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Bill Gates e o social

Bill Gates, o bilionário fundador da Microsoft é enfático ao mostrar sua postura voltada ao social. Em entrevista ao Financial Times, ele vai direto ao ponto: “Eu certamente amo essas coisas de TI”, diz ele. “Mas, quando queremos melhorar vidas, é preciso mexer com coisas mais básicas, como a sobrevivência de crianças, a nutrição de crianças.”

Sábias palavras de quem esteve, desde a década de 1970 inovando no mundo da tecnologia. Depois que se afastou do comando da Microsoft, Bill Gates focou suas prioridades na Fundação Bill & Melinda Gates, que toca com sua esposa, e já despejou bilhões em programas de melhoria da qualidade de vida para populações desprovidas em países que estão lá atrás em todos os índices de desenvolvimento.

O interessante é que seus projetos servem mais para ensinar a pescar do que prover peixe às camadas mais carentes. Por exemplo, a fundação financiou um projeto do Instituto Serum, da Índia, para produzir vacinas contra a meningite que podem ser armazenadas à temperatura ambiente, já certificadas pela Organização Mundial da Saúde. Nesse caso, temperatura ambiente quer dizer calor acima de 40ºC, eliminando custos de refrigeração e deterioração das vacinas

E Bill Gates sabe usar a alvancagem de seu nome para chegar às lideranças dos países menos desenvolvidos para mostrar e propor soluções a problemas aparentemente insolúveis.

Presidentes e primeiros-ministros ouvem Bill Gates.

Mas ele também cutuca os novos ícones da tecnologia. Ao comentar, na entrevista, sobre o projeto de Mark Zuckerberg, que se propõe a conectar os restantes 5 bilhões de humanos ainda de fora da internet, ele diz que isso é uma piada, não uma prioridade.

E, para pensar na importância dos emergentes, especialmente Índia e China, ele relembra o que disse em 2005 sobre a Revolução da Internet a Thomas Friedman, o autor de “O mundo é plano“:   “Tudo bem, vá a esses centros da Infosys em Bangalore [na Índia], mas só por brincadeira saia de lá num raio de 5 quilômetros e veja o cara morando numa casa sem banheiro e sem água encanada” Agora ele diz: “O mundo não é plano e os PCs não estão, na hierarquia das necessidades humanas, entre as 5 primeiras.

Vale a pena ler a matéria do Financial Times!

Rumo à consolidação?

Decididamente o desenho atual do mundo da mobilidade digital parece se encaminhar para uma consolidação. Vamos conferir?

A Apple, que revolucionou o mercado com o iPhone, em 2007, tem um caminho sólido para os próximos anos, à medida em que detém um público fiel, ciclos mais ou menos previsíveis de evolução e vai conquistando rapidamente uma fatia expressiva do mundo corporativo. É a dupla iPhone e iPad com iOS.

Para quem tinha domínio total do mercado de celulares, a Nokia acabou sendo comprada pela Microsoft, que largou depois da concorrência com o Windows Phone. Mas a junção parece já estar criando sinergia e a linha Lumia vem conquistando um público bastante expressivo, em especial aqueles que não abrem mão do Windows. As vendas crescem acima das perspectivas mais otimistas. Tudo indica que essa dupla vai ter uma participação de mercado na casa dos dois dígitos.

O Facebook, que já fez vários ensaios para lançar smartphones no mercado, e gera especulações sobre um sistema operacional próprio, agora negocia a compra da Blackberry, que já foi líder do segmento de smartphones.

O Google comprou a Motorola, aquela que liderava o mercado, na transição do celular analógico para o digital, com seus icônicos StarTacs. Agora, com sua linha Razr mostra toda a potencialidade do Android.

A maioria dos demais fabricantes de smartphones e tablets, por ora, optam pelo Android, do Google. Somados, detêm uma participação de 2/3 do mercado, Samsung no topo da lista com sua linha Galaxy.

Mas a Samsung, embora faça sucesso no mundo Android, volta a ensaiar a evolução de seu sistema operacional proprietário, o Tizen. Dará certo? A coreana vai largar o Android?

Então, resumindo, daqui a pouco poderíamos ter o mundo de dispositivos digitais dominado por 4 companhias: Apple, Google, Facebook e Microsoft, numa consolidação muito forte, muito rápida. Certo?

Talvez nem tanto… Esse movimento da Samsung mostra o que pode acontecer, pois, afinal, se o plano é consolidar, esqueceram de combinar com os chineses, que com marcas como HTC, Huawei, Lenovo e tantas outras menos conhecidas, apostam numa grande reviravolta.

Com seu enorme mercado interno, muito dinheiro, recursos humanos de ponta e com produtos de qualidade e preços baixos, eles não vão se contentar com um papel secundário nesse mundo da mobilidade.

Quem escreverá o próximo capítulo?

O browser e a liderança de mercado

Revelador o estudo da Shareaholic sobre os browsers. Lá está claro o crescimento do Chrome entre os navegadores, colocando-o na liderança indiscutível no mundo, com 34,68% seguido à distância pelo Firefox com 16,6%,  o Safari, com 16,15%, e o Internet Explorer, com 15,62%. O Chrome, do Google bate o Firefox e o Safari somados. Ou o Firefox mais o Internet Explorer, esses dois que lideraram o mercado, nas últimas 3 décadas.

É claro que o uso do Chrome foi turbinado pelo sucesso do sistema operacional Android, e o Safari pelo iOS.

Esse estudo detalha números, mas quero refletir sobre conceitos: Navegar na internet é possível por causa dos browsers, e todos os www. mundo afora precisam ser desenhados tendo em vista, no mínimo, os browsers mais populares. Foram eles que iniciaram a moda de programas grátis, pois são canais de tráfego de dados e acabam ancorados em grandes marcas ou grandes conceitos.

Não por acaso, Android é Google, Safari é Apple e Internet Explorer é Microsoft. Firefox corre por fora, com arquitetura aberta, assim como o Chrome, mas suportada pela Fundação Mozilla, que não visa lucro. Daí sua falta de empuxo para seguir crescendo.

Nesses últimos dias, tive três experiências que me lembraram que o browser existe e tem marca, e não é algo tão natural quanto respirar.

Começou quando fiz o upgrade do Safari para 64 bits. No mesmo momento, o internet banking parou de funcionar.

Em outro banco, eu precisava de um link para uma transação e não o encontrava; chamei o suporte online e a atendente me informou que esse link só apareceria no Internet Explorer, que meu dispositivo móvel não suportava. Ou seja, eu e os outros 84% dos que não têm o IE no seu aparelho digital não poderiam fazer certas transações online com esse grande banco.

Finalmente, migrei para o OSX Mavericks, por curiosidade e dever de ofício. Num primeiro momento, chamou a atenção a melhoria de performance do Safari, o browser nativo da Apple. Também ficou evidente a piora do Chrome. Caso pensado da Apple contra o Google ou uma forma de mostrar uma plataforma mais integrada?

Dois dias depois, o Chrome voltou a funcionar legal. Mesmo em máquinas com Windows, eu sigo usando o Chrome. E faz tempo que não uso o Firefox.

Sem me dar conta, faço parte daquela legião que adensa a liderança do Google, quando o assunto é o browser. Será que liderança nos browsers tem a ver com liderança de mercado e valor de marca?

Faça uma pesquisa no Google…

Games para todo o mercado

Quando a Nintendo lançou o Famicom, 30 anos atrás, estava oficialmente dada a largada para o bilionário negócio dos games digitais. Antes disso, a Atari e centenas de fabricantes de pequenos joguinhos de mão e produtores de televisores colocavam no mercado produtos de alcance limitado, preço alto, que, por uma série de motivos, nunca chegaram a uma indústria de massa, quebradora de paradigmas.

O mercado de consoles cresceu, consolidou-se e tem hoje dois grandes players e um lá atrás: Sony e Microsoft brigam pela dominação e a pioneira Nintendo mal e mal chega à medalha de bronze. O resto não conta.

Mas o mercado mudou. PCs cada vez mais parrudos, e, mais recentemente, smartphones e tablets viram plataformas de jogos, usando a internet como meio e liça de lutas virtuais.

A demanda por games explode. Cursos rápidos até teses de pós-doutorado tentam atender o mercado e a falta de profissionais para criar futuros games. No Brasil, várias empresas passam a lançar produtos para as plataformas mais relevantes.

Hoje em dia, oportunidades para profissionais são amplas e variadas, de programadores a designers de idéias, como vimos recentemente numa proposta nova dos finlandeses: os Angry Birds, primeiro conjunto de games específico para dispositivos móveis com múltiplas versões grátis. Mercado aquecido, todo mundo usando ou falando dos passarinhos zangados.

A partir daí, cria-se uma grife poderosa capaz de lançar, em escala global, uma série de produtos licenciados que começam com as réplicas de pelúcia de cada um dos personagens a parques temáticos, passando por desenhos para a TV, brinquedos de montar, refrigerantes, roupas e acessórios, kits para festas infantís…

Provavelmente, os Angry Birds não vão dominar o mundo, nem serão o caminho definitivo para a indústria dos games.

Mas, com certeza, com a popularização de tablets e smartphones, o esforço para conquista de market share passará, obrigatoriamente, pela produção de games para essas plataformas, e não só para lazer. Surgem opções para educação, treinamento, e reciclagem pessoal e profissional, simuladores para os mais diversos usos. De aviões e carros ao corpo humano para os profissionais da saúde.

Se eu fosse apostar em um novo caminho para games, eu iria na direção de uma criação coletiva, um crowdsourcing de games bem específicos, como o GeneGames.

Isso é tema para muita discussão!

Microsoft compra Nokia: Novo Capítulo da Tecnologia?

SteveStephenNa madrugada desta terça, 3 de setembro, Steve Balmer e Stephen Elop, CEOs respectivamente da Microsoft e da Nokia anunciaram uma bola cantada há mais de dois anos: A Microsoft comprou, por US$ 7,2 bilhões a Divisão de Dispositivos e Serviços da Nokia. Resumindo, seu negocio de celulares.

Vale a pena ler a carta assinada por Steve & Stephen, onde essa junção de forças pretende, nada menos do que escrever o próximo capítulo da história da tecnologia e da mobilidade. Compromisso ousado!

A Nokia fica com seus negócios de serviços de rede e de localização e mapas, este último um fenômeno gerador de caixa para a empresa finlandesa.

Olhando o negócio do ponto de vista do passado, a Microsoft tinha por objetivo colocar um computador em cada casa; a Nokia, um celular em cada bolso. De um jeito ou de  outro, ambas tiveram sucesso, que renderão estudos décadas à frente.

Mas foi exatamente esse sucesso do passado que criou a necessidade de preservação das bases de clientes.  Esse generoso legado impediu que ambas pudessem entrar de cabeça no mundo da conectividade para concorrer com Google, Apple e Facebook.

Essa transação, que ainda precisa passar pelos trâmites junto aos acionistas da Nokia, de Comissões de Valores Mobiliários e de agências reguladoras, deve estar concluido anda no primeiro semestre de 2014.

O que dá para vislumbrar é um fortalecimento do Windows Phone como sistema operacional para smartphones e tablets, usando aparelhos da Nokia. A nova Microsoft entra para valer no negócio de hardware, antes com representatividade apenas através de sua bem sucedida linha de consoles, o XBox.

Uma boa aposta é para o fim mais rápido dos celulares comuns, pois, com a Microsoft dando as cartas na Nokia, o interesse em sistemas operacionais diferentes do Windows Phone é zero.

Essa cartada parece sinalizar o encerramento com festas da era Steve Balmer na Microsoft, que, ironicamente, pode ser substituido pelo seu quase xará da Nokia, Stephen Elop, aliás, ex-Microsoft.

Vale ficar atento para o desenvolvimento desse ecossistema centrado nos diversos sabores do Windows, que pretende estar em qualquer dispositivo digital do futuro. Se der certo, será, efetivamente, o próximo capítulo da tecnologia.

Como tratar bem um cliente na nuvem

Hoje em dia, ser cliente ou cidadão tratado com descaso é algo bastante comum. Quem não tem uma reclamação não atendida pela operadora de celular, concessionária de veículo ou assistência técnica de geladeira? E os serviços que buscamos na repartição pública, na auto-escola ou na empresa de seguro-saúde?

Quando a coisa vai para o mundo digital, parece então que somos encarados como amebas. Explicações idiotas, tipo “o sistema caiu“, “todos os nossos atendentes estão ocupados; aguarde, por favor“, só para mencionar as mais utilizadas.

Por vezes, as desculpas são estimuladas através de redes sociais, fomentando uma viralização para explicar que um determinado serviço ficou indisponível por supostos ataque de hackers que geraram um denial of service, coisa para inglês ler.

Grandes empresas do ramo fazem isso sem medo. Assim, eu nem dei muita bola para uma queda -ou instabilidade- no serviço Outlook.com, da Microsoft, ocorrida na semana passada. Embora usuário, estava com outros afazeres e essa falha não me causou maiores contratempos.

Mas eu estava querendo saber o que a Microsoft iria dizer, e esperava as desculpas padrão.

Tenho que admitir que fiquei nas nuvens com a postura clara da empresa na sua explicação:

O incidente foi resultado de uma falha em alguns de nossos servidores na função de sincronização de informações para alguns dispositivos que utilizam o protocolo Exchange ActiveSync. Essa falha causou um erro na conexão a esses dispositivos que continuamente tentavam se conectar ao Outlook.com. Isso, então, gerou uma onda de acesso aos nossos servidores e estes não responderam de forma correta aos pedidos de acesso, e como resultado nossos clientes não conseguiam acessar seus e-mails no Outlook.com.

Aí a Microsoft detalha providências para corrigir o problema, resolvido por partes, de modo que alguns usuários ficaram com o serviço indisponível por mais tempo do que outros.

E a empresa pede desculpas, no começo e no fim da mensagem. Desculpas com recheio de uma explicação honesta. Nos dias que correm, é uma exceção à regra.

Loas a essa postura da Microsoft! Que sirva para a concorrência. E para outros fornecedores de produtos e serviços, do gigante ao microempresário.

Ganhamos todos!

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Para quem não leu, reproduzo a nota da Microsoft, com a sensação de ter sido tratado com respeito e dignidade:

Pedimos desculpas por qualquer interrupção sofrida com seu e-mail

Em nome do time do Outlook.com, peço desculpas por qualquer inconveniência que você tenha sofrido ao tentar acessar o Outlook.com na semana passada.

Sabemos o quão importante é o seu e-mail para se manter em contato com seus amigos e familiares e para suas tarefas diárias. Nosso sincero pedido de desculpas por qualquer dificuldade que você tenha tido em acessar Outlook.com. Gostaríamos de informar que o Outlook.com vem conquistando a reputação de serviço de e-mail estável e confiável. Nós investigamos a fundo qualquer problema que ocorra no serviço para prevenir que os mesmos ocorram no futuro. Estamos dedicados a oferecer o serviço de e-mail mais estável e confiável que nossos clientes demandam.

Muitos pediram uma explicação mais detalhada do que ocorreu semana passada sobre o que causou a dificuldade de acesso ao Outlook.com. O incidente foi resultado de uma falha em alguns de nossos servidores na função de sincronização de informações para alguns dispositivos que utilizam o protocolo Exchange ActiveSync. Essa falha causou um erro na conexão a esses dispositivos que continuamente tentavam se conectar ao Outlook.com. Isso, então, gerou uma onda de acesso aos nossos servidores e estes não responderam de forma correta aos pedidos de acesso, e como resultado nossos clientes não conseguiam acessar seus e-mails no Outlook.com.

Para estabilizar os servidores impactados, temporariamente bloqueamos o acesso por Exchange ActiveSync a estes servidores e trabalhamos gradualmente para restaurar a funcionalidade normal. Por causa do atraso acumulado nos servidores, e para evitar uma nova onda de acesso igual à que causou o problema inicial, restauramos o acesso de forma gradual e por isso muitos clientes sofreram a falta de acesso em seus dispositivos móveis por tempo prolongado.

Aprendemos com este incidente e já efetuamos duas mudanças críticas em nossos sistemas para evitar este tipo de falha no futuro. A mudança mais importante foi atualizar o comportamento do serviço que corresponde ao tráfego por Exchange ActiveSync, para evitar a onda de tentativas de acesso que causou a interrupção no acesso ao serviço na semana passada, tornando, assim, mais confiáveis as conexões por este protocolo. A segunda mudança foi aumentar a disponibilidade de banda de tráfego de dados para as partes afetadas do sistema a fim de garantir maior capacidade para atender estes tipos de chamadas aos servidores.

É nosso objetivo fornecer um serviço excepcional para cada usuário do Outlook.com. Espero que você nos dê a chance de conquistar sua confiança novamente. Seu apoio e dedicação ao nosso serviço de e-mail são muito importantes para nós. Mais uma vez, em nome de todo time Outlook.com, peço desculpas por qualquer inconveniência que você tenha sofrido e agradecemos pela paciência demonstrada enquanto resolvíamos os problemas com o serviço.

Esperamos continuar tendo o privilégio de ser o seu principal serviço de e-mail agora e no futuro.

Atenciosamente,

Dick Craddock

Group Program Manager, Outlook.com

Microsoft Office agora também para Android

O que o mercado aguardava há meses aconteceu: a Microsoft disponibiliza a versão do Office Mobile também para a plataforma Android. Anteriormente, os usuários de smartphones e tablets com Windows Phone tinham sido os primeiros brindados. Logo em seguida, a versão para o iOS da Apple foi bem recebida. Com esse último anúncio, a Microsoft permite acesso a sua mais popular suite de aplicativos para praticamente todo o mercado.

O requisito é ter uma assinatura do Office 365 Home Premium ou ProPlus. Aí é só baixar o App no Google Play, fazer o login e pronto: você tem acesso aos documentos criados por sua empresa ou por você para revisão, comentários e até mesmo para apresentações através de seu tablet ou smartphone.

Não espere, porém, a dispensa total da versão plena do Word, do Excel ou do Powerpoint. Já pensou tentar editar no smartphone uma sofisticada planilha com várias folhas, dezenas de colunas, centenas de linhas, com fórmulas complexas, links, imagens e gráficos os mais variados? Para isso, o desktop e o notebook ainda são insubstituíveis…

O que mais me agrada, como veterano usuário da família do Microsoft Office é a sua disponibilização na nuvem, via SkyDrive (belo serviço, por sinal) e a possibilidade de acesso através de todos os dispositivos digitais de meu uso, pagando taxas razoáveis pelo serviço, em vez daquela burocracia complexa par atualização de licenças, a cada nova versão.

Por mais que o mercado ofereça alternativas simpáticas ao Office, na prática o padrão corporativo ainda é ditado pelo trio Word, Excel, PowerPoint.

E isso não vai mudar tão cedo.

Skype chega aos 10 anos esbanjando vitalidade!

skype_logoUma boa notícia: O Skype para Android 4.0 ultrapassa 100 milhões de downloads e conta com uma nova versão bastante renovada, em linha com o que vinha sendo ofertada na plataforma do Windows Phone 8.

Comento aqui como um fã de carteirinha do Skype, desde seus primórdios, e agradeço por sua ajuda em poupar-me muitas viagens tediosas por aeroportos congestionados, assim como de colaboradores da empresa onde trabalho, de clientes e fornecedores. Sem contar com os momentos de magia que há anos o Skype proporcionou a mim e aos meus, durante viagens para os mais variados pontos do planeta, minimizando saudades com chamadas de vídeo.

Tenho um neto de quase seis anos que aprendeu a se comunicar com sua irmã pelo Skype, quando ela fazia intercâmbio no Canadá, quase antes de aprender a falar correntemente. Meses depois, numa conversa por celular, meu netinho estranhou a ausência da imagem dela, e se fechou em copas. Uma nova geração digital que nasceu junto com o Skype é assim, prefere se comunicar vendo quem está do outro lado.

E a economia de tempo vem associada à economia de grana e ao aumento de cobertura de comunicação. Afinal, quem deu escala global à telefonia IP foi o Skype.

Quando a Microsoft comprou o Skype, confesso que fiquei preocupado, imaginando que ele ficasse relegado a segundo plano, para ser incorporado a produtos já tradicionais da empresa. Felizmente, não foi isso que aconteceu. Ao contrário, o Skype virou componente central e principal na estratégia de mercado da empresa de Redmond em serviços de comunicação e mensageria, e não limitado à plataforma Windows.

Assim, o marco de 100 milhões de downloads do Skype para dispositivos Android merece celebração! Os clientes tradicionais não precisam mudar e os novos se encantam, mesmo quando comparam com produtos concorrentes. A universalidade do Skype para comunicação telefônica de e para qualquer lugar ainda está para ser batida!

Não é muito comum vermos um produto na área tecnológica com tanto vigor chegando aos 10 anos de vida, sem grandes alterações em sua proposta básica. Isso é muito importante, tanto para pessoas como para empresas. Parabéns, Skype!

Microsoft Office agora no iPhone. Lá nos States. E aqui?

Quase ao mesmo tempo, recebo duas informações sobre o lançamento do Office, da Microsoft, para a plataforma iOS. Ela inclui versões dos quase universais Word, Excel e PowerPoint. Desse modo, você pode sincronizar seus documentos na nuvem, fazendo acesso, atualização e visualização a partir de múltiplos dispositivos, uma conveniência cada vez mais demandada pelo mercado.

Inicialmente anunciado apenas para a App Store americana, o produto já está disponível para o iPhone com iOS 6. O App é gratuito, mas seu uso pleno só é possível para os assinantes do Office 365. Surpreendentemente, ao não liberar a versão para iPad nem para iPad Mini, a Microsoft dá uma sobrevida ao concorrente da própria Apple, o iWorks. Só que isso pode mudar, e bem rápido.

A Microsoft Brasil, ao informar sobre o futuro do produto entre nós, não dá prazos, mas aponta para a disponibilização da versão para iPhone e para iPad do Office, o que pode sinalizar para um timing planejado de ocupação de um mercado que sempre dominou, mas onde está ausente para quem utilizava os dispositivos da Apple. Curioso, fiz três perguntas sobre as novidades no Brasil para os que usam e gostam tanto do Microsoft Office quanto do iPhone, do iPad e, porque não, dos Android também, uma vez que o Office já está disponível para quem tem smartphones e tablets com Windows Phone.

Eis as repostas:

1- Há data prevista para a disponibilização na AppStore do Brasil?

Em breve será a versão para a App Store do Brasil, tanto para Iphone quanto para Ipad.

2- Quem tem conta na AppStore americana e assinatura do Office 365 no Brasil pode fazer a atualização já?

Sim, pode. A versão brasileira é que ainda está sendo aguardada, com previsão de lançamento em breve.  

3- E a versão para Android, alguma pista?

Ainda não há uma previsão da versão para Android, mas a Microsoft está trabalhando para chegar a todas as plataformas em breve. Hoje, o que já está disponível para Android é o One Note gratuito e o uso do Lync para assinantes do Office 365 que tenham dispositivos com Android. Mais informações sobre Office para telefone no link http://office.microsoft.com/pt-br/mobile/

Quem dominará o mercado de smartphones?

Benedict Evans publica uma postagem onde mostra a tendência da mobilidade digital, com smartphones tomando conta do pedaço.

Começa em 2008, quando o termo smartphone era neologismo, mas os celulares que faziam algo além de falar e mandar mensagens de texto já existiam e o mercado era dominado pela finlandesa Nokia e pela canadense RIM, fabricante do Blackberry, sucesso de público no mundo corporativo. O iPhone apenas engatinhava, com traço na audiência total. Era quase que 3/4 para a Nokia e 1/4 para a RIM.

O que aconteceu nos anos seguintes foi um crescimento forte da Apple até ter quase 20% do mercado, no primeiro trimestre de 2010. Aí, mesmo com o lançamento do iPad, surge de modo avassalador o fenômeno Android, que, sem piedade, joga o market share da Apple para algo entre 12% e 15%, desidrata os antigos donos do mercado e ignora as incursões da Microsoft com o Windows Phone.

O mercado de smartphones e tablets segue crescendo de forma vertiginosa, e a distribuição atual é parecida com a de 2008, só que com novos atores: o Android está hoje em 3 smartphones para cada 1 iPhone. O resto é traço.

Duopólio à vista? Não é o que parece! Apple e iOS seguem sendo uma coisa só, fechada e muito bem sucedida no topo do mercado; O Andoid, do Google, é um sistema operacional aberto que está nos dispositivos de dezenas de fabricantes.

E aí aparece um novo fenômeno: a coreana Samsung, com sua série Galaxy de smartphones e tablets desfruta de uma folgada liderança no mundo Android.

Indo adiante nos números, um gráfico do trabalho de Evans mostra que, enquanto a Apple tem, no 1º trimestre de 2013, 12% do mercado, a Samsung, o dobro disso, e os demais ainda predominam, em unidades vendidas; quando analisamos a receita total, ela é quase a mesma da Apple, da Samsung e do resto; quando o tema é grana, nas margens operacionais, a Apple tem 60%, Samsung 35% e os demais só 5%.

Duopólio Apple + Samsung? Pouco provável, lembrando que as cordinhas do Android seguem sendo manipuladas pelo Google, que se preocupa com a dominação da Samsung em seu território, e esta diversifica estrategicamente para o mundo Microsoft, player nada desprezível.

Daqui a 5 anos, a história e os atores podem ser diferentes. Mas, por enquanto, esses 3 nomes seguem ditando os rumos no mundo da mobilidade digital.