Otimizando seu tempo digital
Você já reparou, em uma festa de família, ou com amigos, a quantidade de gente que fica o tempo todo mais atento ao seu próprio smartphone do que ao que acontece ao seu redor? E que isso não é só privilégio de crianças e jovens?
E você, como está na qualidade e na quantidade de sua conectividade? É bom, de vez em quando, dar uma avaliada no seu perfil de uso. Você pode estar usando mal seu tempo e os recursos de seu dispositivo. No outro extremo, pode estar deixando de desfrutar daquilo que ele oferece para melhorar sua qualidade de vida.
Tem muita gente que passa horas e horas a fio jogando joguinhos inúteis, ou checando a cada meia hora seu perfil nas redes sociais, ou ainda, trocando mensagens sem relevância com alguém que está a seu lado, quando uma conversa olho o olho poderia ser mais eficaz, agradável e produtiva.
E um fato merece reflexão: o brasileiro segue sendo o que mais tempo fica navegando pela internet, segundo várias medidas feitas por instituições as mais variadas e que merecem alguma credibilidade. E não é só porque a conexão pode ser mais lenta, na média, do que em países ditos desenvolvidos. Ficamos mais tempo conectados, ponto!
Como o nosso dia não pode ter mais de 24 horas, uma revisão de hábitos de uso (ou de falta de uso) de recursos digitais deve ser feita, de tempos em tempos. Como fazer isso?
Se você não pretende encarar uma abstinência digital completa, mas acha que pode estar perdendo seu tempo, faça o seguinte: a cada dia da semana, deixe uma atividade digital de lado. No primeiro dia, nada de Facebook, no outro dia deixe de tuitar, num terceiro dia esqueça mensagens por SMS, Viber, WhatsApp, no quarto faça um esforço e esqueça aquele joguinho viciante que só serve para cobrir o tempo entre uma atividade digital e outra. Meça os tempos que você economizou e que benefícios e prejuízos você teve.
Aí, você começa a encontrar caminhos para melhorar o uso de seus dispositivos digitais e também aproveitar melhor o seu tempo. Aquele tempo que muitos julgam não ter mais, e que, mais cedo ou mais tarde, pode fazer falta.
Analógico e Digital, juntos para nosso deleite
Tem gente que diz que o analógico é o antigo, o digital, o novo. E aí, ou você é analógico, ou é digital. No máximo, você pode estar ora analógico, ora digital. Pois eu acabo de sair de uma experiência fantástica de uma mistura que mostra como usar a tecnologia para apresentar música clássica.
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo -OSESP- completa 60 anos em 2014 e já começou a celebrar, com uma programação bastante versátil e contando com regentes e solistas locais e internacionais. E sempre tem alguém a explicar, de forma didática, a obra que está sendo apresentada, cada movimento, o compositor, o solista… Tratando de relembrar os iniciados e encantar os iniciantes na música clássica.
Esse concerto de ontem, com a regência da incrível e premiada nova-iorquina Marin Alsop e com os solos ao piano do nosso internacional patrício Nelson Freire foi simplesmente encantador! No programa, Chopin e Mahler.
Uma orquestra sinfônica é a essência da disciplina, do empenho, da colaboração e da necessidade de superação, a cada apresentação.
Uma orquestra sinfônica é também a essência do analógico, unplugged. Pois a OSESP tem esse programa Concerto Digital, que ou você assiste ao vivo, ou pela internet. Lá na Sala São Paulo, ou em qualquer lugar do mundo. E dá para assistir na telona da sua TV, em alta definição, com um som de primeiríssima qualidade. Basta uma TV ou um home theater com acesso à internet ou então conectar seu laptop ou tablet à tela grande com um cabo HDMI, ou, mais fácil ainda, através de uma Apple TV.
A qualidade da transmissão impressiona. Talvez valesse a pena aumentar o número de câmeras que capturam as imagens para tornar o todo mais dinâmico. E, para dar certo, é essencial uma boa conexão de banda larga, no mínimo 5 Mb reais, para evitar soluços do streaming.
“Ora“, dirão alguns, “vídeo HD pela internet tem no YouTube e em milhares de outros portais; ao vivo, idem“
Eu até concordo… Mas que esse Concerto Digital foi de primeiríssimo nível, foi. E usou muito bem a tecnologia para disseminar boa música. Merece aplausos. Até num comentário sobre tecnologia.
Compras online para o Natal 2013
A essas alturas, Papai Noel, preocupado em atender os pedidos das crianças de todas as idades, já deve ter mandado suas renas para o check-up anual, antes da extenuante viagem em dezembro. O trenó, com design 2014 já incorpora conectividade 4G para poder dar acesso rápido e seguro a todo mundo.
E aqui no Brasil, o que temos de novo nas vendas online?
Tirando os produtos que podemos comprar, desde que a conta bancária e o cartão de crédito aguentem, o que há de novo para este ano?
As lojas virtuais, sejam elas associadas às grandes cadeias de lojas físicas ou as gigantes da internet são basicamente as mesmas. Os cuidados para as compras online, também. Evitar lojas desconhecidas ou com reputação marcada por muitas queixas ao Procon ou com muitas críticas nas redes sociais. Cuidar ao informar senhas e números de cartão. Não usar computadores públicos, como os de lan-houses, para fazer compras pela internet.
O que pode fazer a diferença, nos dias que correm, é usar seu smartphone como poderosa arma tecnológica de proteção ao seu bolso, pesquisando, comparando, pechinchando. Especialmente se você puder evitar a muvuca dos shoppings nos dias que antecedem o Natal, dá para entrar, olhar, perguntar e, depois de obtida a melhor oferta, pesquisar na internet e ver se há coisa melhor. Aí, nova pechincha; não deu certo, vá em frente para onde a oferta está melhor.
Use intensamente as redes sociais para obter dicas de seus amigos; crie massa crítica com os grupos com quem você se comunica quase todos os dias no Facebook, para obter o máximo de insumos que mostrem a você os caminhos das melhores compras.
Quanto maior o valor de sua compra, maiores as chances de você obter melhores preços ou condições de pagamento. Mesmo para produtos que são tabelados pelos fornecedores, sempre é possível um parcelamento sem juros no cartão ou a agregação de brindes interessantes.
Se você pretende comprar direto do exterior, sem viajar nem ter alguém que traga, lembre-se dos custos de fretes e impostos, muitas vezes salgados.
Vale a pena começar a pensar desde já no assunto.
Urgente: Um formato padrão para vídeos digitais!
Os saltos tecnológicos que mudam cenários, se dão em dois estágios: o primeiro, quando a inovação se mostra viável e começa a aparecer; o segundo, não menos importante, quando há a disseminação dessa tecnologia em escala suficiente para derrubar preços e torná-la acessível à maioria dos consumidores.
Ilustrando com dois exemplos: a disseminação de um documento eletrônico à imagem de sua impressão, hoje em dia, é sinônimo da extensão .pdf, desenvolvido pela Adobe e incorporado pela indústria, malgradas as tentativas da sua criadora de mantê-lo proprietário, sob o manto do programa Acrobat. Aplicativos leitores e editores de .pdf existem e abundam, muitos deles gratuitos.
Na outra ponta, o formato Flash de exibição de vídeos até que se ensaiou para repetir o feito do Acrobat, mas a Apple definiu que ele não seria admitido sob o sistema operacional iOS, que rodam nos iPhone e iPad. Muitos acreditavam que a Adobe venceria a batalha, e que a Apple iria incorporar o que era um formato dominante, até por permitir a exibição de videos de qualidade razoável, consumindo pouca banda, coisa indispensável no início da internet banda larga.
Faltou combinar com a indústria, que apostou no protocolo HTML 5, que permite que mais e mais vídeos possam trafegar e ser exibidos pela internet sem exigir licenças da Adobe.
Mas, no caso dos vídeos, a multiplicidade de formatos ainda não é confortável. Basta você ter arquivos com várias extensões, como .mov, .avi. , mp4, .wmv, .mpg e tantos outros ainda muito fortes e tentar editá-los sob um único formato. É complicado, requer múltiplos programas de edição, e acaba não ficando num formato que permita a exibição universal em qualquer dispositivo.
No caso de fotos, embora muitos formatos coexistam por aí, é inegável a dominância do .jpg sobre os outros, O mesmo ocorre com o formato .mp3 para áudio.
Com as câmeras de todo tipo que filmam com qualidade e a banda cada vez mais larga chega a vez do império dos vídeos sobre áudios e imagens estáticas, para registro de atividades humanas.
A guerra pelo padrão de vídeo segue acirrada. O sensato seria que a indústria se desse uma trégua e negociasse um standard, mesmo que não compulsório.
Como aconteceu com a USB e a HDMI para conexões entre dispositivos digitais. Seria ótimo para todos.
A internet vai chegando à maioria dos lares brasileiros
Uma excelente notícia: Em 2012, 42% dos brasileiros acessaram regularmente a internet a partir de desktops e notebooks, um crescimento de 6,8% sobre 2011. Ou 83 milhões de pessoas. Mantido esse ritmo, em mais 3 anos ultrapassamos os 50% e os 100 milhões.
Quem diz isso é o IBGE, através da PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada sexta-feira (27). São 40,3% de domicílios com ao menos um computador e conectados à internet. Como o percentual de domicílios com computador foi de 46,4%, estamos quase no ponto em que ter computador em casa significa estar conectado.
A PNAD não computou o uso da internet por tablets e smartphones, o que indica que esses percentuais, na prática, são bem maiores.
Estão na frente o Distrito Federal com 68,7% e São Paulo com 59,5%, que mostram o caminho para os demais, ficando o Maranhão, com 12,5% na lanterna, sem sequer visualizar o antepenúltimo Piauí, com 18,7%. Mas é bom ver que esses Estados menos conectados apresentam, na média, taxas de crescimento maiores, ou seja, o gap tende a diminuir.
Com quase 70% de lares na internet, nossa capital federal exibe taxas de inclusão digital dignas de país desenvolvido, e São Paulo, com uma população de quase 44 milhões, lidera em números absolutos.
Chegamos a esses patamar com uma infraestrutura de telecomunicações saturada, com as operadoras liderando as queixas no PROCON e, ainda por cima, pagando tarifas bem mais caras do que em países com renda per capita e IDH semelhantes ao nosso. Impostos altos, dirão alguns; falta de concorrência, dirão outros.
A realidade pode ser uma mistura dessas duas causas principais com uma série de outras menores, mas deveríamos aproveitar esses números não só para celebrar como para buscar atalhos que permitam a rápida melhora das ofertas de serviços digitais a um número cada vez maior de cidadãos. Afinal, o gap entre Brasília e o Maranhão também pode ser explicado pela diferença de renda, o que, na prática, dificulta, a médio prazo, a chegada da internet a esses cidadãos ainda desconectados.
A internet deixou faz tempo de ser um luxo e uma curiosidade. É um insumo básico a todos nós, e, como tal, deve ser tratada.
Solidão e privacidade
O poeta e compositor Antônio Maria, autor de muitas músicas de fossa, definia que “só há uma vantagem na solidão: poder ir ao banheiro com a porta aberta“. Isso nos anos 1960, quando o telefone era peça rara nos domicílios de cidades grandes, o rádio e o jornal os grandes veículos de comunicação e a TV engatinhava.
Nos tempos de Antônio Maria, nada internet, smartphone, rede social. Carta, só via correio, sem essa de email; mensagem instantânea era telegrama, que dependia de coleta e entrega via portador.
Embora, nos dias que correm, aumente rapidamente o número de domicílios com um só morador, a maioria dessas pessoas não sofre de solidão e está conectada digitalmente a outras pessoas. Sua vizinhança é o mundo, não mais o prédio, a quadra, o bairro.
É claro que existe solidão para muitos dos mais de 1 bilhão de pessoas que estão no Facebook. E essas pessoas podem ter sua vida contada e recontada através do Twitter e do YouTube, queiram ou não.
A vantagem da solidão, pregada por Antonio Maria, deixa de existir, ou, ao menos, de ser tão absoluta, como ele imaginava. Basta perguntar a Scartlett Johannson. que se autofotografou nua com seu smartphone, apenas para ter as imagens viralizadas na internet.
Proposital ou acidental? Pouco importa, pois existem essas e outras formas de termos nossa privacidade compartilhada. A mais badalada atualmente, vem das artes de agências de espionagem americanas, bisbilhoteiras no atacado. E isso ainda será fartamente debatido, e, provavelmente, outras arapongagens de outros governos serão reveladas, e nós, cada vez mais conectados, cada vez mais expostos.
No mundo de hoje, existem mais de 3 bilhões de câmeras instaladas em dispositivos móveis. Não tenho a contagem de câmeras de monitoramento, mas Londres, há 4 anos atrás, já tinha mais câmeras capturando imagens do que gente vivendo por lá.
Hoje em dia, devemos agradecer os poucos locais e momentos que temos privacidade plena, que não precisa vir acompanhada da solidão do poeta.
Precisamos, nessas horas, tomar o cuidado de desligar todas as câmeras de fotos e videos, os gravadores de som, os smartphones, tablets e notebooks. Será possível?
Como o passado enxergava o futuro da internet
Business Week, 4/10/1999. Edição comemorativa de seus 70 anos de publicação ininterrupta. Matéria da capa: “The Internet Age“.
No finalzinho do século 20, a Business Week era a revista de negócios de maior prestígio e circulação global, e fazia uma profunda avaliação do que seria a era da internet, capaz de transformar o mundo de um jeito que sequer poderíamos então imaginar.
Que o mundo iria mudar, ela acertou na mosca. Como mudou, ela antecipou apenas as mudanças mais óbvias da nova tecnologia.
Às vésperas do ano 2000, a internet de banda larga já engatinhava. O Google tinha 1 ano de vida. O e-commerce começava a estar confortável ao contabilizar seu terceiro ano de vendas bilionárias, Amazon e eBay à frente.
A BW previa um aumento forte das compras de passagens aéreas pela internet, o aumento dos lares conectados, onde a internet logo rivalizaria, em termos de penetração, com os onipresentes televisores, então ainda dominados pela programação da TV aberta. Acertou, em parte.
Dizia também que seria comum, lá por 2003, você poder configurar seu carro novo à seu gosto, junto às montadoras, para ter seu veículo personalizado, sem pacotes com acessórios inúteis para você e igualzinho a seu vizinho de casa ou de baia no escritório. Você conhece alguém que, em 2013, tenha comprado um zerinho encomendado via http://www.suamontadora.com.br?
E que os negócios entre empresas seriam cada vez mais transacionados pela rede. Aqui, acertou.
Previa também que a economia mundial daria saltos quantitativos de crescimento. Desde o século 13, o mundo teria tido crescimentos tênues, com aumentos médios da renda per-capita de 0,1% ao ano, crescendo devagar até que, na segunda metade do século passado, a renda média do habitante do planeta Terra cresceu a taxas de 3% anuais. Com a internet, esse crescimento seria bem maior, puxado pelos Estados Unidos. Hum… o vetor de crescimento pode ser esse mesmo, descontadas as crises.
Reli duas vezes essa matéria. Lá nenhuma linha indicando dispositivos móveis nas mãos de bilhões de pessoas usando milhões de aplicativos disponíveis. Redes sociais? Nadinha!
Então, nas previsões, é bom poder imaginar tendências. Mas as coisas que mudam tudo, só percebemos depois que acontecem.
A BW não existe mais como revista impressa. Está só na internet.
Deu no NY Times: Jornal impresso pode dar dor de cabeça.
Notícias de negócios normalmente dão trégua nos finais de semana. Só que no universo das comunicações, essa regra não vale. Assim, o anúncio feito pelo The New York Times, neste sábado, 3, sobre a venda da operação do jornal americano The Boston Globe, mostra as dificuldades que os jornais diários enfrentam nesse mundo conectado de 2013.
A união do Globe ao Times durou exatos 20 anos, e, ao ser anunciada, em 1993, indicava uma tendência de consolidação entre os grandes jornais e revistas, numa onda muito bem surfada pelo magnata australiano Rupert Murdoch.
Vale a pena comparar os valores: Em 1993, o Times pagou US$ 1,1 bilhão para comprar o Globe, o equivalente a US$ 1,8 bilhão hoje. Com a venda por US$ 70 milhões, o valor do Globe recuou mais de 95% nessas duas décadas.
E o Globe era e é um jornal muito influente. Será esse um sinal do fim do jornal impresso como mídia relevante?
O mais fácil seria concluir que sim, os jornais diários estão com os dias contados. Mas, nesse mundo cada vez mais digital e mudando cada vez mais rápido, a realidade pode ser diferente.
Assim como a TV não decretou o final do rádio, nem o VHS, o DVD e o BluRay eliminaram o cinema, os jornais necessitam se adaptar aos novos tempos. A consolidação, como no caso do Globe com o Times mostrou não ser o caminho.
Ao contrário, os jornais especializados, no formato tabloide, com notícias curtas e propaganda dirigida a públicos específicos, ganham cada vez mais espaço. E os jornais tradicionais que mais leitores cativam são exatamente aqueles que possuem estratégia principal focada na sua versão digital, com Apps específicos, que ofereçam excelente navegação e possibilidade de customização para cada leitor, inclusive dos anúncios.
Outro ponto de resistência junto aos leitores é a cobrança da assinatura ou do exemplar avulso, quando os grandes portais de notícias, os blogs e as redes sociais estão a contar todas as histórias em tempo real, e de graça.
Em 1993, parecia que essa consolidação poderia dar certo. Mas, na virada do século, com a disponibilização de conexões de internet de banda larga, o surgimento do Google e do YouTube, essa tendência ficou mais do que em cheque. Agora, as mídias sociais, os smartphones e tablets dão novos contornos à missão de bem informar. Adaptar os jornais é preciso!
Dos quadrinhos para o mundo digital
Há grande expectativa sobre o Google Glass, se ele vai ser o próximo hit do mundo digital, que nada de fundamentalmente novo nos trouxe desde o iPad, lá atrás em 2010. Afinal de contas, para quê podemos querer uma armação de óculos onde as hastes funcionam como touch pad e fones de ouvido, e em um dos aros fica uma câmera de vídeo, tudo isso contendo um processador poderoso, a bateria e rádios de comunicação com a internet e GPS?
O Google Glass tem algumas funcionalidades já imaginadas para o Superman, desde os anos 1930.
O Google também trabalha para ter um tradutor em tempo real, uma evolução do Google Translate, que até que não faz feio para textos corriqueiros de e para dezenas de idiomas. A idéia já existia desde os anos 1990, quando um batalhão de engenheiros de software mundo afora trabalharam em um projeto patrocinado pela Universidade da ONU chamado UNL (Universal Networking Language). O objetivo, não alcançado, era desenvolver uma tecnologia de tradução de voz e textos em tempo real, entre as 12 linguas mais faladas no mundo.
Filmes famosos de science fiction, como Guerra nas Estrelas, tornam natural a comunicação entre humanos e alienígenas, algo que não poderia ocorrer sem um tradutor verdadeiramente universal.
O especulado relógio da Apple, ou iWatch parece ser algo sem muita utilidade, pois no fundo seria um iPod Nano ainda mais nano, mas com conectividade com os eletrônicos da casa e servindo como identificador para controle de acesso a casas e escritórios. Uma versão que circula na internet deseja o iWatch como um dispositivo de pulso conectado à internet que tem inclusive uma câmera de video, permitindo videoconferências em tempo real.
Alguém se lembra do detetive Dick Tracy?
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Ou seja: a tecnologia funciona também para viabilizar expectativas dos humanos e dar formas concretas a seus sonhos. Você não concorda? Talvez valha a pena ler ou reler a obra de Julio Verne!
“iPad” gigante não funcionou!
Sábado passado precisei ir a um shopping de Curitiba. Aniversário de um amigo. Encontrado o presente, resolvi dar uma andada pelas lojas que vendem produtos digitais. Numa delas, um gigantesco televisor de 60″, 3D, com conexão à internet, reconhecimento de gestos. Maravilha! Já de olho na proximidade do Dia dos Pais, todos os televisores exibindo vídeos que enfatizam as qualidades de cada produto, ou linha de produtos. Interessante é que esses televisores têm um “Store Mode“, ou um “Modo de Loja“, onde as imagens ficam mais nítidas, brilhantes, com fortes contrastes.
Não penso na compra de nada por lá, mas vejo o interesse dos possíveis clientes. Ou dos ganhadores do presente, pais à frente.
“Por enquanto, poucas vendas dos mais caros“, confessa um vendedor. “Mas quando vira agosto, não tem jeito! As compras de impulso acontecem“. Palavras dele! Nisso noto um casal com um menininho de três anos, no máximo, que fica fascinado com a telona grande. Passando um filme para crianças que já vi com meus netos. Senti que o cartão de crédito do casal estaria sendo sacado, talvez não para o televisor, mas para qualquer coisa relacionada com o conteúdo que passava, por conta da animação do menino.
Ele puxava o pai pela mão, dizendo, “vem cá, pai, vem!“, enquanto que a mãe falava ao celular. E o pai entretido com as características do aparelho, meio que em devaneio ante uma possibilidade futura de ter aquela maravilha na sua casa.
“Vem cá, pai, vem!“, insistia o moleque. E o pai nada. Passou a cercar o home theater que estava conectado ao televisor, coisa finíssima!
O pai diz: “Já vai, filho.. espera um pouquinho!” e se senta na poltrona colocada estrategicamente para sentir o clima daquele conjunto digital. “Senta um pouco no colo do papai, vamos ver um pouco o desenho…” E a mãe com seu smartphone não dava tréguas a quem estava do outro lado da linha.
Mais umas duas insistidas, e finalmente o papai cedeu: “Pronto, filho, onde você quer ir, fazer xixi?”
E o menino puxou o pai para perto da tela de 60″, esticou o bracinho e correu o dedo nela até onde deu. Mas o guri ficou frustrado, pois nada aconteceu: “Pai, esse iPad gigante está estragado!” Faltou a tela sensível ao toque!