A Copa das Redes
Não dava para encerrar as postagens sobre a Copa do Mundo 2014 sem relacioná-la às redes sociais. Definitivamente, a Copa de 2014 foi duplamente a… Copa das Redes! Tanto de bolas na rede (azar e/ou incompetência nossa) como no uso das redes sociais.
Os números ainda carecem de consolidação, mas o infográfico de uso do Twitter durante o jogo Brasil x Alemanha é impressionante! Neymar, o grande ausente, foi o mais citado durante o jogo, exceto quando dos picos registrados a cada um dos 7 gols da Alemanha e o solitário gol de honra do Oscar. Foram 672 milhões de tuítes sobre a Copa nos seus 32 dias. A vitória da Alemanha por 7×1 sobre o Brasil, na semifinal, gerou 35,6 milhões de tuítes; a final Alemanha x Argentina, “apenas” 32,1 milhões.
O Facebook registra números ainda mais impressionantes, dada a sua base de contas ativas quase 5 vezes maior que a do Twitter. Só na final, 88 milhões de pessoas geraram mais de 280 milhões de postagens, comentários e curtidas likes na rede, durante a final que consagrou a seleção alemã.
Esse é um novo recorde para o Facebook em um evento único, batendo as 245 milhões durante o Super Bowl de 2013.
Após as oitavas de final, o Facebook informou haver superado a marca de 1 bilhão de postagens relativas à Copa, geradas por 220 milhões de usuários desde a partida inicial Brasil x Croácia em 12 de junho.
Nesta segunda, 14/7 a rede social anunciou que a Copa 2014 é o maior evento – esportivo ou não – na história do Facebook. E esse número foi gerado por uma base relativamente pequena, de 17% das contas ativas.
Também bateram recordes o Pinterest, o FourSquare, o Google+, o YouTube, e, claro, o Instagram, hoje controlado pelo Facebook.
Se compararmos os volumes do Twitter da Copa de 2014 no Brasil com os da Copa de 2010 na África do Sul, o crescimento foi brutal: mais de 300 vezes!
E o pais que registrou o maior crescimento, dentre as 32 seleções representadas? Os Estados Unidos, onde definitivamente o soccer parece estar na rota de virar superstar. Os gigantes da publicidade e do entretenimento não cansam de tecer loas ao futebol e ao tamanho do business.
Definitivamente, dois tipos de seres totalmente globais convergiram forte aqui no Brasil: a Copa do Mundo e as Redes Sociais.
Sua Copa do Mundo personalizada no seu tablet ou smartphone
O Flipboard é talvez o App mais popular de revistas digitais personalizadas, onde você pode estar sempre atualizado sobre temas de seu interesse, assinando jornais, revistas e blogs dos mais conceituados mundo afora, além de concentrar suas páginas de redes sociais como Facebook e Twitter. E tudo grátis!
Com mais de 100.000.000 de assinantes, o Flipboard agora inova, por ocasião da Copa do mundo no Brasil, com o lançamento de 32 revistas temáticas sobre cada uma das seleções participantes, mais uma geral sobre o Brasil. O diferente é que o conteúdo dessas revistas é majoritariamente selecionado por curadores voluntários de cada país -escolhidos pelo Flipboard- que flipam páginas da internet sobre sua seleção, ou preparam matérias originais.
Cada assinante tem seu Flipboard personalizado no smartphone ou tablet, dependendo dos títulos assinados. E é possível compartilhar cada página com pessoas selecionadas, ou convidadas para usar o Flipboard.
Fiquei contente de ser um dos co-curadores da seleção brasileira, e posso ver que o alcance é realmente global. Mais do que isso, a Copa do Mundo realmente chama a atenção do planeta, mesmo antes da bola rolar no campo, ara valer.
Outro ponto interessante é podermos ver visões diferentes sobre nosso país ou nossa seleção, inclusive algumas repercutindo as críticas e manifestações contra a Copa que seguem acontecendo.
Entender essas múltiplas visões é interessante, democrático, ensina muito e traz a meditação sobre o papel que a internet e as redes sociais desempenham no nosso cotidiano.
Então, você quer ter uma visão consolidada da Copa? Se não tem ainda o Flipboard, é só baixar o App no Google Play, no App Store, no Windows Store ou no BlackBerry World, e aí selecionar o que você quer de conteúdo na sua revista, incluindo aí o Brazil 2014 – Team Magazines.
Bom proveito, boa Copa a todos!
Tecnologia e a Copa 2010
Quem segue a Copa do Mundo FIFA 2010 deve estar, no mínimo, pasmo com os vários erros de arbitragem. escancarados pela transmissão de TV por (quase) todo o mundo, sem censura, e com restrições, nos telões dos estádios.
A FIFA e o Board resistem em usar recursos de tecnologia, seja pela repetição de imagens na TV, seja por dispositivos embutidos na bola para bipar quando ela entra no gol ou sai de campo.
Ontem, Joseph Blatter, o todo poderoso presidente da FIFA reabriu a discussão, dada a repercussão mundial causada pelo gol da Inglaterra não marcado pelo trio de arbitragem e pelo gol da Argentina no México, quando o Carlito Tevez estava em flagrante impedimeto. Se na contagem final os resultados não seriam alterados, com certeza o impacto no ânimo dos jogadores e na ira das torcidas prejudicadas foi grande.
No fundo, inexistem argumentos sólidos para impedir que ao menos em torneios mais relevantes o uso desses recursos de apoio à arbitragem e à transparência de resultados sejam usados.
Não cabem mais os batidos argumentos que dizem ser impossível o uso da tecnologia porque os estádios do Gabão ou das Ilhas Maurício não justificariam, embora em torneios relevantes da Europa talvez fosse o caso.
Mas o fato é que o futebol é hoje um negócio global atraindo mais de um terço da humanidade em uma Copa do Mundo, e gera um PIB próprio maior do que o da maioria esmagadora ds países da Terra inscritos na FIFA (em maior número do que na ONU, diga-se de passagem).
Outro ponto é que a justiça ministrada pelos árbitros em uma partida de futebol tem de ser feita em tempo real, sem possibilidade de recurso.
Como fazer? É óbvio que torneios locais, mesmo em países-potência do futebol, não podem se dar ao luxo de usar esses recursos tecnológicos, pois o custo não se justifica.
Mas é óbvio que os torneios maiores podem tê-los, e testar as novidades tecnológicas sendo early adopters, para que a sua eficácia comprovada gere interesse e demanda e daí a escala de produção possa colocar os preços no chão.
Uma Copa do Mundo movimenta dezenas de bilhões de dolares. Usar uma pequena fração desse montante no investimento em tecnologia só faz bem aos bilhões de fãs do futebol.
Como fazer o payback do investimento? Simples: A FIFA, como puxadora da tecnologia, receberia royalties pela propagação dessas inovações dentro e fora do futebol.
É só querer, Herr Blatter! Sucesso em suas negociações nas reauniões do Board em Londres, agora em julho.