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Nintendo: 30 anos de games. Falta sintonia?

famicom

A Nintendo comemorou nesta segunda, 15/07, trinta anos do lançamento do seu pioneiro console de games, o Famicom,  que, na prática, tirou o centro da atenção dos jogos das máquinas para milhões de lares com um televisor e o equivalente a US$ 160 atuais. Estava criada a indústria de videogames, com três títulos que viraram clássicos: Donkey Kong, Donkey Kong Jr. e Popeye. O blockbuster NES – Nintendo Entertainment System chega aos lares americanos dois anos depois, para entreter mais de uma geração de fãs ao longo de sua estendida vida de sucessos, e boas lembranças guardadas na memória de tantos de nós.

Quem não se viciou com o Super Mario Bros.?

Por muitos anos, a Nintendo o concorrente a bater. Quando Sony e Microsoft se consolidaram no topo do mercado de consoles, com os fantásticos PlayStation e XBox, a Nintendo ainda surpreendia, com o inovador Wii, seus múltiplos títulos e com acessórios inovadores.  Muitos de nós praticamos esportes indoor, como tênis e golfe e fizemos condicionamento físico, com o Wii Sport. A sacada da Nintendo ao tornar prático o reconhecimento de gestos facilitou a disponibilização de uma verdadeira academia na sala ou no quarto, sem a necessidade de grandes e pesados aparelhos. Só anos mais tarde a Microsoft reagiu com o lançamento do Kinect, que tirou definitivamente qualquer diferencial que o Wii pudesse ter.

Mas a Nintendo perdeu o rumo, várias vezes. Seus dirigentes menosprezaram os concorrentes, sem se dar conta que a capacidade dos computadores pessoais aumentava exponencialmente e surgia a internet, como canal de comunicação entre pessoas de qualquer parte do mundo.

No auge do tsunami dos dispositivos móveis, o CEO da Nintendo, Satoru Iwata, menosprezou o lançamento do iPad, em 2010, dizendo que era um iPod Touch grandão

Agora, finalmente, ao reconhecer o fraco desempenho do Wii U, seu lançamento mais recente , Iwata admite que o problema está nos títulos oferecidos pela Nintendo, todos meio sem sal, abaixo da concorrência.

Mas isso não é tudo: a produção de games vai rapidamente para a nuvem, os tablets e smartphones começam a ter características adequadas para brincar com bons games e os consoles mais populares são cada vez mais poderosos e já contam com legiões de admiradores que hesitam em migrar para a velha pioneira.

Mesmo assim, parabéns para a Nintendo!

Wii Fit: Sucesso absoluto na inovação de games

No começo do ano, fiz uma postagem sobre o sucesso de vendas de Natal do Wii Fit, da Nintendo. Mas faltava falar um pouco mais sobre a inovadora plataforma, que conta com sensor de movimento, e isso faz a diferença.

Não conheço uma só pessoa que tenha experimentado o Wii Fit e não tenha gostado, mesmo os “gameófobos” e os cidadãos analógicos.

Quando o Fit está junto com o Wii Sports então, a coisa fica séria… Não dá para encostar o console, e o jeito é malhar, mesmo seja você um sedentário ou um rato de academia.

O que não dá para entender é a opção de relativa timidez da Nintendo no marketing desse fantástico produto. O que poderia ser uma arrancada feroz à liderança duradoura no segmento de consoles de jogos apenas serviu para reavivar a empresa japonesa, jururu que estava com o domínio alternado da Sony e da Microsoft, com o PlayStation e o XBox, respectivamente.

Mais que tudo, o Wii Fit abre uma enorme porta para um mundo novo, onde a poltrona decididamente cede seu espaço ao exercício físico, tão importante para uma geração majoritariamente de sedentários.

Mesmo com os preços abusivos do mercado nacional, o Wii Fit se paga em melhoria da qualidade de vida e economia nas mensalidades e no combustível para a academia.  E se você tem programado viagem ao exterior, ele cabe em sua cota de US$ 500.

Mexa-se!