CES 2015 – Novidade em eletrônica de consumo? Que tal o carro do futuro da Mercedes?
Bem-vindo ao mundo da mobilidade digital de verdade, onde não só os bits, smartphones e tablets se movem; daqui para frente, os carros digitais levam você!
A primeira terça-feira de cada ano recebe a maior feira mundial de eletrônica de consumo: a CES – Consumer Electronics Show, em Las Vegas. Este ano, muitas novidades e a ausência de sempre: a Apple.
Os eixos principais de lançamentos se concentraram em 4 eixos:
- Os televisores gigantescos, com telas maiores que 100″, quase todas curvas e com resolução 4K, onde as coreanas Samsung e LG dominam a cena, a primeira com mais de 60% do mercado total. Vão para o limbo as Full HD que recém passamos a adotar como padrão no Brasil. São todos verdadeiros centrais de controle e entretenimento doméstico, hiperconectados e cheio de funcionalidades que pouca gente usa mais vai admirar muito;
- Os smartphones Android dominando o mercado -sem falar na Apple, claro- e, de novo, com o mundo da Samsung predominando;
- Os wearables, que vão de pulseiras a relógios, passando por camisetas, tenis, bonés e muitos outros acessórios também conectados, com grande destaque para os produtos voltados para fitness e saúde;
- A casa conectada, com segurança digital por todo lado, conforto de temperatura, colchões, sofás, cadeiras, geladeiras, fogões… tudo já no mercado, querendo seu cartão de crédito ou seu celular com NFC.
Mas, para tentar mostrar o que virá por aí, vale sair desses 4 eixos e comentar sobre a briga das montadoras de automóveis, com lançamentos específicos para o CES, começando pela americana Ford, passando pela Peugeot-Citroën, Volvo, Toyota, Volkswagen e todas as demais.
E quem dominou a terça na apresentação do conceito de carro do futuro foi uma dupla inusitada: o CEO da Mercedes-Benz, o desengonçado e bigodudo Dietrich Zetsche, que teve a companhia do Cambot, um gigantesco olho robótico sobre rodas que conversava com Zetsche, com a audiência e apresentou o luxuosos F 015 como um novo modo de deslocamento usando um carro, um “casulo sobre rodas” autônomo – um salão de quatro lugares com cadeiras giratórias e controles completos de entretenimento. Sem motorista.
“Por favor, desculpe esse cara, ele é um pouco tímido. Ele não está familiarizado com os seres humanos”, disse Zetsche ao chamar Cambot para se juntar a ele no palco. O Cambot brincou com a platéia e aí começou o show de apresentação do F 015, projetando seus próprios conceitos de mobilidade na gigantesca tela no palco atrás dele – para que cada participante da apresentação pudesse ver com detalhes o interior do carro conceito interior.
Olhe só ao lado como o Cambot enxergava sua platéia…
Alguns podem dizer -eu mesmo já disse aqui- que essa de carro autônomo já existe, com o Google, que a Audi, a BMW e a Lexus já mostraram o que pode ser feito, ou que a Ford apresenta sua 2ª geração de carros conectados e muito mais.
O que chama a atenção nesta edição do CES é a quantidade de conceitos lançados pela indústria automotiva, não só buscando maior eficiência energética (elétricos, híbridos, movidos a hidrogênio), com mais segurança ativa e passiva, mas, sobretudo, com uma clara tendência de aposentar o motorista, ou ao menos de buscar levá-lo a um papel irrelevante.
Aí que está a diferença do conceito da Mercedes. Como marca de luxo, ela apresenta o F015 como uma sala de estar sobre rodas, onde todo o conforto está disponível, mais até do que nas poltronas de primeira classe das aeronaves intercontinentais.
Internamente, o carro não tem nenhum botão de controle; os vidros podem ser usadas como telas para consultas ou navegação na internet. Existe um painel de controle móvel, que pode ser usado por qualquer dos ocupantes que resolva dirigir o carro, obviamente sem cometer nenhuma infração.
Faz sentido? Não sei, mas o Cambot dominou o dia…
Ficou clara também a tendência dos carros terem cada vez mais eletrônica digital embarcada, desde os modelos mais simples, como o TokTok, concebido por Jaime Lerner até o sofisticado F 015, justificando o lançamento de novos modelos em uma feira de eletrônica de consumo, concorrendo com os salões do automóvel mundo afora.
Quer saber mais? Veja http://www.cesweb.org/ , no PC Magazine ou em The Verge.
As fotos e parte desse conteúdo foi obtido em CES 2015 da revista digital Flipboard.
Você pode obtê-la gratuitamente aqui e colecionar os mais importantes conteúdos, do seu jeito, no seu estilo de vida.
Arte no Tablet
Para os artistas 2015
Comunicação e Informação em 12/2014. Diferente do que foi imaginado!
As previsões mais ousadas sobre o futuro da internet e do mundo digital não se materializaram. Ao menos não na maciça migração de consumidores de mídias tradicionais, como livro, jornal, revista, rádio e TV. O que vimos foi convivência e mudança do perfil de uso.
Há 8 anos atrás, um pouco menos, com o lançamento do iPad e do Kindle, mais o poder das gigantes Apple e Amazon, houve quem indicasse que o mercado de livros seria totalmente digital, e que o livro de papel sumiria das prateleiras e mesmo as livrarias físicas seriam sebos apenas.
O que ocorreu, de fato, foi um acirramento da concorrência e um brutal aumento da relação de livros vendidos por leitor usual ou mesmo por habitante, no mundo todo. Algumas livrarias pequenas, outras redes tradicionais que não se adaptaram, sumiram do mapa. Mas surgiram novas livrarias com múltiplos serviços, com cafés, auditórios e palestras de especialistas. Nunca se lançaram tantos livros em noites de autógrafos como hoje. No Brasil, um autor que não se chamasse Paulo Coelho não atingiria a dezena de milhares de exemplares vendidos, que diria ingressar no clube do milhão. Não é, Laurentino Gomes?
Hoje em dia, se você quer um livro, dependendo de sua pressa, da disponibilidade do título no formato impresso ou digital, você tem escolha. E isso é bom!
Os jornais diários, com certeza, foram os mais atingidos, Publicações fortes, tradicionais, sumiram do mapa ou foram absorvidas pelos concorrentes. A receita mais relevante, a de anúncios e classificados, ficou minúscula. Mesmo para os veículos que foram forte para a internet perderam público por conta da especialização do mercado. Quando foi mesmo a última vez que você se guiou por um anúncio de jornal para iniciar a compra de um carro ou de um imóvel?
As revistas ganharam força ao penetrarem no mercado via tablets, que facilitaram o processo de distribuição. Revistas semanais de informações, antes dedicadas a analisar com mais detalhes as notícias diárias, agora podem se dar ao luxo de trabalhar melhor com o jornalismo investigativo e apresentar notícias à frente de muitos outros veículos.
As revistas especializadas proliferaram também no formato impresso, mas algumas delas perdem o sentido. Um exemplo é a INFO Exame, publicada pela Abril, que a partir de fevereiro de 2015 deixa de publicar sua versão de papel. Ficou simplesmente impossível abordar a tecnologia sem recursos multimídia. E a INFO só é pioneira aqui no Brasil. Lá fora, muitas revistas técnicas, científicas, ou de nichos específicos mas que têm público disperso geograficamente já estão 100% digitais.
As rádios, para serem viáveis, viraram redes, e usam muito os meios digitais. Vide a nossa CBN Curitiba, há tempos recebendo informações e solicitações de ouvintes por torpedo, Twitter, Facebook e agora, febre total, o WhatsApp. Assim como quando surgiu a TV muitos apostavam no sumiço do rádio, o que ocorreu foi o contrário: com o crescimento das cidades e os problemas de trânsito e segurança, nunca as rádios foram tão úteis, e, com a interação com os ouvintes, viraram fontes importantes para aqueles longos (no tempo) trajetos nas vias abarrotadas de carros, todos com carros e ouvintes dentro. Hoje, mais de 2/3 das receitas das rádios, no mundo, estão com as que oferecem algum tipo de interação com o ouvinte.
A TV aberta, mesmo ainda com boa audiência, têm dificuldade em competir com os canais de TV paga e o serviços na rede. Mas, por conta do aumento da renda média, mundo afora, ganharam uma sobrevida no seu formato atual. Talvez seja o vetor de comunicação com mais necessidade de reinvenção. Mas hoje, nos Estados Unidos, mais de 51% dos telespectadores gastam parte de seu tempo vendo TV pela internet, 54% dos que têm menos de 25 anos.
Adeus, veículos impressos, adeus broadcast de rádio e TV? Não é o caso. Mas potencializar o combo analógico/digital para atingir melhor o público-alvo é fundamental. Até porque esse público-alvo (nós, consumidores de conteúdo) somos cada vez mais exigentes e também produtores de conteúdos.
Conviver com formatos diferentes é bom para nós, consumidores. E isso deve se intensificar!
Alguém lembrou aqui de mencionar as redes sociais?
O que mais rolou no Facebook em 2014, no Brasil e no mundo
As Top 10 no Facebook 2014 mostram duas coisas importantes:
- O brasileiro é, definitivamente, muito forte na sua presença em redes sociais
- Os assuntos relevantes aqui ocorridos (Copa e eleições) ganharam destaques planetários.
Vamos ver o que saiu na retrospectiva do Facebook de 2014?
Tópicos mais comentados em 2014 no Brasil
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Realidade Tátil
O que rola em laboratórios de pesquisas, na área digital, mais parece coisa de filme de ficção científica. Vamos até a Universidade de Bristol, na Inglaterra, e conhecer o Holodeck.
Neste ponto, parece ser apenas uma questão de tempo até que cada dispositivo mostrado no Star Trek se torne uma realidade e, graças a uma inovação, o Holodeck pode ser o próximo.
A empresa britânica Ultrahaptics desenvolveu um método de fornecer feedback tátil para imagens holográficas utilizando tecnologia ultra-sônica, originalmente desenvolvido nos laboratórios de pesquisa da Universidade de Bristol.
Lá, os desenvolvedores do sistema mostraram como criar a sensação tátil através de ondas de ultra-som, que mudam pela alteração da frequência de modulação.
A mudança na pressão que cria as formas virtuais e sensações de força é chamada de “pressão de radiação acústica.”
É algo como acontecia no filme Minority Report, um tipo de sistema que permite manipular dados de computador com gestos no ar. Adicionando textura e feedback forçado a tal interface holográfica e aí dá para começar a entender as possibilidades do sistema da Ultrahaptics ‘.
“Nós estamos trabalhando nisso há mais de quatro anos”, diz Tom Carter, CTO da Ultrahaptics e membro da equipe que desenvolveu a tecnologia, em entrevista ao site Mashable. “O objetivo da empresa não é lançar o seu próprio produto. Queremos que esta tecnologia seja incorporada a diferentes tipos de produtos, de relógios a eletrodomésticos a carros. Para isso, precisamos envolver os OEMs [fabricantes de equipamentos originais] como parceiros.”
Carter trabalhou sobre esse tema em seu doutorado em ciência da computação na Universidade de Bristol antes de lançar a empresa, com a ajuda de parceiros.
Mas, de acordo com Carter, controles de interface simples são apenas o começo. Mais adiante, em menos de três a quatro anos, ele acredita que os experimentos de laboratório de imagens táteis tridimensionalis poderão ser integradas com sucesso em produtos do mundo real e situações que a maioria de nós poderia utilizar em atividades diárias.
Mas o grande motivador, para Carter, são as aplicações na área de realidade virtual. “O Santo Graal para isso tem de ser realidade virtual”, disse Carter. “Há uma quantidade enorme de desenvolvimentos para permitir tocar virtualmente em coisas como é o caso do Oculus Rift. Até agora, tem sido possível apenas ver e ouvir, você não pode tocar. Aqui, o objetivo seria colocar nesses óculos de realidade virtual para sentir e tocar o mundo virtual “.
A versão atual da tecnologia trabalha em um ambiente de laboratório, e Carter avisa que vamos ter que esperar um pouco mais para ver algumas das aplicações comerciais da tecnologia.
“Por exemplo, ser capaz de [usar a tecnologia para] controlar um dispositivo simples, com um botão, como um despertador, por exemplo”, disse Carter. “O alarme dispara e você só acenar com a mão para fora das cobertas e acenar para poder desligar ou dar um snooze e tirar mais uma sonequinha… Nós adoraríamos ter um produto comercializável nas prateleiras em um ou dois anos. “
Que tal?
Vale a pena trocar seu smartphone, tablet ou laptop?
Vai chegando o Natal, e aí aumentam os apelos de compras, seja para você, seja para presentear. Mas você ou os presenteáveis já possuem um ou mais desses dispositivos digitais: smartphone, tablet, laptop. Vale a pena?
Pois bem, em anos anteriores, eu sempre dei dicas sobre as novidades da hora, especialmente voltadas aos novidadeiros, ou early adopters, ou aos recém-chegados ao mundo da tecnologia digital.
Neste Natal de 2014, com vitrines cheias, apelos os mais variados, e múltiplas opções, minha recomendação é: depende!
Como a maioria dos que nos acompanham aqui ou aqui chegam por redes sociais ou mecanismos de busca já estão devidamente digitais, e as novidades estão cada vez mais próximas uma das outras, talvez seja melhor controlar o impulso, ainda mais sob um clima de incertezas na economia.
A linha que recomendo para o Papai Noel de 2014 é a de cautela. Como regra, não compre a última novidade, salvo se você já tem o aparelho objeto de desejo há tempos, com uma ou duas gerações de atraso e seu valor já está amortizado.
Salvo por honrosas excessões, evite mudar de plataforma, como do iOS para Android ou vice-versa. A razão é que produtos concorrentes estão muito parecidos e suas funcionalidades idem. Aplicativos existem para todos os gostos, seja de um lado, seja do outro.
As novas tendências de acessórios, como pulseiras, relógios, camisetas, tênis, ou até mesmo óculos com recursos de conectividade podem até parecer irresistíveis, mas nenhum deles ainda ganhou adoção em massa, ou seja, os rumos seguem indefinidos.
Bem contado, o mundo digital viu sua última revolução em 2010, com a chegada do iPad.
Caso seu orçamento seja ilimitado, OK, vá em frente! Ou se você não consegue rodar os Apps que são indispensáveis para seu cotidiano, idem.
A minha impressão é que as vendas desses aparelhos vai ser elevada, para o Natal de 2014. Mas nada de grandes destaques. Portanto, aja com prudência!
iPhone 6: Começam os problemas de vulnerabilidades
Nem bem a Apple começou a entregar os novíssimos e maiores iPhone 6 e 6 Plus e já surgem problemas de vulnerabilidade. Isso depois que o novo iOS 8.0 também deu defeitos e foi necessária a sua atualização sucessiva para o 8.01, 8.1 e agora, o 8.1.1.
Problemas? A Apple deixou de ter produtos seguros? Como está a nossa exposição, enquanto usuários?
Pois é: mais uma vez, bem-vindo ao novo mundo conectado, onde a preocupação com segurança é cada vez maior. Mais conectado, mais tempo, mais exposição, mais vulnerabilidade.
Desta vez, houve tempo até para aviso do governo americano e nota oficial da Apple a respeito. Aparentemente, o problema surge quando você tem instalado em seu iPhone aplicativos ou plugins de terceiros, ou seja, não adquiridos na App Store ou que não sejam assegurados pela empresa em que você trabalha.
Na prática, a mensagem é: não faça jailbreak no seu iPhone nem instale aplicativos de terceiros. Mas também, assim como nos carros cada vez mais conectados, objeto de postagem anterior, o seu smartphone ou tablet acabam sendo hubs de uma importante rede digital que influenciam sua vida, e a potencial exposição de dados pessoais, ou alteração desses dados pode ter resultados catastróficos!
Lembrando que, além da conexão com sua operadora de telefonia, o iPhone pode ser conectado por AirDrop, Bluetooth, WiFi, GPS, sem falar no novíssimo Apple Pay para fazer pagamentos usando a tecnologia NFC. Ou seja, mesmo com a arquitetura fechada da Apple, você não está seguro.
E o Android ou o Windows Phone? Mesma coisa, em estágios diferentes, que ora apresentam maior ou menor vulnerabilidade. Afinal, são bilhões de unidades de smartphones no mundo, fora o bilhãozinho novo todo ano. Mesmo com a evolução dos sistemas de segurança, os hackers do mal não descansam.
No frigir dos ovos, esse anúncio sobre o problema com o 6 até gerou um pouco de desconforto, mexeu um pouco nas cotações das ações da companhia na bolsa mas o mundo segue conectado.
A você, cabe cuidar, porque, no seu aparelho, são seus dados que estão lá, e, por vezes, um descuido simples de deixar a tela inicial sem senha pode torná-lo um alvo fácil par ao mais inexperiente dos ladrões de dados. Cuide bem do seu smartphone e de seu conteúdo!
Marqueteiro precisa virar Cientista de Dados
Há mais de duas décadas, uma dupla de especialistas em marketing e tecnologia, Don Pepper e Martha Rogers criaram um conceito de 1-to-1 Marketing, que, em essência, seria o último estágio de uma estratégia de comunicação, onde cada pessoa receberia de outras pessoas e de empresas a exata porção de informações para decidir sobre suas compras, seu comportamento, sua vida. Coisa teórica, então, mas que, com a internet, os dispositivos móveis e as redes sociais, se não virou uma realidade, está perto disso.
Eles conseguiram visualizar uma importante tendência, e, se hoje o 1-to-1 não chegou para nós, caminhamos para tal.
E a turma do marketing? Do gadget digital mais sofisticado ou inútil, passando pelas ofertas de supermercados e chegando à política, toda estratégia para um produto, um serviço ou uma marca precisa analisar dados. Muitos dados! O tal do big data, que, de uma sigla cunhada ou impulsionada pela IBM virou mais do que uma febre, um caminho sem volta.
Vale a pena ler o paper Transforming Your Marketers Into Data Scientists, publicado pelo 1to1media. E não dá para não refletir, por exemplo, sobre o trabalho dos marqueteiros nas últimas eleições. O apoio das mídias digitais foi importante para conhecer melhor o perfil dos eleitores e saber transmitir, inclusive pelo rádio e pela TV os recados para atingir o cérebro, o coração e o indicador que pressionou s números na urna eletrônica.
A tese do 1to1 é bem essa: é preciso conhecer cada vez mais os números, e, em vez de recorrer a estatísticos, economistas, matemáticos e outros profissionais, o marqueteiro precisa, sim, aproximar-se da figura do Cientista de Dados, ou Data Scientist, que começa a ter até definições curriculares mais precisas.
Assim como os exames para diagnóstico da saúde dos indivíduos ficam cada vez mais precisos e detalhados, apoiando o diagnóstico médico, as análises dos desejos e das necessidades do eleitor ou do consumidor precisam ser especificadas e bem acompanhadas pelos marqueteiros, que, por vezes, parecem mágicos, por contrariarem uma aparente tendência que, na prática, mostra-se de um jeito completamente imprevisível.
Assim serão ganhos os jogos pela sua atenção, pela sua preferência, caro consumidor, caro eleitor, caro cidadão!
TSE autoriza acesso a dados de eleições ao PSDB. Auditoria?
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, liberou acesso aos dados das eleições de 2014 e aos programas da totalização dos votos, atendendo a pedido do PSDB.
É uma auditoria? É possível identificar se houve fraudes?
Nesta terça, antes da decisão do TSE, dei uma entrevista a Joice Hasselmann, âncora da TVEJA, sobre a possibilidade de fraudes
Vale ressaltar: contrariando a maioria dos analistas políticos, que achavam que o TSE negaria o pedido, baseado no parecer de Rodrigo Janot, Procurador Geral da República.
Mas é, de fato, abertura para uma auditoria? O TSE diz que sim. Mas, na prática, fica impossível replicar todo o processo, inclusive sobre os protocolos de segurança adotados.
É uma evolução, sem dúvida! Porém, é bom resgatar um trecho da nota do TSE, que diz “a legislação eleitoral e as resoluções do TSE 23.397 e 23.399, ambas de 2013, que tratam, respectivamente, da cerimônia de assinatura digital e dos atos preparatórios das eleições, entre outras questões, já davam total acesso aos partidos políticos, coligações, Ministério Público e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aos dados requisitados“.
Aí está a raiz do problema: A Justiça Eleitoral sempre procurou aprimorar o processo de votação, e, ao disponibilizar esses dados antes das eleições, aparentemente não desperta nem atenção nem prioridade dos partidos políticos, da entidades de classe e do eleitor em geral, com raras e pouco conhecidas exceções.
Ou seja, a decisão da Corte foi importantíssima para a democracia. Tomara que o PSDB indique um time de primeira para verificar o processo, e tomara que possíveis dúvidas possam ser esclarecidas para as devidas providências.
Sem ver esses resultados, a pergunta é: Existem brechas no sistema que possam permitir fraudes ou que levem a falhas? A resposta é afirmativa.
Assim como o sistema financeiro é vulnerável e pode atacar nossos bolsos, a super secreta agência de arapongagem NSA teve seus dados vulnerados. Não exsite sistema infalível, digital, analógico ou misto. A saída é buscar aprimorar o sistema de votação. Sempre.
E a democracia brasileira, ainda jovem, já pode dar um passo adiante para amadurecer. É preciso dirimir as dúvidas do pleito de 2014, mas é fundamental que a sociedade organizada e os partidos políticos comecem a trabalhar para aprimorar o sistema eleitoral para as eleições de 2016, 2018, 2020, 2022…
Para isso, basta pegar embalo no resultado das eleições recém terminadas. Afinal, metade dos eleitores votou de um jeito, metade, do outro. A diferença foi relativamente pequena, de 3,5 milhões de votos. Já pensou se fosse de meros 1.000 votos, como aconteceu nas eleições norte-americanas de 2000, quando George W. Bush acabou ganhando de Al Gore por essa diferença, justamente na Florida, por coincidência, governado por seu irmão, Jeb Bush?
E lá, o sistema de votação não era por urna eletrônica…
Google[x] revela nano-pílula que localiza células cancerosas
Você acha que já viu tudo, quando se trata de tecnologia, e que nada de novo e revolucionário pode surgir? Então veja essa do Google[x]…
Primeiro, uma explicação: Google[x] é um conjunto de laboratórios de pesquisas com equipes multidisciplinares que procuram inovações, não necessariamente ligadas à tecnologia da informação. Ou necessáriamente ligados, dependendo do ponto de vista.
De lá surgiu o Google Glass, o carro autônomo, que dispensa motorista e lentes de contato que alertam o paciente usuário e o médico sobre alterações nos índices de glicose em pacientes diabéticos.
Ontem, o Google[x], anunciou uma pílula para detecção precoce de tumores cancerígenos. Hein?? Isso mesmo, veja:
O diretor do Google para as Ciências da Vida, Andrew Conrad, subiu ao palco na conferência do Wall Street Journal Digital para revelar, em primeira mão, que, do semi-secreto laboratório do Google [x] surge o conceito para um dispositivo wearable, ou vestível, que usa a nanotecnologia para detectar precocemente a doença dentro do corpo.
No caso, wearable ou vestível pode ser substituído por engolível (!), pois trata-se de uma pílula que o paciente ingere e que vai descobrir se há algo errado lá dentro.
Este é o terceiro projeto de uma série de iniciativas de saúde para o Google [x]. A equipe já desenvolveu uma lente de contato inteligente que detecta os níveis de glicose para diabéticos e dispositivos que ajudam a minimizar tremores nas mãos em pacientes de Parkinson.
O plano agora é testar nano-partículas cobertas por anticorpos que podem indicar a doença em seus estágios iniciais. As minúsculas partículas são essencialmente programadas para se espalhar por todo o corpo através da pílula e “grudar” nas células anormais. O dispositivo em seguida, “chama” as nanopartículas de volta para perguntar-lhes o que está acontecendo com o corpo e para saber se a pessoa que engoliu a pílula tem câncer ou outras doenças.
“Pense nisso como como uma espécie de mini-carro de auto-condução”, Conrad simplificada com uma clara referência ao projeto veicular do Google [x]. “Nós podemos fazer isso estacionar onde quer que seja.”
As células com os anticorpos apresentam fluorescência com alguns componentes dessas nanopartículas, ajudando a mostrar precocemente as células cancerosas em um exame de ressonância magnética.
Isso tem todos os tipos de implicações na medicina. De acordo com um comunicado divulgado separadamente do Google hoje, “talvez pudesse haver um teste para as enzimas emitidos por placas arteriais que estão prestes a se romper e causar um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral”.
Nesse caso, ão haveria mais necessidade de ir ao laboratório para colher amostras de urina e de sangue. De acordo com Conrad, o paciente simplesmente engole uma pílula e monitora a doença diariamente. Esses dados podem ser carregados na nuvem e disponibilizados para o médico. “Portanto, o seu médico pode dizer bem para 312 dias deste ano tudo parece bom, mas estes últimos meses estamos detectando a doença”, disse Conrad.
Este projeto está em fase exploratória, mas Conrad estava esperançoso de que poderíamos ver essa tecnologia nas mãos de cada médico na próxima década. Ele também mencionou que sua equipe tem explorado maneiras de não só detectar células anormais, mas também ministrar medicamento ao mesmo tempo. “Isso certamente foi discutido”, disse ele, mas advertiu que isso era algo que precisava ser cuidadosamente desenvolvido para que as nanopartículas mostrem primeiro o que estaria acontecendo no corpo antes de destruir as células.
Até agora, 100 funcionários do Google, com experiência em astrofísica, química e engenharia elétrica tomaram parte no projeto de nanopartículas. “Estamos tentando afastar a morte da prevenção da doença. Nosso inimigo é a morte desnecessária “, acrescentou Conrad.
Faz tempo que cantamos a bola que a nova geração de produtos e serviços será centrada em soluções para a saúde. Mas essa do Google…
Quer ver como o pessoal do Google[x] trabalha? Veja aqui.
(com informações do TechCrunch)


