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iOS8: A Apple vai descobrir um novo filão de mercado?

2014 pode ser o ano do boom de um mercado que já dá sinais de querer ser grande, no mundo digital: o das soluções de monitoramento da saúde pessoal. E quem pode sair na frente? Ela, a Apple!

O portal 9to5Mac, que antecipa novidades da empresa da maçã com razoável precisão, dá indícios que isso possa acontecer ainda este ano. Como? Com o lançamento do iOS8, a nova versão do sistema operacional de dispositivos móveis e do iWatch, o relógio de pulso que fará muitas coisas, até mesmo mostrar as horas.

Buscando no Google o argumento iOS8, veremos 2,5 milhões de respostas, o que mostra que o tema está quente. O que que faz sentido seria uma plataforma prática para monitorar os sinais básicos da saúde do indivíduo, ajudando a programas de fitness e atividades esportivas.

Hoje existem centenas de aplicativos que medem batimentos cardíacos, pressão sanguínea, conta passos em uma caminhada ou em uma corrida e tantos outros. Existem ainda um sem-número de acessórios que se conectam ao iPhone ou ao iPad, de terceiras partes, que são promovidas na loja virtual da Apple, na sua maioria ainda não disponíveis no Brasil.

Lá, sob a categoria Fitness & Sport, você encontra produtos de fabricantes de nome, outros nem tanto, mas que vale a pena dar uma olhada:

E alguns produtos interessantes, de algumas dezenas até mais de US1.000. Veja alguns:

Nike + iPod Sensor

$19.00

Exclusive:Nike+ FuelBand SE – Medium/Large

$149.95

Fitbit Flex Wireless Activity + Sleep Tracker

$99.95

Withings Smart Body Analyzer

$149.95

UP24 by Jawbone Wristband (Medium)

$149.95

Exclusive:Nike+ FuelBand SE – Small

$149.95

UP24 by Jawbone Wristband (Large)

$149.95

UP24 by Jawbone Wristband (Small)

$149.95

Exclusive:Infomotion 94Fifty Smart Sensor Basketball

$299.95

Under Armour Armour39 Performance Monitor

  • $99.95

Sennheiser PMX 685i In-Ear Neckband Sports Headphones

$79.95

JayBird BlueBuds X Premium Bluetooth Headphones

$169.95

Zepp Baseball Swing Analyzer

$149.95

Wahoo Fitness Blue HR Heart Rate Strap

$69.95

iHealth Wireless Pulse Oximeter

$69.95

Exclusive:Nike+ FuelBand SE – Extra-Large

$149.95

Fitbit One™ Wireless Activity + Sleep Tracker

$99.95

Exclusive:Infomotion 94Fifty Smart Sensor Basketball

  • $299.95

Zepp Tennis Swing Analyser

$149.95

Incase Sports Armband Pro for iPhone 4

  • $39.95

Exclusive:Oakley Airwave 1.5 Goggle

$649.95

Wahoo Fitness Blue SC Cycling Speed/Cadence Sensor for iPhone

  • $59.95

Wahoo Fitness KICKR Bike Trainer

  • $199.95

Zepp Golf Swing Analyser

  • $149.95

3BaysGSA PRO Golf Swing Analyzer

  • $199.95

Wahoo Fitness RFLKT Bike Computer Powered by iPhone

  • $99.95
$59.95

Yurbuds Inspire Pro Headphones for Women

  • $59.95

Sennheiser PX 685i In-Ear Headband Sports Headphones

$79.95

Zepp GolfSense Sensor for iPhone, iPad and iPod touch

  • $129.95

No mercado paralelo -fora da loja da Apple- são milhares de produtos. Qual o racional, então, para prever uma nova onda?

A Apple andou contratando centenas de ortopedistas, neurologistas, pneumologistas, cardiologistas, fisioterapeutas e instrutores dos mais variados esportes.

Também entrou com dezenas de pedidos de patentes de sensores, e vem conversando com a FDA americana, que controla medicamentos. O projeto do iOS8 roda sob o nome de Okemo, uma estação americana de esqui e a suite de aplicativos programada para debutar junto com ele chama-se Healthbook, o Livro da Saúde.

Tim Cook, CEO da Apple, é do Conselho de Administração da Nike, não por acaso o principal parceiro da Apple nos acessórios de fitness..

Voltando atrás um pouco, o mercado de música era um oligopólio de gravadoras, de um lado, e uma epidemia de sites piratas de download gratuitos, com muitos tocadores de mp3 de todos os preços no mercado, de outro. Ninguém dominava nada. Aí veio a Apple com o iPod, a iTunes Store e pronto! Reinventada a distribuição de músicas. Idem com vídeos, filmes e livros (embora esses tivessem a dianteira da Amazon).

Os tablets já existiam esparsos e insignificantes no mercado até o iPad, em 2010.

Agora, com os dispositivos vestíveis, a febre do fitness e os custos crescentes dos serviços de saúde tornam óbvia uma oportunidade à busca de uma solução. Smartphones, tablets e ultrabooks estão aí; internet para todos os gostos, também. Sensores existem, para todo tipo de coisa. Falta alguém juntar tudo isso e construir do quase zero um mercado de centenas de bilhões de dólares.

A história se repete? Eu acho que sim.

Games para todo o mercado

Quando a Nintendo lançou o Famicom, 30 anos atrás, estava oficialmente dada a largada para o bilionário negócio dos games digitais. Antes disso, a Atari e centenas de fabricantes de pequenos joguinhos de mão e produtores de televisores colocavam no mercado produtos de alcance limitado, preço alto, que, por uma série de motivos, nunca chegaram a uma indústria de massa, quebradora de paradigmas.

O mercado de consoles cresceu, consolidou-se e tem hoje dois grandes players e um lá atrás: Sony e Microsoft brigam pela dominação e a pioneira Nintendo mal e mal chega à medalha de bronze. O resto não conta.

Mas o mercado mudou. PCs cada vez mais parrudos, e, mais recentemente, smartphones e tablets viram plataformas de jogos, usando a internet como meio e liça de lutas virtuais.

A demanda por games explode. Cursos rápidos até teses de pós-doutorado tentam atender o mercado e a falta de profissionais para criar futuros games. No Brasil, várias empresas passam a lançar produtos para as plataformas mais relevantes.

Hoje em dia, oportunidades para profissionais são amplas e variadas, de programadores a designers de idéias, como vimos recentemente numa proposta nova dos finlandeses: os Angry Birds, primeiro conjunto de games específico para dispositivos móveis com múltiplas versões grátis. Mercado aquecido, todo mundo usando ou falando dos passarinhos zangados.

A partir daí, cria-se uma grife poderosa capaz de lançar, em escala global, uma série de produtos licenciados que começam com as réplicas de pelúcia de cada um dos personagens a parques temáticos, passando por desenhos para a TV, brinquedos de montar, refrigerantes, roupas e acessórios, kits para festas infantís…

Provavelmente, os Angry Birds não vão dominar o mundo, nem serão o caminho definitivo para a indústria dos games.

Mas, com certeza, com a popularização de tablets e smartphones, o esforço para conquista de market share passará, obrigatoriamente, pela produção de games para essas plataformas, e não só para lazer. Surgem opções para educação, treinamento, e reciclagem pessoal e profissional, simuladores para os mais diversos usos. De aviões e carros ao corpo humano para os profissionais da saúde.

Se eu fosse apostar em um novo caminho para games, eu iria na direção de uma criação coletiva, um crowdsourcing de games bem específicos, como o GeneGames.

Isso é tema para muita discussão!

Carreira em TI? Escolha Big Data

Se você está entrando no mercado de trabalho, gosta de tecnologia, que tal ser um garimpeiro? Não daqueles que talvez você pode ter ouvido falar, que trabalhavam sob regime semi-escravo, nos campos de Serra Pelada, à busca de ouro. Pense em ser um dataminer, ou garimpeiro de dados, talvez uma das especialidades mais demandadas nos próximos 10 ou 20 anos.

Com o crescimento explosivo de conteúdo gerado por bilhões de pessoas e armazenados em outros tantos bilhões de dispositivos, sem falar nas grandes bases de dados corporativas e na imensidão dos arquivos existentes na nuvem, achar as informações certas, com rapidez e baixo custo, passou a ser o grande desafio do mundo digital.

Pode não ter o charme do desenvolvedor de um novo game, ou de criação de novas funcionalidades numa rede social, mas, sem a melhoria dos algoritmos de busca nessa imensidão de informações criadas pelo ser humano, estaríamos no meio de um gigantesco congestionamento de bits.

Não custa lembrar que, de janeiro de 2012 até hoje, geramos mais informações do que em todo o período anterior de existência do homo sapiens sobre o planeta Terra. E o volume segue crescendo de forma exponencial.

Exatamente por isso, o profissional especializado em mineração de dados segue tendo uma valorização no mercado àcima da média. Faltam profissionais. Aqui, nos Estados Unidos, na Ásia, na Europa… E a demanda por essa gente não mostra sinais de arrefecimento.

Gostou da dica?

OK, vá em frente, mas é bom saber que, para poder se dar bem nessa atividade, seus instrumentos principais de mineração são os números. Você precisa de uma sólida formação em matemática ou estatística, para poder almejar posições mais requisitadas. E aquele domínio da lingua franca da tecnologia, o inglês, é essencial. Inglês fluente, sem essa do book is on the table

Dólar em alta pressiona preços de produtos digitais

DolarTecnologia mexe com nossas cabeças. E também com nossos bolsos. Especialmente quando o dólar americano segue subindo, tendo fechado nesta quarta, 10/07, a quase R$ 2,28, maior valor desde 2009, quando a crise do mercado financeiro estava bombando.

E não é pouca coisa: Nos últimos dois anos, o dólar valorizou mais de 45%. É uma variação e tanto!

A maioria dos produtos digitais que compramos possui muitos componentes importados; os provedores de serviços também sofrem o impacto da desvalorização do real.

Aí então, muitos fornecedores já se assanham para repassar ao preço final ao menos parte dessa variação. Do tipo “compre antes que o preço suba“, para tentar vender mais em um mercado que dá sinais de crescimento menor, ou mesmo de uma pausa para ver o que acontece.

Mas não devemos nos sujeitar a aumentos abusivos, ao pagarmos por nossa compras em real. Afinal,  não custa lembrar que já temos os preços mais altos do mundo aqui no Brasil  para essas engenhocas digitais que tanto nos encantam. Impostos altos à parte, o fato é que os fabricantes geram margens mais robustas em seus negócios por aqui. Nada de errado, é a lei da oferta e da demanda.

Acontece, porém, que o mundo digital obedece á Lei de Moore ampliada, aquela que diz que os preços caem pela metade enquanto a capacidade dobra, ao longo do tempo. Originalmente aplicada aos chips de computadores, ela vale, grosso modo, para tudo.

Outra âncora está nos serviços e aplicativos gratuitos que tanto usamos, como correio eletrônico, mapas, jogos, redes sociais e por aí vamos.

Assim, a hora é de comparar preços e buscar as melhores ofertas, quando não deixar para depois uma compra não essencial. Afinal, a maioria dos itens de desejo, como smartphones, tablets, laptops e TVs de tela grande já não são desbravadores à busca de novos clientes. Ao contrário, o mercado de reposição já é parte significativa das vendas.

Que tal colocar os vendedores de produtos digitais num spa de mercado, para que saiam sua acomodação de um ambiente onde tudo vende a qualquer preço para um mais competitivo? Seu bolso agradece!

e-Reader ou Tablet 2: por um novo modelo de negócios

e-ReaderFreeNo post anterior, coloquei pontos para a tomada de decisão sobre a compra hoje de um tablet ou um e-Reader, sob a ótica de um possível novato no assunto.

Embora o tema seja recorrente e provoque discussões acaloradas, inclusive com poderosos lobbies pró um modelo e contra o outro, sem contar com as vigorosas defesas de seguir tudo como está. E com bons argumentos!

Só que… o modelo atual vai ser rompido quando alguém, no ramo de conteúdo ou alguma startup acordar para a oportunidade real, e passar a oferecer um e-Reader de qualidade, a preço zero. Mais ou menos copiando o modelo do Google, do Facebook em seus estágios iniciais.

Vamos lá: no modelo de negócios do livro impresso, existe o custo de impressão, encadernamento, distribuição e encalhe, só para ficar nos principais quesitos que desaparecem quando o livro vira digital.

Para reforçar, países como o Brasil ainda possuem um enorme mercado potencial para livros, dada a ridícula relação de livros vendidos por habitante por ano que temos em nossas plagas. Típico de país submergente!

No campo do livro didático, onde somos líderes em vários indicadores, com notória exceção da qualidade do conteúdo, os grandes compradores podem exercer seu poder de fogo para mudar o modelo.

Assumindo que um tablet venha a  armazenar ao longo de sua vida útil algo como 100 livros, ao preço impresso na livraria de R$ 50, podemos fazer uma conta simples de quitandeiro e assumir que, desse bolo todo, podemos retirar 15% de custos por conta do ciclo do papel no livro. Isso dá R$ 7,50 por livro ou R$ 750 para os 100 livros desse hipotético e-Reader.

Os números podem não ser exatamente esse, mas, se buscarmos ampliar o número de livros por leitor e o número de leitores humanos, fica evidente que o papel, a tinta, o combustível do caminhão, o espaço de armazenamento, o tratamento de descupinização que deixam de ser usados pagam qualquer e-Reader de alta qualidade. Idem para o livro didático.

E os tablets? Esses não somem, mas vão se tornar cada vez mais plataformas multiuso,  como os smartphones. Lá na frente, dentro de 5 anos no máximo, os livros digitais devem chegar a mais de 80% dos títulos vendidos, e sua leitura se dará primordialmente através dos e-Readers. Que serão gratuitos, ou, no máximo, vendidos a preço de banana colhida no pé.

O que não vejo é um movimento forte de nenhum dos produtores de plataformas digitais, muito menos os que tratam de conteúdo, como as editoras e as distribuidoras, pensando no assunto.

O desfecho é inevitável, resta saber quem vai se beneficiar mais desse apetitoso mercado do livro digital. 

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