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>E os Eletrônicos neste Natal, com o dolar subindo?

>Quem esperava que os preços continuariam a cair, para melhor comprar seu TV de tela grande, seu home theater, seu laptop ou qualquer outro brinquedinho digital neste final de ano, pode ir tirando o mouse da chuva…

Temos três fatores que conspiram contra a queda de preços, e apenas um, tênue, que pode ajudar a puxar para baixo.

Contra o nosso bolso:

1- A disparada do dolar, a queda das bolsas e o pandemônio do sistema financeiro global vão impulsionar os preços para cima. No mínimo, mesmo com preços protegidos nas compras de longo prazo, os fabricantes ou importadores vão tomar cuidado para não corroer margens;

2- A chegada da TV digital aberta em Curitiba estimula a demanda, em uma época em que a oferta pode ser menor do que a estimada anteriormente, por cautela dos fornecedores;

3- O inevitável aumento da taxa de juros para vendas a crédito, pelo brutal enxugamento da liquidez do mercado financeiro.

A favor de nosso bolso:

4- Uma possível retração dos consumidores pode deixar alguns produtos sobrando na prateleira, forçando sua liquidação antecipada. Mas… isso só vale se o produto for o que você espera e, mesmo assim, para compra à vista, muito bem pechinchado.

Para dar um alento ao consumidor de produtos digitais enquadrado na expectatuva 4 acima, é bom lembrar que, à época da publicação deste post, todos os vendedores de bens duráveis já fizeram uma peimeira revisão -para baixo, sempre- de suas vendas daqui até o início de 2009.

Ou seja, se a procura for menor do que a oferta ´já revisada, podem mesmo sobrar alguns produtos bons e a preço de ocasião… Mas isso pode vir ao preço de um quadro recessivo, onde até a libido compradora dos mais entusiasmados pode ir por terra, dadas as incertezas futuras.

Em resumo: não custa planejar um Natal mais frugal, e, se aparecer pechincha, aproveitar. Mas eu não apostaria na repetição da euforia do Natal de 2007.

>Congestão Democrática na Internet

>Pois é, este 4 de outubro foi mais uma data cívica, de colocarmos em dia nossas preferências, como eleitores e cidadãos, em cada município do Brasil, elegendo todos os vereadores e a maioria dos prefeitos, salvo poucos que ainda irão ao segundo turno.

Desta vez, as urnas eletrônicas deram poucos problemas, estatisticamente desprezíveis, consolidando, de vez, a forma digital de votação. Nem as costumeiras vozes do atraso que levantavam a lebre deeposíveis fraudes estavam a trombetear a cabeça dos eleitores. Ponto para o TSE!

Mas, na hora de totalizar os votos, alguns servidores da Justiça Eleitoral engasgaram, ou então os telões de divulgação de resultados travaram, gerando impaciência entre candidatos, cabos eleitorais e cidadãos interessados nos números.

Anda mais, os portais de divulgação pela internet e os principais blogs de política tiveram um movimento inusitado de acessos, e alguns deles até ficaram temporariamente fora do ar.

Duas leituras, diferentes pelo ângulo, mas ambas relevantes:

1- É preciso que os sites de divulgação e os blogs estejam preparados para esses picos de acesso.. Já se foi o tempo que os resultado saiam a conta-gotas, levando dias, semanas até. O brasileiro acostumou-se a ter os resultados e as análises quase que instantaneamente.
2- O eleitor cidadão vai pedir cada vez mais, e, já para 2010, essas falhas serão impensáveis, e é bom que a Justiça Eleitoral planeje adequadamente o uso da intenet para o aperfeiçoamento do processo democrático, em vez de usar restrições que de nada adiantam para inibir a vontade de saber das coisas.

É a tecnologia parceira da democracia!

>O preço relativo dos líquidos

>Se você tivesse que escolher um presente à amada, dentre os 5 listados abaixo, qual deles você escolheria? Pesquisei os preços, por mililitro em uma única fonte, o site de comércio eletrônico Submarino*. Dos produtos listados abaixo, qual seria -na opinião do leitor- o mais caro, por mililitro?

Cartucho de tinta preta HP 21
Versace Woman Eau de Parfum Feminino
Nanquim Técnico Faber-Castell
Vinho Tinto Francês Kressmann Château Belgrave Haut Médoc
Whisky Johnny Walker Black Label

Não por acaso, eles estão classificados em ordem decrescente de valor, por ml. A tinta do cartucho custa mais de 10 vezes a do nanquim, como pode ser visto abaixo.

As bebidas são as mais baratas por ml, mas aqui não queremos fazer apologia doálcool, ainda mais em tempos de lei seca. Vamos aos números, que estavam no site em 17/08/2008, convertidos em R$ por mililitro:

Cartucho de tinta preta HP custa R$ 6,65
Versace Woman Eau de Parfum custa R$ 4,07
Nanquim Técnico Faber-Castell custa R$ 0,65
Vinho Francês Kressmann Château Belgrave Haut Médoc custa R$ 0,49
Whisky Johnny Walker Black Label custa R$ 0,18

Mas é muita grana por litro de tinta com cartucho: quase R$ 7.000 o litro! Com o uso mais moderado do perfume, talvez o efeito seja mais profundo e duradouro… Ou se o autor for um bom calígrafo, escrever uma mensagem de amor com a boa e velha tinta nanquim, é mais personalizado e mais barato, muito mais ainda…

No caso do vinho, o critério foi escolher o mais caro, ou o mais caro que consegui achar, para dar uma de ‘nouveu riche’, daqueles que queimam notas de R$100 para acender charuto, não me venham os enólogos criticar minha escolha. É referência apenas..

Com esse preço por ml de tinta de impressora, a gasolina entre R$ 2,20 e R$ 2,60 não é tão extorsivo assim. Pense nisso…

*preços obtidos em pesquisa no dia 25/08/2008 no site http://www.submarino.com.br. São apenas para efeitos comparativos, e não refletem nenhuma crítica específica às práticas comerciais desse portal eletrônico de compras pela internet. Apenas busquei preços em uma fonte única, para comparar preços de líquidos…

>YouTorrent e a Soulution Orchestra

>A queda de vendas de CDs e DVDs de música chegou para ficar. Além das vendas por sites de música, a legislação local e internacional não consegue redefinir DIREITOS AUTORAIS sob a realidade da internet.

Mesmo com as gravadoras promovendo ações milionárias contra os sites de troca de músicas, usando a tecnologia P2P (peer-to-peer), cada dia surge uma novidade.

A mais recente é o You Torrent que é um site bem simples que dá ao internauta links para outros sites -legais ou não- para que músicas dos mais diversos tipos sejam baixadas.

O YouTorrent é novo (foi bolado no Natal de 2007) e barato. O maior investimento foi feito para comprar o endereço wwwyoutorrent.com, na posse de terceiros, por US$ 20.000. Seu fundador, que mora na Inglaterra, tem 22 anos e se identifica em uma entrevista simplesmente como Jon, gasta US$ 500 por mês para manutenção, e seu motivador para criá-lo foram os ‘preços absurdos cobrados por CDs e DVDs que nem sempre tem o que queremos’.

O interessante do YouTorrent é sua organização por ‘seeds’ (sementes), que vêm a ser o número de computadores que oferecem uma determinada música.

Jon pega carona na tecnologia de ‘streaming’ mais bem sucedida no mundo, que vem do BitTorrent, e acredita que, depurados os piratas mais ostensivos, ele comece a atrair a atenção de anunciantes, e virar, segundo suas palavras, o ‘Google da mídia compartilhada‘.

Ilusão ou não, o fato é que, em fevereiro deste ano, o YouTorrent atraiu 2,7 milhões de visitantes únicos, tornando-se mais visitado do que o já ‘veterano’ Joost.

A poderosa RIAA, a associação das empresas gravadoras, não comenta sobre o YouTorrent, mas indica que seus princípios são ‘claramente ilegais’, indicando que deve tomar ações contra o tal do Jon.

Mas é de se pensar, mais uma vez, sobre o modelo de distribuição de mídia física para músicas, controlada, sabemos todos, pelas gravadoras e distribuidoras, que ficam com a parte mais suculenta das receitas.

Dias atrás, fui ver a Soulution Orchestra, uma baita banda curitibana com reconhecimento para bem além de nossas fronteiras. Sem muita divulgação, casa cheia, com ‘overload’ de gente pelos corredores e, ao final, os CDs estavam à venda e muita gente comprando. Mas eles anunciaram a disponibilização, no site, do vídeo do show, para quem quiser baixar.

Independentemente do Jon e de seu YouTorrent, fica a pergunta: quem tem razão, as gravadoras ou a Soulution Orchestra?

Eu fico com a nossa banda curitibana.

>Acesso WiFi Grátis em Curitiba

>

Os curitibanos agora contam com acesso à internet, gratuito e sem fio (sistema Wi-Fi), em três dos principais pontos da cidade: Mercado Municipal, praça Rui Barbosa e parque Barigüi, que receberam o sistema instalado pela Prefeitura.

Essa é uma notícia auspiciosa para os internautas que estão cada vez requerendo mais mobilidade. Nesses locais foram instalados “hot-spots” com conexão de banda larga acessível por usuários de notebooks, celulares com acesso direto à internet e outros dispositivos digitais.

A iniciativa soma-se às centenas de outros hot-spots disponíveis em hotéis, cafés, restaurantes, shoppings e no aeroporto Afonso Pena, que, embora teoricamente gratuitos, requerem a assinatura a algum serviço de internet ou então uma senha específica, muitas vezes atrelada a algum tipo de compra.

Já é possível ver usuários plugados nesses locais, e a tendência é que os celulares com conectividade direta à internet, evitando a rede tarifada das operadoras, sejam mais usados do que os notebooks.

Testes iniciais mostram uma rede veloz, com qualidade, talvez ainda pouco disputada, por ser coisa nova. É bom ter em mente, contudo, que o acesso através de uma rede aberta permite uma ação mais agressiva de hackers e ciber-bandidos, o que nos faz recomendar o uso de firewalls, anti-viris e todas as medidas de segurança, para que dados preciosos não sejam roubados.

O acesso sem fio tende a ficar cada vez mais popular em cidades como Curitiba, e novos serviços como o WiMax (esse pago, mas que cobre toda a cidade) e, no futuro, os baseados no padrão LTE (Long Term Evolution) ajudarão a acelerar o processo.

Em casa, para quem tem um notebook ou um celular e acesso a banda larga, um roteador sem fio de boa qualidade custa a partir de R$ 100,00 e a instalação é acessível mesmo a leigos que queiram seguir alguns simples passos que vêm descritos no manual do usuário e no software do equipamento.

Sem fio! Saudemos a iniciativa da Prefeitura de Curitiba, esperando que, num futuro próximo, possamos ter mais pontos de acesso público e gratuito.

>E a TV de Alta Definição, já chegou a Curitiba?

>O site do José Wille noticia a oferta de um receptor de TV digital da AOC que é pequeno o suficiente para caber no bolso. Vale a pena?

Se levarmos em conta que o sinal da TV de alta definição -sem dúvida o futuro da TV- hoje só chega em escala na cidade de São Paulo, devendo estrear em BH ainda em abril e em maio no Rio, a resposta é não. Curitiba deve ter sinais de alta definição das redes abertas ainda em 2008, e provavelmente as principais operadoras de TV a cabo devem igualmente fazê-lo no segundo semestre deste ano.

Se você é fanático por TV e quer ter o prazer de ver TV com alta qualidade de imagem e som quando em trânsito, ou parado no congestionamento, talvez seja uma opção, mas aí o melhor, por enquanto, seja enfrentar as centenas de quilômetros de congestionamento da capital paulista…

Falando sério, se você quer preparar sua casa para a TV digital de alta definição, a hora está chegando. A regrinha para a casa é simples: Para telas menores que 40″, não é necessária a resolução plena a 1080p. Basta um televisor “HDTV Ready” com a resolução 720p, que a qualidade será excepcional. Já para as telas iguais ou maiores que 40″, a resolução 1080p, ou “Full HD” são quase que compulsórias, se você quer desfrutar de toda a qualidade da imagem.

Mas é só isso?

Calma… ainda temos alguns cuidados adicionais. O primeiro é o tamanho da tela x o tamanho de sua sala. Nada de colocar um telão e depois ficar muito próximo, pois isso, além de ver defeitos de imagem, vai fazer mal à vista… Mas, em qualquer caso, você deve buscar aparelhos com a maior taxa de contraste possível (acima de 10.000:1) e o menor tempo de resposta disponível (abaixo de 6ms).

Outro ponto a considerar: seu bolso! O investimento não vai parar no televisor, que pode ou não ter o decodificador da TV digital embutido. Se tiver, melhor, pois é menos uma caixinha e menos fios para poluir o visual de seu ambiente. Caso contrário, escolha o decodificador com as funcionalidades que você deseja. Os mais baratos são bem basicões, e não possuem todas as funcionalidades da TV digital, só servem para fazer que seu televisor as receba, quando o sinal estiver disponível.

Finalmente, os preços! Os preços dos televisores de plasma e de cristal líquido (LCD) vêm caindo bastante, mas não o suficiente para jsutificar um investimento prematuro. Com certeza, à medida em que a TV digital realmente ‘pegue’ no mercado, a escala aumenta e os preços devem se alinhar em um patamar mais razoável. Na data da postagem dessa nota, a aquisição de um novo televisor pronto para a TV de alta definição só vai valer a pena se o seu atual pifou ou se você mudou e não tem televisor na sua nova casa. O mercado está muito aquecido e mais pressão só faz a alegria dos fabricantes. Um pouco de moderação é bom, até porque o ritmo de adoção da TV de alta definição em São Paulo está bem abaixo do esperado. A Positivo Informática reporta que menos de 20.000 lares em São Paulo já recebem o sinal de alta definição. Muito pouco, a coisa está leeeeeeeenta….

Falando nisso: você conhece alguém em São Paulo que receba em casa o sinal de alta definição? E você já viu esse sinal, na casa dele? E ele usa Bom Bril pendurado na antena para eliminar fantasmas ou melhorar o sinal? Pois é, coisas da inserção de uma nova tecnologia. Os “early adopters” têm como fazer inveja nos amigos, mas pagam um preço e um ‘mico’ que nem sempre vale o esforço!

>A Internet Elétrica: Chocante!

>De novo uma notícia no blog do José Wille: Internet via rede elétrica pode dobrar número de usuários no Brasil.

É interessante a perspectiva de ter internet de banda larga disponibilizada pelos fios da rede elétrica, através de uma tecnologia denominada Power Line Communications (PLC). Você pode comunicar-se pela internet simplesmente conectando um modem eespecial, que separa a corrente elétrica do sinal da internet. Como principal vantagem, a eletricidade está presente na grande maioria dos lares brasileiros.

Se a tecnologia é boa, está disponível, porque ainda usamos acesso via telefone (ADSL ou discado), via cabo de operadoras de TV, ou ainda via rário e, eventualmente, satélite?

O número de usuários apontados na nota é de meros 3.000, no Brasil todo. Aqui no Paraná, a nossa COPEL fez uma experiência há cerca de 10 anos, mas não havia viabilidade comercial.

O futuro da tenologia PLC vai depender, antes deetudo, dos entes reguladores de nosso país; depois, da vontade das empresas de transmissão e distribuição de energia de embarcar nesse negócio; finalmente, da capacidade de pagamento dos usuários, em larga escala.

Não se trata simplesmente de ligar o modem na tomada. As elétricas terão de fazer um bom investimento na rede, para que o sinal da internet possa trafegar por ela com qualidade e confiabilidade. Essa é uma tarefa difícil, e, por enquanto, os fornecedores estabelecidos estão bem à frente no mercado.

Vontade política resolve? Provavelmente não. É um negócio que tem como objetivo dar resultados às operadoras do sistema elétrico. Não há limitação tecnológica. Pode ser que o PLC, em seu nível atual de tecnologia, seja competitivo em preço. Resta saber se as empresas de energia terão a agilidade e o faro necessários para coompetir com as gigantes que já estão no mercado, com investimentos amortizados, e buscar batê-las naquilo que efetivamente elas oferecem como diferencial: a cobertura universal do mercado.

>TV ao Vivo pela Internet

>O site/blog do José Wille, nosso âncora aqui na CBN, aponta para uma notícia sobre a iniciativa do YouTube de passar a disponibilizar vídeos ao vivo pela internet, algo que ainda não é ofereido por esse campeão de audiência na internet.

Se o YouTube não é o site mais acessado, é, seguramente, o que mais consome banda na internet, dada a quantidade de vídeos visualizados e baixados diariamente, sempre na casa dos milhões.

A iniciativa deve frutificar, mas não é pioneira, como aponta a nota do Portal Imprensa. Já existem, inclusive, outras iniciativas importantes, como o Joost, que fornece centenas de canais gratúitos de vídeo pela internet, a maioria uma droga, mas alguns bem bons, como um de músicas brasileiras.

Uma pergunta que fica no ar é: porque isso ainda não aconteceu antes? Afinal, nós já podemos usar webcams para fazer videoconferências entre computadores há anos, os celulares tambéem disponibilizam comunicação de vídeo em tempo real, ao menos para quem tem rede 3G.

A resposta é: ainda não existe banda larga em quantidade e qualidade suficientes para tornar essa aplicação como algo de interesse comercial de larga escala. Mas essa disponibilidade está chegando, e, num futuro bem próximo, talvez ainda eem 2008, ou no começo de 2009, com certeza, vamos ter a possibilidade de testar a real demanda para esse tipo de comunicação “ao vivo”.

Num futuro mais remoto, entre 5 e 10 anos, a TV pela internet poderá, enfim, ser uma realidade, em alta definição e tudo. Aí os programas ao vivo pela internet serão possíveis. Limitação de banda, de novo? Não, agora os problemas são regulatórios, pois envolvem dois grupos de titãs, cada um detentor hoje de uma fatia das contas de nossos bolsos: as grandes redes de TV e operadoras de TV por assinatura, de um lado, e as operadoras de telefonia fixa e celular, de outro. Cada grupo olha o galinheiro do outro e acha que as do lado de lá são mais gordas…

>DVD de ALta Definição: E o Vencedor é… BluRay!

> Há pouco mais de um ano, eu arriscava a previsão de que o formato BluRay, capitaneado pela Sony, prevaleceria sobre o rival HD-DVD, desenvolvido pela também japonesa Toshiba.

Era a revanche dos formatos de fita de vídeo, quando o formato Betamax, da Sony, embora melhor, perdeu para o VHS, que tinha à frente a JVC e a maioria dos concorrentes.

Desta vez, além de um padrão técnico superior, a Sony procurou arregimentar a maior quantidade de estúdios de cinema para o seu formato. Claro que ela saiu com uma vantagem enorme, por ter em seu rol de empresas a Sony Pictures, ex Columbia. O jogo estava meio que empatado, quando há uns 15 dias atrás a Warner anunciou que estaria deixando o padrão HD-DVD em favor do BluRay. Poucos dias se passaram para que a Toshiba emitisse um comunicado ao mercado anunciando o fim do desenvolvimento do HD-DVD, a garantia de manutenção dos equipamentos vendidos e a reafirmação de que seu formato era, de todos, o melhor.

Essa dúvida sobre qual o melhor formato está sepultada com a saída de um dos atores. Um verdadeiro nocaute técnico, que a Toshiba resolveu não pagar para ver seu lutador com os dois olhos fechados de tanta pancada.

Resta saber como os compradores do formato HD-DVD irão reagiar, pois a maioria deles pagou muita grana para seus players de alta definição. Dentre os que subscreveram o padrão, destaca-se, na área de TI, a Microsoft, que inclusive adota o HD-DVD no seu popular videogame XBox.

À época, alguns ouvintes me questionaram sobre minha suposta ‘predileção’ pelo padrão da Sony. Hoje, seria mais fácil dizer que eu estava certo, ou que minha bola de cristal era melhor do que a dos que nos ouviam. Mas a verdade é que esse desfecho estava cantado pela maioria dos analistas. Alguns até achavam que haveria convivência do BluRay com o HD-DVD e, até mesmo alguns fabricantes lançaram players híbridos, que liam os dois formatos de DVD de alta definição, além dos tradicionais DVDs e CDs que tão bem conhecemos.

Aí eu resgatei mais alguns comentários que fiz, não sobre esses formatos, mas sobre os cuidados que devemos ter ao sermos ‘early adopters‘ de novas tecnologias. Além de pagarmos mais caro, corremos o risco de ficar com o mico na mão.

Ainda mais no Brasil, onde a TV de alta definição está engatinhando em 2 ou 3 capitais, e os títulos em vídeo com imagem 1080pcomeçam a aparecer timidamente em locadoras e lojas especilizadas, fica a mensagem: quem tem pressa…

Ao menos temos um padrão para armazenagem em discos de 12cm. O BluRay veio ara ficar e reinar. Mas… será? Com a internet de banda larguíssima que vem aí, quem vai precisa armazenar ou comprar vídeos armazenados em meio físico?

>A Ausência de um Formato Padrão para Música Digital

>Quero comentar sobre os padrões de gravação de música digital, pelos ouvidos e bolsos dos usuários. Embora haja um acordo sobre o padrão mp3 de compressão e registro, a verdade é que o “padrão” de fato varia entre os 3 principais atores do ramo -nenhuma gravadora ou empresa do mundo antigo da música!

Hoje quem domina a maior parte do mundo dos downloads legais e pagos da música pela internet, um negócio de dezenas de bilhões de dólares ao ano, são 3 conhecidas do mundo digital: Apple, Nokia e Microsoft, nessa ordem. E, embora os programinha de tocar música ou de sincronização com dispositivos portáteis reconheçam o padrão mp3, cada uma dessas empresas tem seu padrão próprio, alegando melhoria de performance e de qualidade.

O fato é que as três competem entre si para dominarem esse mercado. Nos Estados Unidos, parte da Europa e alguns países da Ásia, a Apple é campeã disparada, e mesmo onde ela não vende através da Apple Store e do iTunes, quem tem o iPod acaba usando o padrão da Apple; já quem ouve música pelo celular, tem chances de ter um Nokia, e de usar seu padrão; e, no caso da Microsoft, bem é a Microsoft com seu Windows Media Player presente na maioria absoluta dos computadores e numa fatia interessante de telefones celulares, e seu padrão acaba sendo o escolhido por inércia ou até por desconhecimento dos usuários.

Na minha opinião, esse é um erro estratégico dessas grandes empresas, pois no mundo de hoje não há espaço mais para padrões proprietários. Existem programas de conversão de um padrão para outro (os CODECs), mas sempre há perda de qualidade. O mercado é grande, já, mas poderia ser imenso se houvesse um padrão global aceito por todas as empresas, como é a porta USB como conectividade de aparelhos digitais.

Enquanto persistirem padrões concorrentes, uma ou outra empresa podem se beneficiar. No caso atual, parece até que há uma divisão de mercado, à las gangues mafiosas, com a Microsoft ficando com os computadores, a Apple com os players de música e a Nokia com os celulares. Mas, como elas competem entre si nesses 3 ramos, esperamos ver uma sangrenta batalha, onde o vencedor, certamante, não será o público consumidor.