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>iPad 3G: Promissor, mas a concorrência vem de onde menos se espera

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Finalmente chegou ao mercado -norteamericano, por enquanto- o iPad 3G, que permite seu uso em qualquer lugar onde haja conexão à internet pela operadora de celular. Na loja da Apple em Aventura, Florida, mais de 400 pessoas estavam na fila, antes das 17horas (foto), para serem os primeiros a comprar (máximo de 2 iPads por pessoa)

Até então limitada com o iPhone a planos de fidelização com as operadoras -aqui nos Estados Unidos só com a AT&T- a Apple oferece o iPad 3G desbloqueado,  ou quase.  Basta fazer um contrato com qualquer operadora e colocar um Micro SimCard no aparelho que você sai navegando de um jeito bem bacana e fácil.

Realmente o tablet da Apple é extremamente atraente para navegação na internet, vídeos e fotos.  A tela touch-screen é excelente, embora, como todas da Apple, com ium pouco de reflexo demais, o que desfavorece a função de leitura de livros digitais, quando comparado com os produtos da Amazon (Kindle) e Nook (da Barnes&Noble). Claro que  vantagem das cores pode compensar o reflexo, mas, além disso, na data do lançamento, somente 40.000 títulos estavam à venda, algo como 10% dos concorrentes.

E no Brasil?

Hoje, o iPad 3G vai funcionar igualzinho ao iPad Wifi, pois as operadoras brasileiras dizem não ter suporte para o Micro Sim Card. Cada uma dá uma versão diferente, tipo “não está em nossos planos”, ou “no momento, estamos apenas estudando”.

É óbvio que as operadoras não vão divulgar suas estratégias para o iPad, mas parece razoável que elas esperem um pouco para ver como posicionar o produto no mercado brasileiro para tomar uma decisão. Quem sair na frente, no entanto, é capaz de abiscoitar uma importante parcela de mercado que, embora não gigantesca, representa usuários que pagam mais pelo uso, ou seja, dão margens maiores.

Mas aqui nos Estados Unidos, a concorrência vem de onde menos se imaginava, das próprias operadoras.  A Sprint lança no mercado sua rede 4G, que promete ser até 10m vezes mais rápida que a 3G, exatamente  a que dá o sobrenome ao mais novo produto da Apple.

Com isso, o mercado para dispositivos móveis com acesso a internet de alta velocidade vai decolar, e exigir adaptações de produtos. Como está no forno o iPhone 4G, é razoável especular que o iPad 3G seja um mero trampolim para um futuro e não tão distante iPad 4G, usando uma versão mais avançada do sistema operacional a ser lançado ainda este ano, o OS4.

Mas ele não será o tão sonhado Snow Leopard, que faz a alegria dos aficcionados no Mac, até por limitações do processador, que a Apple decidiu apostar em tecnologia própria no iPad, contrastando fortemente com o bem sucedido abandono do PowerPC em favor dos chips Intel, que ajudaram a alavancar os Mac para novos patamares de sucesso.

Parece confuso?  E é mesmo! Decididamente, o que tanto diferenciou a Apple em lançamentos anteriores -o Fator Surpresa- está um tanto tímido, no caso do iPad.  A concorrência vem feroz, o que é bom para nós, usuários.

Mas chegar ao extremo de dizer que o iPad nada mais é do que um iPhonão é simplificar uma análise séria. E dá para antecipar que uma nova versão do iPad chegue em menos de um ano ao mercado com webcam, por exemplo, por conta das funcionalidades multitarefas do OS4.

Na fila das compras da loja da Apple do dia 30, encontrei um empresário brasileiro do ramo de móveis já comprando seus iPad para fazer um teste com o produto para seus vendedores.

Assim, dá para imaginar que o iPad possa conquistar também importantes nichos de mercado no mundo corporativo, inclusive nas pequenas e médias empresas.

A conferir.

Chegou o iPad

O iPad, o slate computer da Apple, finalmente está nas lojas nos Estados Unidos a partir de hoje, em sua versão WiFi.  A versão WiFi + 3G chega no final do mês. No Brasil, a expectativa de disponibilidade é lá para o final de maio. Mas, afinal, vale a pena?




John Sutter, blogueiro da CNN que teve acesso ao iPad antes do lançamento, escreve um interessante tutorial sobre as 12 coisas que você deve saber antes de comprar um iPad (em inglês).

Como eu esperava, o produto vai ter sua prova de fogo no segmento dos livros digitais, onde concorre com o Kindle, da Amazon, e o Nook, da Barnes&Noble, ambos mais baratos. Já está lançada a briga dos prós (tela colorida, acelerômetro, 140.000 aplicativos do iPhone) e contras (a tecnologia eInk é superior à do iPad, a bateria não pode ser trocada), só para começar…

Mas inegavelmente o iPad chega com forte apelo aos estudantes, pois o mercado de livros digitais está em alta e os aplicativos do iPhone/iPod vão funcionar direto no iPad, além de exibir fotos e vídeos e tocar músicas com a qualidade que a Apple criou para liderar o mercado.

Um ponto que continua a dar razão aos críticos ferozes e sustos aos desavisados usuários é que o iPad também não vai rodar o Flash, da Adobe, disparado o mais popular e melhor exibidor de vídeos na internet.  Os otimistas acreditam que o mercado vai rapidamente migrar para o padrão HTML5, que dispensa um player proprietário, com o Flash, mas eu vejo que esse dia ainda vai demorar um bom par de anos, embora seja inevitável.

Enquanto isso, o jeito é conviver com essa limitação, razoável para quem acessa a internet.

Aqui no Brasil, alguns sites de comércio eletrônico já reservam o iPad básico por R$ 1.800, ou um pouco mais de US$ 1.000, mais do dobro do preço americano.  Aos afobados, um alerta: essas ofertas são de importadores independentes, e pode ser que não haja garantia e manutenção aqui. Para sair na frente economizando uns trocados, melhor trazer quando for aos Estados Unidos (cabe no limite de isenção de taxas alfandegárias).  Para estar seguro, o jeito é aguardar o lançamento entre nós.

Vamos acompanhar de perto como se sai o iPad.  Controverso por essas e outras razões, ele tanto pode ser mais um sucesso ou um novo fracasso da Apple. Com certeza ele não fica no meio termo.

Eu sigo apostando que o iPad vai ser um sucesso.  A conferir…

>Chegou o iPad

>O iPad, o slate computer da Apple, finalmente está nas lojas nos Estados Unidos a partir de hoje, em sua versão WiFi.  A versão WiFi + 3G chega no final do mês. No Brasil, a expectativa de disponibilidade é lá para o final de maio. Mas, afinal, vale a pena?




John Sutter, blogueiro da CNN que teve acesso ao iPad antes do lançamento, escreve um interessante tutorial sobre as 12 coisas que você deve saber antes de comprar um iPad (em inglês).

Como eu esperava, o produto vai ter sua prova de fogo no segmento dos livros digitais, onde concorre com o Kindle, da Amazon, e o Nook, da Barnes&Noble, ambos mais baratos. Já está lançada a briga dos prós (tela colorida, acelerômetro, 140.000 aplicativos do iPhone) e contras (a tecnologia eInk é superior à do iPad, a bateria não pode ser trocada), só para começar…

Mas inegavelmente o iPad chega com forte apelo aos estudantes, pois o mercado de livros digitais está em alta e os aplicativos do iPhone/iPod vão funcionar direto no iPad, além de exibir fotos e vídeos e tocar músicas com a qualidade que a Apple criou para liderar o mercado.

Um ponto que continua a dar razão aos críticos ferozes e sustos aos desavisados usuários é que o iPad também não vai rodar o Flash, da Adobe, disparado o mais popular e melhor exibidor de vídeos na internet.  Os otimistas acreditam que o mercado vai rapidamente migrar para o padrão HTML5, que dispensa um player proprietário, com o Flash, mas eu vejo que esse dia ainda vai demorar um bom par de anos, embora seja inevitável.

Enquanto isso, o jeito é conviver com essa limitação, razoável para quem acessa a internet.

Aqui no Brasil, alguns sites de comércio eletrônico já reservam o iPad básico por R$ 1.800, ou um pouco mais de US$ 1.000, mais do dobro do preço americano.  Aos afobados, um alerta: essas ofertas são de importadores independentes, e pode ser que não haja garantia e manutenção aqui. Para sair na frente economizando uns trocados, melhor trazer quando for aos Estados Unidos (cabe no limite de isenção de taxas alfandegárias).  Para estar seguro, o jeito é aguardar o lançamento entre nós.

Vamos acompanhar de perto como se sai o iPad.  Controverso por essas e outras razões, ele tanto pode ser mais um sucesso ou um novo fracasso da Apple. Com certeza ele não fica no meio termo.

Eu sigo apostando que o iPad vai ser um sucesso.  A conferir…

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? – II

Seguindo a postagem anterior, com uma pitada de nostalgia apenas para ilustrar o ponto.  Eu sou do tempo que:

  1. O telefone servia para telefonar (quando dava linha);
  2. O computador fazia processamento de dados
  3. O arquivo estava em disco ou fita magnética
  4. A câmera fotográfica só tirava fotos
  5. O televisor pegava uns poucos canais de TV aberta
  6. O som estéreo ficava na sala principal da casa
  7. Torpedo era coisa mandada por submarino

 Às vésperas do Natal de 2009 e do Ano Novo de 2010, a coisa ficou  mais ou menos assim:

  1. O telefone serve mais para ouvir música, jogar joguinho, mandar torpedo
  2. O computador serve para falar ao vivo com outras pessoas, com imagem de vídeo
  3. O arquivo que eu mais preciso eu guardo na ‘nuvem’
  4. Filmes do dia-a-dia podem ser feitos com câmera fotográfica ou com o telefone
  5. O televisor mostra as fotos que tirei, acessa o YouTube e raramente passa o Fantástico
  6. O som de qualidade está em qualquer lugar, em múltiplos dispositivos, menos na sala
  7. O Submarino é loja virtual, ao menos até o Brasil construir os seus nucleares

Então, reforçada a dificuldade de posicionar um produto no mercado digital, ouvi de um dos criadores do telefone celular, Martin Cooper, que o melhor mesmo são os aparelhos mais simples. Esse cara que é nostálgico!

Para quem já tem vários aparelhos digitais, então o Natal pode ser um bom momento de consolidar esse investimento.  Pode ser uma boa hora de construir uma rede doméstica, não aquela de pendurar nas paredes ou nas árvores, mas uma rede de computadores que vai servir a muitos aparelhos digitais, inclusive a computadores!

Além dos aparelhos que vou conectar através de cabos da rede, se precisar ligar aparelhos através de um roteador sem fio, a dica é aproveitar a queda de preços do padrão 802.11n, que, além de mais rápidos, normalmente oferecem maior alcance e guardam compatibilidade com os padrões anteriores, o b e o g. Um roteador wireless n hoje custa um pouquinho mais que um equivalente g.

Não é uma boa dica para presente a quem tem tudo, e numa faixa de R$ 300?

Mas esse mundo digital está cada vez mais interessante, fácil de usar e difícil de explicar.  Ao menos à luz de premissas saudosistas…

 

>Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? – II

>Seguindo a postagem anterior, com uma pitada de nostalgia apenas para ilustrar o ponto.  Eu sou do tempo que:

  1. O telefone servia para telefonar (quando dava linha);
  2. O computador fazia processamento de dados
  3. O arquivo estava em disco ou fita magnética
  4. A câmera fotográfica só tirava fotos
  5. O televisor pegava uns poucos canais de TV aberta
  6. O som estéreo ficava na sala principal da casa
  7. Torpedo era coisa mandada por submarino

 Às vésperas do Natal de 2009 e do Ano Novo de 2010, a coisa ficou  mais ou menos assim:

  1. O telefone serve mais para ouvir música, jogar joguinho, mandar torpedo
  2. O computador serve para falar ao vivo com outras pessoas, com imagem de vídeo
  3. O arquivo que eu mais preciso eu guardo na ‘nuvem’
  4. Filmes do dia-a-dia podem ser feitos com câmera fotográfica ou com o telefone
  5. O televisor mostra as fotos que tirei, acessa o YouTube e raramente passa o Fantástico
  6. O som de qualidade está em qualquer lugar, em múltiplos dispositivos, menos na sala
  7. O Submarino é loja virtual, ao menos até o Brasil construir os seus nucleares

Então, reforçada a dificuldade de posicionar um produto no mercado digital, ouvi de um dos criadores do telefone celular, Martin Cooper, que o melhor mesmo são os aparelhos mais simples. Esse cara que é nostálgico!

Para quem já tem vários aparelhos digitais, então o Natal pode ser um bom momento de consolidar esse investimento.  Pode ser uma boa hora de construir uma rede doméstica, não aquela de pendurar nas paredes ou nas árvores, mas uma rede de computadores que vai servir a muitos aparelhos digitais, inclusive a computadores!

Além dos aparelhos que vou conectar através de cabos da rede, se precisar ligar aparelhos através de um roteador sem fio, a dica é aproveitar a queda de preços do padrão 802.11n, que, além de mais rápidos, normalmente oferecem maior alcance e guardam compatibilidade com os padrões anteriores, o b e o g. Um roteador wireless n hoje custa um pouquinho mais que um equivalente g.

Não é uma boa dica para presente a quem tem tudo, e numa faixa de R$ 300?

Mas esse mundo digital está cada vez mais interessante, fácil de usar e difícil de explicar.  Ao menos à luz de premissas saudosistas…

 

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital?

A cada ano que passa, a tecnologia avança, os preços se reduzem, as opções aumentam, a decisão então…


Revendo algumas recomendações que fiz para Natais anteriores, vejo que até que não errei muito. Minhas previsões foram muito baseadas no que chamaria da “Lei de Moore Expandida”.

Gordon Moore, um dos fundadores da Intel certa vez falou a um público seleto que a lógica dos processadores de computador era de a cada 18 meses sua capacidade dobrar e o preço cair pela metade. Moore “chutou” aquilo, mas a coisa pegou e os processadores veem seguindo essa lógica empírica (como ele mesmo reconheceu mais tarde).

Só que hoje todos os produtos digitais são microprocessados, do computador ao celular, do televisor à filmadora, passando por dispositivos de rede, de armazenamento, enfim, tudo!

Assim, a Lei de Moore começou a ter aplicabilidade a um leque enorme de produtos e de serviços digitais, ainda mais com a disseminação universal da internet.

O que está ficando confuso, hoje em dia, é definir o que é um segmento de mercado. Vamos ver o exemplo de um iPhone. Em tese, é um celular -telefone!- com algumas ou muitas funcionalidades adicionais, que acabou categorizado como um “smartphone“. Se isso é verdade, e não apenas um rótulo de marketing, adicionem-se todos os demais smartphones e chegamos a um mercado que hoje passa de 10% mas não chega a 20% das unidades de celulares comercializadas, dependendo do país ou da região. Assim, por exclusão, 80% -no mínimo- dos celulares vendidos no mundo não são smartphones; logo, são “dumbphones“, ou “telefones burros“.

No Brasil, 40% dos acessos à internet feitos por dispositivos móveis são originados de iPhone, que tem míseros 2% de market share. Ou seja, quem tem iPhone definitivamente usa relativamente pouco a função de telefonia por voz.

Vamos agora ao mundo do entretenimento doméstico, hoje centrado nos televisores digitais de alta definição, um home-theater e boas opções de conteúdo. É só olhar as ofertas que vamos ver algumas tendências:

  • Os televisores e os receivers estão recheados de portas HDMI, USB e acesso à internet;
  • 1 em cada 3 ofertas de player BluRay também acessam a internet e navegam direto no YouTube
  • Câmeras fotográficas e filmadoras de ponta trabalham com imagens 1080p, algumas também podem postar conteúdo na internet
  • Quem tem essas geringonças todas usa muito pouco de suas funcionalidades e tem um monte de cabos e fios que fazem verdadeiros ninhos de rato nos lares

Para minimizar o investimento e maximizar o desfrute, temos de pensar de nova perspectiva: integrar e conectar todas essas coisas, aí incluidos o GPS do carro e os dispositivos de monitoramento e segurança pessoais e domiciliares.

Devemos, enfim, pensar antes nas funcionalidades que pretendemos, e de que forma podemos otimizá-las, não só em termos de custo, como -e especialmente- de praticidade.

Dá para afirmar que, se temos um orçamento capaz de comprar e manter essa diversidade de dispositivos digitais, vale a pena planejar o futuro, antes de fazer as compras do presente.

Explico melhor: com toda essa modernidade, será que estamos melhor equipados? Por exemplo, quando precisamos recuperar uma sequência de fotos da década passada e não as achamos ou não temos como lê-las. O tal do “backup” raramente funciona a longo prazo, e quase tudo aquilo que nos gera a decisão de compra é esquecido após o início do uso dos digitais.

Ora, se uma TV tem acesso à internet, um celular pode fazer fotos maravilhosas,  um computador é um apoio importante a um escritor ou a um músico, e os livros digitais estão chegando, mas outros dispositivos também são bons, eu acho que um iPhone não é só um telefone, um player BluRay não é só um toca video HD, um computador de mesa pode ser uma central multimídia, ou o servidor de uma rede doméstica, e por aí vai.

A compatibilidade entre os equipamentos é algo a ser cuidado, e merece mais detalhamento. Mas, no Natal de 2009, pense naquilo que você pretende comprar e como você vai conectá-lo em seus outros equipamentos digitais.

Para começar, ele deve ter portas USB e/ou HDMI, estas últimas o novo padrão para transmitir imagens de alta definição e, na maioria dos casos, o som aberto e multicanal que acompanha.

Então, pense nisso:  Duas interfaces que facilitam a conexão entre dispositivos digitais, USB e HDMI. Há um ano atrás, poderiam ser opcionais em um televisor de alta definição ou em um Home Theater.  Em 2009, já são a regra. E, supondo que você poderá ter muitas conexões, quanto mais portas desse tipo você tiver nos aparelhos que ficam em casa, melhor.

>Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital?

>A cada ano que passa, a tecnologia avança, os preços se reduzem, as opções aumentam, a decisão então…


Revendo algumas recomendações que fiz para Natais anteriores, vejo que até que não errei muito. Minhas previsões foram muito baseadas no que chamaria da “Lei de Moore Expandida”.

Gordon Moore, um dos fundadores da Intel certa vez falou a um público seleto que a lógica dos processadores de computador era de a cada 18 meses sua capacidade dobrar e o preço cair pela metade. Moore “chutou” aquilo, mas a coisa pegou e os processadores veem seguindo essa lógica empírica (como ele mesmo reconheceu mais tarde).

Só que hoje todos os produtos digitais são microprocessados, do computador ao celular, do televisor à filmadora, passando por dispositivos de rede, de armazenamento, enfim, tudo!

Assim, a Lei de Moore começou a ter aplicabilidade a um leque enorme de produtos e de serviços digitais, ainda mais com a disseminação universal da internet.

O que está ficando confuso, hoje em dia, é definir o que é um segmento de mercado. Vamos ver o exemplo de um iPhone. Em tese, é um celular -telefone!- com algumas ou muitas funcionalidades adicionais, que acabou categorizado como um “smartphone“. Se isso é verdade, e não apenas um rótulo de marketing, adicionem-se todos os demais smartphones e chegamos a um mercado que hoje passa de 10% mas não chega a 20% das unidades de celulares comercializadas, dependendo do país ou da região. Assim, por exclusão, 80% -no mínimo- dos celulares vendidos no mundo não são smartphones; logo, são “dumbphones“, ou “telefones burros“.

No Brasil, 40% dos acessos à internet feitos por dispositivos móveis são originados de iPhone, que tem míseros 2% de market share. Ou seja, quem tem iPhone definitivamente usa relativamente pouco a função de telefonia por voz.

Vamos agora ao mundo do entretenimento doméstico, hoje centrado nos televisores digitais de alta definição, um home-theater e boas opções de conteúdo. É só olhar as ofertas que vamos ver algumas tendências:

  • Os televisores e os receivers estão recheados de portas HDMI, USB e acesso à internet;
  • 1 em cada 3 ofertas de player BluRay também acessam a internet e navegam direto no YouTube
  • Câmeras fotográficas e filmadoras de ponta trabalham com imagens 1080p, algumas também podem postar conteúdo na internet
  • Quem tem essas geringonças todas usa muito pouco de suas funcionalidades e tem um monte de cabos e fios que fazem verdadeiros ninhos de rato nos lares

Para minimizar o investimento e maximizar o desfrute, temos de pensar de nova perspectiva: integrar e conectar todas essas coisas, aí incluidos o GPS do carro e os dispositivos de monitoramento e segurança pessoais e domiciliares.

Devemos, enfim, pensar antes nas funcionalidades que pretendemos, e de que forma podemos otimizá-las, não só em termos de custo, como -e especialmente- de praticidade.

Dá para afirmar que, se temos um orçamento capaz de comprar e manter essa diversidade de dispositivos digitais, vale a pena planejar o futuro, antes de fazer as compras do presente.

Explico melhor: com toda essa modernidade, será que estamos melhor equipados? Por exemplo, quando precisamos recuperar uma sequência de fotos da década passada e não as achamos ou não temos como lê-las. O tal do “backup” raramente funciona a longo prazo, e quase tudo aquilo que nos gera a decisão de compra é esquecido após o início do uso dos digitais.

Ora, se uma TV tem acesso à internet, um celular pode fazer fotos maravilhosas,  um computador é um apoio importante a um escritor ou a um músico, e os livros digitais estão chegando, mas outros dispositivos também são bons, eu acho que um iPhone não é só um telefone, um player BluRay não é só um toca video HD, um computador de mesa pode ser uma central multimídia, ou o servidor de uma rede doméstica, e por aí vai.

A compatibilidade entre os equipamentos é algo a ser cuidado, e merece mais detalhamento. Mas, no Natal de 2009, pense naquilo que você pretende comprar e como você vai conectá-lo em seus outros equipamentos digitais.

Para começar, ele deve ter portas USB e/ou HDMI, estas últimas o novo padrão para transmitir imagens de alta definição e, na maioria dos casos, o som aberto e multicanal que acompanha.

Então, pense nisso:  Duas interfaces que facilitam a conexão entre dispositivos digitais, USB e HDMI. Há um ano atrás, poderiam ser opcionais em um televisor de alta definição ou em um Home Theater.  Em 2009, já são a regra. E, supondo que você poderá ter muitas conexões, quanto mais portas desse tipo você tiver nos aparelhos que ficam em casa, melhor.

>Vendas recordes de PCs este ano no Brasil. Isso é bom?

>Notícia do Computerworld mostra otimismo da indústria de computadores no Brasil, com vendas recordes no final do ano. Isso é necessariamente bom?

Chama atenção que “A consultoria IT Data está projetando vendas de 3,34 milhões de PCs entre outubro e dezembro de 2009, número 26% superior ao mesmo período do ano passado. No ano completo, no entanto, a empresa estima uma queda de 3%”.

Ora, 26% mais do que no mesmo período do ano passado e só 3% menos que todo 2008 no acumulado certamente é motivo de comemoração. Afinal, mostra que o Brasil entrou depois e saiu antes da crise, que nossa economia está arrumada e tudo mais.

Pegando o número de uma pesquisa recente, vemos que, em fevereiro deste ano, existiam 63 milhões de internautas no Brasil, de tudo que é tipo, incluindo aí os que acessam eventualmente do celular, de lan houses, de bibliotecas, da casa de amigos ou parentes. Isso dá cerca de 1/3 da população. Pouco, muito pouco…

Aí comparamos preços daqui e dos Estados Unidos. Um netbook médio entre nós sai por R$ 1.500. O equivalente lá, vem por US$ 290, ou R$ 510, ao câmbio de R$ 1,76 por dolar. Um iPhone está a bagatela de R$ 3.000 no pré-pago, ou com sorte, se a operadora vai com sua cara, por R$ 990,00, enquanto que o plano padrão da AT&T, o iPhone sai por US$ 199(3GS), ou R$ 350. O “velho” 3G sai por US$ 99, ou R$ 174…

E olhem que estamos ainda sob a tal “Lei do Bem“, uma evolução da “MP do Bem“, que isentou ou reduziu tributos e contribuições para computadores até um certo porte. Em 31/12 deste ano isso acaba, embora a indústria esteja negociando a sua manutenção por mais tempo, com razoáveis chances de sucesso.

Ainda assim é caro comprar um treco digital no Brasil. Muito caro!

Suspeito que, mesmo com a redução tributária a carga ainda é alta, e, quem sabe, as margens da cadeia produtiva e do varejo também.

Suponhamos, por um momento, que nossos preços aqui no mercado fossem “” uns 40% mais do que lá fora. Então, esse mesmo netbook de US$ 250 ou R$ 440 sairia aqui por R$ 616,00, ou menos da metade do preço atualmente praticado, com impostos baixos e tudo. E um iPhone seria ofertado por R$ 490,00, ou metade da melhor oferta atul.

Façam as contas com qualquer outra linha de produtos digitais. Tentem câmeras fotográficas, filmadoras, outros modelos de celular, pendrives, players de música, HDs externos, enfim… achem algo que aqui no Brasil, comprado em loja real ou virtual, tenhamos preços decentes.

MP do Bem? Lei do Bem?

Viva o povo brasileiro que compra tudo mais caro e ainda acha bom. Eu incluido nesse meio.

Vendas recordes de PCs este ano no Brasil. Isso é bom?

Notícia do Computerworld mostra otimismo da indústria de computadores no Brasil, com vendas recordes no final do ano. Isso é necessariamente bom?

Chama atenção que “A consultoria IT Data está projetando vendas de 3,34 milhões de PCs entre outubro e dezembro de 2009, número 26% superior ao mesmo período do ano passado. No ano completo, no entanto, a empresa estima uma queda de 3%”.

Ora, 26% mais do que no mesmo período do ano passado e só 3% menos que todo 2008 no acumulado certamente é motivo de comemoração. Afinal, mostra que o Brasil entrou depois e saiu antes da crise, que nossa economia está arrumada e tudo mais.

Pegando o número de uma pesquisa recente, vemos que, em fevereiro deste ano, existiam 63 milhões de internautas no Brasil, de tudo que é tipo, incluindo aí os que acessam eventualmente do celular, de lan houses, de bibliotecas, da casa de amigos ou parentes. Isso dá cerca de 1/3 da população. Pouco, muito pouco…

Aí comparamos preços daqui e dos Estados Unidos. Um netbook médio entre nós sai por R$ 1.500. O equivalente lá, vem por US$ 290, ou R$ 510, ao câmbio de R$ 1,76 por dolar. Um iPhone está a bagatela de R$ 3.000 no pré-pago, ou com sorte, se a operadora vai com sua cara, por R$ 990,00, enquanto que o plano padrão da AT&T, o iPhone sai por US$ 199(3GS), ou R$ 350. O “velho” 3G sai por US$ 99, ou R$ 174…

E olhem que estamos ainda sob a tal “Lei do Bem“, uma evolução da “MP do Bem“, que isentou ou reduziu tributos e contribuições para computadores até um certo porte. Em 31/12 deste ano isso acaba, embora a indústria esteja negociando a sua manutenção por mais tempo, com razoáveis chances de sucesso.

Ainda assim é caro comprar um treco digital no Brasil. Muito caro!

Suspeito que, mesmo com a redução tributária a carga ainda é alta, e, quem sabe, as margens da cadeia produtiva e do varejo também.

Suponhamos, por um momento, que nossos preços aqui no mercado fossem “” uns 40% mais do que lá fora. Então, esse mesmo netbook de US$ 250 ou R$ 440 sairia aqui por R$ 616,00, ou menos da metade do preço atualmente praticado, com impostos baixos e tudo. E um iPhone seria ofertado por R$ 490,00, ou metade da melhor oferta atul.

Façam as contas com qualquer outra linha de produtos digitais. Tentem câmeras fotográficas, filmadoras, outros modelos de celular, pendrives, players de música, HDs externos, enfim… achem algo que aqui no Brasil, comprado em loja real ou virtual, tenhamos preços decentes.

MP do Bem? Lei do Bem?

Viva o povo brasileiro que compra tudo mais caro e ainda acha bom. Eu incluido nesse meio.

>Bateria do iPhone: Meia Boca

>Antes de mais nada, declaro ser um fã de carteirinha da Apple e do Steve Jobs. Já fui até rotulado de “Comentarista Sectário”, por só falar bem dos produtos e da tecnologia da Apple.

Pode ser, mas é fato que a Apple torna seus produtos e serviços únicos no mundo, por ter um apelo de beleza, praticidade, funcionalidade e, sobretudo, charme, muito charme.

Na safra recente dos Mac, iPod e iPhones, é uma boa surpresa atrás da outra – ou quase – mas o iPhone 3G, o mais vendido de todos os smartphones nos ultimos 12 meses, tem um ponto fraco: a duração da bateria.

Em uso normal, ela precisa ser recarregada diariamente, lembrando os nada saudosos tempos do celular analógico. Não por acaso, os acessórios que mais fazem sucesso, depois das capas de silicone são os carregadores de bateria para carro e as “piggyback batteries” uma delas no formato de uma capa, um pouco mais grossa e pesada, mas que dá mais algumas dezenas de minutos de autonomia.

Já ouvi o argumento que, afinal, o iPhone não é apenas um celular ou mesmo um smartphone. Na verdade, é uma nova e completa plataforma digital, um verdadeiro canivete suiço da era da internet. Tudo isso é verdade, mas nos concorrentes que emulam o iPhone, a bateria é mais durável.

Já li que o sistema operacional 3.0 do iPhone deveria ser mais econômico no consumo de energia (versão da Apple), mas os usuários, de modo geral, seguem se queixando, do mesmo jeito.

No meu caso, vou trocar a bateria do meu antes mesmo de um ano de uso. E o “saco” é ter de levar na autorizada para fazer essa operação simples em qualquer outro aparelho, pois, no caso do iPhone, leigos não podem abrí-lo nem mesmo para instalar uma simples bateria.

Provavelmente terei uma surpresa quanto ao preço… Mas será menos ruim do que a que ouvi de um vendedor em uma loja da Apple, que me recomendou usar o iPhone mais como telefone e a desabilitar as funções 3G e WiFi, que a bateria duraria mais.

Pode ser, mas assim eu não preciso do iPhone. E a Apple não pode se dar ao luxo de ter vendedores que pedem para você não usar o aparelho para aquelas funções que fazem do iPhone um produto diferenciado nesse tão competitivo mercado.