iPhone 6: Começam os problemas de vulnerabilidades
Nem bem a Apple começou a entregar os novíssimos e maiores iPhone 6 e 6 Plus e já surgem problemas de vulnerabilidade. Isso depois que o novo iOS 8.0 também deu defeitos e foi necessária a sua atualização sucessiva para o 8.01, 8.1 e agora, o 8.1.1.
Problemas? A Apple deixou de ter produtos seguros? Como está a nossa exposição, enquanto usuários?
Pois é: mais uma vez, bem-vindo ao novo mundo conectado, onde a preocupação com segurança é cada vez maior. Mais conectado, mais tempo, mais exposição, mais vulnerabilidade.
Desta vez, houve tempo até para aviso do governo americano e nota oficial da Apple a respeito. Aparentemente, o problema surge quando você tem instalado em seu iPhone aplicativos ou plugins de terceiros, ou seja, não adquiridos na App Store ou que não sejam assegurados pela empresa em que você trabalha.
Na prática, a mensagem é: não faça jailbreak no seu iPhone nem instale aplicativos de terceiros. Mas também, assim como nos carros cada vez mais conectados, objeto de postagem anterior, o seu smartphone ou tablet acabam sendo hubs de uma importante rede digital que influenciam sua vida, e a potencial exposição de dados pessoais, ou alteração desses dados pode ter resultados catastróficos!
Lembrando que, além da conexão com sua operadora de telefonia, o iPhone pode ser conectado por AirDrop, Bluetooth, WiFi, GPS, sem falar no novíssimo Apple Pay para fazer pagamentos usando a tecnologia NFC. Ou seja, mesmo com a arquitetura fechada da Apple, você não está seguro.
E o Android ou o Windows Phone? Mesma coisa, em estágios diferentes, que ora apresentam maior ou menor vulnerabilidade. Afinal, são bilhões de unidades de smartphones no mundo, fora o bilhãozinho novo todo ano. Mesmo com a evolução dos sistemas de segurança, os hackers do mal não descansam.
No frigir dos ovos, esse anúncio sobre o problema com o 6 até gerou um pouco de desconforto, mexeu um pouco nas cotações das ações da companhia na bolsa mas o mundo segue conectado.
A você, cabe cuidar, porque, no seu aparelho, são seus dados que estão lá, e, por vezes, um descuido simples de deixar a tela inicial sem senha pode torná-lo um alvo fácil par ao mais inexperiente dos ladrões de dados. Cuide bem do seu smartphone e de seu conteúdo!
Apple segue com iPhone 6 e ousa com Watch
Para variar, dia de anúncios de novos produtos da Apple gera uma comoção na turma de tecnologia, na imprensa, na NASDAQ. Mídia espontânea, avaliada em centenas de milhões de dólares, para duas horas de show. Um show de verdade, mesmo… Terminou com uma apresentação ao vivo do U2, que, de brinde, deu de presente para quem tem conta no iTunes em 115 países, um download de um album a estimados 500 milhões de clientes.
Bono Vox prestando vassalagem ao insosso CEO da Apple, Tim Cook.
Mas vamos ao que interessa: evolução ou revolução?
Na primeira parte, com a apresentação dos iPhone 6 (tela de 4.7″) e 6 Plus (tela de 5.5″), uma clara mostra que, quando o assunto é hardware de smartphone, a Apple vem correndo atrás da concorrência. Até o jeitão dos aparelhos, mais finos e com cantos arredondados, lembra a linha Galaxy S, da Samsung.
O processador é o novo A8, com o coprocessador M8, que, juntos, prometem entregar até 50 vezes mais poder computacional do que o iPhone original. Isso em 7 anos!
Junto veio o Apple Pay, sistema de pagamentos usando o smartphone com NFC (Near Field Communication) e pronto para as bandeiras Amex, Mastercard e Visa. O NFC, aliás, vem com atraso grande para a linha Apple, já disponível há bem mais de 1 ano nos produtos premium dos concorrentes. Aqui no Brasil, estamos atrasados na introdução do NFC, mas isso é outra história.
Gostei também do VoLTE (Voice over LTE), ou a possibilidade de automaticamente converter uma chamada de voz para o canal de dados, permitindo qualidade de som HD e redução de custos. Mas depende da oferta desse serviço pela operadora.
Fora o design e a potência, mais resolução, câmeras melhores, mais funcionalidades, o novo iOS8 (disponível a partir de 17/9) e o início das entregas 2 dias depois, nas lojas e pela internet, nos Estados Unidos. Em outros 150 países, até o final de 2014 (Brasil incluído, mas acho que é mais para final de novembro).
Com preços variando de US$ 199 a US$ 499, mais um contrato de 2 anos com as operadoras (dependendo do tamanho da tela e da memória flash, que vai dos usuais 16GB e chega aos 128 GB), os preços estão um pouco acima da concorrência, mas dentro do padrão Apple.
Com a chegada dos iPhone 6, ficam disponíveis os iPhone 5c (grátis) e 5s ($99), ambos em contrato de 2 anos. Grátis!
Mas o top do evento foi o Apple Watch, o smartwatch que a Apple lançou para tentar redefinir esse mercado, ainda meio indefinido e sem ganhadores identificados.
Chamativo o botãozinho “analógico“, na lateral do relógio, como se fosse um botão de corda e ajuste de hora de um relógio comum. Só que esse do Apple Watch (ou Watch) é um controle de navegação, com zoom, e bem fácil de navegar entre os aplicativos.
O Watch (rolou o nome iWatch até a hora do lançamento) tem um monte de diferenciais em relação aos concorrentes.
O display padrão Retina é flexível. A Apple diz ser “laminado em um único cristal de safira, o material mais duro depois do diamante transparente”. Vem com giroscópio, acelerômetro, e a conexão via Wi-Fi e GPS depende de um iPhone conectado. Ponto negativo para quem não é 100% Applemaniac.
A Apple não falou sobre a duração de carga da bateria, mas mostrou o novo de carregador sem fio indutivo, que gruda na parte interna do relógio como se fosse um estetoscópio.
Vários Apps foram apresentados nesse lançamento,inclusive as mais óbvias como controle das músicas de um dispositivo iOS ou Mac conectado, notificações (com feedback tátil), e a possibilidade de mudar as aparências do relógio. Esse conceito de feedback tátil é bem útil para mensagens, bem como para permitir aos usuários fazer pequenos desenhos e enviar, ou a possibilidade de enviar os dados de seu batimento cardíaco para outra pessoa.
No quesito fitness, o Watch manda bem. Aplicativos de ginástica e musculação incluem recursos para acompanhar os objetivos de fitness e compartilhar esses dados com o aplicativo Saúde no iOS 8. O dispositivo também é compatível com o Apple Pay.
Os desenvolvedores Apple já dispõem de um SDK (software Development Kit) que já coloca a turma para trabalhar e gerar mais Apps para a loja. No lançamento já foram mostrados alguns, como BMW, Pinterest, Facebook, Twitter e Nike.
São três modelos: Watch, Watch Sport e Watch Edition. O Sport possui design mais robusto, enquanto o Apple Watch Edition apresenta materiais de alta qualidade como ouro 18k. São vários tipos de pulseiras intercambiáveis, de modo que você pode ter seu Watch diferente a cada dia. E, claro, uma enorme tentação de passar na loja e comprar mais um acessório…
OWatchh é compatível com o iPhone 6, iPhone 6 Plus, iPhone 5S, iPhone 5c, e iPhone 5 e estará disponível “no início de 2015”, comp preços começando em US$ 349.
Smartphone moderno: Carro esportivo com motor manco
Não são poucos os modelos de automóvel que possuem um visual agressivo, esportivo, mas que são entregues com motorização fraca. Algo como uma Ferrari com motor 1.0, e sem turbo, ainda por cima!
Pois sensação parecida se abate sobre os donos de smartphones mais modernos, que permitem dezenas de aplicativos fantásticos, são multitarefa, mas… a bateria abre o bico bem antes do final do dia.
Para ficar conectado a pleno, vários protocolos de comunicação estão ativados: GPS para locomoção, WiFi para economizar nas tarifas da operadora, BlueTooth para comunicação com outros dispositivos próximos, inclusive o som do carro, NFC para fazer pagamentos, e habilitação para entrar na rede celular nos modos 2G, 3G e até 4G, para não perder a fala.
Conectividade a pleno, também ficam abertos múltiplos aplicativos, que estão entre os mais usados: e-mail, notícias, esportes, cotações de bolsa, informações de trânsito e, claro, a música para desestressar ou embalar. WhatsUp e Viber servem para escapar das tarifas de torpedo e Skype e FaceTime para mandar imagens e fazer videoconferência.
Ah! E o smart ainda tira fotos com duas câmeras ao mesmo tempo e grava videos! De alta definição, e você pode vê-los em sua telona brilhante.
Tudo isso consome energia. Ah!, a bateria… Ela acaba rapidinho, não dá conta do recado.
Então vêm as dicas:
Baixe o brilho da tela, desligue WiFi, Bluetooth, NFC e GPS quando não em uso, veja os aplicativos que não precisam ficar abertos. Ah! Se você tem a velocidade do 4G mas a cobertura é limitada, desabilite-a, passe para a 3G ou até para a Edge, ou 2G.
Ou seja: para ter a bateria durando mais, use seu incrementado smartphone apenas para falar e mandar torpedo. E para exibir aos amigos. Vale a pena o investimento?
Claro que sim, mas a sensação é de frustração. Por enquanto, as baterias de íon de lítio ainda não geram a energia suficiente para uso intenso das funcionalidades desses aparelhos maravilhosos o dia inteiro.
A outra solução é ter carregadores por perto, no carro, na casa, no escritório. Ou então usar aquelas capas gordinhas que possuem baterias adicionais.
Mas fica a sensação de ter uma Ferrari com um motor de um Mini.
Procuram-se: Baterias mais leves, potentes e duradouras. Paga-se bem!
O Google badala o Glass, na verdade um computador portátil com câmera e acesso à internet que foi comprimido em uma armação de óculos, numa espécie de pré-estréia dos chamados wearable devices, ou dispositivos digitais para vestir, em tradução livre.
A Apple, no WWDC 2013, anunciou que os MacBook Air virão com autonomia das baterias entre recargas aumentada em até 78%, podendo durar até 12 horas em uso normal.Também falou em integração entre os iPhones, iPods e iPads com os carros, visto que, nos Estados Unidos, 95% dos automóveis novos vendidos possuem portas de conexão com esses dispositivos móveis.
Mas as baterias dessas sofisticadas geringonças continuam as mesmas, de íon de lítio…
Uma bateria maior para fazer a carga do Glass durar o dia todo em uso? Doem as orelhas e o nariz!
Um smartphone que acesse a internet, tenha GPS, Bluetooth, NFC e outras conexões ativas, enquanto seu dono faz vídeo-chamadas onde quer que esteja? Sem um carregador à mão, nada feito… Então, até que ponto essa conectividade com os carros não é mais para carregar e manter carregados os dispositivos?
Dia desses, eu participava de uma longa reunião com 12 pessoas, no fim do dia. Aí foi preciso instalar filtros de linha e carregadores extras pois 11 smartphones precisavam de reabastecimento de energia; Outros 4 estavam em uso por seus donos, ou emprestados. Na verdade, poucos desses executivos tinham um só aparelho, então a durabilidade necessária das baterias por vezes se dá com o segundo celular ou com a ajuda de carregadores.
Como os laboratórios de pesquisa indicam, uma forte tendência é na linha dos wearables. Mas não dá para querer ter produtos usáveis se eles são incômodos, pesados e precisam estar sendo recarregados a cada 5 ou 6 horas.
Também é furado vender um aparelho com múltiplas funcionalidades realmente úteis se elas não podem ficar à disposição do dono o tempo todo.
Até setembro, deveremos assistir a uma série de lançamentos, voltados principalmente para o consumidor, tentando pegar a onda do Natal 2013.
Se não for anunciada uma bateria mais leve e mais potente, teremos apenas evolução do que conhecemos. O próximo salto no mundo da tecnologia depende de baterias para que os produtos possam passar naturalmente nos testes de usabilidade, no sentido mais básico da palavra.
Pagamentos via dispositivos móveis: vai dar certo?
A IDC (International Data Corporation) prevê que em 2017 -daqui a 5 anos, portanto- as transações de compras e pagamentos via dispositivos móveis baterá na marca de US$ 1 trilhão. Desse total, 66% virão do chamado m-Commerce, ou as transações realizadas 100% pelo smartphone, tablet ou laptop. A tecnologia NFC (Near Field Communication) fica com 10% em segundo lugar; 7% sobram para transações feitas na modalidade P2P, ou Peer-to-Peer, aqui entendidas as transações comandadas e concluídas entre dispositivos móveis e, finalmente, apenas 2% para compras feitas através da leitura de etiquetas de códigos de barra.
Se a previsão da IDC estiver próxima da realidade, vemos que haverá uma transformação radical do que entendemos por comércio eletrônico. E mesmo uma mudança da arma de dinheiro nas mãos do comprador, hoje predominantemente um cartão de crédito ou débito, migrando direto para os dispositivos móveis.
Claro que as grandes operadoras, como Visa e Mastercard ainda estarão presentes, mas as teles estarão forçando um tráfego cada vez maior e mais valioso através de suas redes, que por sua vez tenderão a cobrir boa parte do planeta e dos seres humanos.
Uma baita mudança no jogo do poder!
Essa tendência pode gerar mais conforto para o dono do aparelho, mas, ao mesmo tempo, cria preocupações adicionais quanto à segurança dos dados perante os hackers e ao aumento da cadeia de intermediação, que envolverá o vendedor, a operadora do cartão, a tele, o vendedor de aplicativos para esses serviços e, claro, os hackers e crackers.
Mas o mundo caminha para lá, não há volta.
É, volta não há, mas e a ida? Aqui no Brasil, ao menos, com nossas redinhas fajutas e congestionadas, além de caras, como fazer crescer esse recurso que a mobilidade pode proporcionar?
É preciso ações urgentes de todas as partes envolvidas. Talvez precise uma ação da comunidade de usuários, hoje quase igual à população, para obrigar que governo, agências reguladoras, operadoras, fornecedores e legisladores trabalhem no sentido de desobstruir os acessos e remover esse obstáculo que hoje adiciona demais ao chamado Custo Brasil.