Você quer ser técnico da Seleção Brasileira?
Nesta terça, 20, tive o prazer de abrir e participar do CEO Forum da Amcham – Câmara Americana de Comércio de Curitiba. Foi bastante cool ouvir os CEOs de duas empresas centenárias, a IBM e a 3M, falando de inovação e perspectivas futuras.
E sobre minhas impressões, comento em outra postagem.
Hoje vou propor aos meus amigos -ouvintes e leitores- um desafio: virar técnico ou técnica da seleção brasileira de futebol. Ou, no mínimo, palpitar em tempo real em canal direto com Felipão, sobre quem depositamos as esperanças do hexa.
A IBM Brasil criou um canal de comunicação social com a comissão técnica da seleção, o Ei Treinadores!, disponível a qualquer um que tenha uma conta no Twitter.
Partindo do princípio que os brasileiros são os mais dedicados usuários das redes sociais, a IBM usou seu Centro de Pesquisas no Brasil com o um hub mundial para desenvolver essa solução, que se baseia -em tempo real- nas opiniões dos tuiteiros sobre determinados temas. Os jogos do Brasil, por exemplo.
O que diz a Dra. Maíra Gatti, pesquisadora de Ciências da Computação no Laboratório IBM:
“O brasileiro é um dos povos mais atuantes nas redes sociais. Em 2012, o Brasil era o país com maior participação no Twitter segundo Pesquisa “State of Mobile Web” realizada pelo Browser Opera com dados de 190 países. No número geral de usuários de internet, 23% dos que usavam a ferramenta eram brasileiros.”
Essa solução já foi testada em 2013, durante a Copa das Confederações, e, tudo indica que algum dos auxiliares do Felipão ficava recebendo os dados consolidados e passando algo ao chefe. Agora em junho, a cena vai se repetir.
Só que com mais gente participando. Quer dar sua opinião sobre a partida como se estivesse com os jogadores? Usando a Análise de Sentimento Social da IBM, você se transforma em um treinador auxiliar.
Se você tem uma conta no Twitter, siga @ibmbrasil e divirta-se, durante os jogos. Quer ter uma idéia bem humorada? Veja ovídeo ou procure por Ei Treinador no YouTube.
E o futebol moderno vai cada vez mais sendo apoiado por dados. Muitos estatísticos povoam as comissões técnicas dos principais clubes do Brasil e do mundo. Aposenta-se a velha prancheta dos professores e agora as mudanças táticas ocorrem com base no que está ocorrendo e o que pode e deve ser corrigido.
Talvez o futebol acabe perdendo a arte, a graça… Mas, por via das dúvidas, estarei lá, tuitando nos jogos do Brasil, tentando, junto com os demais 193.999.998 técnicos, ajudar Luiz Felipe Scolari a deixar a taça aqui no Brasil por uns tempos.
Vamos nessa?
O Porsche e o 4G
Há um ano atrás, eu dirigia em Curitiba pela Ubaldino do Amaral, sentido Jardim Botânico, tentando chegar até a Visconde de Guarapuava. Trânsito congestionado, coisa absolutamente normal. E eu com compromisso profissional passível de atraso. Aí, o inusitado acontece:
À frente de meu carro, um reluzente Porsche Panamera, com placas do interior do Estado, e seu motorista, possivelmente o dono, estava claramente nervoso, com o vidro aberto e agitando o braço esquerdo, que estava para fora. Ele falava ao celular.
Estávamos ambos na faixa da direita, que era a pior. A da esquerda até que se movia. Aí aparece um Fiat Mille surrado, de uma dessas empresas de instalação de operadora de telefonia, com uma escada presa ao rack to teto. Vidros abertos, seu motorista olhava para o Porsche com admiração. Ele se movia talvez a 4 km/hora, o Porsche parado, o dono irritado.
O cara do Fiat, por algum motivo que não vem ao caso, ao passar pelo Porsche deu duas buzinadas curtas e um aceno de mão para o irado cidadão do interior. Este, espumando, fez o gesto clássico com a mão esquerda fechada e o dedo médio em riste. O do Fiat riu, buzinou outra vez e se foi.
Eu não havia associado essa cena à tecnologia, até que resolvi analisar o histórico das conexões de meu smartphone, devidamente equipado com um chip e um plano 4G. Aí pude entender o cara do Porsche: Em 20 medições, só uma acima de 5 megabits; uma com pouco mais de 3 Mb, três entre 1 e 1,5 Mb e as demais abaixo de 1Mb. Numa delas, 161 kilobits por segundo, coisa de rede 2G.
“OK”, justificarão alguns, “você está usando uma rede em implantação, sujeita a instabilidades, cobertura não é plena, ainda. Paciência, Guy!”, ou: “se você mudasse de operadora, as coisas iriam melhorar”, ou ainda “bem feito, quem mandou gastar dinheiro sem saber da qualidade dos serviços?”.
É, acho que fui cedo demais ao 4G. Mas não pude deixar de fazer um paralelo do meu smartphone com o Porsche Panamera do ano passado. Posso até argumentar que meu investimento foi menor do que o dele, e que, logo, logo estarei navegando com o smartphone a velocidades dignas de um Porsche numa Autobahn alemã.
Acho que entrei numa fria…
Mas voltando à cena da Ubaldino, eu estava atrasado para minha reunião. Graças à tecnologia SMS, recebi um torpedo de meu cliente avisando que ele estava atrasado, por conta do trânsito. Respondi: “Não esquenta, eu aguardo!”. E aguardei. No trânsito!
4G Chega a Curitiba. Vamos nessa?
Nós que estamos acostumados a atrasos em quase tudo que é obra de infraestrutura, tivemos a grata surpresa com o anúncio da Claro da disponibilização da tecnologia 4G em Curitiba, bem antes do prazo estipulado, no final de 2013.
Significa que podemos ter na ponta dos dedos aparelhos que vão fazer conexões à internet com velocidades muito maiores daquelas que estamos acostumados na velha, lenta e ranzinza rede 3G, ou até mesmo quando comparadas com a da maioria das conexões fixas de banda larga.
Quem precisa de velocidade e mobilidade, então a opção 4G é inadiável, certo?
Vejamos:
SIM é sua opção se você realmente precisa de banda larga rápida e móvel de imediato, e está em Curitiba, Recife, Campos do Jordão, Paraty ou Búzios. De cara, dá para dizer quer Curitiba está, nesse início da rede 4G, em excelente companhia.
SIM também se você não se importa com a limitada oferta inicial de aparelhos, hoje limitada aos bons Motorola RAZR HD ou o SAMSUNG GALAXY S III 4G. E os melhores planos estão destinados a quem se dispõe a migrar para a Claro, numa jogada de marketing ousada da operadora para aumentar sua base de clientes.
SIM se você quer um modem para conectar seu laptop ou mesmo ter o 4G em sua casa ou escritório.
SIM se seu bolso estiver forrado. Os planos iniciais são bem caros, aproveitando a dianteira que a Claro obteve e dirigida aos early adopters, que sempre buscam as novidades.
NÃO se você quer 4G em seus smartphones ou tablets da Apple. Eles vão funcionar, mas no modo 3G ou então no WiFi.
NÃO se você viaja muito para fora dessas cidades que já possuem 4G. Até o final do ano, outros aparelhos, outras regiões e outras operadoras estarão disponíveis, e as opções de comparacão, maiores.
NÃO se você espera velocidades altíssimas, padrão coreano do sul. De início, a disponibilização de banda pela Claro não permitirá velocidades maiores que 5Mb. Mas essa é uma limitação temporária.
NÃO se você ler as letras miudas das ofertas. Excedida a franquia (um plano padrão oferece 5GB de dados/mês), a velocidade cai a míseros 128KB, digna da rede 2G, de trsite memória. E para quem vai desfrutar dos recursos da rede 4G, com muito vídeo e teleconferência em alta definição, esse limite chega rapidinho. Como parâmetro, 5GB equivale ao conteúdo de um DVD (480p) e um filme em HD consome quase toda essa banda. Você pode ficar com a sensação de ter uma Ferrari no meio de um congestionamento da cidade grande…
OU SEJA: na maioria dos casos, vai valer a pena esperar um pouco. A tecnologia 4G veio para ficar, vai modificar -e muito- os hábitos de consumo de tráfego digital e vai fazer com que esqueçamos as redes 3G, salvo para piadas ou papos nostálgicos do tipo “naquele tempo…“
Vale também registrar a rapidez da Claro em conseguir uma boa cobertura em Curitiba bem antes do prazo proposto. Isso nos surpreende positivamente, embora devesse ser a regra no Brasil.