Primeiro uma definição do que é um computador pessoal (PC), versão 2013, segundo a empresa de pesquisa Canalys: Um PC cliente [não servidor] é um dispositivo de computação projetado para ser operado por um indivíduo e posicionada para atender uma ampla gama de propósitos, alcançada através da execução de aplicativos de terceiros, alguns dos quais podem trabalhar de forma independente de uma conexão de rede. Quando projetado para ser portátil, ele deve ser capaz de funcionar independente de rede elétrica e ter uma tela com dimensão na diagonal de pelo menos 7 polegadas.
Em outras palavras, desktops, notebooks e tablets.
O mercado de tablets gerou massa crítica em 2010, após o lançamento do iPad, da Apple, quando o segmento decolou de verdade com o surgimento de aplicativos em quantidade e qualidade suficientes, aliados a um bom projeto de hardware.
Para 2014, a Canalys prevê que, pela primeira vez, a venda unitária de tablets superará a quantidade somada de desktops e notebooks. Algo como 300 milhões de tablets, 200 milhões de notebooks e 100 milhões de desktops, com tablets crescendo em unidades e notebooks e desktops caindo.
Os números exatos da previsão para 2014 são 285.115.080 tablets, 192.075.630 notebooks e 98.148.310 desktops. Na divisão aproximada por sistema operacional, o Android fica com 65%, o iOS com 30% e o Windows Phone com 5%.
Fica evidente que o tablet avança para ser o “PC” principal das pessoas, não só pela praticidade, disponibilidade de aplicativos, mobilidade, baixo preço. Conta aqui também a melhoria das interfaces de telas sensíveis ao toque, de reconhecimento de gestos e de voz.
Registre-se a demora de 3 anos da Apple em reconhecer o mercado de tablets de 7″, com seu iPad Mini. A pulverização da plataforma Android entre centenas de fabricantes explica parte desses números. E os tablets de 7″ são muito práticos. Mas também não explicam tudo.
Na verdade, o grande crescimento em unidades vendidas e participação no mercado de dispositivos digitais móveis vem da venda de smartphones. Usando o complemento da definição da Canalys para PCs, os smartphones seriam os dispositivos pessoais com tela medindo menos de 7″ na diagonal e que até fazem ligação telefônica. E com a internet de alta velocidade, boa cobertura, preços acessíveis e as três interfaces funcionando bem -tela sensível, reconhecimento de movimentos e de voz-, dá para concluir que o smartphone é o principal PC das pessoas.
Afinal, no terceiro trimestre de 2013, mais de 250 milhões de smartphones foram vendidos no mundo, um bilhão em números anualizados! Em 2014, 1,25 bilhão de unidades!
[…] registrou, pela primeira vez, a venda de 1 bilhão de smartphones, mais do que celulares […]