Dia dos Pais com verba curta. Qual o presente?
Dia dos Pais. Dia de Presentes? De tecnologia?
Pode ser que hajam limitações. O cartão de crédito não anda de bom humor, o pai já tem tudo, ou não é muito ligado em coisas digitais, ou uma combinação desses e outros fatores.
Mas é inegável que a data traga reflexões. Nesse ano de 2014, muita gente anda contraída, ressabiada, e, no campo da tecnologia, já se foram os dias daqueles presentes baratos, para uso diário, como um pendrive, uma capa nova para o smartphone ou até mesmo uma coleção nova de músicas digitais numa dessas stores online onde você tem conta.
Presentear o papai com uma assinatura de uma revista digital ou de um serviço de streaming de vídeo pode ser uma boa, mas às vezes pode passar do teto de seu orçamento.
Que tal então procurar fazer uma aproximação digital com o papis? Como existe uma geração –literalmente– entre ele e você, é possível que suas trilhas digitais sejam bem distintas. Cada um na sua, usando aplicativos diferentes, de modo diferente, perfis de redes sociais que podem nem convergir. Ou até convergir demais.
Explico: com amigos(as), com a turma, é natural aquela sinergia na interação digital. Com uma geração acima ou abaixo, isso não é tão óbvio.
O dia-a-dia da vida moderna impõe, por vezes, um distanciamento maior. Locais de residência distintos, tempo de deslocamentos cada vez maiores, compromissos mil para manter as contas em dia, enfim, perspectivas e expectativas distintas.
É aqui que os dispositivos e serviços digitais tanto podem afastar como aproximar as gerações. Sem que isso seja notado por um ou por outro.
Você pode, então, conversar com o velho e buscar os pontos em comum das vidas digitais e aproximar-se dele. Um ponto de partida. De baixo para cima, na pirâmide etária.
Use a tecnologia para ficar mais perto, para aplainar divergências.
Tudo anda bem? OK, mesmo assim, nada é tão bom que não possa melhorar!
Tudo está feio? Boa oportunidade para reverter o quadro.
Faça uma proposta de aproximação digital. Pessoalmente, se possível. Com uma cartinha de papel, junto a um abraço e um beijo. Esse link é muito importante!
Eu tenho estudado muito a respeito do assunto, e de como as diversas gerações se comportam diante do mundo digital. A diferença é grande!
Existem, mundo afora, grupos, moderados por psicólogos, que se propõem a reaproximar filhos de pais e vice-versa usando a tecnologia como auxílio. Pode até dar certo, não sei.
Mas o bom mesmo, é um grande abraço e um beijo carinhoso no dia deles, que também pode ser o seu.
Isso vale mais do que um presente comprado pela internet. Independente de seu orçamento!
Feliz dia dos Pais, aos pais e filhos, sejam eles analógicos ou digitais.
Boas e más notícias para a tecnologia em 2014
Com as novidades digitais já anunciadas pelas grandes empresas e também por promissoras startups, o ano de 2014 promete ser bem mais animado do que 2013.
Eu até arriscaria uma aposta de que, no Natal deste ano, veremos algum tipo de produto digital para vestir ou como acessório da moda que estará no hit parade dos mais cobiçados e vendidos.
Ou seja, não será por falta de opções ou tentações que você não incluirá uma dessas na sua lista de desejos ou de compras.
Televisores, laptops, tablets, smartphones, relógios, óculos, pulseiras, meias e camisas conectadas estarão nas prateleiras. Até para seu pet favorito você terá opções.
Essas são as boas notícias… As más, estão por conta de dois vilões, o dolar e os juros. Não é cenário de nenhum economista um ambiente de dólar a menos de R$ 2 nem de juros básicos em um só dígito, que dirá para financiamento ao consumidor.
Como esses gadgets possuem altos índices de insumos importados, já dá para ver nas lojas as diferenças de preços em relação ao início de 2013. Os mais óbvios televisores e computadores estão, na média, mais de 10% acima dos equivalentes de um ano atrás, e, na métrica dos fabricantes, nem toda a variação cambial foi repassada.
É certo que os reajustes ao longo do ano superarão a taxa de inflação. Assim, não espere pechinchas para a lista de Noel. E se você precisar da ajudazinha de um financiamento. as prestações serão salgadas ao ponto dar trabalho extra aos seus rins para se ver livre delas.
Uma consequência adicional que podemos imaginar é que as vendas caiam um pouco, ou cresçam menos, o que pode aumentar estoques e derrubar um pouco os preços finais. Mas, sem margens compensadoras, a indústria e os importadores poderão adiar o ciclo de novos lançamentos no Brasil, fazendo as novidades demorarem mais tempo para chegar por aqui.
Mas também é possível que eu esteja errado, ou pessimista demais. Afinal, em ano de Copa do Mundo e eleições, ambas no Brasil, quem sabe?
>A Tecnologia a serviço do Consumidor
>ESTE BLOG AVISA: Essa postagem representa um caso de ataque digital sofrido pelo autor. É real e pode acontecer com cada um de vocês. Mas mostra como a tecnologia adequada e seu uso correto pode proteger o patrimônio do cidadão, aqui vestido de Consumidor. Ao relato:
O blogueiro aqui dirige pelo trânsito complicado de Curitiba, no meio da tarde, quando toca o celular. Atento às leis de trânsito, peço um segundo ao interlocutor e acho um cantinho para estacionar. Aí veio o pepino.
A pessoa que me chamava, muito gentil, disse ser da TAM, da área de prevenção de fraudes e me perguntou se eu havia comprado uma passagem aérea internacional na madrugada anterior, no valor de quase R$ 6.000, com cartão de crédito. Depois de checar a validade do interlocutor, disse-lhe que não e ele me explicou que essa compra fugia do meu padrão normal e que era procedimento de sua área investigar.
Aí ele me explica que iria bloquear o bilhete, ainda não usado, e acionar as polícias competentes, inclusive Interpol, e que eu não me preocupasse, mas que deveria acionar a operadora do cartão.
Ato contínuo, ligo para a operadora e meu cartão Mastercard é bloqueado e cancelado, com outro processo de investigação de fraude iniciado.
O interessante nesse episódio é que a compra inusitada não levantou suspeitas na operadora do cartão, mas sim na ponta da venda do serviço. De todo modo, os sofisticados algoritmos de prevenção de fraude funcionaram bem, sem me causar prejuízos.
Agora aguardo o desfecho das investigações, esperando que o fraudador seja devidamente punido.
Mas o preocupante é ver que, mesmo com a evolução da tecnologia, os bandidos sempre saltam um degrau mais acima. Meu agora ex-cartão tinha chip, o que dificulta o uso por terceiros, mas em compras pela internet não é necessária senha do cartão, mas normalmente os portais de compra pedem dados pessoais, como CPF e nome completo do portador.
Sei lá… Mas, como passei ileso nessa, só tenho a agradecer à prontidão e à eficiência da estrutura de gestão de fraude de uma companhia aérea, mesmo quando a operadora de cartão não acusa nada de anormal.
Menos mal. Fica a sensação de proteção de uma estrutura eficaz e do uso inteligente da tecnologia a serviço do consumidor.
O submundo do consumidor digital
Agora não tem mais jeito: somos cidadãos digitais, queiramos ou não. Uma parafernália de bits nas mais diversas embalagens fazem parte de nosso dia-a-dia, no trabalho, no lazer, no lar. Somos cada vez mais pessoas conectadas por aparelhos cada vez mais sofisticados, que se modernizam com uma velocidade cada vez maior, e isso nos faz mudar hábitos de vida e também nos cria dependência cada vez maior.
Um Admirável Mundo Novo, pois não? Dependendo de como vemos a tecnologia em nossas vidas, a leitura da frase anterior tanto pode ser no sentido de algo que miuda nossa vida para o muito melhor ou então a interpretação cáustica de Aldous Huxley, em seu excepcional livro de 1938.
Vou ficar com esse lado mais dark, nem tanto pela perda de individualidade e privacidade que Huxley mostra em seu livro (e estamos, de algum modo, trilhando esse caminho), mas por aquilo contra o quê precisamos urgentemente nos rebelar, que é a péssima qualidade dos serviços de assistência técnica de nossos dispositivos que tanto nos servem.
Hoje tive o desprazer de perder quase uma hora em uma autorizada de um fabricante de um leitor BluRay, ainda na garantia, para poder ser atendido. Assim como eu, dezenas de pessoas, com os mais diversos aparelhos, desde TV gigante até celular basicão. Senti-me como se estivesse no submundo da tecnologia digital.
Embora a empresa seja produtora de bens tecnológicos, parece que eles não aprenderam a usá-los para melhor atender seus clientes.
O problema começa com a localização: você já reparou que todos os serviços autorizados estão em lugar de acesso complicado e estacionamento perto do impossível?
Depois, quando o já impaciente participante de uma fila enorme é chamado a uma posição de atendimento e começa a fazer o cadastro. Nada funciona, desde a validação de um CPF até o código do produto. As atendentes ficam perdidas e o tempo médio de atendimento (enquanto lá estive) era superior a 15 minutos.
Depois vem a perspectiva do conserto. Algo muito vago, sem perspectiva concreta. Se você tem um produto de lazer, vai ficar sem por um tempo indeterminado. Se é um instrumento de trabalho, paciência! Vai ficar sem do mesmo jeito.
Olhando pelo ângulo do fabricante, que lança novidades quase a cada dia, para ficar no meracdo, parece que a assistência técnica tem um modelo difícil de resolver. É torcer que os aparelhos quebrem cada vez menos, para que a assistência ocorra a taxas estatisticamente desprezíveis.
Só que não é isso que ocorre. E como nós estamos cada vez mais dependentes dessas geringonças, talvez uma forma de uma empresa se apresentar como diferenciada fosse a prestação de um serviço de assistência técnica minimamente decente.
Eu até poderia declinar o nome desse fabricante. Mas não vou faze-lo, por achar que é tudo igual, até por depoimentos que já tive ou pude observar e estudar.
Contra isso, não há Código de Defesa do Consumidor que resolva. Só a ira da coletividade poderia pressionar os fabricantes a mudar.
>O submundo do consumidor digital
>Agora não tem mais jeito: somos cidadãos digitais, queiramos ou não. Uma parafernália de bits nas mais diversas embalagens fazem parte de nosso dia-a-dia, no trabalho, no lazer, no lar. Somos cada vez mais pessoas conectadas por aparelhos cada vez mais sofisticados, que se modernizam com uma velocidade cada vez maior, e isso nos faz mudar hábitos de vida e também nos cria dependência cada vez maior.
Um Admirável Mundo Novo, pois não? Dependendo de como vemos a tecnologia em nossas vidas, a leitura da frase anterior tanto pode ser no sentido de algo que miuda nossa vida para o muito melhor ou então a interpretação cáustica de Aldous Huxley, em seu excepcional livro de 1938.
Vou ficar com esse lado mais dark, nem tanto pela perda de individualidade e privacidade que Huxley mostra em seu livro (e estamos, de algum modo, trilhando esse caminho), mas por aquilo contra o quê precisamos urgentemente nos rebelar, que é a péssima qualidade dos serviços de assistência técnica de nossos dispositivos que tanto nos servem.
Hoje tive o desprazer de perder quase uma hora em uma autorizada de um fabricante de um leitor BluRay, ainda na garantia, para poder ser atendido. Assim como eu, dezenas de pessoas, com os mais diversos aparelhos, desde TV gigante até celular basicão. Senti-me como se estivesse no submundo da tecnologia digital.
Embora a empresa seja produtora de bens tecnológicos, parece que eles não aprenderam a usá-los para melhor atender seus clientes.
O problema começa com a localização: você já reparou que todos os serviços autorizados estão em lugar de acesso complicado e estacionamento perto do impossível?
Depois, quando o já impaciente participante de uma fila enorme é chamado a uma posição de atendimento e começa a fazer o cadastro. Nada funciona, desde a validação de um CPF até o código do produto. As atendentes ficam perdidas e o tempo médio de atendimento (enquanto lá estive) era superior a 15 minutos.
Depois vem a perspectiva do conserto. Algo muito vago, sem perspectiva concreta. Se você tem um produto de lazer, vai ficar sem por um tempo indeterminado. Se é um instrumento de trabalho, paciência! Vai ficar sem do mesmo jeito.
Olhando pelo ângulo do fabricante, que lança novidades quase a cada dia, para ficar no meracdo, parece que a assistência técnica tem um modelo difícil de resolver. É torcer que os aparelhos quebrem cada vez menos, para que a assistência ocorra a taxas estatisticamente desprezíveis.
Só que não é isso que ocorre. E como nós estamos cada vez mais dependentes dessas geringonças, talvez uma forma de uma empresa se apresentar como diferenciada fosse a prestação de um serviço de assistência técnica minimamente decente.
Eu até poderia declinar o nome desse fabricante. Mas não vou faze-lo, por achar que é tudo igual, até por depoimentos que já tive ou pude observar e estudar.
Contra isso, não há Código de Defesa do Consumidor que resolva. Só a ira da coletividade poderia pressionar os fabricantes a mudar.