2013: Briga feroz pela liderança de smartphones top
O tema que mais chamou a atenção de nossos leitores e ouvintes em 2013, com 52% dos pageviews, 71% dos comentários, 78% das perguntas e dúvidas girou sobre dispositivos móveis.
2013 registrou, pela primeira vez, a venda de 1 bilhão de smartphones, mais do que celulares comuns.
A briga entre a Apple e a Samsung pelo domínio do segmento mais sofisticado ferveu. Com o lançamento do iPhone 5 sem grandes novidades e com o iOS6 ainda devendo em termos de estabilidade e performance, a Samsung deitou e rolou com seu Galaxy S4 e a versão 4.2 do Android.
Pela primeira vez, um produto com novidades suficientes para agradar os Apple maníacos e dar razão aos defensores do Android fez uma quantidade expressiva de donos de iPhone migrarem para o Samsung.
A postagem sobre como migrar dados do iPhone para o S4 foi, isoladamente, a mais acessada e comentada, onde 21% dos pageviews vieram de fora do Brasil.
O ano correu, a Apple lançou em setembro os iPhones 5s e 5c, e o iOS7 ficou bem melhor que o 6 e esse combo bateu de frente com o Galaxy S4 e o Android.
Muita gente que saiu pensa agora em voltar. Dos insatisfeitos com o S4, 42% querem se mudar para o mundo Apple, 32% consideram o Windows Phone, 11% esperam a evolução do Android e o resto está simplesmente insatisfeito ou simplesmente curioso sobre as alternativas existentes.
Sinal dos novos tempos, uma proporção expressiva já olha para o Windows Phone como uma boa alternativa. O casamento da Microsoft com a Nokia e os novos lançamentos na linha Lumia despertam curiosidade e desejos.
Agora em janeiro, chega o novo Galaxy S5, com tela curva; a Apple estuda antecipar o lançamento do iPhone 6 para o primeiro semestre, a Nokia promete mais novidades.
Com isso, acelera-se o ciclo de lançamento de novos produtos, parte deles sendo anunciados ou sugeridos no CES 2014, que começa dia 7 em Las Vegas.
E aí, que fazer? Eu recomendo esperar, desfrutar seu smartphone atual, qualquer que seja ele, e mudar apenas quando a troca fizer sentido do ponto de vista econômico. Comprar um produto de alto valor por impulso, para ficar com a sensação de mico 2 ou 3 meses depois, não vale a pena.
Seu verdadeiro PC, versão 2013/2014
Primeiro uma definição do que é um computador pessoal (PC), versão 2013, segundo a empresa de pesquisa Canalys: Um PC cliente [não servidor] é um dispositivo de computação projetado para ser operado por um indivíduo e posicionada para atender uma ampla gama de propósitos, alcançada através da execução de aplicativos de terceiros, alguns dos quais podem trabalhar de forma independente de uma conexão de rede. Quando projetado para ser portátil, ele deve ser capaz de funcionar independente de rede elétrica e ter uma tela com dimensão na diagonal de pelo menos 7 polegadas.
Em outras palavras, desktops, notebooks e tablets.
O mercado de tablets gerou massa crítica em 2010, após o lançamento do iPad, da Apple, quando o segmento decolou de verdade com o surgimento de aplicativos em quantidade e qualidade suficientes, aliados a um bom projeto de hardware.
Para 2014, a Canalys prevê que, pela primeira vez, a venda unitária de tablets superará a quantidade somada de desktops e notebooks. Algo como 300 milhões de tablets, 200 milhões de notebooks e 100 milhões de desktops, com tablets crescendo em unidades e notebooks e desktops caindo.
Os números exatos da previsão para 2014 são 285.115.080 tablets, 192.075.630 notebooks e 98.148.310 desktops. Na divisão aproximada por sistema operacional, o Android fica com 65%, o iOS com 30% e o Windows Phone com 5%.
Fica evidente que o tablet avança para ser o “PC” principal das pessoas, não só pela praticidade, disponibilidade de aplicativos, mobilidade, baixo preço. Conta aqui também a melhoria das interfaces de telas sensíveis ao toque, de reconhecimento de gestos e de voz.
Registre-se a demora de 3 anos da Apple em reconhecer o mercado de tablets de 7″, com seu iPad Mini. A pulverização da plataforma Android entre centenas de fabricantes explica parte desses números. E os tablets de 7″ são muito práticos. Mas também não explicam tudo.
Na verdade, o grande crescimento em unidades vendidas e participação no mercado de dispositivos digitais móveis vem da venda de smartphones. Usando o complemento da definição da Canalys para PCs, os smartphones seriam os dispositivos pessoais com tela medindo menos de 7″ na diagonal e que até fazem ligação telefônica. E com a internet de alta velocidade, boa cobertura, preços acessíveis e as três interfaces funcionando bem -tela sensível, reconhecimento de movimentos e de voz-, dá para concluir que o smartphone é o principal PC das pessoas.
Afinal, no terceiro trimestre de 2013, mais de 250 milhões de smartphones foram vendidos no mundo, um bilhão em números anualizados! Em 2014, 1,25 bilhão de unidades!
Skype WiFi: Bom para quem viaja e precisa estar conectado
O Skype é a plataforma de referência para quem precisa se comunicar por voz, mensagens ou vídeo. Na maioria das vezes, dá para usá-lo gratuitamente. Mas é muito bom também para contatos que requeiram ligações para telefones fixos ou celulares, o que significa pagar por elas. Em chamadas internacionais, as tarifas do Skype são bastante atraentes.
Mas, e quando você está viajando, ou simplesmente está fora de casa e precisa falar com alguém ou navegar pela internet? Seu acesso pelo seu plano de dados pode ser lento ou caro, especialmente se incidirem taxas de roaming. E as conexões WiFi disponíveis ou são públicas e inseguras ou requerem acesso através de um hotspot que cobram taxas diárias, ou uma assinatura mensal. No aeroporto ou no hotel, por exemplo.
Para essas situações existe o Skype WiFi. Um App grátis que você baixa no seu smartphone, tablet ou laptop que permite o acesso à internet através de mais de um milhão de pontos de acesso cadastrados, e você só paga pelo tempo utilizado. Vale para Windows desktop, Mac OSX, Linux, iOS e Android.
Ele é especialmente útil em viagens ao exterior, onde esses acessos são normalmente pagos e, não raro, são caros.
O App já informa quais os pontos de acesso cadastrados, mesmo você estando offline. Se estiver online, ele mostra quais estão próximos de você e quais as tarifas cobradas. Se existe um perto de onde você está, é só conectar. O Skype debita o valor do uso nos seus créditos pré adquiridos.
O Skype WiFi não é –e isso deve ficar bem claro– a forma principal de acesso à internet quando você viaja. É apenas mais uma forma, mas que pode ser extremamente conveniente.
E ele não funciona sem créditos. Assim, ao planejar uma viagem que requeira conexão à internet, faça uma provisãozinha extra de créditos no Skype e bom proveito com o Skype WiFi.
Woz
Steve Wozniak, o co-fundador da Apple com Steve Jobs é uma personalidade, no mínimo, polêmica. O verdadeiro gênio tecnológico na criação do Apple II e do Macintosh, Woz, como é conhecido, rompeu lá atrás com Jobs e foi cuidar de sua vida, com muita grana no bolso.
Mas continua dando seus pitacos sobre a Apple, como recentemente, quando disse que não compraria o novo iPad Air.
Agora, numa entrevista à BBC ele propõe que 3 das grandes do mundo da tecnologia –Apple, Google e Samsung– busquem cooperação, através de licenciamento cruzado de patentes e pesquisas em comum. Segundo Woz, poderíamos ter melhores produtos, mais baratos, com mais funcionalidades.
Só que, para quem está no mundo Apple, ali está o que há de melhor; e para quem tem um smartphone Samsung, especialmente o Galaxy 4S, a resposta invariável é: o que o iOS7 e o iPhone 5s oferece meu Galaxy tem, e tem muito mais.
E o Google, com seu domínio no mundo das buscas, dos mapas e do Android tem a liderança em quase todos os segmentos que possam ser relevantes, com a notável exceção das redes sociais, onde o Facebook reina soberano.
Mas Woz, de um modo ou de outro, expressa com simpatia e candura um desejo oculto de muitos usuários Apple, Google e Samsung: ter tudo o que já possui mais as boas funcionalidades dos demais. Pouca gente vai admitir isso, como Woz o fez, ao declarar que “eu vejo coisas boas nos smartphones da Samsung que eu gostaria de ter no meu iPhone.”
Mas essa inusitada aliança traria mais benefícios do que problemas? Se os três viessem a cooperar de modo mais forte, talvez houvesse uma perigosa consolidação do mercado, com muitos produtos e serviços parecidos, inibindo a criatividade e a inovação, por falta de um motivador maior: a concorrência.
De outro lado, a Samsung é fornecedora da Apple para inúmeros componentes importantes, como a tela sensível ao toque. E o Google, embora expulso do iOS com seu aplicativo Maps, ainda é o mecanismo de busca principal do iPhone e do iPad. Ou seja, essa colaboração implícita já existe.
E você, o que acha? Uma convergência maior entre Apple, Google e Samsung seria benéfica para nós, usuários? Eu, Guy Manuel, sigo preferindo a concorrência.
Rumo à consolidação?
Decididamente o desenho atual do mundo da mobilidade digital parece se encaminhar para uma consolidação. Vamos conferir?
A Apple, que revolucionou o mercado com o iPhone, em 2007, tem um caminho sólido para os próximos anos, à medida em que detém um público fiel, ciclos mais ou menos previsíveis de evolução e vai conquistando rapidamente uma fatia expressiva do mundo corporativo. É a dupla iPhone e iPad com iOS.
Para quem tinha domínio total do mercado de celulares, a Nokia acabou sendo comprada pela Microsoft, que largou depois da concorrência com o Windows Phone. Mas a junção parece já estar criando sinergia e a linha Lumia vem conquistando um público bastante expressivo, em especial aqueles que não abrem mão do Windows. As vendas crescem acima das perspectivas mais otimistas. Tudo indica que essa dupla vai ter uma participação de mercado na casa dos dois dígitos.
O Facebook, que já fez vários ensaios para lançar smartphones no mercado, e gera especulações sobre um sistema operacional próprio, agora negocia a compra da Blackberry, que já foi líder do segmento de smartphones.
O Google comprou a Motorola, aquela que liderava o mercado, na transição do celular analógico para o digital, com seus icônicos StarTacs. Agora, com sua linha Razr mostra toda a potencialidade do Android.
A maioria dos demais fabricantes de smartphones e tablets, por ora, optam pelo Android, do Google. Somados, detêm uma participação de 2/3 do mercado, Samsung no topo da lista com sua linha Galaxy.
Mas a Samsung, embora faça sucesso no mundo Android, volta a ensaiar a evolução de seu sistema operacional proprietário, o Tizen. Dará certo? A coreana vai largar o Android?
Então, resumindo, daqui a pouco poderíamos ter o mundo de dispositivos digitais dominado por 4 companhias: Apple, Google, Facebook e Microsoft, numa consolidação muito forte, muito rápida. Certo?
Talvez nem tanto… Esse movimento da Samsung mostra o que pode acontecer, pois, afinal, se o plano é consolidar, esqueceram de combinar com os chineses, que com marcas como HTC, Huawei, Lenovo e tantas outras menos conhecidas, apostam numa grande reviravolta.
Com seu enorme mercado interno, muito dinheiro, recursos humanos de ponta e com produtos de qualidade e preços baixos, eles não vão se contentar com um papel secundário nesse mundo da mobilidade.
Quem escreverá o próximo capítulo?
O browser e a liderança de mercado
Revelador o estudo da Shareaholic sobre os browsers. Lá está claro o crescimento do Chrome entre os navegadores, colocando-o na liderança indiscutível no mundo, com 34,68% seguido à distância pelo Firefox com 16,6%, o Safari, com 16,15%, e o Internet Explorer, com 15,62%. O Chrome, do Google bate o Firefox e o Safari somados. Ou o Firefox mais o Internet Explorer, esses dois que lideraram o mercado, nas últimas 3 décadas.
É claro que o uso do Chrome foi turbinado pelo sucesso do sistema operacional Android, e o Safari pelo iOS.
Esse estudo detalha números, mas quero refletir sobre conceitos: Navegar na internet é possível por causa dos browsers, e todos os www. mundo afora precisam ser desenhados tendo em vista, no mínimo, os browsers mais populares. Foram eles que iniciaram a moda de programas grátis, pois são canais de tráfego de dados e acabam ancorados em grandes marcas ou grandes conceitos.
Não por acaso, Android é Google, Safari é Apple e Internet Explorer é Microsoft. Firefox corre por fora, com arquitetura aberta, assim como o Chrome, mas suportada pela Fundação Mozilla, que não visa lucro. Daí sua falta de empuxo para seguir crescendo.
Nesses últimos dias, tive três experiências que me lembraram que o browser existe e tem marca, e não é algo tão natural quanto respirar.
Começou quando fiz o upgrade do Safari para 64 bits. No mesmo momento, o internet banking parou de funcionar.
Em outro banco, eu precisava de um link para uma transação e não o encontrava; chamei o suporte online e a atendente me informou que esse link só apareceria no Internet Explorer, que meu dispositivo móvel não suportava. Ou seja, eu e os outros 84% dos que não têm o IE no seu aparelho digital não poderiam fazer certas transações online com esse grande banco.
Finalmente, migrei para o OSX Mavericks, por curiosidade e dever de ofício. Num primeiro momento, chamou a atenção a melhoria de performance do Safari, o browser nativo da Apple. Também ficou evidente a piora do Chrome. Caso pensado da Apple contra o Google ou uma forma de mostrar uma plataforma mais integrada?
Dois dias depois, o Chrome voltou a funcionar legal. Mesmo em máquinas com Windows, eu sigo usando o Chrome. E faz tempo que não uso o Firefox.
Sem me dar conta, faço parte daquela legião que adensa a liderança do Google, quando o assunto é o browser. Será que liderança nos browsers tem a ver com liderança de mercado e valor de marca?
Faça uma pesquisa no Google…
A estratégia dos Angry Birds
Recebi comentários a favor e contra minhas observações sobre os Angry Birds e o marco que essa proposta representa no mercado de games.
Agora, vem o anúncio do novo game, o Angry Birds Go!, a ser lançado em 11 de dezembro. Nele, os pássaros viram pilotos de carrinhos que descem ladeira abaixo.
São várias pistas, claro, na ilha dos porquinhos verdes que aprontam todo tipo de surpresas. E você fica associado a um pássaro ou a um porquinho, ou seja, é o piloto de fato do carrinho. Dependendo da posição de chegada, você recebe prêmios em moeda virtual dos Angry Birds. Acumulando dinheiro, você pode incrementar seu carrinho, seja do ponto de vista estético, seja em melhorias mecânicas, a seu critério.
Você deve poder comprar os Telepods, réplicas físicas dos personagens, seus acessórios e equipamentos, produzidas pela Hasbro, assim como aconteceu na série Angry Birds Starwars, onde a franquia de George Lucas casou-se impecavelmente com os passarinhos da Rovio. Não por acaso, a turma conectada com até 7 anos de idade –platéia favorita para os Angry Birds– passou a incorporar a seu vocabulário os nomes Luke Skywalker, Chewbacca, Princesa Lea, Jedi. E cada Telepod virá com um QR Code para poder ser escaneado para captura da imagem e incorporação ao joguinho.
Logo, logo, esses bichinhos e carrinhos estarão nas lojas de brinquedos, em roupas, mochilas e um sem-número de adereços. Já existem patrocinadores de corridas de automóvel das mais diversas categorias negociando a colocação de suas marcas nas pistas, nos carros e nos capacetes do Angry Birds Go!
Não por acaso, a Rovio liberará, simultaneamente, versões Android, iOS, Windows Phone e até mesmo Blackberry, acreditem! Ou seja, para todo mundo.
Do ponto de vista tecnológico, o segredo está na capacidade da Rovio de desenvolver um game que vai servir a todas as plataformas de dispositivos móveis. Sob a ótica de mercado, associar os pássaros a temas que interessam aos pequenos e aos não tão pequenos assim. Sucesso à vista!
Grátis o joguinho? Claro, que nem o Google, o Facebook… A receita vai para a Rovio do mesmo jeito, e em borbotões!
iPhone 5s vende o dobro do 5c
O iPhone 5s -top de linha dos novos smartphones da Apple- está vendendo o dobro do que seu irmãozinho mais simples, mais colorido e mais barato, o iPhone 5c. Será que a turma que compra Apple não se rende a produtos menos sofisticados, ou essa tendência logo será revertida?
Foi a primeira tentativa da Apple de conseguir acesso a um mercado mais, digamos assim, popular. Antes do 5s e do 5c, ao lançar um novo smartphone, a empresa dava descontos sobre o modelo anterior. Mais ou menos o que fazem as montadoras de veículos aqui no Brasil, ao deixarem conviver uma nova geração de um modelo com uma mais antiga. Com carros, e no Brasil, funciona. Com smartphones, funcionou para a Apple até agora.
Os compradores de produtos Apple sacam com mais facilidade seus cartões de crédito, e adoram estar na crista da onda com produtos mais novos, mais leves, mais sofisticados e, via de regra, mais bonitos.
Mas o mercado de smartphones muda de perfil. Este ano, eles passam a representar a maioria dos celulares vendidos no mundo, e são bilhões de unidades. E a variedade de opções de aparelhos Android faz com que a maioria dos que entram nesse mundo fascinante dos dispositivos móveis inteligentes tenham sua primeira experiência com o sistema operacional do Google. E como existem vários fabricantes ofertando smartphones Android no topo da escala de preços e de funcionalidades, quem entra tem mais possibilidades de ficar por ali do que migrar para o iOS da Apple.
As novidades também têm seu preço: ao optar por um processador mais poderoso de 64 bits para o 5s, a Apple também ficou refém do legado de aplicativos de 32 bits, que precisam seguir funcionando, ao mesmo tempo em que precisam surgir evoluções dos antigos e novos aplicativos que usem melhor os recursos do A7. E, para criar mais marolas, os Apps para o novo iOS7 no iPhone 5s estão travando duas vezes mais do que nas versões anteriores.
Mesmo assim, o iPhone 5s é um sucesso de vendas e de críticas. Ele já se destaca em cima das mesas de reuniões em escritórios, aeroportos e cafés do mundo.
E o 5c? A versão mais pelada do iPhone, como o Pé-de-Boi lançado pela Volks para vender um Fusca mais barato na década de 1960 pode não dar certo. Eu, particularmente, acho que o 5c emplacaria legal se tivesse preços menores, mas isso sacrificaria as margens da Apple e os acionistas não gostariam. Pode funcionar se a Apple topar aumentar drasticamente os canais de venda do 5c, através de lojas de departamentos e de supermercados, e em mais países.
Afinal, o 5c é mais parrudo do que o 5 que foi descontinuado.
Microsoft Office agora também para Android
O que o mercado aguardava há meses aconteceu: a Microsoft disponibiliza a versão do Office Mobile também para a plataforma Android. Anteriormente, os usuários de smartphones e tablets com Windows Phone tinham sido os primeiros brindados. Logo em seguida, a versão para o iOS da Apple foi bem recebida. Com esse último anúncio, a Microsoft permite acesso a sua mais popular suite de aplicativos para praticamente todo o mercado.
O requisito é ter uma assinatura do Office 365 Home Premium ou ProPlus. Aí é só baixar o App no Google Play, fazer o login e pronto: você tem acesso aos documentos criados por sua empresa ou por você para revisão, comentários e até mesmo para apresentações através de seu tablet ou smartphone.
Não espere, porém, a dispensa total da versão plena do Word, do Excel ou do Powerpoint. Já pensou tentar editar no smartphone uma sofisticada planilha com várias folhas, dezenas de colunas, centenas de linhas, com fórmulas complexas, links, imagens e gráficos os mais variados? Para isso, o desktop e o notebook ainda são insubstituíveis…
O que mais me agrada, como veterano usuário da família do Microsoft Office é a sua disponibilização na nuvem, via SkyDrive (belo serviço, por sinal) e a possibilidade de acesso através de todos os dispositivos digitais de meu uso, pagando taxas razoáveis pelo serviço, em vez daquela burocracia complexa par atualização de licenças, a cada nova versão.
Por mais que o mercado ofereça alternativas simpáticas ao Office, na prática o padrão corporativo ainda é ditado pelo trio Word, Excel, PowerPoint.
E isso não vai mudar tão cedo.
Smartphone Android e tablet Apple: um bom arranjo
Um paradoxo aparentemente difícil de explicar: As vendas de smartphones com sistema operacional Android já detêm a liderança folgada do mercado, deixando os iPhones com iOS num distante segundo lugar. Já com os tablets, o negócio é outro. A maioria ainda prefere o iPad. Inclusive e especialmente os desenvolvedores de aplicativos.
Um recente estudo divulgado pela Canalys mostra que as diferenças entre aplicativos disponíveis para iOS e Android pende fortemente para o mundo iPad. Parece seus criadores acham melhor, mais natural ou até mais rentável escrever ou mesmo otimizar apps para o iPad.
De fato, metade dos apps mais populares do iPad não estão disponíveis ou não estão otimizados para Android. E 30% dos top 50 apps grátis e pagas para iPad não estão sequer disponíveis no Google Play.
O Google parece não ter acertado na veia com sua estratégia junto aos desenvolvedores, e os resultados demonstram isso. Já a Apple não só incentivou a criação e a adaptação de aplicativos para o iPad como também definiu uma agressiva política comercial com os desenvolvedores que claramente os induz a privilegiar o iPad.
E o estranho é que, do ponto de vista de design, performance, funcionalidades e facilidade de uso, os tablets rodando Android não ficam nada a dever aos com iOS, ao menos nos produtos mais sofisticados, que concorrem em preço com o iPad.
Examinemos o caso da Samsung e de sua linha Galaxy: enquanto os smartphones dão um sufoco no iPhone, os tablets não apresentam a mesma performance. Em ambos os casos, temos hoje designs no mesmo nível tecnológico, mas com superioridade do Android 4.2 sobre o iOS 6.1.3. Nem mesmo o anúncio do iOS7 e seu lançamento no próximo dia 10 de setembro deve tirar a dianteira do sistema operacional do Google.
O tablet é, por sua essência, um dispositivo que vive da qualidade, da diversidade e da simplicidade dos aplicativos disponíveis, muito mais do que um smartphone, que tem na sua tela menor um inibidor para o uso prático de muitas soluções.
Parece clara a ascendência de um novo tipo de consumidor de dispositivos móveis do topo da pirâmide, até há pouco fechado no mundo Apple: ele não fica mais preso a uma plataforma, e usa com naturalidade e satisfação um smartphone Android e um iPad, e fica feliz com esse arranjo.
