Google Glass: À frente demais de seu tempo?
Quem gosta de tecnologia e de novidades, deve lembrar do lançamento do Google Glass, em 2012, para mim, a melhor de todos os shows que anunciam produtos que podem mudar o mundo.
O que aconteceu com o Glass? Vendido em doses homeopáticas, na loja virtual Google Play, e também saudado como uma ferramenta indispensável para ajudar equipes de cirurgiões em procedimentos complexos, por exemplo, ele causou inesperadas reações de celebridades e mesmo de cidadãos comuns, que temiam ter sua privacidade invadida.
A turma do cinema e da música reclamou que o Glass poderia (e pode) gravar filmes e concertos de rock, e os advogados de direitos autorais foram na jugular do Google, com milhares de ações que acabaram limitando sua aplicação prática.
Sem contar que aquela armação assimétrica com uma microcâmera de um dos lados e hastes grandes e incômodas, mas que serviam como um touch-pad, fizeram as vendas ficarem em patamares insustentáveis.
Nesta segunda, 19/01, o Google tirou a geringonça de sua loja virtual, sem nenhum alarde. Simplesmente esvaziou… Em comunicado, a empresa de Mountain View burocraticamente diz que o Glass sai do ambiente criativo e descompromissado do Google X, aquele laboratório maluco que produz conceitos e soluções não necessariamente ligados ao mundo digital, para ficar sob a batuta do experiente executivo Tony Fadell, ex-Apple e fundador da Nest, uma startup recentemente comprada pelo Google a peso de ouro.
Surgem rumores de um breve retorno do Glass, em uma versão 2.0, sem a maioria dos defeitos apontados pelos críticos e usuários, ficando, no entanto, balizado pelas limitações de direitos autorais, privacidade e similares.
Pode dar certo? Claro que sim! Basta ver que muitos produtos que mudaram o mundo não deram certo, de cara. Que o diga Bill Gates com os Windows 1 e 2, Steve Jobs e Wosniak com o Apple I, e tantos outros.
Mas prova que, mesmo nesse mundo da tecnologia digital, onde a evolução é estonteantemente rápida, nem sempre dá certo lançar um produto à frente de seu tempo.
Google[x] revela nano-pílula que localiza células cancerosas
Você acha que já viu tudo, quando se trata de tecnologia, e que nada de novo e revolucionário pode surgir? Então veja essa do Google[x]…
Primeiro, uma explicação: Google[x] é um conjunto de laboratórios de pesquisas com equipes multidisciplinares que procuram inovações, não necessariamente ligadas à tecnologia da informação. Ou necessáriamente ligados, dependendo do ponto de vista.
De lá surgiu o Google Glass, o carro autônomo, que dispensa motorista e lentes de contato que alertam o paciente usuário e o médico sobre alterações nos índices de glicose em pacientes diabéticos.
Ontem, o Google[x], anunciou uma pílula para detecção precoce de tumores cancerígenos. Hein?? Isso mesmo, veja:
O diretor do Google para as Ciências da Vida, Andrew Conrad, subiu ao palco na conferência do Wall Street Journal Digital para revelar, em primeira mão, que, do semi-secreto laboratório do Google [x] surge o conceito para um dispositivo wearable, ou vestível, que usa a nanotecnologia para detectar precocemente a doença dentro do corpo.
No caso, wearable ou vestível pode ser substituído por engolível (!), pois trata-se de uma pílula que o paciente ingere e que vai descobrir se há algo errado lá dentro.
Este é o terceiro projeto de uma série de iniciativas de saúde para o Google [x]. A equipe já desenvolveu uma lente de contato inteligente que detecta os níveis de glicose para diabéticos e dispositivos que ajudam a minimizar tremores nas mãos em pacientes de Parkinson.
O plano agora é testar nano-partículas cobertas por anticorpos que podem indicar a doença em seus estágios iniciais. As minúsculas partículas são essencialmente programadas para se espalhar por todo o corpo através da pílula e “grudar” nas células anormais. O dispositivo em seguida, “chama” as nanopartículas de volta para perguntar-lhes o que está acontecendo com o corpo e para saber se a pessoa que engoliu a pílula tem câncer ou outras doenças.
“Pense nisso como como uma espécie de mini-carro de auto-condução”, Conrad simplificada com uma clara referência ao projeto veicular do Google [x]. “Nós podemos fazer isso estacionar onde quer que seja.”
As células com os anticorpos apresentam fluorescência com alguns componentes dessas nanopartículas, ajudando a mostrar precocemente as células cancerosas em um exame de ressonância magnética.
Isso tem todos os tipos de implicações na medicina. De acordo com um comunicado divulgado separadamente do Google hoje, “talvez pudesse haver um teste para as enzimas emitidos por placas arteriais que estão prestes a se romper e causar um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral”.
Nesse caso, ão haveria mais necessidade de ir ao laboratório para colher amostras de urina e de sangue. De acordo com Conrad, o paciente simplesmente engole uma pílula e monitora a doença diariamente. Esses dados podem ser carregados na nuvem e disponibilizados para o médico. “Portanto, o seu médico pode dizer bem para 312 dias deste ano tudo parece bom, mas estes últimos meses estamos detectando a doença”, disse Conrad.
Este projeto está em fase exploratória, mas Conrad estava esperançoso de que poderíamos ver essa tecnologia nas mãos de cada médico na próxima década. Ele também mencionou que sua equipe tem explorado maneiras de não só detectar células anormais, mas também ministrar medicamento ao mesmo tempo. “Isso certamente foi discutido”, disse ele, mas advertiu que isso era algo que precisava ser cuidadosamente desenvolvido para que as nanopartículas mostrem primeiro o que estaria acontecendo no corpo antes de destruir as células.
Até agora, 100 funcionários do Google, com experiência em astrofísica, química e engenharia elétrica tomaram parte no projeto de nanopartículas. “Estamos tentando afastar a morte da prevenção da doença. Nosso inimigo é a morte desnecessária “, acrescentou Conrad.
Faz tempo que cantamos a bola que a nova geração de produtos e serviços será centrada em soluções para a saúde. Mas essa do Google…
Quer ver como o pessoal do Google[x] trabalha? Veja aqui.
(com informações do TechCrunch)
Google quer cuidar da sua saúde também
Em novembro de 2013 o Google lançou o Helpouts, uma plataforma que, ao contrário dos serviços como buscas, mapas e email, propõe fazer interações sobre fatos reais, com pessoas reais, em tempo real.
Funciona assim: você entra em https://helpouts.google.com/home?authuser=0 e, da primeira vez, faz login com sua conta no Google, cadastra um cartão de crédito como meio de pagamento, quando aplicável e concorda com os termos de uso de política de privacidade. Aí é navegar pelas diversas categorias e agendar algum Helpout. Alguns são gratuitos, outros pagos por sessão ou por tempo.
Você pode também baixar o App Helpouts no Google Play (Android) ou AppStore (iOS) para usar o serviço de seu smartphone ou tablet. Mas no App, você só verá os Helpots gratuitos…
Até então, você já podia interagir com especialistas sobre pequenos reparos domésticos, jardinagem, fitness e nutrição, arte e música, computadores e eletrônica, culinária, educação e carreiras, moda e beleza.
Agora o Google Hangouts vai permitir que você faça consultas médicas, desde que concorde com os termos específicos de uso, na seção Health. Ainda em testes e com médicos e pacientes em grupos reservados, esse serviço já vazou e agora gera burburinho sobre seu futuro.
Parece que o Google está tentando diminuir os falsos “diagnósticos” resultantes de buscas convencionais através do próprio Google, do Yahoo ou do Bing (agora renomeado MSN), evitando que as pessoas com alguns sintomas cheguem a conclusões erradas.
Uma imagem postada no Reddit mostra uma pesquisa no Google para dor no joelho, e uma opção para que o usuário faz um chat de video com um médico sobre os seus sintomas.
A empresa já confirmou a várias fontes que esse é um novo recurso do Google prestes a ser lançado. Um porta-voz disse ao Gizmodo: “Quando você estiver procurando por informações básicas de saúde … nosso objetivo é fornecer-lhe a informação mais útil disponível. Estamos tentando este novo recurso para ver se ele é útil para as pessoas. ”
Ainda de acordo com o blog Engadget, o recurso de vídeo chat será parte da plataforma do Google Helpouts.
Os fornecedores podem definir seus próprios preços, cobrar dos usuários ou por minuto ou por sessão, mas o Google prevê uma série de serviços a serem oferecidos gratuitamente. Os usuários podem optar por marcar um Helpout com uma empresa específica, ou se alguém estiver disponível, falar-lhes de imediato, através de vídeo.
Udi Manber, vice-presidente de engenharia do Google diz que “A maioria das informações mais úteis do mundo [ainda] reside na cabeça das pessoas.”
Por enquanto, para usufruir do Hangouts, tenha em mente que a maioria absoluta das ofertas ainda está em inglês. Os serviços de profissionais médicos, ainda pode levar um tempinho até chegar. Mas vai chegar.
Seria bom ir pensando nisso desde já, para avaliar benefícios e problemas, antes que algum buroteca comece a pensar em como impedir o avanço da tecnologia.
Que será que andei fazendo no Google?
Para quem é veterano na internet – e, a essas alturas, é bastante gente- a palavra Google começou em 1998 com o nome pouco provável de uma empresa, e hoje é substantivo, adjetivo, verbo e até interjeição!
É raro o dia que passa onde não usarmos algum serviço do Google, na maioria, gratuitos. E pouca gente acha que a proposta do Google é invasiva, ou ao menos raramente se dá conta disso.
Desde as origens do Google nas buscas pela internet até a diversificada oferta de serviços, por vezes é bom dar uma checada no seu histórico. Não aquele que você pode limpar a qualquer momento no seu browser, mas o que o Google guarda sobre você.
Quer ver? Então faça o seu login no Google, a qualquer de seus serviços. Por exemplo, o Gmail, ou o Google+. Aí, vá ao endereço https://history.google.com/history/lookup. Estará tudo lá, em gráficos consolidados, e também de modo analítico, de cada serviço que você já utilizou em qualquer dispositivo digital que tenha usado. Cada um. A cada segundo!
Você verá:
Google Pesquisa por Voz: bastante operacional e em português do Brasil
Já há algum tempo, a página inicial do Google, usando o navegador Chrome, exibe um ícone de microfine no lado direito da barra de pesquisas. Pouca gente havia testado, mas agora o Google anuncia a disponibilização da pesquisa por voz, em português do Brasil.
Funciona assim: você baixa o navegador Chrome no seu desktop, notebook, tablet ou smartphone (os com OS Android já possuem o Chrome como navegador padrão).
Aí, é só abrir o navegador, clicar no ícone do microfone e conversar com o seu aparelho. O Google entende o nosso português falado aqui, com poucos erros. Quando não entende, exibe na tela as opções para você então clicar e começar a navegar.
Mas, na maioria das vezes, ele entende. Por exemplo, você está dirigindo, e, para não furar as leis de trânsito, fala para seu smartphone: “rota para Aeroporto Afonso Pena” e ele abre o Google Maps. Aí é iniciar a navegação e o Google te indica o caminho mais rápido, inclusive com as condições atuais de tráfego.
Mas, antes de sair, se você vai para Salvador, por exemplo, peça ao Google: “previsão do tempo em Salvador”, e ele exibe os dados para os próximos 10 dias.
E assim vai… A interação é bem natural, melhor que o Siri, da Apple, que, além de ser limitada em sua capacidade de entender e executar comandos por voz em linguagem natural, ainda não fala português.
Quer aprender a usar os comandos por voz no Chrome? Diga a ele: me ensine a usar comandos por voz no Chrome ou algo parecido, e a tela exibirá um link para o tutorial no YouTube. O que eu vi foi gravado pela menina Isadora há um ano, que não se deu muito bem, mas mostra a flexibilidade da nova ferramenta. Mas, brincadeiras e dificuldades à parte, essa funcionalidade do Google está bastante boa! Dá para recomendar, pois a interface por voz melhorou bastante, desde então, agora na versão 36.
iTunes no Google Play? Pode ser!
O blog 9to5Mac mostra que a Apple está em negociações com o Google para lançar o iTunes no mundo Android, oferecendo o App e os serviços através do Google Play. Provavelmente, essa oferta incluirá também o serviço de streaming de áudio e vídeo, para concorrer com o Spotify e congêneres.
Isso implicaria em um upgrade do iTunes Radio, que é até bonzinho, mas pouca gente usa. Seria também uma reviravolta na linha traçada por Steve Jobs em 2011, quando ele explicou, em entrevista, que a Apple havia feito a versão do iTunes para Windows com o objetivo de vender mais iPods e mais músicas, e que uma versão para Android só serviria para tornar os usuários Android mais felizes e ele não queria que os usuários de aparelhos com Android ficassem felizes.
Passados 3 anos, Steve Jobs se foi, o Android vende mais que o iOS, e a venda de músicas no modelo do iTunes começa a apresentar sinais de fadiga. O iPod, sucesso estrondoso no passado recente está com as vendas declinando fortemente, pois o modelo Touch é só um pouco mais barato que o iPhone e tem pouca razão de ser; os mais baratinhos Nano até que sobrevivem, como um acessório prático para malhadores, ciclistas e fundistas ouvirem suas músicas preferidas enquanto se exercitam.
Mas até esse nicho pode perder a razão de ser com o anúncio iminente e inevitável do iWatch, que acabará sendo um iPod Nano de pulso, agregando funções de monitoramento de dados vitais dos seus donos, com a chegada do iOS 8.
Para nós, que compramos os aparelhos e as músicas, dois sinais diferentes: de um lado, será bom podermos ter nosso acervo musical acessível independente do aparelho que estamos usando num determinado momento; de outro, mais uma possível colaboração entre os gigantes da tecnologia que podem tornar os serviços menos inovadores e talvez mais caros, pela diminuição da concorrência.
Desafio de Impacto Social Google: 1 milhão para cada ganhador!
Google vai premiar, com 1 milhão de reais, 4 ONGs no Brasil que tenham as melhores idéias sobre como mudar o mundo.
Ouça minha conversa com Márcio Miranda, da CBN Curitiba, nesta quarta, 12/02/2014
Quer saber mais? Veja em https://desafiosocial.withgoogle.com/brazil2014 que ainda dá tempo para tentar ganhar R$ 1.000.000,00
Calico Google: vida até 170
Que o Google sabe quase tudo sobre cada um de nós, nada de novo. E que eles têm projetos fantásticos, como o Google Cultural Institute, o Google Glass e carros que dispensam motoristas, só para citar 3 dos mais recentes.
Falta-nos tempo, para podermos desfrutar de todo esse acervo na plenitude! O dia não tem mais de 24 horas, os anos, 365 dias, ou 366 nos bissextos, multiplicado pela expectativa média de vida…
Pois até nisso o Google quer mexer. Sua nova empresa chama-se Calico, e vai concentrar-se “na saúde e no bem-estar, em particular no desafio do envelhecimento e doenças associadas“. O CEO e investidor fundador da Calico é Arthur D. Levinson, presidente dos conselhos de Administração da Genentech e da Apple.
Ou seja, unem-se a Genentech, a mais inovadora empresa de biotecnologia, com o Google e a Apple, visando permitir ao ser humano a melhoria de sua qualidade de vida, com a chegada dos anos, e, de bonus, ganhar mais anos de vida.
O objetivo? Buscar o limite da longevidade em 170 anos. Fazendo as contas para trás, isso seria como pegar alguém nascido um quarto de século antes da Proclamação da República que estaria se despedindo deste mundo em 2013.
Não é preciso grande imaginação para elaborar sobre vantagens e desvantagens do sucesso de um projeto como esse. Mas, inegavelmente, a evolução da tecnologia permite supor que ferramentas para chegar lá ou existem ou podem ser desenvolvidas.
As questões éticas, religiosas e econômicas não vão parar de surgir, e arcabouços legais serão construídos para cuidar das diferentes interpretações do tema.
Mas, se olharmos para a primeira parte, que é a de “melhorar sua qualidade de vida“, poucas serão as reclamações.
A escolha de Art Levinson como executivo-chefe da Calico é perfeita: além de pilotar por 15 anos a Genentech, onde trabalha desde 1980, ele é do Conselho de Administração de outras grandes empresas, como a Roche, e a NGM, e de institutos de pesquisa ligados a universidades de referência, com o Harvard, Princeton e MIT.
Por enquanto, nada a fazer nem a esperar a curto prazo. Mas vale acompanhar a Calico, nem que seja através de buscas no Google. No momento desse comentário, o termo Calico divide-se entre a nova empresa, uma cidade fantasma da California, uma raça de gatos e um empreendimento residencial no Algarve, Portugal, que, aliás, chama-se Caliço.
Google Cultural Institute. Com minhas homenagens a Nelson Mandela
O Google surpreende sempre. Depois da iniciativa Google Art Project, que nos leva a navegar por centenas de museus mundo afora, inclusive permitindo o exame detalhado de obras em altíssima definição, seu alcance aumentou. Agora existe o Cultural Institute, organizado e movido pelo Google, que incorporou novos museus e trata de muitos outros temas, como a queda do Muro de Berlim, a riquíssima coleção de documentos e obras de arte da Coréia do Sul, e milhares de outros.
Chamou minha atenção uma bela reportagem da revista VEJA sobre o Cultural Institute, aliás dirigido por um brasileiro, que incorporou vários museus brasileiros, na esteira do pioneiro Museu de Arte Moderna de São Paulo, o MAM.
Enquanto fechava o tema para a postagem de hoje, pintou na TV, nos portais da internet e nas redes sociais, a notícia da morte de Nelson Mandela. Parei para pensar, e postei no Facebook e no Twitter aquilo que me veio à cabeça: Falando em Estadista, lá se foi um gigante: Nelson Mandela! O #NelsonMandela já estava no topo da lista dos Trending Topics do Twitter.
Voltei à página principal do Cultural Institute e, adivinhe: Lá estavam várias coleções de fotos, vídeos, documentos sobre a vida daquele que, com certeza, foi o maior merecedor do Prêmio Nobel da Paz. Quantidade e qualidade de informação, no momento certo, lá estava o Google de novo!
Existem críticos ferozes dessa iniciativa do Google. O mais icônico e conservador é o Museu do Louvre, na França, cujos curadores acham que seu acervo não merece ser transformado em bits e bytes e, ainda por cima, pode tirar parte de seu público. Coisa de Asterix e Obelix…
O fato é que o tráfego de internautas nas mais diversas casas de cultura parceiras do Google cresce rapidamente, já chegando a mais de 500 milhões. E esses museus mundo afora, não registraram queda de visitantes de carne e osso, ao contrário!
Assim, se você gosta de boa arte, cultura de várias civilizações, de história que explica a evolução da espécie humana, vá lá: google.com.br/culturalinstitute
E aproveite!
Woz
Steve Wozniak, o co-fundador da Apple com Steve Jobs é uma personalidade, no mínimo, polêmica. O verdadeiro gênio tecnológico na criação do Apple II e do Macintosh, Woz, como é conhecido, rompeu lá atrás com Jobs e foi cuidar de sua vida, com muita grana no bolso.
Mas continua dando seus pitacos sobre a Apple, como recentemente, quando disse que não compraria o novo iPad Air.
Agora, numa entrevista à BBC ele propõe que 3 das grandes do mundo da tecnologia –Apple, Google e Samsung– busquem cooperação, através de licenciamento cruzado de patentes e pesquisas em comum. Segundo Woz, poderíamos ter melhores produtos, mais baratos, com mais funcionalidades.
Só que, para quem está no mundo Apple, ali está o que há de melhor; e para quem tem um smartphone Samsung, especialmente o Galaxy 4S, a resposta invariável é: o que o iOS7 e o iPhone 5s oferece meu Galaxy tem, e tem muito mais.
E o Google, com seu domínio no mundo das buscas, dos mapas e do Android tem a liderança em quase todos os segmentos que possam ser relevantes, com a notável exceção das redes sociais, onde o Facebook reina soberano.
Mas Woz, de um modo ou de outro, expressa com simpatia e candura um desejo oculto de muitos usuários Apple, Google e Samsung: ter tudo o que já possui mais as boas funcionalidades dos demais. Pouca gente vai admitir isso, como Woz o fez, ao declarar que “eu vejo coisas boas nos smartphones da Samsung que eu gostaria de ter no meu iPhone.”
Mas essa inusitada aliança traria mais benefícios do que problemas? Se os três viessem a cooperar de modo mais forte, talvez houvesse uma perigosa consolidação do mercado, com muitos produtos e serviços parecidos, inibindo a criatividade e a inovação, por falta de um motivador maior: a concorrência.
De outro lado, a Samsung é fornecedora da Apple para inúmeros componentes importantes, como a tela sensível ao toque. E o Google, embora expulso do iOS com seu aplicativo Maps, ainda é o mecanismo de busca principal do iPhone e do iPad. Ou seja, essa colaboração implícita já existe.
E você, o que acha? Uma convergência maior entre Apple, Google e Samsung seria benéfica para nós, usuários? Eu, Guy Manuel, sigo preferindo a concorrência.