“Dia Zero” é um problema no Internet Explorer
Se você usa o Internet Explorer como browser principal, você pode estar sujeito ao virus Dia Zero, que simplesmente abre suas credenciais de uso do seu computador e permite que um hacker assuma sua identidade, com todos os seus dados abertos.
Embora esse virus venha atacando há meses, e seja conhecido da comunidade técnica, o alerta publicado pela Microsoft não deixa dúvidas: embora existam opções de configuração que minimizem a possibilidade de um ataque, ela ainda persiste, até que seja lançada uma correção para o IE, ou patch, como é chamado em informatiquês. E isso ainda não ocorreu, segundo a PC Magazine.
Lembrando que todos os computadores com sistema operacional Windows possuem o Internet Explorer como browser padrão e pré-instalado, a possibilidade de danos é grande, ainda mais para os usuários que possuem a credencial de administrador da conta. Traduzindo: se você comprou um computador com Windows, para seu uso pessoal, você deve ser o administrador da máquina, podendo alterar senhas, bloquear acessos e configurar privilégios de uso, embora você talvez nem saiba disso.
É bom ter um browser alternativo instalado, como o Firefox ou o Chrome, ao menos enquanto não sai a atualização de segurança da Microsoft. Você deve mudar, também, suas senhas internas e, principalmente, as de administrador de seu computador. Não deixe para depois!
Enquanto isso, verifique se não há movimentação suspeita em suas contas bancárias, suas mensagens de email, suas intervenções em redes sociais e até mesmo para uso adicional de licenças de aplicativos como o Office.
O Internet Explorer ainda é bastante utilizado e, por isso mesmo, é muito visado por hackers do mal. Eu, particularmente, evito ao máximo o uso do IE, salvo se o site que visito requeira esse browser, o que, hoje em dia, é raro.
Por fim, se você ainda usa o Windows Xp, chegou a hora da despedida. A Microsoft não incluirá o veterano Xp nessa nova atualização para conter o Dia Zero. A ordem é mudar, de uma vez por todas!
Acabou o Windows Xp. O que faço?
Nesta terça, 8 de abril, cessa todo e qualquer suporte da Microsoft ao veterano Windows Xp, aí incluídas atualizações de segurança. Ou seja, a partir daí, centenas de milhões de computadores mundo afora estarão mais vulneráveis a ataques externos. Mais ainda: os programas que hoje rodam com o Windows Xp provavelmente não incluirão, em futuros releases, suporte para o Xp.
E você, ainda tem um desktop ou um notebook que roda com o Xp? O quê fazer?
Antes de mais nada, salve todos os seus arquivos de dados, aí incluídos textos, planilhas, apresentações, fotos, vídeos e o que mais tenha por lá. Pode ser que seu computador nem seja tão antigo assim, pois muita gente que comprou máquina com o Windows Vista -o sucessor do Xp- fez uma atualização reversa para o antecessor, mais rápido e confiável.
Migrar para o Windows 7 ou 8? Parece ser uma saída extrema, pois a maioria das máquinas projetadas para o Xp ou Vista não vão rodar de forma eficiente com esses sistema operacionais, mesmo que atendam aos requisitos mínimos de memória, processador e disco. Pode ser que nem sejam compatíveis, e isso o site do Windows vai esclarecer. Mas não vale a pena.
Mas aí existem programas e periféricos que não vão ser compatíveis com versões acima do Xp, e você ainda os utiliza. Eu, por exemplo, tenho um scanner para negativos e diapositivos de 35mm que usei para converter minhas antigas fotos para o meio digital, e ele não roda em Windows Vista, 7 e 8. Solução? Usar essa CPU só com essa finalidade esporádica.
Sobram ainda milhões de dispositivos específicos, como terminais de caixa de banco, de supermercados, catracas eletrônicas, aparelhos de diagnóstico médico e muitos outros aparelhos dedicados. Mas esses, via de regra, ou estão desconcertados ou fazem parte de uma rede cabeada privada, onde os especialistas cuidarão de sua integridade até a substituição.
Então, se você tem esse desktop ou notebook com Windows Xp conectado à internet ou recebe arquivos externos via CD, DVD ou pen-drive, aja rápido para não ter problemas. A partir do dia 8, eles serão o paraíso dos piratas digitais.
iOS 7 – Nem tudo é perfeito
É só elogiar, que vem o troco… Depois da disponibilização do iOS 7 para download na semana passada, a maioria das avaliações iniciais, inclusive a minha, foram positivas. E o número de downloads para atualização para quem tinha iPhone ou iPad compatíveis com a nova versão ocorreram em volumes nunca dantes observados, mesmo para a Apple.
Mas são muitos milhões de usuários, a maioria ansiosa para curtir as novidades. Muitos também buscam detectar possíveis bugs, de simples curiosos, passando pelos nerds, chegando aos farejadores da concorrência.
O reporter Andy Greenberg, da Forbes revelou o bug após receber um video mostrando um iPhone com iOS 7 e com a tela principal bloqueada que permitia fazer chamadas externas, que não as de emergência, a partir do teclado de desbloqueio, sem digitar a senha. A partir daí, milhares de portadores replicaram a experiência. E era isso mesmo, um baita de um bug.
Quem comprou o novo iPhone 5S não teve esse problema, ao receber uma versão do iOS 7 específica, por conta do desbloqueio através das impressões digitais.
Não que isso seja algo inusitado. Software sempre tem bug, queiramos ou não. E com o iOS 7 não seria diferente.
Mas, pela importância da função que falhou, isso não deveria acontecer, pois pode causar prejuizos enormes a quem tem o iPhone.
Fico pensando na legião de brasileiros com iPhone 4S ou 5, em viagem aos Estados Unidos, que, por impulso, atualizaram seus dispositivos, e, por descuido ou desconhecimento, foram ao banheiro do bar deixando o celular sobre a mesa. Sem ter o aparelho furtado, uma ligaçãozinha local com as taxas de roaming que pagamos lá fora, dá para azedar a viagem de qualquer um…
Já há relatos de donos de iPhone 4S e 5 que baixaram o iOS 7 logo nas primeiras horas. Você conhece alguém?
Mas cabe um registro: apesar desse problema, o ambiente iOS segue sendo sendo excepcionalmente seguro. Os especialistas em segurança digital sabem disso. E, numa atualização de versão, esse defeito deixará de existir.
Dinâmica dos aplicativos
São milhões de aplicativos disponíveis nas lojas virtuais para smartphones e tablets; a imensa maioria, gratuitos. Para todos os gostos, com todo tipo de qualidade e sofisticação. Se você faz parte da maioria dos usuários, pode ver que no seu dispositivo existem vários apps, como são chamados, que foram baixados mas nunca usados. Outros tantos, só muito raramente. Talvez você nem se lembre dos motivos que o levaram a baixá-los. E até mesmo se eles foram gratuitos ou pagos.
Embora em minoria, os apps pagos já são representativos, cerca de 5% do total, para os downloads iniciais, não contadas as atualizações.
E eles mudam muito, não só para acompanhar a evolução dos sistemas operacionais, adicionar ou suprimir funcionalidades, melhorar a navegação. Se você ficar tempo sem usar, provavelmente vai ver outro app, totalmente diferente!
Se um app está com algum bug , saiba que o prazo médio de correção é de duas semanas, tempo suficiente para tirar o ânimo de milhões de pessoas que transformam um êxito viralizado em um objeto esquecido no final das listas de buscas do Google.
OK, você não é diferente da maioria, assim você baixou um app, se motivou, mas deixou rastro: sua identificação, autorização para divulgar seus dados, sua localização, seus amigos de redes sociais, muitas vezes apenas para satisfazer a curiosidade sobre uma funcionalidade, ou porque alguém falou que aquele tal está bombando e você não quer estar por fora do agito. Agora gaste um tempinho analisando os apps que você tem e não usa.
Para os que você não pretende mais usar, procure, antes de desinstalar, revogar todas as permissões que você possa ter dado, nas configurações desses aplicativos em todos os dispositivos que você os tiver, pois podem existir versões diferentes para um smartphone e um tablet, por exemplo.
Mas, sobretudo, procure, daqui para frente, pensar duas vezes antes de fazer download de qualquer app. Note que, de um modo geral, os apps grátis são apenas versões mais simples dos pagos, e que, muitas vezes, além de fazer menos coisas, expõem mais a sua privacidade.
É assim, também, que você acaba sendo conhecido demais no ciberespaço. É bom cuidar. Afinal, são milhões de apps disponíveis. Você nunca vai conseguir usá-los todos…