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Você gosta do Vaio? Saiba que a Sony não mais

VaioCom a notícia do fim da produção de desktops e notebooks pela Sony, lá se vai mais uma marca tradicional, ícone de qualidade e design: a Vaio. Não que essa divisão vá desaparecer, uma vez que foi vendida para um grupo de investimentos japonês. Mas a tradição associada à marca Sony acaba!

Também a divisão de televisores será tocada por uma nova subsidiária da Sony. De um lado, dá para ler-se “vamos produzir TVs a custos menores”, mas a companhia anunciou planos de focar esforços de pesquisa, desenvolvimento e design nas telas maiores e na tecnologia Ultra-HD, ou 4K, capazes de comandar margens maiores.

Isso também ajuda a Sony a buscar mercados mais sofisticados para seus produtos de imagem, voltados ao consumidor final e ao mundo corporativo.

A Sony acredita que o mundo dos dispositivos móveis tende a crescer em quantidade e variedade, e este passa a ter foco e prioridade.

Sem esquecer sua bem sucedida linha de produtos para games, Playstation à frente.

A Sony segue também uma tendência de marcas tradicionais, como a IBM -a primeira que lançou um PC de 16 bits com sistema operacional da Microsoft- e acabou vendendo tudo para a chinesa Lenovo, inclusive a marca de seus cobiçados Thinkpads.

Os televisores, mesmo não querendo, já são comandados pelas coreanas LG e Samsung, que ditam as tendências.

No mundo dos games, o trio Sony-Microsoft-Nintendo já mostra que essa última está sem fôlego, e o conceito de consoles proprietários para games parrudos vai perdendo força para os Apps de smartphones e tablets.

 Mas não deixa de haver um certo toque de nostalgia na notícia do final da linha Vaio para a Sony. Talvez seja isso apenas, pura nostalgia.  

Seu verdadeiro PC, versão 2013/2014

Primeiro uma definição do que é um computador pessoal (PC), versão 2013, segundo a empresa de pesquisa Canalys: Um PC cliente [não servidor] é um dispositivo de computação projetado para ser operado por um indivíduo e posicionada para atender uma ampla gama de propósitos, alcançada através da execução de aplicativos de terceiros, alguns dos quais podem trabalhar de forma independente de uma conexão de rede. Quando projetado para ser portátil, ele deve ser capaz de funcionar independente de rede elétrica e ter uma tela com dimensão na diagonal de pelo menos 7 polegadas.

Em outras palavras, desktops, notebooks e tablets.

O mercado de tablets gerou massa crítica em 2010, após o lançamento do iPad, da Apple, quando o segmento decolou de verdade com o surgimento de aplicativos em quantidade e qualidade suficientes, aliados a um bom projeto de hardware.

Para 2014, a Canalys prevê que, pela primeira vez, a venda unitária de tablets superará a quantidade somada de desktops e notebooks. Algo como 300 milhões de tablets, 200 milhões de notebooks e 100 milhões de desktops, com tablets crescendo em unidades e notebooks e desktops caindo.

Os números exatos da previsão para 2014 são 285.115.080 tablets, 192.075.630 notebooks e 98.148.310 desktops. Na divisão aproximada por sistema operacional, o Android fica com 65%, o iOS com 30% e o Windows Phone com 5%.

Fica evidente que o tablet avança para ser o “PC” principal das pessoas, não só pela praticidade, disponibilidade de aplicativos, mobilidade, baixo preço. Conta aqui também a melhoria das interfaces de telas sensíveis ao toque, de reconhecimento de gestos e de voz.

Registre-se a demora de 3 anos da Apple em reconhecer o mercado de tablets de 7″, com seu iPad Mini. A pulverização da plataforma Android entre centenas de fabricantes explica parte desses números. E os tablets de 7″ são muito práticos. Mas também não explicam tudo.

Na verdade, o grande crescimento em unidades vendidas e participação no mercado de dispositivos digitais móveis vem da venda de smartphones. Usando o complemento da definição da Canalys para PCs, os smartphones seriam os dispositivos pessoais com tela medindo menos de 7″ na diagonal e que até fazem ligação telefônica. E com a internet de alta velocidade, boa cobertura, preços acessíveis e as três interfaces funcionando bem -tela sensível, reconhecimento de movimentos e de voz-, dá para concluir que o smartphone é o principal PC das pessoas.

Afinal, no terceiro trimestre de 2013, mais de 250 milhões de smartphones foram vendidos no mundo, um bilhão em números anualizados! Em 2014, 1,25 bilhão de unidades!

O teclado resiste… e continua vivo, apesar dos prognósticos

Embora eu tenha escrito aqui -e discutido em diversos fóruns- que a interface humana com a máquina através de um teclado era anti-natural e, portanto, fadada ao ocaso, a realidade prática parece cada vez mais me desmentir e, sobretudo, a provar que, por um bom tempo, teremos que batucar nos QWERTYs da vida para gerar a palavra escrita, popularizada por aquele alemão, o Gutemberg, séculos atrás.

Mesmo existindo aplicativos razoavelmente inteligentes, capazes de ouvir uma fala e convertê-lo em texto, com boa acuracidade, eles não se tornaram dominantes, desde o embalo do Dragonfly, nos anos 1980.

Temos hoje milhares de aplicativos capazes de reconhecer a voz humana e transformá-la em textos ou em comandos de computadores, smartphones ou tablets. Quem tem iPhone e fala inglês, espanhol, francês ou japonês consegue comunicar-se sem teclado através do Siri, uma bem pensada incursão da Apple no terreno da interface homem-máquina. Bem pensada, mas não um sucesso de bilheteria…

A diversidade dos dispositivos tornam o teclado pouco prático em muitos momentos. Eu, particularmente, fico pensando nas legiões de pessoas que passam o dia furiosamente mandando mensagens e emails a partir de seus smartphones, decididamente um atentado a princípios básicos de ergonomia e fonte de receita futura para ortopedistas e fisioterapeutas. Mesmo assim, o teclado virtual nas telas touch-screen ainda são a melhor alternativa para muitas funções.

Mas existe uma razão especial para a longevidade dos teclados, especialmente nos desktops e laptops: eles evoluiram bastante, são agradáveis ao toque, precisos no uso, permitindo uma razoável produção de textos usando os dedos da mão.

Cada vez que troco meu laptop, o teclado parece ter ficado melhor. E isso dá mais conforto para escrever. Não me baseio em nenhum estudo amplo, apenas reflito sobre meu uso e minhas observações.

Será que o teclado vai continuar relevante na geração de textos? Procurei fazer a prova com o que disponho: paro de escrever no laptop e vou para dois desktops de gerações anteriores, mas não jurássicos. É…melhorou muito! Prova definitiva? Coloco uma folha de papel numa velha máquina de escrever manual e começo a… d-a-t-i-l-o-g-r-a-f-a-r! Não há dúvidas: o teclado moderno evoluiu muito, e vai continuar no trecho por muito tempo!

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