Tecnologia e a Copa 2010
Quem segue a Copa do Mundo FIFA 2010 deve estar, no mínimo, pasmo com os vários erros de arbitragem. escancarados pela transmissão de TV por (quase) todo o mundo, sem censura, e com restrições, nos telões dos estádios.
A FIFA e o Board resistem em usar recursos de tecnologia, seja pela repetição de imagens na TV, seja por dispositivos embutidos na bola para bipar quando ela entra no gol ou sai de campo.
Ontem, Joseph Blatter, o todo poderoso presidente da FIFA reabriu a discussão, dada a repercussão mundial causada pelo gol da Inglaterra não marcado pelo trio de arbitragem e pelo gol da Argentina no México, quando o Carlito Tevez estava em flagrante impedimeto. Se na contagem final os resultados não seriam alterados, com certeza o impacto no ânimo dos jogadores e na ira das torcidas prejudicadas foi grande.
No fundo, inexistem argumentos sólidos para impedir que ao menos em torneios mais relevantes o uso desses recursos de apoio à arbitragem e à transparência de resultados sejam usados.
Não cabem mais os batidos argumentos que dizem ser impossível o uso da tecnologia porque os estádios do Gabão ou das Ilhas Maurício não justificariam, embora em torneios relevantes da Europa talvez fosse o caso.
Mas o fato é que o futebol é hoje um negócio global atraindo mais de um terço da humanidade em uma Copa do Mundo, e gera um PIB próprio maior do que o da maioria esmagadora ds países da Terra inscritos na FIFA (em maior número do que na ONU, diga-se de passagem).
Outro ponto é que a justiça ministrada pelos árbitros em uma partida de futebol tem de ser feita em tempo real, sem possibilidade de recurso.
Como fazer? É óbvio que torneios locais, mesmo em países-potência do futebol, não podem se dar ao luxo de usar esses recursos tecnológicos, pois o custo não se justifica.
Mas é óbvio que os torneios maiores podem tê-los, e testar as novidades tecnológicas sendo early adopters, para que a sua eficácia comprovada gere interesse e demanda e daí a escala de produção possa colocar os preços no chão.
Uma Copa do Mundo movimenta dezenas de bilhões de dolares. Usar uma pequena fração desse montante no investimento em tecnologia só faz bem aos bilhões de fãs do futebol.
Como fazer o payback do investimento? Simples: A FIFA, como puxadora da tecnologia, receberia royalties pela propagação dessas inovações dentro e fora do futebol.
É só querer, Herr Blatter! Sucesso em suas negociações nas reauniões do Board em Londres, agora em julho.
Gravando da TV: as opções de 2010
José Wille, âncora da CBN Curitiba, colocou no ar uma intrigante questão: Em 1982, já era possível gravar da TV os jogos da Copa do Mundo, as novelas e outros programas, nos caros e pesados videocassetes, que custavam um monte de dinheiro. Passados exatos 28 anos, isso é menos comum, pois os videocassetes desapareceram e os gravadores de DVD chegaram, mas duraram pouco no mercado. Por quê?
1- A chegada ao mercado do padrão de vídeo de alta definição, o BluRay, trouxe para baixo o preço dos tocadores de DVD. Hoje, um player BluRay de entrada está na faixa de R$ 300, e os DVD estão em liquidação.
2- No mercado local, só um modelo de gravador de vídeo é encontrado, que tanto grava em discos DVD como em um HD interno de 160GB, por R$ 899,00
3- Existe oferta das operadoras de TV por assinatura de decodificadores digitais com HD interno, que permite gravar programas de TV, mas não exportar para DVD ou outros aparelhos
4- Alguns televisores de alta definição possuem ou um HD interno para gravação ou uma saída USB para um disco rígido externo, que permite as gravações de TV aberta
5- Last, but not least, o principal motivo: o comprometimento dos fabricantes de televisores e equipamentos de vídeo e operadoras de TV por assinatura com os produtores de conteudo para proteção de direitos autorais. Não é por limitação tecnológica que inexistem gravadores BluRay para o consumidor. É adesão dos fabricantes ao tal de DRM, ou Digital Rights Management (Gerenciamento de Direitos Digital, em português) e outros protocolos internacionais que limitam as possibilidades de cópia de conteudo.
Então, você ainda pode gravar os jogos da Copa, no modo analógico, seja através de seu videocassete, de um gravador de DVD, de uma TV com um HD interno ou externo ou de um decodificador digital de sua operadora de TV por assinatura. Mas que a coisa é bem mais difícil que nos tempos áureos do videocassete, lá isso é…
Televisores para a Copa, boa pedida, bons preços
Quem está “de olho” (literalmente) em um televisor de LCD, Plasma ou LED para assistir a Copa em alta definição, ou para dar de presente no Dia das Mães, acredite: a hora é agora.
Os preços estão convidativos, e, numa faixa preoxima dos R$ 2.000 (para mais ou para menos), você pode ter um bom produto em casa. Ouça a entrevista que dei ao Marcos Tosi, da CBN, sobre o tema.
Como as opções são muitas, vou tentar resumir como proceder para ter algo de valor em casa:
- A opção Full HD, que assegura a recepção de sinais em 1080p, o padrão máximo da TV digital brasileira assegura a imagem com a melhor definição possível
- Um aparelho com o conversor digital embutido evita uma caixinha adicional que custa uns R$ 250 em média, sem contar a fiozarada que precisa para conectá-lo. O conversor de sinal digital assegura a recepcão das emissoras de TV aberta em alta definição, desde que com a antena adequada.
- O aparelho deve ter no mínimo duas entradas HDMI, uma para um disc-player BluRay, outra para um set-top de uma operadora de TV por assinatura.
- Como esses televisores são fininhos e vão bem em uma parede, é bom que tenha conectores laterais para uso eventual, como mais uma porta HDMI, uma USB, uma video-composto e uma video-componente. Assim você poderá conectar a câmera fotográfica, a filmadora, o laptop ou praticamente qualquer dispositivo digital
- Veja se você consegue no pacote o suporte de parede para seu televisor. Isso economiza uns R$ 200
- A instalação deve ser feita por uma assistência técnica autorizada pelo fabricante
- Pense na opção de uma garantia estendida, normalmente oferecida pela loja. Pode valer a pena para um produto com uma expectativa de bom uso por mais de uma década
- E não se esqueça de ver se o que está dentro de suas expectativas é coerente com seu bolso. Não é um inestimento tão pequeno e, às vezes, uns extras como acesso a internet para ver videos do YouTube podem jogar o preço para cima e não valem o que você vai usar
- E, antes de fechar negócio, veja como anda o preço em outras lojas físicas ou virtuais. A melhor época do mês para comprar é no final do mês, quando os lojstas já cumpriram suas metas de margem de lucro e precisam fechar os volumes de venda. Também existem alguns produtos bem em conta nos finais de semana, especialmente para compras pela internet.
Boas compras!