Arquivos de Categoria: smartphone

>Tecnologia Digital e o Significado das Palavras

>Para refletir sobre a evolução da tecnologia digital, vamos trabalhar com oito palavras que há poucos anos tinham significado principal radicalmente diferente do que temos em 2010.


Acompanhe comigo:

Arquivo: antigamente, ou uma pasta cheia de papel ou muitas pastas dentro de um armário de madeira ou metal. Muito infectado por cupins. Mais recentemente, informações estruturadas armazenadas em cartões perfurados, fitas magnéticas, disquetes de vários tamanhos e mesmo em CDs, DVDs e discos magnéticos, infectados por vírus eletrônicos. Hoje a maioria dos arquivos está guardada na nuvem (vide verbete), como suas mensagens do GMail, do Yahoo ou do MSN.

Enciclopédia: Em 1768 foi lançada a Enciclopædia Britannica, com inusitados três volumes. Duzentos anos depois, a Britannica tinha 25 volumes, isso no rebelde ano de 1968. Hoje, enciclopédia é a Wikipedia, que, na sua versão em inglês tem incríveis 3.319.499 artigos publicados (e crescendo a cada minuto), sem contar suas outras 31 edições em diferentes línguas, inclusive o Esperanto.


Correio: No meu tempo de jovem, Correio era algo para você inventar uma desculpa de não haver recebido uma carta, a “Culpa do Correio” era subjetivamente aceita como verdade ou faz-de-conta. Nos anos 80, começou o “Correio Eletrônico”, que já criou mais de 100 bilhões de contas, ou seja, quase 20 contas ativas para cada ser humano, alfabetizado ou não, conectado ou não. Mesmo o Correio Eletrônico sai da moda, dando lugar às mensagens instantâneas e ao bate-papo digital, ou “Chat”.


Computador: Em 1943, o presidente da IBM, ao anunciar o primeiro computador produzido pela empresa, declarou que o mundo não teria mercado para mais de cinco computadores. Hoje, contando computador de mesa, laptop, smartphone e outras bugigangas, mais de 200 milhões de domicílios contam com cinco ou mais desses dispositivos digitais. E um carro de 2010, razoavelmente moderno e equipado tem mais poder computacional que as naves do projeto Apollo, que levaram o homem à Lua, 41 anos atrás.

Telefone: Quando D. Pedro II viu pela primeira vez um telefone funcionando na Feira de Nova Iorque de 1876, disse “Meu Deus, isso fala!”, e trouxe a novidade para o Brasil. Pois o tal do telefone levou mais de 100 anos aqui para aprender a falar, passando antes pela fase de bem de capital cotado em dólar, que os mais afortunados alugavam aos mais necessitados a 3% ao mês e declaravam ao imposto de renda. Hoje temos mais celulares ativos do que brasileiros, e, passada a fase da voz, o tráfego de dados já supera o falatório.

Mala Direta: Quando o Correio deixou de servir de desculpa às pessoas, os marketeiros sacaram a idéia de mandar propaganda impressa direto aos domicílios. Hoje essa prática ainda é forte, mas, no mundo digital, virou o tal de “spam”, ou mensagem espalhada aos trilhões nas caixas de e-mail do planeta. Em breve, os marketeiros descobrirão o valor da imagem de uma empresa que não incomoda seu cliente, mas que, quando ele precisa, vai dar as informações que ele quer. Será a “onda verde” na qualidade da informação.

Rede: Nos bons tempos, um artefato de tecido ou corda, usado para ser pendurado entre dois pontos e servindo para o balanço reconfortante de seus usuários. Depois da internet, tudo é “rede”. Mas, dessa rede global, não há escapatória: Ou você está lá, ou provavelmente já morreu, sempre por fora do que está se passando no mundo.

Nuvem: No céu curitibano, é coisa que dificilmente deixa de aparecer, e aqui é quase sempre molhada. No mundo digital, significa um lugar indefinido, para você, onde estão armazenados seus dados e seus aplicativos, como, por exemplo, seus e-mails, fotos do Picasa, vídeos do YouTube. Estão na nuvem, mas quando você precisa, eles aparecem. Uma tendência para todos os aplicativos que hoje travam e dão problemas em sua casa ou escritório.

Numa próxima revisãode conceitos, dentro de alguns anos, essas definições de hoje poderão parecer defasadas, antiquadas. Não se assuste! Busque apenas se manter minimamente antenado, pois o impacto no seu dia-a-dia pessoal e profissional seguirá mudando rapidamente.

Ou seja, quando o assunto é tecnologia digital, a única coisa que não muda rapidamente é a própria mudança…

Tecnologia Digital e o Significado das Palavras

Para refletir sobre a evolução da tecnologia digital, vamos trabalhar com oito palavras que há poucos anos tinham significado principal radicalmente diferente do que temos em 2010.


Acompanhe comigo:

Arquivo: antigamente, ou uma pasta cheia de papel ou muitas pastas dentro de um armário de madeira ou metal. Muito infectado por cupins. Mais recentemente, informações estruturadas armazenadas em cartões perfurados, fitas magnéticas, disquetes de vários tamanhos e mesmo em CDs, DVDs e discos magnéticos, infectados por vírus eletrônicos. Hoje a maioria dos arquivos está guardada na nuvem (vide verbete), como suas mensagens do GMail, do Yahoo ou do MSN.

Enciclopédia: Em 1768 foi lançada a Enciclopædia Britannica, com inusitados três volumes. Duzentos anos depois, a Britannica tinha 25 volumes, isso no rebelde ano de 1968. Hoje, enciclopédia é a Wikipedia, que, na sua versão em inglês tem incríveis 3.319.499 artigos publicados (e crescendo a cada minuto), sem contar suas outras 31 edições em diferentes línguas, inclusive o Esperanto.


Correio: No meu tempo de jovem, Correio era algo para você inventar uma desculpa de não haver recebido uma carta, a “Culpa do Correio” era subjetivamente aceita como verdade ou faz-de-conta. Nos anos 80, começou o “Correio Eletrônico”, que já criou mais de 100 bilhões de contas, ou seja, quase 20 contas ativas para cada ser humano, alfabetizado ou não, conectado ou não. Mesmo o Correio Eletrônico sai da moda, dando lugar às mensagens instantâneas e ao bate-papo digital, ou “Chat”.


Computador: Em 1943, o presidente da IBM, ao anunciar o primeiro computador produzido pela empresa, declarou que o mundo não teria mercado para mais de cinco computadores. Hoje, contando computador de mesa, laptop, smartphone e outras bugigangas, mais de 200 milhões de domicílios contam com cinco ou mais desses dispositivos digitais. E um carro de 2010, razoavelmente moderno e equipado tem mais poder computacional que as naves do projeto Apollo, que levaram o homem à Lua, 41 anos atrás.

Telefone: Quando D. Pedro II viu pela primeira vez um telefone funcionando na Feira de Nova Iorque de 1876, disse “Meu Deus, isso fala!”, e trouxe a novidade para o Brasil. Pois o tal do telefone levou mais de 100 anos aqui para aprender a falar, passando antes pela fase de bem de capital cotado em dólar, que os mais afortunados alugavam aos mais necessitados a 3% ao mês e declaravam ao imposto de renda. Hoje temos mais celulares ativos do que brasileiros, e, passada a fase da voz, o tráfego de dados já supera o falatório.

Mala Direta: Quando o Correio deixou de servir de desculpa às pessoas, os marketeiros sacaram a idéia de mandar propaganda impressa direto aos domicílios. Hoje essa prática ainda é forte, mas, no mundo digital, virou o tal de “spam”, ou mensagem espalhada aos trilhões nas caixas de e-mail do planeta. Em breve, os marketeiros descobrirão o valor da imagem de uma empresa que não incomoda seu cliente, mas que, quando ele precisa, vai dar as informações que ele quer. Será a “onda verde” na qualidade da informação.

Rede: Nos bons tempos, um artefato de tecido ou corda, usado para ser pendurado entre dois pontos e servindo para o balanço reconfortante de seus usuários. Depois da internet, tudo é “rede”. Mas, dessa rede global, não há escapatória: Ou você está lá, ou provavelmente já morreu, sempre por fora do que está se passando no mundo.

Nuvem: No céu curitibano, é coisa que dificilmente deixa de aparecer, e aqui é quase sempre molhada. No mundo digital, significa um lugar indefinido, para você, onde estão armazenados seus dados e seus aplicativos, como, por exemplo, seus e-mails, fotos do Picasa, vídeos do YouTube. Estão na nuvem, mas quando você precisa, eles aparecem. Uma tendência para todos os aplicativos que hoje travam e dão problemas em sua casa ou escritório.

Numa próxima revisãode conceitos, dentro de alguns anos, essas definições de hoje poderão parecer defasadas, antiquadas. Não se assuste! Busque apenas se manter minimamente antenado, pois o impacto no seu dia-a-dia pessoal e profissional seguirá mudando rapidamente.

Ou seja, quando o assunto é tecnologia digital, a única coisa que não muda rapidamente é a própria mudança…

>Soluções de mobilidade demoram para emplacar no Brasil

>Está escrito em 10 de 10 previsões de analistas do setor de tecnologia: as soluções que envolvem recursos de dispositivos móveis, especialmente os smartphones, GPS e tablets são a grande avenida de crescimento do mundo digital.  O Brasil, no entanto, está em posições tímidas em qualquer ranking, quando o assunto é mobilidade.  Estranho?

Nem tanto…  Se levarmos em conta os custos absurdos que somos obrigados a encarar, tanto para compra de hardware como para uso de redes de acesso à internet, entendemos os motivos que nos colocam em posições medíocres, mesmo se comparados com nossos vizinhos latinoamericanos.

E o debate fica perigosamente desfocado quando vai para a reativação da Telebrás, supostamente para prover banda larga a qualquer cidadão em qualquer lugar do Brasil.

Assim, enquanto discutimos o sexo dos anjos, perdemos preciosas oportunidades de oferecer às nossas empresas e aos nossos cidadãos já incluidos digitalmente, as soluções decentes que usam intensamente os recursos da mobilidade digital.

Enquanto tivermos que pagar preços várias vezes maiores do que os praticados em outras plagas do planeta, não há milagre a operar. Vamos ficando para trás, em uma era onde estar presente em qualquer lugar –como permite a internet– não é mais fator crítico de sucesso, mas uma necessidade vital.

Alta carga tributária, um marco regulatório esquisito, que desestimula a concorrência, segurança jurídica no mínimo questionável ajudam a explicar esse descompasso.

Disposição de mudar parece inexistir entre os diversos atores, a começar por nós, usuários, que bovinamente assistimos essa aberração e ruminamos as altas contas que pagamos mensalmente como se fossem altamente nutrientes…

Engano puro! Esse quadro vai nos levar a uma perda de competitividade cada vez mais gritante.  E revertê-la, cada vez mais difícil.

Soluções de mobilidade demoram para emplacar no Brasil

Está escrito em 10 de 10 previsões de analistas do setor de tecnologia: as soluções que envolvem recursos de dispositivos móveis, especialmente os smartphones, GPS e tablets são a grande avenida de crescimento do mundo digital.  O Brasil, no entanto, está em posições tímidas em qualquer ranking, quando o assunto é mobilidade.  Estranho?

Nem tanto…  Se levarmos em conta os custos absurdos que somos obrigados a encarar, tanto para compra de hardware como para uso de redes de acesso à internet, entendemos os motivos que nos colocam em posições medíocres, mesmo se comparados com nossos vizinhos latinoamericanos.

E o debate fica perigosamente desfocado quando vai para a reativação da Telebrás, supostamente para prover banda larga a qualquer cidadão em qualquer lugar do Brasil.

Assim, enquanto discutimos o sexo dos anjos, perdemos preciosas oportunidades de oferecer às nossas empresas e aos nossos cidadãos já incluidos digitalmente, as soluções decentes que usam intensamente os recursos da mobilidade digital.

Enquanto tivermos que pagar preços várias vezes maiores do que os praticados em outras plagas do planeta, não há milagre a operar. Vamos ficando para trás, em uma era onde estar presente em qualquer lugar –como permite a internet– não é mais fator crítico de sucesso, mas uma necessidade vital.

Alta carga tributária, um marco regulatório esquisito, que desestimula a concorrência, segurança jurídica no mínimo questionável ajudam a explicar esse descompasso.

Disposição de mudar parece inexistir entre os diversos atores, a começar por nós, usuários, que bovinamente assistimos essa aberração e ruminamos as altas contas que pagamos mensalmente como se fossem altamente nutrientes…

Engano puro! Esse quadro vai nos levar a uma perda de competitividade cada vez mais gritante.  E revertê-la, cada vez mais difícil.

Soluções de mobilidade demoram para emplacar no Brasil

Está escrito em 10 de 10 previsões de analistas do setor de tecnologia: as soluções que envolvem recursos de dispositivos móveis, especialmente os smartphones, GPS e tablets são a grande avenida de crescimento do mundo digital.  O Brasil, no entanto, está em posições tímidas em qualquer ranking, quando o assunto é mobilidade.  Estranho?

Nem tanto…  Se levarmos em conta os custos absurdos que somos obrigados a encarar, tanto para compra de hardware como para uso de redes de acesso à internet, entendemos os motivos que nos colocam em posições medíocres, mesmo se comparados com nossos vizinhos latinoamericanos.

E o debate fica perigosamente desfocado quando vai para a reativação da Telebrás, supostamente para prover banda larga a qualquer cidadão em qualquer lugar do Brasil.

Assim, enquanto discutimos o sexo dos anjos, perdemos preciosas oportunidades de oferecer às nossas empresas e aos nossos cidadãos já incluidos digitalmente, as soluções decentes que usam intensamente os recursos da mobilidade digital.

Enquanto tivermos que pagar preços várias vezes maiores do que os praticados em outras plagas do planeta, não há milagre a operar. Vamos ficando para trás, em uma era onde estar presente em qualquer lugar –como permite a internet– não é mais fator crítico de sucesso, mas uma necessidade vital.

Alta carga tributária, um marco regulatório esquisito, que desestimula a concorrência, segurança jurídica no mínimo questionável ajudam a explicar esse descompasso.

Disposição de mudar parece inexistir entre os diversos atores, a começar por nós, usuários, que bovinamente assistimos essa aberração e ruminamos as altas contas que pagamos mensalmente como se fossem altamente nutrientes…

Engano puro! Esse quadro vai nos levar a uma perda de competitividade cada vez mais gritante.  E revertê-la, cada vez mais difícil.

>Redes Sociais no Trabalho: Proibir, Liberar ou Controlar?

>Quantas empresas reclamam do uso descontrolado, da parte de funcionários -e mesmo de dirigentes- das redes sociais e das mensagens instantâneas? Se liberar geral, a produtividade cai, a atenção ao trabalho some; se proibir, gera insatisfação e, em alguns casos, também há perdas de produtividade, dependendo da atividade exercida.

Não é algo de resposta simples, única. 

De um lado, o uso indiscriminado pode trazer sim, sérios problemas, não só de produtividade como também de segurança, ao abrir o ambiente de TI da empresa a acesso de sites nem sempre confiáveis, a downloads maliciosos e de atenção dos colaboradores com seu trabalho. Existem casos reportados de acidentes de trabalho oriundos da distração de colaboradores acessando redes sociais.

De outro lado, vedar o acesso pode tirar agilidade da empresa ou de um grupo de colaboradores que precisam de insumos ali contidos para melhor desempenho. Isso ocorre quando a empresa trabalha em múltiplos ambientes físicos que requerem contatos frequentes entre esses locais, sem excluir desse universo os fornecedores, parceiros e, cada vez mais no radar, os próprios clientes.

Estudos de mercado dizem que hoje, 7% dos celulares no mercado possuem recursos de acesso à internet, seja pela própria rede da operadora, seja direto na internet através de um ponto de acesso WiFi.  Ora, isso já representa mais de 11 milhões de aparelhos, um universo nada desprezível, tanto em termos de público interno quanto externo.  Vale dizer que, com toda a certeza, o “proibir geral” cria uma casta de privilegiados que podem acessar a internet independentemente das regras da empresa, e no horário de trabalho, enquanto a maioria silenciosa -e potencialmente revoltada- vai ficar frustrada.

Mais:  em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, esse percentual deve subir para 40%, de uma base de 180 milhões de aparelhos, ou mais de 70 milhões de celulares.  Aí, tentar vedar o acesso só pela rede corporativa vai ser tarefa muito próxima do impossível, dadas as portas alternativas disponíveis.

Com esse crescimento, as empresas precisam estar atentas também a novas oportunidades de comunicação com seu público alvo.  Afinal, é pouico provável que alguma empresa não tenha, nesses 70 milhões de consumidores, uma parte de seu mercado potencial.

Outro problema: para cada barreira de bloqueio tecnológico, existem várias ferramentas livres na web que podem burlá-la, ou, no mínimo, tornar cada vez mais inglória a tarefa do administrador da rede corporativa.

Eu entendo que a solução está num meio termo, que passa por liberar acesso, de forma controlada, em períodos como o horário de almoço, ou no início e no final do expediente.  Em casos de empresas que podem ter benefícios para seus produtos ou serviços com o uso de redes socias e ferramentas de mensageria instantânea, um pacto negociado com os colaboradores pode funcionar.

Partir do princípio de que a empresa está de um lado e os colaboradores de outro, nesse caso das redes sociais, é um esférico engano…  Dá para conciliar os interesses, e transformar o problema em uma baita solução.

Guardadas as devidas proporções, é mais ou menos a mesma coisa que proibir ou liberar acesso dos funcionários ao internet banking. Se proibir, o colaborador vai ter de sair em horário de expediente, ou sacrificar seu almoço, para ir ao banco.

É verdade que as redes sociais trazem muito tráfego para a rede interna, e isso pode prejudicar atividades produtivas.

Mas… hoje em dia muitas empresas já usam ferramentas como o Skype para comunicação interna e com o mercado. Limitar a comunicação pessoal é um problema, e os benefícios de seu uso superam largamente os custos, na grande maioria dos casos.

Como disse no começo desse post, não existe uma solução única.  Mas o que não dá para fazer é proibir geral ou liberar geral.  O modelo ideal para cada empresa existe, sim, e deve ser continuadamente buscado e evoluido.

Afnal, a tecnologia não para, e um modelo bom hoje pode ser um problema em seis meses.

Antena ligada, gente!

Redes Sociais no Trabalho: Proibir, Liberar ou Controlar?

Quantas empresas reclamam do uso descontrolado, da parte de funcionários -e mesmo de dirigentes- das redes sociais e das mensagens instantâneas? Se liberar geral, a produtividade cai, a atenção ao trabalho some; se proibir, gera insatisfação e, em alguns casos, também há perdas de produtividade, dependendo da atividade exercida.

Não é algo de resposta simples, única. 

De um lado, o uso indiscriminado pode trazer sim, sérios problemas, não só de produtividade como também de segurança, ao abrir o ambiente de TI da empresa a acesso de sites nem sempre confiáveis, a downloads maliciosos e de atenção dos colaboradores com seu trabalho. Existem casos reportados de acidentes de trabalho oriundos da distração de colaboradores acessando redes sociais.

De outro lado, vedar o acesso pode tirar agilidade da empresa ou de um grupo de colaboradores que precisam de insumos ali contidos para melhor desempenho. Isso ocorre quando a empresa trabalha em múltiplos ambientes físicos que requerem contatos frequentes entre esses locais, sem excluir desse universo os fornecedores, parceiros e, cada vez mais no radar, os próprios clientes.

Estudos de mercado dizem que hoje, 7% dos celulares no mercado possuem recursos de acesso à internet, seja pela própria rede da operadora, seja direto na internet através de um ponto de acesso WiFi.  Ora, isso já representa mais de 11 milhões de aparelhos, um universo nada desprezível, tanto em termos de público interno quanto externo.  Vale dizer que, com toda a certeza, o “proibir geral” cria uma casta de privilegiados que podem acessar a internet independentemente das regras da empresa, e no horário de trabalho, enquanto a maioria silenciosa -e potencialmente revoltada- vai ficar frustrada.

Mais:  em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, esse percentual deve subir para 40%, de uma base de 180 milhões de aparelhos, ou mais de 70 milhões de celulares.  Aí, tentar vedar o acesso só pela rede corporativa vai ser tarefa muito próxima do impossível, dadas as portas alternativas disponíveis.

Com esse crescimento, as empresas precisam estar atentas também a novas oportunidades de comunicação com seu público alvo.  Afinal, é pouico provável que alguma empresa não tenha, nesses 70 milhões de consumidores, uma parte de seu mercado potencial.

Outro problema: para cada barreira de bloqueio tecnológico, existem várias ferramentas livres na web que podem burlá-la, ou, no mínimo, tornar cada vez mais inglória a tarefa do administrador da rede corporativa.

Eu entendo que a solução está num meio termo, que passa por liberar acesso, de forma controlada, em períodos como o horário de almoço, ou no início e no final do expediente.  Em casos de empresas que podem ter benefícios para seus produtos ou serviços com o uso de redes socias e ferramentas de mensageria instantânea, um pacto negociado com os colaboradores pode funcionar.

Partir do princípio de que a empresa está de um lado e os colaboradores de outro, nesse caso das redes sociais, é um esférico engano…  Dá para conciliar os interesses, e transformar o problema em uma baita solução.

Guardadas as devidas proporções, é mais ou menos a mesma coisa que proibir ou liberar acesso dos funcionários ao internet banking. Se proibir, o colaborador vai ter de sair em horário de expediente, ou sacrificar seu almoço, para ir ao banco.

É verdade que as redes sociais trazem muito tráfego para a rede interna, e isso pode prejudicar atividades produtivas.

Mas… hoje em dia muitas empresas já usam ferramentas como o Skype para comunicação interna e com o mercado. Limitar a comunicação pessoal é um problema, e os benefícios de seu uso superam largamente os custos, na grande maioria dos casos.

Como disse no começo desse post, não existe uma solução única.  Mas o que não dá para fazer é proibir geral ou liberar geral.  O modelo ideal para cada empresa existe, sim, e deve ser continuadamente buscado e evoluido.

Afnal, a tecnologia não para, e um modelo bom hoje pode ser um problema em seis meses.

Antena ligada, gente!

Smartphones: a Hora e a Vez do Android

Ano passado, a essa época, a maioria dos que buscavam um smartphone tinha um desejo explícito ou oculto: ter um iPhone 3G. As principais operadoras ofereciam planos interessantes e o 3G era a primeira oferta oficial de celulares com a marca Apple. Sucesso total de vendas.

Já se falava muito do Android, o sistema operacional do Google para celulares que, segundo a empresa e a maioria dos analistas, poderia fazer a Apple, a Nokia e a RIM (Blackberry) tomarem verdadeiros suadouros, tantas inovações traria.

Isso de fato começa a ocorrer agora, no final de 2009, com a disponibilização da versão 2.0 do Android (nunca confie em um software versão 1.0, diziam antigamente) e o lançamento do badalado Motorola Droid, disponível apenas nas prateleiras norteamericanas, e assim msmo daqui a umas 2 semanas.

Mas o produto vem recebendo avaliações ultra favoráveis, especialmente pela integração perfeita com os serviços do Google, como os mapas e os serviços de localização GPS.

O tecladinho QWERTY físico é bem prático, mas requer olho de lince para enxergar e dedos finos ou apontados para não teclar errado.

A HTC, que se firma como uma importante player do mercado de telefonia móvel e vai de Android em vários produtos, e tem a versão 2.0 no forno.

Parece que a tendência do Android é pegar mesmo, até por conta do envolvimento de uma imensa comunidade de desenvolvedores parceiros do Google, o que assegura um leque enorme de aplicativos. Alguns deles -incusive do próprio Google- podem estar disponíveis em outras plataformas, incluindo aí as da Apple, da RIM, e, por que não, da Nokia e Microsoft.

Mas dá para dizer que os atores do ambiente de smartphones vai estar no mundo do software. Dificilmente haverá espaço, nos próximos anos, para algo diferente do Symbian, do OSX, do Android, do Linux e do RIM. E eu acho que a batalha final pode ficar entre o OSX e o Android, por conta dos aplicativos disponíveis.

Ano passado, fui de iPhone. Este ano, se fosse trocar, provavelmente esperaria as ofertas baseadas no Android.

O Droid, da Motorola, e seu sucedâneo GSM podem até ter o condão de ressucitar a divisão de celulares da empresa, que já foi lider de mercado com seus produtos inovadores e hoje amarga um ostracismo que pode estar com os dias contados.

Enfim, no mundo cada vez mais conectado e com toda a mobilidade, os smartphones ganham importância e sua opção deve estar focada, neste Natal, nos aplicativos disponíveis das diversas ofertas do mercado, ou seja, no software. E fique Vivo, Claro! Antes de fazer Tim Tim, dê um “Oi” para o vendedor, leia bastante, converse com os amigos, pois essa sua decisão de comprar um novo smartphone provavelmente vai ser mais do que uma mudança de telefone ou de operadora. Vai ser a mudança de plataforma de conectividade e mobilidade na internet. Isso requer um planejamento para o longo prazo.

Pense nisso!

>Smartphones: a Hora e a Vez do Android

>Ano passado, a essa época, a maioria dos que buscavam um smartphone tinha um desejo explícito ou oculto: ter um iPhone 3G. As principais operadoras ofereciam planos interessantes e o 3G era a primeira oferta oficial de celulares com a marca Apple. Sucesso total de vendas.

Já se falava muito do Android, o sistema operacional do Google para celulares que, segundo a empresa e a maioria dos analistas, poderia fazer a Apple, a Nokia e a RIM (Blackberry) tomarem verdadeiros suadouros, tantas inovações traria.

Isso de fato começa a ocorrer agora, no final de 2009, com a disponibilização da versão 2.0 do Android (nunca confie em um software versão 1.0, diziam antigamente) e o lançamento do badalado Motorola Droid, disponível apenas nas prateleiras norteamericanas, e assim msmo daqui a umas 2 semanas.

Mas o produto vem recebendo avaliações ultra favoráveis, especialmente pela integração perfeita com os serviços do Google, como os mapas e os serviços de localização GPS.

O tecladinho QWERTY físico é bem prático, mas requer olho de lince para enxergar e dedos finos ou apontados para não teclar errado.

A HTC, que se firma como uma importante player do mercado de telefonia móvel e vai de Android em vários produtos, e tem a versão 2.0 no forno.

Parece que a tendência do Android é pegar mesmo, até por conta do envolvimento de uma imensa comunidade de desenvolvedores parceiros do Google, o que assegura um leque enorme de aplicativos. Alguns deles -incusive do próprio Google- podem estar disponíveis em outras plataformas, incluindo aí as da Apple, da RIM, e, por que não, da Nokia e Microsoft.

Mas dá para dizer que os atores do ambiente de smartphones vai estar no mundo do software. Dificilmente haverá espaço, nos próximos anos, para algo diferente do Symbian, do OSX, do Android, do Linux e do RIM. E eu acho que a batalha final pode ficar entre o OSX e o Android, por conta dos aplicativos disponíveis.

Ano passado, fui de iPhone. Este ano, se fosse trocar, provavelmente esperaria as ofertas baseadas no Android.

O Droid, da Motorola, e seu sucedâneo GSM podem até ter o condão de ressucitar a divisão de celulares da empresa, que já foi lider de mercado com seus produtos inovadores e hoje amarga um ostracismo que pode estar com os dias contados.

Enfim, no mundo cada vez mais conectado e com toda a mobilidade, os smartphones ganham importância e sua opção deve estar focada, neste Natal, nos aplicativos disponíveis das diversas ofertas do mercado, ou seja, no software. E fique Vivo, Claro! Antes de fazer Tim Tim, dê um “Oi” para o vendedor, leia bastante, converse com os amigos, pois essa sua decisão de comprar um novo smartphone provavelmente vai ser mais do que uma mudança de telefone ou de operadora. Vai ser a mudança de plataforma de conectividade e mobilidade na internet. Isso requer um planejamento para o longo prazo.

Pense nisso!

Twitter: Um Fenômeno de Mobilidade

O Twitter vem crescendo em número de usuários a taxas recordes e já é apontado como um fenômeno da era digital, talvez semelhante ao Google, que neste domingo, 27, completou 11 anos de vida.

Mas o que pouca gente vem falando é que o Twitter é menos um fenômeno da internet do que uma ferramenta poderosa para dispositivos móveis, sobretudo os smartphones.

Um estudo do blog Crowd Science mostra a que a taxa de acesso ao Twitter via dispositivos móveis sempre bem maior do que a de outras redes sociais, como o Facebook, o MySpace e o LinkedIn.

E o curioso é que, mais e mais pessoas vão ao Twitter quando estão dirigindo, em restaurantes, cinemas e… no banheiro! Isso mesmo, 11% das pessoas mapeadas por essa pesquisa do blog acessam o Twitter quando sentados no “trono”.

O maior problema que os que acessam o Twitter do banheiro podem causar é o aumento da fila em um restaurante ou show, mas, com certeza, os motoristas estarão cometendo infração sujeita a multa e perda de pontos na carteira se vão ao Twitter enquanto dirigem.

A taxa elevada de uso do Twitter via dispositivos móveis pode estar associada a dois fatores: o limite de 140 caracteres e a velocidade de atualização, ideais para esses aparelhos menores, com teclados limitados e para pessoas que estão se deslocando e buscam passar e receber novas informações.

A Crowd Science descobriu que 27% dos Twitters postam mensagens diariamente, e 46% checam atualizações todos os dias.

Com o crescente uso do Twitter por empresas, inclusive em atividades de marketing, parece ter ficado impossível criar uma estratégia de comunicação digital com potenciais clientes sem levar em conta essa dupla Smartphone + Twitter.

Os números são impressionantes: os Twitters usam o serviço a uma taxa que é o dobro de outras mídias sociais, quando em um cinema ou teatro (8% to 4%). No banheiro, a relação é de 17% a 12%. Em restaurantes, então, o Twitter tem a preferência quase três vezes maior, 31% a 12%. 



Já os usuários relutantes não são tão poucos assim, ainda segundo a pesquisa da Crowd Science. Dos usuários do Twitter, 17% o fazem por conta da “Síndrome do Eu Também“, ou seja, usam porque seus amigos ou contatos o fazem, ou, se eles não o fizerem, vão ter perda de status (15%).

De outro lado, 32% dos Twitters acham que estão gastando tempo demais na rede, o que pode apontar para uma futura redução ou racionalização do seu uso. E mais: 22% deles disseram já ter escrito coisas em mídias sociais que depois se arrepanderam, e 16% deixam de fazer atividades relevantes para passar mais tempo navegando nas mídias sociais.

O número que de certo modo explica o crescimento desse fenômeno, é o dos 25% de Twitters que encontram nas mídias sociais a sua atividade preferida de lazer, comparado com apenas 14% dos não Twitters.

Mas, para fechar essa postagem com uma provocação para aqueles mais maduros que são refratários ao Twitter por achar que isso é brincadeira de adolescente: 54% de seus usuários têm mais de 30 anos, 18% são empresários ou empreendedores, 24% gostam de coisas de tecnologia, 48% criaram seus próprios sites, e 37% mantêm seus próprios blogs.

Ao contrário de pesquisas convencionais, essa da Crowd Science buscou dados com mais de 600.000 visitantes aos sites que são monitorados em tempo real pela ferramenta da empresa, todos com mais de 12 anos, entre 5 e 13 de agosto deste ano.

Enfim, parece que o Twitter é coisa séria mesmo.