Microsoft compra Nokia: Novo Capítulo da Tecnologia?
Na madrugada desta terça, 3 de setembro, Steve Balmer e Stephen Elop, CEOs respectivamente da Microsoft e da Nokia anunciaram uma bola cantada há mais de dois anos: A Microsoft comprou, por US$ 7,2 bilhões a Divisão de Dispositivos e Serviços da Nokia. Resumindo, seu negocio de celulares.
Vale a pena ler a carta assinada por Steve & Stephen, onde essa junção de forças pretende, nada menos do que escrever o próximo capítulo da história da tecnologia e da mobilidade. Compromisso ousado!
A Nokia fica com seus negócios de serviços de rede e de localização e mapas, este último um fenômeno gerador de caixa para a empresa finlandesa.
Olhando o negócio do ponto de vista do passado, a Microsoft tinha por objetivo colocar um computador em cada casa; a Nokia, um celular em cada bolso. De um jeito ou de outro, ambas tiveram sucesso, que renderão estudos décadas à frente.
Mas foi exatamente esse sucesso do passado que criou a necessidade de preservação das bases de clientes. Esse generoso legado impediu que ambas pudessem entrar de cabeça no mundo da conectividade para concorrer com Google, Apple e Facebook.
Essa transação, que ainda precisa passar pelos trâmites junto aos acionistas da Nokia, de Comissões de Valores Mobiliários e de agências reguladoras, deve estar concluido anda no primeiro semestre de 2014.
O que dá para vislumbrar é um fortalecimento do Windows Phone como sistema operacional para smartphones e tablets, usando aparelhos da Nokia. A nova Microsoft entra para valer no negócio de hardware, antes com representatividade apenas através de sua bem sucedida linha de consoles, o XBox.
Uma boa aposta é para o fim mais rápido dos celulares comuns, pois, com a Microsoft dando as cartas na Nokia, o interesse em sistemas operacionais diferentes do Windows Phone é zero.
Essa cartada parece sinalizar o encerramento com festas da era Steve Balmer na Microsoft, que, ironicamente, pode ser substituido pelo seu quase xará da Nokia, Stephen Elop, aliás, ex-Microsoft.
Vale ficar atento para o desenvolvimento desse ecossistema centrado nos diversos sabores do Windows, que pretende estar em qualquer dispositivo digital do futuro. Se der certo, será, efetivamente, o próximo capítulo da tecnologia.