>Tirando proveito das redes sociais no seu negócio
>Já ouvi de muitos empresários algo assim: “esses orkut, Twitter, Facebook são coisa de pré-adolescente e não servem ao meu negócio. Vou ficar no tradicional, que é onde sei ganhar dinheiro”
Com poucas variações, é esse o mantra da maioria dos principais responsáveis pela quase totalidade das empresas do mundo.
Então, podemos ignorar as redes sociais como ferramenta de marketing, independente do ramo de atividade da empresa?
A resposta é um sonoro não, seja sua empresa uma banquinha de frutas, uma grande operação global ou mesmo um negócio altamente regulado ou monopolista.
O fato é que mais de 1/3 de todos os 2 bilhões de internautas acessam regularmente as redes sociais e usam-nas para comunicar-se com muita gente. Falando bem ou falando mal.
Ilustremos esse ponto com a recente campanha de uma cervejaria que queria fortalecer uma de suas marcas e contratou a famosa Paris Hilton para associar a imagem da moça à da cerveja. Após algumas exibições do comercial na TV, o CONAR mandou suspendê-lo, por supostamente atentar aos bons costumes.
Pois bem, assim que o debate esquentou, e antes da proibição, lá estava (e ainda está) o comercial no YouTube, com milhões de visitas. A agência da cervejaria rapidamente substituiu a peça já famosa por uma versão “censurada” instigando os telespectadores a ver o comercial original na internet.
O resultado foi que nenhum comercial para qualquer marca de cerveja chamou tanta atenção como esse que tem Paris Hilton como “a loira”.
Assim, fica a lição: a internet e as redes sociais vão falar mais ou menos de sua empresa e seus produtos, queira você ou não. Então, melhor estar sintonizado, fazendo o possível para que esses bilhões de internautas falem bem. Dar bons subsídios é fundamental, além das boas ofertas de uma boa empresa, claro.
Considere ainda que a estratégia de comunicação na internet é, via de regra, radicalmente diferente daquela usuada nos meios de comunicação de massa, como jornal, radio e TV. Normalmente, uma deve complementar a outra, não substituir.
O melhor “case” de sucesso de recente comunicação na internet vem da Apple, que deliberadamente “vaza” notícias para analistas selecionados sobre seus futuros produtos, criando expectativa e mídia espontânea, até nos veículos especializados e nas grandes redes de TV.
O ultimo anúncio da Apple, em janeiro, foi do iPad, que só chega ao mercado agora em abril. Estimativas conservadoras mostram que, só de mídia espontânea, a Apple coseguiu uma exposição para o iPad equivalente a setecentos e cinquenta milhões e dólares.
Nada mal, não?
Pense nisso!
Descompasso Mental
Estranho o mundo da tecnologia digital… Os avanços ocorridos crescem exponencialmente, ao passo que os preços –quase sempre– despencam, fazendo com que cada vez mais pessoas tenham acesso às maravilhas do progresso tecnológico.
No Brasil, já existem mais celulares do que habitantes, conexões à internet por banda larga já superam os 40 milhões, sem contar a turma que usa a rede 3G, o iPod e concorrentes redefiniram a forma como ouvimos música e o YouTube exibe 1 bilhão de vídeos ao dia.
Para as casas, a venda de televisores LCD, LED ou plasma já domina o mercado, e há dificuldades em explicar às novas gerações o que é um rolo de filme de uma câmera fotográfica analógica.
Provavelmente, uma criança média com 10 anos de idade nos dias de hoje (nascida no novo milênio) já tirou mais fotos do que seus pais até o final do século XX, e com certeza mais do que a soma de todas as fotos tiradas pela turma de faculdade dos avós até o nascimento de seus filhos.
SMS, MMS, Google, Orkut, Twitter, Gigabyte, Wikipedia, Smartphone e tantas outras palavras e siglas que não existiam há poucos anos agora são comuns.
Eu costumo dizer que é difícil explicar aos mais jovens que antigamente, o telefone era caro, raro, tinha disco, raramente falava e ficava pendurado na parede, que já houve um tempo sem internet e que o grande bolachão de vinil não é um “DVDzão”. Mais fácil contar que não existe Papai Noel.
Até aqui, nada de muito novo, em termos de constatações. Mas o que vejo é que os cidadãos digitais desse século XXI aderem muito rapidamente a essas novidades enquanto pessoas físicas. Já no mundo corporativo a coisa é muito mais lenta.
Como a velocidade dessas mudanças cresce cada vez mais, o descompasso entre o mundo pessoal e corporativo, como regra, segue aumentando.
Claro está que existem excessões e muitas empresas buscam atualizações de seus produtos e processos usando intensivamente a tecnologia digital. Mas elas são minoria.
Provocação feita, como está você nesse cenário? Tome como referência você apenas como indivíduo e se atribua um 10, no quesito de uso de tecnologias digitais. Exclua a atividade profissional.
Agora dê uma nota para sua atividade digital no trabalho. E outra para a média de sua empresa.
Surpreso? Pois é, se você é como a maioria dos mortais, você é mais digital em casa do que no trabalho. Por óbvio, você poderia ser muito mais produtivo…
Como consequência, podemos dizer que aqui existem muitas oportunidades a explorar!
Pense nisso!
>Descompasso Mental
>Estranho o mundo da tecnologia digital… Os avanços ocorridos crescem exponencialmente, ao passo que os preços –quase sempre– despencam, fazendo com que cada vez mais pessoas tenham acesso às maravilhas do progresso tecnológico.
No Brasil, já existem mais celulares do que habitantes, conexões à internet por banda larga já superam os 40 milhões, sem contar a turma que usa a rede 3G, o iPod e concorrentes redefiniram a forma como ouvimos música e o YouTube exibe 1 bilhão de vídeos ao dia.
Para as casas, a venda de televisores LCD, LED ou plasma já domina o mercado, e há dificuldades em explicar às novas gerações o que é um rolo de filme de uma câmera fotográfica analógica.
Provavelmente, uma criança média com 10 anos de idade nos dias de hoje (nascida no novo milênio) já tirou mais fotos do que seus pais até o final do século XX, e com certeza mais do que a soma de todas as fotos tiradas pela turma de faculdade dos avós até o nascimento de seus filhos.
SMS, MMS, Google, Orkut, Twitter, Gigabyte, Wikipedia, Smartphone e tantas outras palavras e siglas que não existiam há poucos anos agora são comuns.
Eu costumo dizer que é difícil explicar aos mais jovens que antigamente, o telefone era caro, raro, tinha disco, raramente falava e ficava pendurado na parede, que já houve um tempo sem internet e que o grande bolachão de vinil não é um “DVDzão”. Mais fácil contar que não existe Papai Noel.
Até aqui, nada de muito novo, em termos de constatações. Mas o que vejo é que os cidadãos digitais desse século XXI aderem muito rapidamente a essas novidades enquanto pessoas físicas. Já no mundo corporativo a coisa é muito mais lenta.
Como a velocidade dessas mudanças cresce cada vez mais, o descompasso entre o mundo pessoal e corporativo, como regra, segue aumentando.
Claro está que existem excessões e muitas empresas buscam atualizações de seus produtos e processos usando intensivamente a tecnologia digital. Mas elas são minoria.
Provocação feita, como está você nesse cenário? Tome como referência você apenas como indivíduo e se atribua um 10, no quesito de uso de tecnologias digitais. Exclua a atividade profissional.
Agora dê uma nota para sua atividade digital no trabalho. E outra para a média de sua empresa.
Surpreso? Pois é, se você é como a maioria dos mortais, você é mais digital em casa do que no trabalho. Por óbvio, você poderia ser muito mais produtivo…
Como consequência, podemos dizer que aqui existem muitas oportunidades a explorar!
Pense nisso!
Google Multiuso
Quando o Google lançou o Chrome, como um revolucionário browser, eu até que fiquei animado. Mas depois de testá-lo em vários releases e até mesmo desculpá-lo por suas falhas, achei-o simples demais, despretensioso demais e… sem a cara do Google. Voltei ao trio Firefox/Safari/IE, cada um com seus pontos positivos e negativos.
Não mais! O release 3.0.195.33 está muito bom, rápido, seguro, fácil de customizar e bonito de ver, até porque ele pode ficar do jeito que você gosta.
Mas isso não é tudo. O Google põe no forno as versões Leopard e Linux, cobrindo assim, junto com a versão Windows, todo o espectro de sistemas operacionais que realmente contam no mercado.
A estratégia do Google é ambiciosa. Basta ver as primeiras avaliações do Google Chrome OS na versão para desenvolvedores. Simples de usar, rápido e fácil de fazer a migração. Especialmente do Windows Vista.
Vamos adiante. O Android nas plataformas de dispositivos móveis está mexendo com o mercado, e vai brigar com a Apple e sua dianteira nos sistemas operacionais de smartphones.
E os aplicativos? O Google Docs está cada vez mais compatível com o Microsoft Office, fora os Picasa, GMail, Images, Maps, Earth, e mais uma miríade de soluções cada vez mais usadas. E tudo grátis para o indivíduo e cobrável de empresas em versões mais abrangentes e integradas.
Chega? Acho que não. O Google desperta a ira de muitos, inclusive do magnata Rupert Murdoch, que busca uma impensável aliança com a Microsoft para poder cobrar por seu conteúdo através das plataformas da gigate de Redmond. Ele e Bill Gates correndo atrás do prejuízo… Aliás, nessa linha, a Microsoft disponibiliza na “nuvem” muitas funções de seu Office 2010 que já existem no Google Docs.
E, finalmente, como o Google domina amplamente o suculento mercado de anúncios por links patrocinados (que eufemismo brilhante!) e tem milhões de usuários do AdWords e mais milhões de canais de distribuição de seus anúncios através do AdSense, eu vejo os tentáculos dessa empresa com 11 anos de vida abraçarem todos os caminhos conhecidos da internet.
Não vou aqui afirmar que o Google vai reescrever a visão de George Orwell, em seu memorável 1984, na versão corporativa. Mas o Google ficou suficientemente grande para incomodar de vez o establishment global, e não só da área de TI. As agências de publicidade, os veículos de comunicação, os provedores de serviços de localização, as operadoras de telecomunicações, dentre tantos outros, sentem urticárias ao ouvir o nome Google…
Isso sem falar no sabor original, o mecanismo de busca.
Ah! Eu postei um video dos primeiros passos de meu neto no YouTube. E daí? Daí que o YouTube, comprado pelo Google, responde por 20% de todo o tráfego da web. Um endereço www.youtube.com = 20%. Quanto vale isso? Operadoras de TV por assinatura, tremei!
>Google Multiuso
>Quando o Google lançou o Chrome, como um revolucionário browser, eu até que fiquei animado. Mas depois de testá-lo em vários releases e até mesmo desculpá-lo por suas falhas, achei-o simples demais, despretensioso demais e… sem a cara do Google. Voltei ao trio Firefox/Safari/IE, cada um com seus pontos positivos e negativos.
Não mais! O release 3.0.195.33 está muito bom, rápido, seguro, fácil de customizar e bonito de ver, até porque ele pode ficar do jeito que você gosta.
Mas isso não é tudo. O Google põe no forno as versões Leopard e Linux, cobrindo assim, junto com a versão Windows, todo o espectro de sistemas operacionais que realmente contam no mercado.
A estratégia do Google é ambiciosa. Basta ver as primeiras avaliações do Google Chrome OS na versão para desenvolvedores. Simples de usar, rápido e fácil de fazer a migração. Especialmente do Windows Vista.
Vamos adiante. O Android nas plataformas de dispositivos móveis está mexendo com o mercado, e vai brigar com a Apple e sua dianteira nos sistemas operacionais de smartphones.
E os aplicativos? O Google Docs está cada vez mais compatível com o Microsoft Office, fora os Picasa, GMail, Images, Maps, Earth, e mais uma miríade de soluções cada vez mais usadas. E tudo grátis para o indivíduo e cobrável de empresas em versões mais abrangentes e integradas.
Chega? Acho que não. O Google desperta a ira de muitos, inclusive do magnata Rupert Murdoch, que busca uma impensável aliança com a Microsoft para poder cobrar por seu conteúdo através das plataformas da gigate de Redmond. Ele e Bill Gates correndo atrás do prejuízo… Aliás, nessa linha, a Microsoft disponibiliza na “nuvem” muitas funções de seu Office 2010 que já existem no Google Docs.
E, finalmente, como o Google domina amplamente o suculento mercado de anúncios por links patrocinados (que eufemismo brilhante!) e tem milhões de usuários do AdWords e mais milhões de canais de distribuição de seus anúncios através do AdSense, eu vejo os tentáculos dessa empresa com 11 anos de vida abraçarem todos os caminhos conhecidos da internet.
Não vou aqui afirmar que o Google vai reescrever a visão de George Orwell, em seu memorável 1984, na versão corporativa. Mas o Google ficou suficientemente grande para incomodar de vez o establishment global, e não só da área de TI. As agências de publicidade, os veículos de comunicação, os provedores de serviços de localização, as operadoras de telecomunicações, dentre tantos outros, sentem urticárias ao ouvir o nome Google…
Isso sem falar no sabor original, o mecanismo de busca.
Ah! Eu postei um video dos primeiros passos de meu neto no YouTube. E daí? Daí que o YouTube, comprado pelo Google, responde por 20% de todo o tráfego da web. Um endereço www.youtube.com = 20%. Quanto vale isso? Operadoras de TV por assinatura, tremei!
Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? – II
Seguindo a postagem anterior, com uma pitada de nostalgia apenas para ilustrar o ponto. Eu sou do tempo que:
- O telefone servia para telefonar (quando dava linha);
- O computador fazia processamento de dados
- O arquivo estava em disco ou fita magnética
- A câmera fotográfica só tirava fotos
- O televisor pegava uns poucos canais de TV aberta
- O som estéreo ficava na sala principal da casa
- Torpedo era coisa mandada por submarino
Às vésperas do Natal de 2009 e do Ano Novo de 2010, a coisa ficou mais ou menos assim:
- O telefone serve mais para ouvir música, jogar joguinho, mandar torpedo
- O computador serve para falar ao vivo com outras pessoas, com imagem de vídeo
- O arquivo que eu mais preciso eu guardo na ‘nuvem’
- Filmes do dia-a-dia podem ser feitos com câmera fotográfica ou com o telefone
- O televisor mostra as fotos que tirei, acessa o YouTube e raramente passa o Fantástico
- O som de qualidade está em qualquer lugar, em múltiplos dispositivos, menos na sala
- O Submarino é loja virtual, ao menos até o Brasil construir os seus nucleares
Então, reforçada a dificuldade de posicionar um produto no mercado digital, ouvi de um dos criadores do telefone celular, Martin Cooper, que o melhor mesmo são os aparelhos mais simples. Esse cara que é nostálgico!
Para quem já tem vários aparelhos digitais, então o Natal pode ser um bom momento de consolidar esse investimento. Pode ser uma boa hora de construir uma rede doméstica, não aquela de pendurar nas paredes ou nas árvores, mas uma rede de computadores que vai servir a muitos aparelhos digitais, inclusive a computadores!
Além dos aparelhos que vou conectar através de cabos da rede, se precisar ligar aparelhos através de um roteador sem fio, a dica é aproveitar a queda de preços do padrão 802.11n, que, além de mais rápidos, normalmente oferecem maior alcance e guardam compatibilidade com os padrões anteriores, o b e o g. Um roteador wireless n hoje custa um pouquinho mais que um equivalente g.
Não é uma boa dica para presente a quem tem tudo, e numa faixa de R$ 300?
Mas esse mundo digital está cada vez mais interessante, fácil de usar e difícil de explicar. Ao menos à luz de premissas saudosistas…
>Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? – II
>Seguindo a postagem anterior, com uma pitada de nostalgia apenas para ilustrar o ponto. Eu sou do tempo que:
- O telefone servia para telefonar (quando dava linha);
- O computador fazia processamento de dados
- O arquivo estava em disco ou fita magnética
- A câmera fotográfica só tirava fotos
- O televisor pegava uns poucos canais de TV aberta
- O som estéreo ficava na sala principal da casa
- Torpedo era coisa mandada por submarino
Às vésperas do Natal de 2009 e do Ano Novo de 2010, a coisa ficou mais ou menos assim:
- O telefone serve mais para ouvir música, jogar joguinho, mandar torpedo
- O computador serve para falar ao vivo com outras pessoas, com imagem de vídeo
- O arquivo que eu mais preciso eu guardo na ‘nuvem’
- Filmes do dia-a-dia podem ser feitos com câmera fotográfica ou com o telefone
- O televisor mostra as fotos que tirei, acessa o YouTube e raramente passa o Fantástico
- O som de qualidade está em qualquer lugar, em múltiplos dispositivos, menos na sala
- O Submarino é loja virtual, ao menos até o Brasil construir os seus nucleares
Então, reforçada a dificuldade de posicionar um produto no mercado digital, ouvi de um dos criadores do telefone celular, Martin Cooper, que o melhor mesmo são os aparelhos mais simples. Esse cara que é nostálgico!
Para quem já tem vários aparelhos digitais, então o Natal pode ser um bom momento de consolidar esse investimento. Pode ser uma boa hora de construir uma rede doméstica, não aquela de pendurar nas paredes ou nas árvores, mas uma rede de computadores que vai servir a muitos aparelhos digitais, inclusive a computadores!
Além dos aparelhos que vou conectar através de cabos da rede, se precisar ligar aparelhos através de um roteador sem fio, a dica é aproveitar a queda de preços do padrão 802.11n, que, além de mais rápidos, normalmente oferecem maior alcance e guardam compatibilidade com os padrões anteriores, o b e o g. Um roteador wireless n hoje custa um pouquinho mais que um equivalente g.
Não é uma boa dica para presente a quem tem tudo, e numa faixa de R$ 300?
Mas esse mundo digital está cada vez mais interessante, fácil de usar e difícil de explicar. Ao menos à luz de premissas saudosistas…
A Geração Digital 2.0 está aí: como conviver com as diferenças?
A nova geração nascida após 1995 já dá o ar de sua graça no mercado de consumo e, logo, logo, estará disputando o mercado de trabalho. Vamos convencionar chamá-la, para efeito de raciocínio, de “Geração Digital 2.0“, por terem nascido após a disponibilização da internet em escala global. É que a diferença de percepção desses jovens em relação a todos os seres humanos anteriores, que, por contraposição, seriam os das “Gerações Analógicas” é tão grande que gerou dificuldades de ajustar produtos e serviços a essa turma e, ao mesmo tempo, fazer os “analógicos” -ainda hoje a maioria- migrarem para a nova realidade.
Como criar produtos e serviços que sejam igualmente aceitos, em um extremo, por quem já viveu a era dos telefones de disco, dos discos de vinil, da enciclopédia Barsa, dos televisores de antena interna com BomBril e sem controle remoto e, no outro, por quem, desde sempre, o celular é um acessório pessoal e obrigatório, a música vem e vai pela internet, o verbete está na Wikipedia, o clipe da TV está mais no YouTube do que em qualquer outro lugar?
Aqui, dois problemas: (a) a turma do marketing vem andando devagar demais tanto para fazer a turma antiga perceber essa nova realidade quanto criar linguagem própria para os seres digitais e (b) talvez porque embora o market share desses dois grupos esteja rapidamente se invertendo, pode ser que ainda exista muita grana e conforto no modo antigo de comunicar.
Poucos se deram conta que a intuitividade das novas interfaces como a tela sensível ao toque e as onipresentes webcams nos dispositivos indicam claramente a perda da relevância do teclado e do mouse, ícones da revolução digital, digamos… 1.0. Os bem mais jovens, nascidos a partir de 2005 vão achar essa forma tão popular de “teclar” algo no mínimo incômodo, talvez como se hoje fôssemos obrigados a usar uma velha Remington para escrever e postar textos.
Então fica realmente muito difícil produzir estímulos adequados a todo o tipo de indivíduo, até porque hoje existem muitos canais e mídias diferentes e diferenciados.
Mas a principal reflexão que quero deixar aqui hoje é dirigido a quem convive com crianças bem pequenas a quem é dada a oportunidade de interagir, sem explicação prévia, com uma interface com tela sensível ao toque. Dá para ver que eles, de forma natural, aceitam essa forma de interação e seguem adiante. Não é preciso explicar nada, salvo, talvez, quando eles começarem a se expressar pelo verbo, que “naquele tempo” não existiam iPods, celulares, internet e coisas do gênero.
Assim como há uma década atrás era difícil mostrar à criança por que um disco de vinil não era um “CDzão preto“, talvez daqui a alguns anos seja impossível explicar aos jovens da geração digital 2.0 o que é um CD.
>A Geração Digital 2.0 está aí: como conviver com as diferenças?
>A nova geração nascida após 1995 já dá o ar de sua graça no mercado de consumo e, logo, logo, estará disputando o mercado de trabalho. Vamos convencionar chamá-la, para efeito de raciocínio, de “Geração Digital 2.0“, por terem nascido após a disponibilização da internet em escala global. É que a diferença de percepção desses jovens em relação a todos os seres humanos anteriores, que, por contraposição, seriam os das “Gerações Analógicas” é tão grande que gerou dificuldades de ajustar produtos e serviços a essa turma e, ao mesmo tempo, fazer os “analógicos” -ainda hoje a maioria- migrarem para a nova realidade.
Como criar produtos e serviços que sejam igualmente aceitos, em um extremo, por quem já viveu a era dos telefones de disco, dos discos de vinil, da enciclopédia Barsa, dos televisores de antena interna com BomBril e sem controle remoto e, no outro, por quem, desde sempre, o celular é um acessório pessoal e obrigatório, a música vem e vai pela internet, o verbete está na Wikipedia, o clipe da TV está mais no YouTube do que em qualquer outro lugar?
Aqui, dois problemas: (a) a turma do marketing vem andando devagar demais tanto para fazer a turma antiga perceber essa nova realidade quanto criar linguagem própria para os seres digitais e (b) talvez porque embora o market share desses dois grupos esteja rapidamente se invertendo, pode ser que ainda exista muita grana e conforto no modo antigo de comunicar.
Poucos se deram conta que a intuitividade das novas interfaces como a tela sensível ao toque e as onipresentes webcams nos dispositivos indicam claramente a perda da relevância do teclado e do mouse, ícones da revolução digital, digamos… 1.0. Os bem mais jovens, nascidos a partir de 2005 vão achar essa forma tão popular de “teclar” algo no mínimo incômodo, talvez como se hoje fôssemos obrigados a usar uma velha Remington para escrever e postar textos.
Então fica realmente muito difícil produzir estímulos adequados a todo o tipo de indivíduo, até porque hoje existem muitos canais e mídias diferentes e diferenciados.
Mas a principal reflexão que quero deixar aqui hoje é dirigido a quem convive com crianças bem pequenas a quem é dada a oportunidade de interagir, sem explicação prévia, com uma interface com tela sensível ao toque. Dá para ver que eles, de forma natural, aceitam essa forma de interação e seguem adiante. Não é preciso explicar nada, salvo, talvez, quando eles começarem a se expressar pelo verbo, que “naquele tempo” não existiam iPods, celulares, internet e coisas do gênero.
Assim como há uma década atrás era difícil mostrar à criança por que um disco de vinil não era um “CDzão preto“, talvez daqui a alguns anos seja impossível explicar aos jovens da geração digital 2.0 o que é um CD.