Facebook faz 10 anos
O Facebook sopra 10 velinhas! Nada mau para uma empresa que, dez anos depois, vale centenas de bilhões de dólares e tem mais de um bilhão de usuários.
Mas o site Mashable faz uma volta a 2004 para mostrar, com base nas buscas mais populares do Google de então, o que rolava entre os internautas. Parece que faz mais tempo… Vamos ver? Eis as 10 mais:
- Britney Spears
- Paris Hilton
- Christina Aguilera
- Pamela Anderson
- Chat
- Games
- Carmen Electra
- Orlando Bloom
- Harry Potter
- mp3
5 das 10 buscas mais populares eram sobre mulheres famosas e apenas uma para um homem, e nenhum dos seis está tão em alta assim.
Harry Potter ainda rola, mas a febre acabou. 2004 foi também o ano do lançamento do livro “O Código Da Vinci”, de Dan Brown, mas antes de virar filme, em 2006, provocando aquecidas polêmicas. E isso antes do Facebook.
As outras três palavras são boas para refletir:
Chat remetia ao MSN, a grupos em fóruns de portais, como o UOL, aqui no Brasil. Não havia Twitter (2006), nem WhatsApp, nem Viber, o Skype tinha feito 1 aninho. O que era fashion, hoje é absolutamente trivial.
Games até que já indicava o que viria em termos de conteúdo de jogos de ação, com o Grand Theft Auto bombando nos consoles. Mas a tendência de uso pela internet e a popularização dos Apps como Angry Birds ainda estavam distantes.
E mp3, hein? Já existiam players de mp3, e até o iPod básico estava no mercado. Mas foi na era do iTunes Store geral e do iPod Touch, irmão sem celular do iPhone, que o mercado de músicas foi transformado. Em 2004, a loja da Apple vendia músicas havia 1 ano, mas só para quem possuía um Mac. Só mais tarde Steve Jobs foi convencido de que valia a pena investir numa versão compatível com Windows para baixar músicas e depois sincronizá-las no iPod. Complicado, não?
Esses 10 anos do Facebook representam um marco. Falando em marco, o Mark Zuckerberg anda muito feliz com a evolução de sua cria.
Tirando proveito das redes sociais no seu negócio
Já ouvi de muitos empresários algo assim: “esses orkut, Twitter, Facebook são coisa de pré-adolescente e não servem ao meu negócio. Vou ficar no tradicional, que é onde sei ganhar dinheiro”
Com poucas variações, é esse o mantra da maioria dos principais responsáveis pela quase totalidade das empresas do mundo.
Então, podemos ignorar as redes sociais como ferramenta de marketing, independente do ramo de atividade da empresa?
A resposta é um sonoro não, seja sua empresa uma banquinha de frutas, uma grande operação global ou mesmo um negócio altamente regulado ou monopolista.
O fato é que mais de 1/3 de todos os 2 bilhões de internautas acessam regularmente as redes sociais e usam-nas para comunicar-se com muita gente. Falando bem ou falando mal.
Ilustremos esse ponto com a recente campanha de uma cervejaria que queria fortalecer uma de suas marcas e contratou a famosa Paris Hilton para associar a imagem da moça à da cerveja. Após algumas exibições do comercial na TV, o CONAR mandou suspendê-lo, por supostamente atentar aos bons costumes.
Pois bem, assim que o debate esquentou, e antes da proibição, lá estava (e ainda está) o comercial no YouTube, com milhões de visitas. A agência da cervejaria rapidamente substituiu a peça já famosa por uma versão “censurada” instigando os telespectadores a ver o comercial original na internet.
O resultado foi que nenhum comercial para qualquer marca de cerveja chamou tanta atenção como esse que tem Paris Hilton como “a loira”.
Assim, fica a lição: a internet e as redes sociais vão falar mais ou menos de sua empresa e seus produtos, queira você ou não. Então, melhor estar sintonizado, fazendo o possível para que esses bilhões de internautas falem bem. Dar bons subsídios é fundamental, além das boas ofertas de uma boa empresa, claro.
Considere ainda que a estratégia de comunicação na internet é, via de regra, radicalmente diferente daquela usuada nos meios de comunicação de massa, como jornal, radio e TV. Normalmente, uma deve complementar a outra, não substituir.
O melhor “case” de sucesso de recente comunicação na internet vem da Apple, que deliberadamente “vaza” notícias para analistas selecionados sobre seus futuros produtos, criando expectativa e mídia espontânea, até nos veículos especializados e nas grandes redes de TV.
O ultimo anúncio da Apple, em janeiro, foi do iPad, que só chega ao mercado agora em abril. Estimativas conservadoras mostram que, só de mídia espontânea, a Apple coseguiu uma exposição para o iPad equivalente a setecentos e cinquenta milhões e dólares.
Nada mal, não?
Pense nisso!