de fábrica nos novíssimos iPhone 6 e 6 Plus, virá também nos iPad que serão lançados em outubro.
Como sempre, a disponibilização da novidade gerou milhões de downloads na AppStore, muitos movidos pela simples novidade; outros, para analisar o que chega, para poder contar suas experiências.
Foi o meu caso. Baixei o 8 em meus iPhone 5S e iPad Air.
Que devo dizer aos meus amigos que ainda não o fizeram? Aguarde!
A versão 8.0 está com muito mais bugs do que novidades. Dentre elas, um consumo bem maior de bateria (algo como 35% a mais), vários Apps não funcionam e outros travam. Isso mesmo, travam, coisa rara em produtos da Apple.
No caso do iPhone, trava exatamente o App para ligações telefônicas. Parece que a tela sensível ao toque não está funcionando, e, por vezes, é necessário reiniciar o smartphone. Algo impensável para quem precisa usar seu celular.
No iPad, os problemas são parecidos, mas, como não há a função telefonia, não incomoda tanto. Mas, por vezes, é necessário usar uma alternativa, que pode ser outro tablet ou o laptop.
Foi mal, hein?
Para quem ainda não foi para o iOS 8, a opção é esperar mesmo.
Para quem já está no iOS 8, existem vários tutoriais disponíveis sobre como voltar para o 7. O mais óbvio é, se você tem o backup de seu celular num iCloud ou numa Time Capsule, restaurar a versão e os dados mais recentes antes da atualização para o 8. As outras disponíveis ou sugeridas podem até ser mais rápidas, mas requerem algum grau de conhecimento técnico que está fora do alcance de 99,98% dos usuários, ou seja: não as use!
Outra solução para quem já foi para o 8 é esperar. A Apple vai lançar muito em breve uma atualização do sistema operacional.
O certo mesmo, para quem está totalmente na arquitetura Apple, inclusive com o Mac, é esperar pela atualização do OSX, na versão Yosemite, que vai integrar melhor com o iOS 8.
Lançamento precipitado? Talvez. Mas a pressão exercida pela concorrência e a aproximação da temporada de vendas natalinas fez com que os cofres da Apple falassem mais alto do que a razão. O tempo dirá se essa pixotada será compensada pela magia da marca
====
Mas entre a publicação da postagem original e esta atualização, a lança a versão 8.0.1 do iOS. Por enquanto, disponível só para os iPad. A conferir se sanou os principais bugs…
====
A versão 8.0.1 saiu pior que a 8.0… Além de travar o telefone, aboliu o login por impressão digital. Espera-se a 8.0.2 até o final de semana.
Tropeços assim minam a credibilidade da marca.
Confissões de uma Criatura Digital por Opção
Sou um profissional e empresário do setor de tecnologia da informação por opção pessoal e também por formação acadêmica no tempo que computadores eram coisa esquisita, rara e cara. Pioneiro, dirão uns, dinossauro, dirão outros. Cada vez mais entusiasta com o setor, digo eu. Pergunto se faz sentido isso, e em conversa com meus botões (soft-buttons de meus dispositivos com tela touch-screen, para estar contemporâneo nesse ano de 2011, pois!) eu por vezes penso que nao deveria ser tão fanático por tecnologia digital, em especial com a que dispomos hoje, que, por sinal, estará obsoleta em pouco tempo…
Pois bem, por dever de ofício, até um par de anos atrás, eu me dedicava em horas vagas a pesquisar os rumos de tecnologia, suas tendências e novas adoções, até para propor internamente na empresa que dirigi até assumir apenas o Conselho de Administração.
Foi então que tive mais tempo para fuçar, descobrir, cotejar e… ficar mais animado com as perspectivas.
Foi por aí que passei a vestir a camisa da Apple, por pura sedução, de um lado, e por um quinto-sentido-e-meio que me dizia ser essa empresa a principal puxadora de novas, práticas e belas tendências nos anos seguintes.
Não estava errado, e passei a ser usuário de produtos Apple, desde o iPod, passando pelo iPhone, pelo MacBook e, mais recentemente, pelo iPad.
Como não estava na linha de frente das operações da empresa, fui aos poucos me desligando também do mundo Windows, que esteve presente em minha vida pessoal e profissional desde os primórdios da criação da Microsoft.
Quando a Apple resolveu, com o Snow Leopard, um problema de compatibilidade prática de seu nativos Mail, iCal e Contacts com as funções básicas do Outlook e do servidor Exchange, pude finalmente liberar uma partição de meu MacBook que tinha uma máquina virtual VMWare com o Windows lá instalado. Mudei do Office para PC para o Office for Mac, também da Microsoft mas com a elegância dos produtos que rodam no Mac.
E pensei: agora estou livre, como usuário, do mundo Windows!
Mas… nem tanto! Sobrava em casa um PC parrudo com boa capacidade de memória em disco que usava esporadicamente para editar algumas fotos em um programa que havia comprado e pra ser meu arquivo mestre de fotos, vídeos, músicas e mesmo de meus escritos, apresentações, planilhas…
Em seguida, mudei o roteador de casa para um Time Capsule, também da Apple, que, além de uma velocidade nunca antes nessa casa experimentada, trazia uma bela capacidade de armazenamento em seu HD.
Pronto, pensei eu. agora sim, estou livre dos virus, dos travamentos, dos paus de programas que tanto infernizaram minha vida, ano após ano.
Mas restava aquele PC que vivia dando problema, inclusive quando um dia o Windows deixava de ser reconhecido como oficial, assim como minha assinatura da Symantec de anti-tudo. Um pouco de trabalho árduo depois e tudo estava resolvido, o PC até que andou direitinho por um par de meses como que a me pedir desculpas, e eu achando que, quando chegasse a hora, eu o sucatearia e mudaria para um belo iMac.
Mas havia algo lá no fundo de minha cabeça que dizia não ser essa mudança geral adequada. Não só pelo investimento, mas pela perda de contato, como usuário, com aquela plataforma mais popular do mundo, a famosa Wintel, que ainda era dominante no mercado.
E eu, como profissional e analista de mercado, não deveria perder esse contato.
Mas, afinal, o que realmenet me incomodava com a Microsoft? Algumas reflexões com meu travesseiro e conversa com colegas e amigos trouxe-me a freudiana resposta: Meu problema era o tal de Windows Vista, provavelmente o equivalente ao Edsel da Ford, não o filho do cara, mas o famigerado e fracassado carro…
Esse meu PC estava com um Windows Vista Home Premium, que era obviamente o mordomo culpado de minha implicância com a Microsoft.
Então resolvi dar ao PC e à Microsoft o benefício da dúvida e comprei uma licença do Windows 7, e usá-lo no meu quase veterano PC. O resultado foi que voltei a sorrir com aquelas janelas coloridas do Windows. Longe de ser perfeito, o 7 é infinitamente melhor que o Vista! E eu sabia disso, ao avaliá-lo quando de seu lançamento e até ao fazer comentários favoráveis em minhas apresentações e consultorias.
Eu sabia mas não praticava!
Mas agora que voltei ao mundo real e eliminei injustos preconceitos com a Microsoft, vou deixar aqui um modesto conselho a Bill e Melinda Gates: consigam que o total das receitas de licença do Windows Vista seja destinado pela Microsoft aos projetos da fundação que vocês dirigem, com os cumprimentos de seus sofridos usuários.
O mundo ficaria bem melhor com essa justa transferência de renda em projetos aos mais necessitados!