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Sobre velocidade das redes móveis

Aqui no Brasil, muita gente reclama da qualidade, da disponibilidade e da velocidade das redes móveis, que são usadas na conexão de celulares e tablets. Sem falar no preço.

Vamos ver como anda a coisa lá fora? A PC Magazine publicou um ranking das operadoras nas principais cidades norte-americanas. É de ficar com inveja! A campeã de Nova York, a Verizon, registra picos de velocidade de quase 80 Mb/s; 31,1 como velocidade média para downloads.

Chega ou quer mais?

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A Copa das Redes

WCupSocialMNão dava para encerrar as postagens sobre a Copa do Mundo 2014 sem relacioná-la às redes sociais. Definitivamente, a Copa de 2014 foi duplamente a… Copa das Redes! Tanto de bolas na rede (azar e/ou incompetência nossa) como no uso das redes sociais.Bolanarede

Os números ainda carecem de consolidação, mas o infográfico de uso do Twitter durante o jogo Brasil x Alemanha é impressionante! Neymar, o grande ausente, foi o mais citado durante o jogo, exceto quando dos picos registrados a cada um dos 7 gols da Alemanha e o solitário gol de honra do Oscar. Foram 672 milhões de tuítes sobre a Copa nos seus 32 dias. A vitória da Alemanha por 7×1 sobre o Brasil, na semifinal, gerou 35,6 milhões de tuítes; a final Alemanha x Argentina, “apenas” 32,1 milhões.

O Facebook registra números ainda mais impressionantes, dada a sua base de contas ativas quase 5 vezes maior que a do Twitter. Só na final, 88 milhões de pessoas geraram mais de 280 milhões de postagens, comentários e curtidas likes na rede, durante a final que consagrou a seleção alemã.

Esse é um novo recorde para o Facebook em um evento único, batendo as 245 milhões durante o Super Bowl de 2013.

Após as oitavas de final, o Facebook informou haver superado a marca de 1 bilhão de postagens relativas à Copa, geradas por 220 milhões de usuários desde a partida inicial Brasil x Croácia em 12 de junho.

Nesta segunda, 14/7 a rede social anunciou que a Copa 2014 é o maior evento – esportivo ou não – na história do Facebook. E esse número foi gerado por uma base relativamente pequena, de 17% das contas ativas.

Também bateram recordes o Pinterest, o FourSquare, o Google+, o YouTube, e, claro, o Instagram, hoje controlado pelo Facebook.

Se compararmos os volumes do Twitter da Copa de 2014 no Brasil com os da Copa de 2010 na África do Sul, o crescimento foi brutal: mais de 300 vezes!

E o pais que registrou o maior crescimento, dentre as 32 seleções representadas? Os Estados Unidos, onde definitivamente o soccer parece estar na rota de virar superstar. Os gigantes da publicidade e do entretenimento não cansam de tecer loas ao futebol e ao tamanho do business.

Definitivamente, dois tipos de seres totalmente globais convergiram forte aqui no Brasil: a Copa do Mundo e as Redes Sociais.

A tecnologia nas eleições americanas de 2012

Confesso que observei com atenção a campanha presidencial americana de 2012, especialmente para tentar entender as propostas de cada um, as estratégias para ganhar votos e desconstruir o rival e, sobretudo, o imenso fluxo financeiro arrecadado através de doações identificadas e de indivíduos -pessoas físicas- em valores unitários inferiores a 100 dólares. Passou voando da marca de 1 bilhão, mais do dobro de 2008, e a quantidade de doadores se contam nas dezenas de milhões. Peanuts, como dizem por lá, troco, diríamos aqui. 

Mas essa massa de doadores também buscou encontrar outros, e as redes sociais bombaram, ao ponto da foto da vitória, com o casal Obama se abraçando após conhecido o resultado virou o maior hit do Twitter e do Facebook em todos os tempos. Isso não é pouca coisa! E aqui foi onde Obama goleou Romney, seja em quantidade, seja em qualidade. A repercussão positiva das postagens referentes ao democrata superaram as do oponente republicano por margens nunca inferiores a 2:1.

Vale também uma análise crítica do processo de votação e apuração, nem sempre 100% eletrônica, às vezes com cartões perfurados, mas, na maioria das situações, em folhas de papel com um monte de votos para dezenas de cargos (xerife, juiz de paz, entre outros) e consultas populares com poderes de plebiscito e referendo. Fora a eleição de deputados e senadores, estaduais e federais, administradores de condados, prefeitos, vereadores e até mesmo de presidente.

Interessante que foram 15 candidatos à Casa Branca, dos quais só dois tiveram estrutura e grana para competir. Mas, além desses 15, você poderia votar em um candidato não inscrito, em você mesmo, por exemplo. O decisivo estado de Ohio, que fez Obama superar a marca de 270 delegados inscritos para o colégio eleitoral teve cédulas que mais pareciam folhas de jornal com letrinhas miúdas, tantas eram as respostas a serem dadas pelos eleitores.

Mas o fato é que uma eleição geral como essa, mais complexa que as nossas para presidente, e onde você pode se registrar até na hora do voto, a logística e o processo são bem mais complicados que o nosso. Tirando a renitente Florida, que desde pelo menos o ano 2000 é lenta demais, os outros apuram toda essa massa da vontade popular em poucas horas. Mais ainda, permitem o voto antecipado em 37 dos 50 estados, e ele pode ser enviado pelo correio. Este ano, por conta do furacão Sandy, eleitores que tiveram de sair de suas casas para não morrer vão poder votar em um portal da internet ou por e-mail, em decisão do Comitê Eleitoral tomada dias antes.

Embora por vezes haja acusações de fraudes, como aquela famosa de 2000 na Florida que acabou dando a presidência ao republicano George W. Bush e agora, em 2012, uma teimosa urna eletrônica da Virginia teimava em marcar para Mitt Romney os votos digitados para Barack Obama.

Mesmo assim, o debate do dia de hoje foi sobre quando o voto lá ao norte do Rio Grande será totalmente online, via tablets, smartphones ou laptops. Hoje em dia, a tecnologia não dá o nível de confiabilidade que o sistema requer, mas isso é só questão de tempo, como ocorre hoe nas transações do mercado financeiro.

Em algumas votações regionais de condados e cidades, o voto online já vem sendo testado com resultados animadores, embora sobre temas menores. Mas a cultura do voto conectado já está com as primeiras folhinhas brotando.

E. para fechar, ainda sobre 2012: O Twitter teve picos de tráfego por conta das discussões eleitorais. No final, a média era de 700.000 tweets por hora! Nas comemorações, muito mais do que isso.

Ou seja, a discussão sobre o voto online não é sobre se ele virá, mas sim sobre quando e como. Aqui no Brasil, com nossa bem sucedida experiência nas urnas eletrônicas, chegou a hora de pensarmos em modelar nosso voto online. Ganhamos todos!

iPad WiFi: "Test-Drive" em Miami

Neste sábado, 24, tive a oportunidade de fazer um test-drive em um iPad Wifi de 32Gb e… tive sensações mistas, que gostaria de compartilhar com meus amigos e amigas.

Antes de mais nada, confesso meu viés de preferência por produtos da Apple.  E ao ver a Apple Store em Aventura, vi que a turma de Cupertino sabe o que faz, e com um movimento incrível de gente testando e comprando de tudo.

Mas o iPad, então, que eu previra antes que seria um sucesso total, e até ataquei os céticos, me deixou pensativo… Não quanto ao eventual fracasso do produto, mas vendo e testando ao vivo, que milagres ainda não estão na lista de produções de Steve Jobs.

O iPad é um pouco mais pesado do que eu imaginava, e com seu peso mais para o de um netbook do que para um Kindle ou um Nook, sua função para livros eletrônicos sobressai apenas pela função de cores, que os concorrentes não têm.  A tela com iluminação traseira por LEDs é muito boa, mas sua superfície de vidro pode trazer reflexos indesejados para leitura, por exemplo, na luz do sol, e cansaço visual para leitura com pouca luz.  Pena também que hajam ainda poucos títulos disponíveis, algo como 10% do que tem a Amazon.

Mas, para vídeos ele é extremamente competente e deve agradar os jovens. Também a exibicão de albuns de fotos é das melhores da indústria, contando com bons aplicativos de edição básica.

Os aplicativos do iPhone funcionam quase todos muito bem, ao menos os mais populares e óbvios. só que muitos deles são projetados para o telefone, e o iPad Wifi não tem capacidade de comunicação por voz.

Muitos criticam a falta da câmera, para fotos e video-conferência.  Eu compro a segunda parte da crítica, pois seria bom fazer video conferências com o Skype como se faz em um bom laptop. Mas sair andando com um iPad para tirar fotos, só para lambe-lambes nostálgicos, se é que alguém que for ler essa postagem jamais viu algum.

O principal ponto fraco do iPad WiFi, no entanto, é que ele só funciona sob os cones de sinal de hotspots com acesso à internet.  Isso é bom se você vai andar pouco com o iPad. O modelo 3G supera essa deficiência, e sua disponibilidade já a partir de sexta, 30/4 (com longas filas, por suposto), deve colocar o modelo WiFi num plano inferior.  Imagino que a Apple deva mesmo promover algum desconto para esses modelos, e devolução da diferença paga pelos quase 1.000.000 de “early adopters” que já deixaram sua graninha nas lojas e na internet.

O preço de $499, $599 e $699 dos modelos WiFi parece não haver assustado os compradores.  Isso valeu já mais de $500 milhões de receita em poucas semanas, o que não é desprezível.

Eu pensava em comprar um iPad Wifi. Mas como o 3G vai chegar sem necessidade de vínculo com a operadora, ou seja, seu preço não inclui atrelamento com planos subsidiados, acho que ele vai pegar mais do que o seu irmão pioneiro.

Arrisco dizer, sem ter visto, que o iPad 3G vai ser comprado pela maioria dos que se interessarem por essa proposta de um tablet. É esperar para ver.

Falando em esperar, faltou também ao iPad o sistema operacional iOS4, já disponível para o iPhone, que, dentre outras vantagens, permite a abertura de mais de uma tarefa simultânea. Ficou para mais tarde, e será necessária uma atualização, que deve ocorrer sem traumas.

Ainda volto a falar do iPad daqui dos Estados Unidos, talvez na virada de abril para maio, com as notícias quentes do lançamento do iPad3G.

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