Waze: de zero a um bilhão em poucos meses
O Waze, um aplicativo que já foi apelidado de “GPS Social“, é fenômeno de popularidade no mundo, no Brasil em particular. Além das funções tradicionais de um serviço de localização por GPS, ele também aprende as rotas para seus pontos preferidos e sugere alternativas, baseadas em sugestões de quem anda por elas, inclusive suas e de seus amigos.
Mais uma sacada do Waze é o apelo de game, pois ele instiga os usuários a passar informações de tráfego, e a atuar na correção e atualização dos mapas, como um eventual bloqueio temporário, a mudança de mão de direção ou um novo viaduto aberto. E, ao dar sua colaboração, o usuário acumula pontos que o fazem subir no ranking de editores, e assim ficar cada vez mais reconhecido pela comunidade.
Se você marcou reunião com pessoas de sua comunidade e está atrasado, não precisa ficar dando desculpas. Elas vão saber onde você está, dada a interatividade do Waze.
Ao oferecer integração com o Facebook, o Waze virou alvo de aquisição pelo gigante das redes sociais. A empresa tem origem em Israel, onde existem importantes núcleos de inovação em tecnologia da informação.
Negócio quase fechado! O Waze complementaria as funcionalidades do Facebook, com mapas, GPS, localização e um potencial de crescimento sobre a base de 1 bilhão de clientes.
Entra o Google na parada. Dono do Android, o sistema operacional mais popular nos smartphones. Começou a disputa. Mais de US$ 1 bilhão de dólares depois, o Google compra o Waze, com o compromisso de manter em Israel o time responsável pelo produto.
Todd Wasserman, do Mashable, cita 4 motivos para o Google colocar tanta grana no negócio:
- O Waze não tinha nenhum concorrente à altura no segmento de mapas
- O Google ganha uma camada social muito ativa para dispositivos móveis
- O Maps é um produto muito importante para o Google
- O Google fez uma ação defensiva para manter dominância nesse setor, no futuro
É interessante observar os próximos lances nesse jogo de xadrez, uma vez que a Apple aparentemente não entrou na disputa e, com o Waze, o Google vai mais forte ainda sobre o mundo de Apps para iOS, de onde a Apple expeliu o Google quando do lançamento do iOS 6 com seu tão criticado Maps.