Arquivos de Categoria: telefone

Oi! Você está feliz com a Oi? Eu não!

Oi!

Sou cliente da Oi desde que ela se chamava Telepar. Só tenho telefone fixo, servicinho vagabundo, ineficiente e prestado com soberba.

Pois bem, volta e meia me ligam de call centers para oferecer serviços “maravilhosos”, de ótima qualidade, e eu declino. Já pedi para retirar meu nome do cadastro para ofertas, mas não há jeito.

A isso, estou acomodado, e sei que estou errado!

Mas agora faz dias que a Oi deixou mudos telefones da minha região (Bom Retitro, Ahu e adjacências) e, para quem quer saber o que houve e as providências, a resposta é que eles trabalham para resolver o problema o mais rápido possível, mas que deve demorar vários dias ainda.

Eu sabia que a infraestrutura da Oi estava uma porcaria, e que a idéia de comprar a TIM, se vingar, só vai piorar a soma das partes.

Não estou a fim de ficar pendurado na central de atendimento da Oi. Fazer algo pelo site requer todo um roteiro burocrático, cadastros e senhas, não vou fazer.

Decidi reclamar aqui no blog, no Facebook e no Twitter, para ver se repercute e ganhamos corpo para que nossa insatisfação chacoalhe essa turma. Quero encher o saco da Oi por tudo que eles encheram o meu.

Guy Manuel, cidadão brasileiro, paranaense e curitibano, por nascimento e por opção, pois saí daqui bem pequeno e voltei. Na vida, nem sempre tomamos as melhores decisões…

O buraco da fechadura

fechaduraEsse tal de Edward Snowden, que vazou o esquema de monitoramento de ligações telefônicas e de navegações pela internet de meio mundo (o outro meio está desconectado), gerou desconforto não só nas autoridades americanas com suas agências de arapongagem. Tirou de todos nós a sensação de liberdade com privacidade para a ressaca da realidade: estamos sendo vigiados. E, ao que tudo indica, não só pelos americanos.

As reações das autoridades de outros países beira o patético, ameaçando retaliações com armas absolutamente ineficazes, que pouco podem ir além de protestos junto a organismos internacionais. As mobilizações da população, para darem certo, precisam, ironicamente, da internet, para levar o povo às ruas. Ou seja, até os meios de mobilização contra a arapongagem estão sendo arapongados… Sem chance, por aí!

Outro jeito é usar leis locais para tentar enquadrar um fenômeno global. Não dá certo! Acordos regionais? Nem pensar, quando blocos como Mercosul e União Européia se debatem em problemas fundamentais e apresentam como contraponto saldos positivos de difícil mensuração.

Mas, como toda crise institucional, essa da grampolândia global vai encontrar uma solução que seja aceitável, ou ao menos passível de convivência. Ainda é cedo para antecipar qual será esse caminho.

Minha preocupação é que prosperem iniciativas de fechamento locais, como já vimos no passado com a reserva de mercado da informática. Se aquela representou atraso com alto custo para a sociedade e poucos benefícios de longo prazo, as de agora, como reação ao flagra dos espiões olhando a todos nós podem ser catastróficas! Não é mais possível definir fronteiras de comunicação por país ou por bloco. Os que tentam, ou até conseguem, estão na vanguarda do atraso: Coréia do Norte, Cuba, Irã e outros países de economias e sistemas políticos fechados.

Antigamente, espionagem era feita pelas frestas de portas ou pelos buracos de fechadura. Ocorre que, em 2013, fechaduras não têm mais buracos e as frestas de porta são pequenas demais, para bisbilhotar segredos alheios.

Solução? Negociar com firmeza, agora que os americanos estão tentando explicar o inexplicável, para redefinir acordos e legislações globais em linha com a realidade da rede. Quem detém controle sobre os nós da rede também não pode deixar de enxergar a realidade global. Negociar é preciso, para todos!

Tecnologia Digital e o Significado das Palavras

Para refletir sobre a evolução da tecnologia digital, vamos trabalhar com oito palavras que há poucos anos tinham significado principal radicalmente diferente do que temos em 2010.


Acompanhe comigo:

Arquivo: antigamente, ou uma pasta cheia de papel ou muitas pastas dentro de um armário de madeira ou metal. Muito infectado por cupins. Mais recentemente, informações estruturadas armazenadas em cartões perfurados, fitas magnéticas, disquetes de vários tamanhos e mesmo em CDs, DVDs e discos magnéticos, infectados por vírus eletrônicos. Hoje a maioria dos arquivos está guardada na nuvem (vide verbete), como suas mensagens do GMail, do Yahoo ou do MSN.

Enciclopédia: Em 1768 foi lançada a Enciclopædia Britannica, com inusitados três volumes. Duzentos anos depois, a Britannica tinha 25 volumes, isso no rebelde ano de 1968. Hoje, enciclopédia é a Wikipedia, que, na sua versão em inglês tem incríveis 3.319.499 artigos publicados (e crescendo a cada minuto), sem contar suas outras 31 edições em diferentes línguas, inclusive o Esperanto.


Correio: No meu tempo de jovem, Correio era algo para você inventar uma desculpa de não haver recebido uma carta, a “Culpa do Correio” era subjetivamente aceita como verdade ou faz-de-conta. Nos anos 80, começou o “Correio Eletrônico”, que já criou mais de 100 bilhões de contas, ou seja, quase 20 contas ativas para cada ser humano, alfabetizado ou não, conectado ou não. Mesmo o Correio Eletrônico sai da moda, dando lugar às mensagens instantâneas e ao bate-papo digital, ou “Chat”.


Computador: Em 1943, o presidente da IBM, ao anunciar o primeiro computador produzido pela empresa, declarou que o mundo não teria mercado para mais de cinco computadores. Hoje, contando computador de mesa, laptop, smartphone e outras bugigangas, mais de 200 milhões de domicílios contam com cinco ou mais desses dispositivos digitais. E um carro de 2010, razoavelmente moderno e equipado tem mais poder computacional que as naves do projeto Apollo, que levaram o homem à Lua, 41 anos atrás.

Telefone: Quando D. Pedro II viu pela primeira vez um telefone funcionando na Feira de Nova Iorque de 1876, disse “Meu Deus, isso fala!”, e trouxe a novidade para o Brasil. Pois o tal do telefone levou mais de 100 anos aqui para aprender a falar, passando antes pela fase de bem de capital cotado em dólar, que os mais afortunados alugavam aos mais necessitados a 3% ao mês e declaravam ao imposto de renda. Hoje temos mais celulares ativos do que brasileiros, e, passada a fase da voz, o tráfego de dados já supera o falatório.

Mala Direta: Quando o Correio deixou de servir de desculpa às pessoas, os marketeiros sacaram a idéia de mandar propaganda impressa direto aos domicílios. Hoje essa prática ainda é forte, mas, no mundo digital, virou o tal de “spam”, ou mensagem espalhada aos trilhões nas caixas de e-mail do planeta. Em breve, os marketeiros descobrirão o valor da imagem de uma empresa que não incomoda seu cliente, mas que, quando ele precisa, vai dar as informações que ele quer. Será a “onda verde” na qualidade da informação.

Rede: Nos bons tempos, um artefato de tecido ou corda, usado para ser pendurado entre dois pontos e servindo para o balanço reconfortante de seus usuários. Depois da internet, tudo é “rede”. Mas, dessa rede global, não há escapatória: Ou você está lá, ou provavelmente já morreu, sempre por fora do que está se passando no mundo.

Nuvem: No céu curitibano, é coisa que dificilmente deixa de aparecer, e aqui é quase sempre molhada. No mundo digital, significa um lugar indefinido, para você, onde estão armazenados seus dados e seus aplicativos, como, por exemplo, seus e-mails, fotos do Picasa, vídeos do YouTube. Estão na nuvem, mas quando você precisa, eles aparecem. Uma tendência para todos os aplicativos que hoje travam e dão problemas em sua casa ou escritório.

Numa próxima revisãode conceitos, dentro de alguns anos, essas definições de hoje poderão parecer defasadas, antiquadas. Não se assuste! Busque apenas se manter minimamente antenado, pois o impacto no seu dia-a-dia pessoal e profissional seguirá mudando rapidamente.

Ou seja, quando o assunto é tecnologia digital, a única coisa que não muda rapidamente é a própria mudança…

>Tecnologia Digital e o Significado das Palavras

>Para refletir sobre a evolução da tecnologia digital, vamos trabalhar com oito palavras que há poucos anos tinham significado principal radicalmente diferente do que temos em 2010.


Acompanhe comigo:

Arquivo: antigamente, ou uma pasta cheia de papel ou muitas pastas dentro de um armário de madeira ou metal. Muito infectado por cupins. Mais recentemente, informações estruturadas armazenadas em cartões perfurados, fitas magnéticas, disquetes de vários tamanhos e mesmo em CDs, DVDs e discos magnéticos, infectados por vírus eletrônicos. Hoje a maioria dos arquivos está guardada na nuvem (vide verbete), como suas mensagens do GMail, do Yahoo ou do MSN.

Enciclopédia: Em 1768 foi lançada a Enciclopædia Britannica, com inusitados três volumes. Duzentos anos depois, a Britannica tinha 25 volumes, isso no rebelde ano de 1968. Hoje, enciclopédia é a Wikipedia, que, na sua versão em inglês tem incríveis 3.319.499 artigos publicados (e crescendo a cada minuto), sem contar suas outras 31 edições em diferentes línguas, inclusive o Esperanto.


Correio: No meu tempo de jovem, Correio era algo para você inventar uma desculpa de não haver recebido uma carta, a “Culpa do Correio” era subjetivamente aceita como verdade ou faz-de-conta. Nos anos 80, começou o “Correio Eletrônico”, que já criou mais de 100 bilhões de contas, ou seja, quase 20 contas ativas para cada ser humano, alfabetizado ou não, conectado ou não. Mesmo o Correio Eletrônico sai da moda, dando lugar às mensagens instantâneas e ao bate-papo digital, ou “Chat”.


Computador: Em 1943, o presidente da IBM, ao anunciar o primeiro computador produzido pela empresa, declarou que o mundo não teria mercado para mais de cinco computadores. Hoje, contando computador de mesa, laptop, smartphone e outras bugigangas, mais de 200 milhões de domicílios contam com cinco ou mais desses dispositivos digitais. E um carro de 2010, razoavelmente moderno e equipado tem mais poder computacional que as naves do projeto Apollo, que levaram o homem à Lua, 41 anos atrás.

Telefone: Quando D. Pedro II viu pela primeira vez um telefone funcionando na Feira de Nova Iorque de 1876, disse “Meu Deus, isso fala!”, e trouxe a novidade para o Brasil. Pois o tal do telefone levou mais de 100 anos aqui para aprender a falar, passando antes pela fase de bem de capital cotado em dólar, que os mais afortunados alugavam aos mais necessitados a 3% ao mês e declaravam ao imposto de renda. Hoje temos mais celulares ativos do que brasileiros, e, passada a fase da voz, o tráfego de dados já supera o falatório.

Mala Direta: Quando o Correio deixou de servir de desculpa às pessoas, os marketeiros sacaram a idéia de mandar propaganda impressa direto aos domicílios. Hoje essa prática ainda é forte, mas, no mundo digital, virou o tal de “spam”, ou mensagem espalhada aos trilhões nas caixas de e-mail do planeta. Em breve, os marketeiros descobrirão o valor da imagem de uma empresa que não incomoda seu cliente, mas que, quando ele precisa, vai dar as informações que ele quer. Será a “onda verde” na qualidade da informação.

Rede: Nos bons tempos, um artefato de tecido ou corda, usado para ser pendurado entre dois pontos e servindo para o balanço reconfortante de seus usuários. Depois da internet, tudo é “rede”. Mas, dessa rede global, não há escapatória: Ou você está lá, ou provavelmente já morreu, sempre por fora do que está se passando no mundo.

Nuvem: No céu curitibano, é coisa que dificilmente deixa de aparecer, e aqui é quase sempre molhada. No mundo digital, significa um lugar indefinido, para você, onde estão armazenados seus dados e seus aplicativos, como, por exemplo, seus e-mails, fotos do Picasa, vídeos do YouTube. Estão na nuvem, mas quando você precisa, eles aparecem. Uma tendência para todos os aplicativos que hoje travam e dão problemas em sua casa ou escritório.

Numa próxima revisãode conceitos, dentro de alguns anos, essas definições de hoje poderão parecer defasadas, antiquadas. Não se assuste! Busque apenas se manter minimamente antenado, pois o impacto no seu dia-a-dia pessoal e profissional seguirá mudando rapidamente.

Ou seja, quando o assunto é tecnologia digital, a única coisa que não muda rapidamente é a própria mudança…

Usando Tecnologia Para Apagar Lampiões

Na virada do século 19 para o século 20, as cidades brasileiras começavam a ganhar iluminação elétrica nas ruas, substituindo os poéticos mas malcheirosos lampiões a gás ou querosene. Acabavam também os empregos dos acendedores desses lampiões, sem contar as românticas paqueras que faziam às domésticas.
Como o movimento sindical começava a engatinhar, houve pressão junto ao governo e às empresas para suspender a iluminação elétrica, por conta da legião de acendedores que seriam desempregados, deixando milhares de famílias sem pão.
Mais tarde, nos meados do século, apareceu o telefone com disco, que dispensava as telefonistas nas ligações locais. Nos anos 70, com a disseminação do DDD e do DDI, nem mesmo ligações interurbanas e internacionais precisavam de intermediárias humanas para completá-las.
Quando chegaram os computadores, a idéia era que, como “tudo que puder ser automatizado, será”, então milhões de empregos evaporariam.
Chegando a 2010, vemos que esses postos de trabalho deixaram –felizmente- de existir, ou migraram para outras formas, como, por exemplo, os milhões de operadores de call-centers que nos atormentam a vida e que não existiriam se não fossem os computadores e as comunicações automatizadas.
O número de empregos cresceu sempre com o avanço da tecnologia. Os reacionários contestadores da Revolução Industrial na Inglaterra do século 18 ficariam pasmos se pudessem antever o que ocorre nos dias de hoje.
Assim, falham redondamente desde sempre os analistas-profetas que baseiam suas predições na linearização do futuro em cima das condições do passado e do presente. Nada a ver…
Toda essa longa introdução é para mostrar que, via de regra, erramos ao projetar o futuro e traçar estratégias pessoais, profissionais e empresariais baseadas naquilo que já conhecemos ou no que o concorrente vem fazendo.
As grandes mudanças que transformaram o mundo não foram projetadas para tal. Um exemplo disso é a internet, que foi concebida como uma rede alternativa para o sistema de defesa norte-americano nos anos 60, dado o receio dos chefes militares de uma sabotagem dos inimigos soviéticos no sistema comercial de telecomunicações. Quando ela se espalhou e ficou muito cara e ociosa, houve a decisão de abri-la ao mercado.   O resto é história que pode ser checada na Wikipedia ou buscando as palavras-chave no Google.
Dois exemplos tecnológicos que valem a pena comentar para melhor ilustrar o ponto: Na década de 40, o presidente da IBM, Thomas Watson dizia que haveria um mercado global para, talvez, cinco computadores; nos anos 90, quando projetada a rede celular do Paraná, a estimativa dos técnicos era que mercado não comportaria mais que 5.000 aparelhos habilitados. Sem comentários.
Eu vejo, no mundo corporativo, um excesso de preocupação com a modernização de processos e projetos baseados na realidade pré-TI.  Não que usar computadores e internet seja uma furada, na maioria dos casos, mas o retorno sobre o investimento demora muito mais do que se imagina, muitas vezes criando não mais que uma camada adicional de burocracia com mais custos.
Poucos são os que pensam em inovar seus negócios com os recursos existentes da tecnologia da informação. Inovar de forma transformadora. Para provar esse ponto, basta pegar o ranking das maiores empresas globais ou brasileiras de 2009 e compará-las com as de 1999 e 1989, só para ficar nas duas últimas décadas. A brutal modificação dos nomes, dos ramos de atividade e da sede das empresas dá o que pensar.
Sem querer sugerir que caminhos tomar, pois se eu os conhecesse já os teria trilhado, mas será que não há uma atitude dos empresários de 2010 muito semelhante à dos acendedores dos lampiões de rua de um século atrás, enxergando só o retrovisor e não o que está à frente?
Pense nisso, ao planejar seus investimentos em tecnologia. Olhe o ranking das empresas como sugeri acima e pense de novo.
Acender e apagar lampiões empresariais em pleno século 21 é atraso de vida…

>Usando Tecnologia Para Apagar Lampiões

>

Na virada do século 19 para o século 20, as cidades brasileiras começavam a ganhar iluminação elétrica nas ruas, substituindo os poéticos mas malcheirosos lampiões a gás ou querosene. Acabavam também os empregos dos acendedores desses lampiões, sem contar as românticas paqueras que faziam às domésticas.
Como o movimento sindical começava a engatinhar, houve pressão junto ao governo e às empresas para suspender a iluminação elétrica, por conta da legião de acendedores que seriam desempregados, deixando milhares de famílias sem pão.
Mais tarde, nos meados do século, apareceu o telefone com disco, que dispensava as telefonistas nas ligações locais. Nos anos 70, com a disseminação do DDD e do DDI, nem mesmo ligações interurbanas e internacionais precisavam de intermediárias humanas para completá-las.
Quando chegaram os computadores, a idéia era que, como “tudo que puder ser automatizado, será”, então milhões de empregos evaporariam.
Chegando a 2010, vemos que esses postos de trabalho deixaram –felizmente- de existir, ou migraram para outras formas, como, por exemplo, os milhões de operadores de call-centers que nos atormentam a vida e que não existiriam se não fossem os computadores e as comunicações automatizadas.
O número de empregos cresceu sempre com o avanço da tecnologia. Os reacionários contestadores da Revolução Industrial na Inglaterra do século 18 ficariam pasmos se pudessem antever o que ocorre nos dias de hoje.
Assim, falham redondamente desde sempre os analistas-profetas que baseiam suas predições na linearização do futuro em cima das condições do passado e do presente. Nada a ver…
Toda essa longa introdução é para mostrar que, via de regra, erramos ao projetar o futuro e traçar estratégias pessoais, profissionais e empresariais baseadas naquilo que já conhecemos ou no que o concorrente vem fazendo.
As grandes mudanças que transformaram o mundo não foram projetadas para tal. Um exemplo disso é a internet, que foi concebida como uma rede alternativa para o sistema de defesa norte-americano nos anos 60, dado o receio dos chefes militares de uma sabotagem dos inimigos soviéticos no sistema comercial de telecomunicações. Quando ela se espalhou e ficou muito cara e ociosa, houve a decisão de abri-la ao mercado.   O resto é história que pode ser checada na Wikipedia ou buscando as palavras-chave no Google.
Dois exemplos tecnológicos que valem a pena comentar para melhor ilustrar o ponto: Na década de 40, o presidente da IBM, Thomas Watson dizia que haveria um mercado global para, talvez, cinco computadores; nos anos 90, quando projetada a rede celular do Paraná, a estimativa dos técnicos era que mercado não comportaria mais que 5.000 aparelhos habilitados. Sem comentários.
Eu vejo, no mundo corporativo, um excesso de preocupação com a modernização de processos e projetos baseados na realidade pré-TI.  Não que usar computadores e internet seja uma furada, na maioria dos casos, mas o retorno sobre o investimento demora muito mais do que se imagina, muitas vezes criando não mais que uma camada adicional de burocracia com mais custos.
Poucos são os que pensam em inovar seus negócios com os recursos existentes da tecnologia da informação. Inovar de forma transformadora. Para provar esse ponto, basta pegar o ranking das maiores empresas globais ou brasileiras de 2009 e compará-las com as de 1999 e 1989, só para ficar nas duas últimas décadas. A brutal modificação dos nomes, dos ramos de atividade e da sede das empresas dá o que pensar.
Sem querer sugerir que caminhos tomar, pois se eu os conhecesse já os teria trilhado, mas será que não há uma atitude dos empresários de 2010 muito semelhante à dos acendedores dos lampiões de rua de um século atrás, enxergando só o retrovisor e não o que está à frente?
Pense nisso, ao planejar seus investimentos em tecnologia. Olhe o ranking das empresas como sugeri acima e pense de novo.
Acender e apagar lampiões empresariais em pleno século 21 é atraso de vida…

My God, it talks!

(Peter II, Emperor of Brazil, while testing the newly invented device, the telephone at the Philadelphia World Fair in 1876)

At last, everybody appears to be bullish about the telecom market in emerging countries: Governments from any part of the political spectrum, the state-run monopolies, legislators and corporations of any size that have products and services for telecommunications seem to agree: the time is now.

The reasons for that abound: Ideology is no longer big issue; governments are having trouble to finance the basic services it is supposed to deliver, let alone invest in areas like telecom; the global market has come of age, and economic frontiers are getting blurred; the market for telecom products and services in developed countries is experiencing slower growth as it replaces / enhances much more than it gets new clients; finally, capital is available to invest in hot-growth markets.

What could possibly go wrong? Good old Murphy looms over there to predict where and how it can go wrong.

The initial assumptions only reflect the cozy nest.. To fully understand what lies ahead, let’s do a brief tour to the past, back in the mid 60’s.

Back then, the developing nations had almost no telecommunication services. Long distance was still done via operators and analog radio. Waiting 8 hours to place a call was part of the game.

The local telephone operators were often private. Almost all were multinational companies, unwilling or unable to invest. They had better markets at home and the tariffs in these distant countries did not provide adequate revenues, let alone returns on investments. Actually, some of these companies pulled out, while others were forced out.

At that time, financing was available to governments. The post WW II nationalism and the Cold War moved from doctrine to affirmation as easy money began to be pumped into government coffers. That was the beginning of the golden age for the state-run PTT’s.

The oil shock of 1973 literally switched the balance to the OPEC cartel, whose governments were flooded with cash. Besides buying into cheap real estate in the developed nations, it started to lend heavily to developing nations. To just about any type of project.

Countries like Brazil benefited from this situation, building state-of-the-art, state-owned telecom system. It was not ideology alone that drove the telecom industry to government hands. It was real money.

Back to 1996: Real money is now available to private companies, not to governments anymore. Ideology will no longer be sustained by empty pockets.
It is fairly reasonable to assume that privatization will be an unstoppable trend, for the foreseeable future. Questions: will telecom services remain in the hands of private companies?

Will telecom density and traffic really increase?

The answer is a plain, simple “yes”, provided we learn from past mistakes. Let us pay attention to an actor who is often left behind the scenes, the consumer. It is reasonable to affirm that past telecom policies and corporate actions in developing markets never had the consumer in mind. If this is changing, then maybe we have a sustainable model. Long-term commitment to the client, that’s the winning formula.

Stable democracies, a more “civilized” inflation, and the urgent need to leave back the dreadful 80’s are the backbone to the revolution that is taking place in most South American Countries.

The Continent is undergoing major changes, and telecom infrastructure is the single most important item to indicate where economic activity will take place, after political and economical stability have been achieved.

The good part of the story is that, while almost any nation is going in the same direction, and that is the direction of modernization, the models, speeds and current stages are strikingly different.

Chile has a state-of-the-art telecom system, competition there is fierce and much more aggressive than even here in the U.S. Others are in the middle of the road, and Brazil, the Continent’s largest market, is just now beginning to take concrete actions to bring investments and technology into the telecom market.

One important factor to be considered is that consumers in South America, may not be looking for replications of the developed world’s telecom networks.

To stress this point, let us imagine that, overnight, the entire U.S. telecom network vanished, through a massive action of a special breed of bugs from outer space that would do the job in a few hours and then would go home.

The next hypothesis would be that enough capital would be available to rebuild the network in a very short period of time, and that all the manufacturers had surplus inventories of cable, switches, computers, software, handsets, routers, satellites, you name it…

One of the probable scenarios in the aftermath of this “New America Network” would be one (a) most, if not all of the wired backbone would be made of fiber; (b) the ratio of wireless / wireline terminals would greatly bend towards wireless; (c) the network would be 100% digital and (d) if insurance companies paid for the losses, the return on investments would occur much sooner.

It looks like South America is pretty much the land to build this “dream network”. Alien bugs did not destroy our networks. Other types of bugs prevented us from building a decent one.

It will only be a natural choice for South American countries to have a 21st century network in place. This makes up for lower costs, smaller deployment times and, best of all, much more flexibility that wireless services offers for most of an individual’s day-to-day telecom needs.

The costs per terminal of almost any wireless service will drop much faster than the wireline ones. This is one key factor to be considered when planning South America. Another point is that wireless services are, in general, less regulated.

Now for the opportunities. Today, the overall telecom market in South America is close to irrelevant, with few exceptions. Take Brazil: In 1994, the whole Telebrás system had a little over US$ 10 billion in revenues, which was less then 2% of our Gross Domestic Product. Telecom density is still closer to the desert than to the rain forest.

In developed countries, telecom products and services can and will top 10% of GNP, with telecom density moving to virtual universality.

In developed markets, telecom became a dominant industry only after it was accessible to almost any citizen; on the other hand, network traffic grew at a significantly higher pace than did the availability of a better, faster backbone and the number of terminals.

As the economics of telecom changed, unit costs come down sharply, market penetration went up sharply, and per capita use also increased dramatically.

Technology Futures Brasil figures out that the 1:10:100 rule-of-thumb applies well to these hot-growth markets in South America: from the current installed base (1), you have a traffic growth potential of 100 times, while making the overall sales grow 10 fold. Unit prices will, on average, decrease 10 fold.

Past technologies forced us to associate a telephone with wires and, therefore, to a physical site. In countries where telecom density began to grow in this decade, wireless devices are being and will continue to be put into operation faster than wireline ones. The “telephone” is regarded as a valuable personal possession, unlike the pervasive concept in developed countries that will consider a telephone as household or office appliances.

That is why wireless communication services will grow much faster in South America than in the U.S.. As the industry matures, market penetration for wireless will be significantly higher.

About 120 years ago, our emperor, Peter II, visited the World Fair in Philadelphia. It was then that the wired telephone was being demonstrated by Alexander Graham Bell. The emperor, while test-driving the revolutionary invention, said, very candidly: “My God, it talks!” Today, he probably would probably not be able to have the same reaction if he tried to use most of installed telephones in the Continent, including cellular ones.

Back to the future, it is harvest time. And the telephone had better talk!

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