Alibaba: Os chineses chegaram!
Em 7 de maio passado, postei uma nota sobre a intenção da Alibaba, a gigante chinesa de e-commerce e redes sociais de fazer o maior IPO da história em bolsa de valores.
Pois foi o que ocorreu na semana passada. Lançada a US$ 68 por ação, fechou na sexta, 19, a próximo de US$ 94, criando muitas expectativas e dividiu opiniões de analistas: para uns, Alibaba ainda está barata, para outros, está sinalizando para o início de uma bolha especulativa que pode estourar a qualquer momento e causar tremores no mercado, como já ocorreu anteriormente.
Na segunda, 22, enquanto escrevo esta postagem, a ação de código BABA caia 4,55%, par US$ 89.62. Viés de queda, o que não quer dizer muita coisa. Ou quer dizer muita coisa.
Primeiro, que em situação similar, o Facebook fez seu IPO em clima de euforia, para caiu bastante e frustrou investidores, para depois recuperar e hoje é uma das empresas com maior valor de mercado.
Pode acontecer o mesmo com a Alibaba, com a diferença básica de ser uma empresa chinesa da era da internet que vem disputar, com garbo, a bolsa de valores ícone do capitalismo, a NYSE de Nova York.
Quer acompanhar as ações da Alibaba na NYSE? Isso é coisa para investidores, e aqui temos um blog de tecnologia. Mas vamos olhar a coisa sob a ótica do sgrandes movimentos tectônicos da história da humanidade: a internet é, indiscutivelmente, um tsunami que veio para mudar um monte de premissas que regiam nossas vidas. Ainda fortemente dominada pelos americanos, já há tempos os asiáticos mostravam suas garras na parte de hardware, com televisores, computadores, tablets e smartphones, sem falar dos equipamentos de infraeestrutura.
Agora os chineses entram pesado no mercado de e-commerce, com esse IPO que levantou US$ 24 bi e colocou o valor da Alibaba no patamar de US$ 250 bi. Ou seja, o tal de mercado acreditou que essa proposta de um chinês visionário merecia um espaço na primeira divisão da tecnologia global.
Surpresa? Nem tanto… Com um mercado vertiginosamente crescente lá pelas bandas orientais do Pacífico e do Índico, um lastro formidável de profissionais graduados e pós graduados nas melhores universidades do mundo e uma tradição mercantil de milênios, parece ter chegado a hora de estarmos atentos ao que acontece por lá.
Hoje, Alibaba tem valor de mercado maior do que a veterana e saudável Amazon.
Não é milagre, nem onda passageira. A China vem entrando no jogo tecnológico sem que muita gente se dê conta, mas esse marco da Alibaba é coisa séria. Muitos outros virão.
Fire Phone da Amazon: Mais um na briga ou mudança de referência?
A Amazon anunciou dia 18 de junho seu novo lançamento, o Fire Phone, um smartphone com algumas características diferenciadas dos concorrentes, mas que, nas palavras de Jeff Bezos, o Capo di Tutti Capi, vai fazer a concorrência balançar e mexer com o mercado.
Das novidades, a mais diferenciada é a imagem 3D, que pode ser visualizada sem óculos e com muito mais nitidez e brilho do que a Nintendo procurou fazer com seu efêmero 3DS, já encontrado nas lojas com um bom desconto . Baseado na captação de imagens por 4 câmeras distintas, ele usa algorítmo que lembra o que vem sendo usado na Copa do Mundo na determinação precisa de se bola entrou ou não no gol.
Na ponta do mais prosaico, earphones cujo cabo de conexão ao celular não enrolam. Taí uma coisa que pode ser bem prática, embora os dos aparelhos mais caros, como o iPhone e o Galaxy S os earphones até que não enrolam muito.
Como características básicas, até que ele não faz feio, mas também não se sobressai muito. Veja:
- Tela de LCD de 4,7 polegadas
- Resolução: 1280×720 pixels
- Processador/Chipset: quad-core Qualcomm Snapdragon 800 de 2,2 GHz
- GPU: Adreno 330
- RAM: 2 GB
- Armazenamento interno: 32 GB ou 64 GB
- Conectividade: WiFi 802.11, Bluetooth 3.0 e NFC
- Câmera traseira: 13 megapixels
- Câmera frontal: 2,1 megapixels
- Bateria: 2.400 mAh
- Dimensões: 13,92 cm x 6,65 cm
Como a Amazon desistiu de inventar a roda, o eistema operacional é o Fire OS 3.5.0, essencialmente um Android com sabores específicos da Amazon.
E aí, será que vale a pena entrar num modelo de smartphone de um fabricante cuja única coisa boa até agora foi o leitor de e-books Kindle? Ainda mais no Brasil, onde a Amazon é forte, mas não tem a bala toda de mercado do que em outros países, onde ela vende de tudo, inclusive se programando para entregar pequenas encomendas na sua cãs usando drones, em no máximo 30 minutos depois da compra…
Bem, essa comparação pode não levar a nada, ainda mais quando vemos que próprio Google escorregou ao lançar um smartphone e seu laptop barato, conectado à nuvem também não virou um sucesso absoluto. O Facebook tentou, mas você conhece alguém que tenha um smartphone com o logo da empresa de Mark Zuckerberg? Isso sem falar na ascensão e queda da Motorola, da Nokia que virou Microsoft Mobile e.. peraí! Aqui tem coisa!
Claramente as grandes do mercado estão buscando uma estratégia de ter o cliente só para sí: a Apple com sua arquitetura fechada onde iOS significa iPhone, iPod, iPad e os futuros wearables, tipo iWatch e o OSX no Mac; a Microsoft apostando no seu carro chefe Windows para trazer a turma do mundo corporativo também via hardware móvel ou fixo; o Google, com um monte de serviços na nuvem que todo mundo usa e maestro da plataforma Android; agora entra a Amazon, maior loja virtual de vendas de produtos físicos no planeta e forte player na venda de serviços na nuvem dizendo “venha, aqui tem de tudo!”
Do outro lado do Pacífico, as coreanas Samsung e LG, mais as chinesas Lenovo, HTC e outras vão pela massificação dos dispositivos móveis, usando, quase sempre, o Android, mas sem desprezar o Windows Phone. Algumas delas chegam baseando-se nos serviços na nuvem de gigantes como o Alibaba e no mais de 1 bilhão de chineses como mercado de partida.
Voltando à Amazon, seu Fire Phone estará nas lojas americanas no final de julho. Não está clara sua estratégia de vendas em outros mercados, mas as operadoras locais já estudam o novo device. Afinal, ele vem com 3D decente, e tem botões e funcionalidades (vide o NFC) que facilitarão compras na Amazon, inclusive de produtos físicos, coisa não muito em voga na concorrência.
Por enquanto, o negócio é ficar de olho, mas acompanhar com calma essas mexidas dos gigantes nesse tabuleiro cada vez maior e mais complexo: o mundo digital. Alguma coisa de boa acaba sobrando para nós…
Compre pela internet, entrega com drone
Os drones são aqueles aviõezinhos sem piloto, operados remotamente, que, até há pouco tempo atrás, serviam para fins militares e de segurança, como na destruição de alvos terroristas e na patrulha de fronteiras.
O conceito começa agora a se expandir para facilitar o nosso dia-a-dia, com o surgimento de modelos mais leves, mais baratos e de produção seriada. Em junho, a rede de pizzarias Domino testou drones na entrega em domicílio de pizzas encomendadas por telefone ou pela internet, na Inglaterra. Esse delivery ainda não engrenou, mas um dia, quem sabe, concorrerá com os motoboys aqui por nossas plagas.
Vários fundos de investimentos apoiam projetos com drones em aplicações que vão desde o controle em tempo real de gado no pasto, passando por apoio à fiscalização de tráfego em rodovias e chegando à geração de imagens aéreas em grandes eventos, como shows e partidas de futebol. Essa aplicação, aliás, viria a calhar na ajuda da identificação dos autores de barbáries, como a que vimos no final do Brasileirão.
Mas agora vem Jeff Bezos, o chefão e fundador da Amazon e anuncia, no 60 Minutes da TV americana, o Prime Air, o serviço de entregas da campeã de vendas online usando drones.
O Prime Air vai funcionar apenas para mercadorias de peso e tamanho pequenos, que caibam em um container plástico pouco maior do que uma caixa de sapatos. Ao fazer o pedido com opção de entrega pelo Prime Air, seu pacote é colocado nesse container, que é fechado e corre por esteiras rolantes até ser automaticamente preso ao drone. Aí ele voa até o endereço do cliente, onde solta o pacote e se vai.
A Amazon pretende fazer entregas em no máximo 30 minutos após o pedido, o que limita a distância entre o centro de distribuição e o endereço de destino.
O principal problema a superar, segundo Bezos, está na obtenção de licenças junto à FAA, a agência federal de aviação civil americana, daí o serviço ter lançamento previsto para 2015.
Do ponto de vista de preço do frete, a viabilidade estaria assegurada.
Mas o que acontecerá se o drone chegar na casa do cliente e for recebido por um cachorro feroz?
Sábado, Boston Globe; Segunda, Washington Post. E agora?
Nem deu para esfriar a notícia da venda do Boston Globe pelo New York Times, e agora, nesta segunda, vem a notícia da venda do Washington Post para Jeff Bezos, o chefão da Amazon.
O valor foi um pouco maior, US$ 250 milhões, e a aquisição foi feita por Bezos, como pessoa física. Mas é impossível dissociar esse negócio das transformações da era digital.
O Post ficou famoso pelo jornalismo investigativo, que divulgou o escândalo da espionagem dos agentes de Richard Nixon no escritório do Partido Democrata no complexo de edifícios Watergate, em 1972. Dois anos depois, Nixon renunciacva.
Será que dois negócios envolvendo grandes jornais americanos podem sinalizar o fim de uma era? Afinal, o New York Times comprou o Boston Globe por US$ 1,1 bilhão há 20 anos e agora o passa adiante para adiante para o dono de um time de beisebol por meros US$ 70 bilhões, e, passado o domingo, o bilionário dono da principal empresa de comércio eletrônico arremata mais um ícone das notícias.
Mas é bom lembrar que nem sempre essas aquisições dão certo. Lá atrás, ainda no final do século XX, a America OnLine – AOL, então líder do mercado de serviços de correio eletrônico investiu bilhões na compra da Time-Warner, então o maior conglomerado de mídia do planeta. Anos depois, a AOL é irrelevante, e os sucedâneos da Time-Warner ainda sobrevivem.
Já o e-mail dá sinais de cansaço, substituido por mensagens instantâneas e redes sociais, quase como o vetusto fax, de poucos anos atrás.
Pode ser que Jeff Bezos tenha planos mirabolantes para o Washington Post, ou que queira transformá-lo num hobby pessoal. Pode ser.
Mas também pode ser que ele tenha uma visão de sinergia para a Amazon, que ninguém saiba.
O mais provável, arrisco, é que ele tenha uma visão para alavancar o Post dentro do mundo digital, com prioridade para a versão online e com muita interação com seu público-alvo.
Numa dessas, Bezos vai querer concorrer com uma CNN ou uma Fox da vida, e pode ter planos ainda mais ambiciosos para tratar notícias.
É… as coisas andam rápidas nesse mundo digital!
>Livros eletrônicos caros demais. Os de papel, mais ainda!
>A Amazon, desde o Natal de 2009 já vende mais títulos de livros no formato digital do que os tradicionais de papel. De lá para cá os preços dos leitores cairam rapidamente com a introdução do multifunção iPade agora a tendência é irreversível a favor do livro digital, que em prazo não muito longo, será dominante no mundo.
Enquanto isso, no Brasil…
Elio Gaspari publicou em sus coluna de ontem dois tópicos a respeito, e com muita clareza foi direto aos dois pontos: (a) “O livro Eletrônico precisa custar menos” e (b) “Saiu Fordlândia, um grande livro”.
No primeiro tópico, ele compara os preços dos leitores de livros digitais e conclui que no Brasil é preciso comprar 241 livros para quitar o leitor digital, ou, a dois títulos por mês, o brasileiro levaria dez anos para amortizar seu investimento.
Já nos Estados Unidos, um cidadão amortiza seu investimento no 28º livro, ou, com os mesmos dois títulos por mês, em 14 meses, ou pouco mais de um ano. Ou seja, o retorno do investimento aqui se dá em um prazo praticamente dez vezes maior do que lá. Um absurdo!
No segundo tópico, ele fala desse livro fantástico sobre a experiência de Henry Ford na Amazônia do início do século passado, tentando criar uma comunidade utópica para cuidar da produção de borracha. O livro é uma delícia para entender o que deu errado, inclusive na seara da corrupção de políticos nativos. Escreve Gaspari: “Desde o ano passado pode-se comprar a edição eletrônica de “Fordlândia”, em inglês, por US$ 9,99. A edição brasileira, só em papel, custa R$ 56“. E eu acrescento que o preço da edição em papel lá é de US$ 12,50. Ou seja, um pelo outro, dá para comprar 3 livros de papel ou 4 eletrônicos lá pelo preço do mesmo livro de papel aqui.
Como querem os formuladores de políticas aqui na terra de Cabral fomentar a leitura desse jeito? Talvez fosse chegada a hora de estimular a concorrência nos livros de papel e aproveitar a nascente indústria de livros digitais para definir cargas tributárias menores para os tablets fabricados aqui ou importados e zero, zero mesmo de imposto nos livros digitais.
Que tal esse tema sendo debatido agora nas campanhas eleitorais?
Livros eletrônicos caros demais. Os de papel, mais ainda!
A Amazon, desde o Natal de 2009 já vende mais títulos de livros no formato digital do que os tradicionais de papel. De lá para cá os preços dos leitores cairam rapidamente com a introdução do multifunção iPade agora a tendência é irreversível a favor do livro digital, que em prazo não muito longo, será dominante no mundo.
Enquanto isso, no Brasil…
Elio Gaspari publicou em sus coluna de ontem dois tópicos a respeito, e com muita clareza foi direto aos dois pontos: (a) “O livro Eletrônico precisa custar menos” e (b) “Saiu Fordlândia, um grande livro”.
No primeiro tópico, ele compara os preços dos leitores de livros digitais e conclui que no Brasil é preciso comprar 241 livros para quitar o leitor digital, ou, a dois títulos por mês, o brasileiro levaria dez anos para amortizar seu investimento.
Já nos Estados Unidos, um cidadão amortiza seu investimento no 28º livro, ou, com os mesmos dois títulos por mês, em 14 meses, ou pouco mais de um ano. Ou seja, o retorno do investimento aqui se dá em um prazo praticamente dez vezes maior do que lá. Um absurdo!
No segundo tópico, ele fala desse livro fantástico sobre a experiência de Henry Ford na Amazônia do início do século passado, tentando criar uma comunidade utópica para cuidar da produção de borracha. O livro é uma delícia para entender o que deu errado, inclusive na seara da corrupção de políticos nativos. Escreve Gaspari: “Desde o ano passado pode-se comprar a edição eletrônica de “Fordlândia”, em inglês, por US$ 9,99. A edição brasileira, só em papel, custa R$ 56“. E eu acrescento que o preço da edição em papel lá é de US$ 12,50. Ou seja, um pelo outro, dá para comprar 3 livros de papel ou 4 eletrônicos lá pelo preço do mesmo livro de papel aqui.
Como querem os formuladores de políticas aqui na terra de Cabral fomentar a leitura desse jeito? Talvez fosse chegada a hora de estimular a concorrência nos livros de papel e aproveitar a nascente indústria de livros digitais para definir cargas tributárias menores para os tablets fabricados aqui ou importados e zero, zero mesmo de imposto nos livros digitais.
Que tal esse tema sendo debatido agora nas campanhas eleitorais?
>Internet 2009: Imagem é o nome do jogo
>A postagem de 25 de janeiro abordou os números impressionantes de internautas, e-mails e coisas que atormentam o cidadão digital, como spam, virus e afins.
Na esteira do lançamento –muito criticado pela maioria dos analistas– do iPad da Apple, cabe colocar o tema das imagens na internet, seus volumes e tendências, e mostrar que o iPad talvez acabe fazendo sucesso.
Vamos aos números de 2009:
Imagens
- 4 bilhões – Fotos no Flickr (Outubro)
- 2.5 bilhões – Fotos novas carregadas por mês no Facebook, ou 30 bilhões/ano
Vídeos
- 1 bilhão – Média diária de vídeos exibidos por dia no YouTube
- 182 – Número de videos online que o internauta americano acessa por mês
- 82% – Percentagem de internautas americanos que assistem a videos online na Internet
Livros
- 52% – Percentagem de eBooks vendidos pela Amazon em dezembro (48% de papel)
Esses números ilustram a importância predominantes das imagens na internet. Qualquer evento local ou global de alguma repercussão aparecem antes no YouTube e depois nos telejornais. Na melhor das hipóteses, ao mesmo tempo.
Só o YouTube consome algo como 20% da banda total da internet.
Assim, dispositivos orientados à manipulação de imagens, que sejam de fácil manuseio e custo razoável, podem cair no gosto do cidadão digital. Ainda mais com o apelo da Apple. E com a sua estratégia de marketing, por suposto.
Não por acaso, o iPad foi lançado em evento especial, e o “falando nisso” que fica para o final das apresentações do Steve Jobs ficou por conta da funcionalidade de leitor de eBooks, com a facilidade de ser a cores.
No final da semana passada, algumas editoras cancelaram seus contratos com a Amazon e assinaram com a Apple, até por conta de uma política de preços na nova iBookstore e margens mais interessantes.
Assim, enquanto os analistas reclamam do “iPhonão” que não tem isso, não faz aquilo, a Apple aproveita o sucesso das imagens na internet e apresenta o tablet mais completo do mercado, pronto para fotos, vídeos e livros, como nenhum outro. E a preços extremamente competitivos.
Eu acho que o iPad vai emplacar e criar uma forte tendência para produtos semelhantes. Vamos ver se a concorrência acorda.
Internet 2009: Imagem é o nome do jogo
A postagem de 25 de janeiro abordou os números impressionantes de internautas, e-mails e coisas que atormentam o cidadão digital, como spam, virus e afins.
Na esteira do lançamento –muito criticado pela maioria dos analistas– do iPad da Apple, cabe colocar o tema das imagens na internet, seus volumes e tendências, e mostrar que o iPad talvez acabe fazendo sucesso.
Vamos aos números de 2009:
Imagens
- 4 bilhões – Fotos no Flickr (Outubro)
- 2.5 bilhões – Fotos novas carregadas por mês no Facebook, ou 30 bilhões/ano
Vídeos
- 1 bilhão – Média diária de vídeos exibidos por dia no YouTube
- 182 – Número de videos online que o internauta americano acessa por mês
- 82% – Percentagem de internautas americanos que assistem a videos online na Internet
Livros
- 52% – Percentagem de eBooks vendidos pela Amazon em dezembro (48% de papel)
Esses números ilustram a importância predominantes das imagens na internet. Qualquer evento local ou global de alguma repercussão aparecem antes no YouTube e depois nos telejornais. Na melhor das hipóteses, ao mesmo tempo.
Só o YouTube consome algo como 20% da banda total da internet.
Assim, dispositivos orientados à manipulação de imagens, que sejam de fácil manuseio e custo razoável, podem cair no gosto do cidadão digital. Ainda mais com o apelo da Apple. E com a sua estratégia de marketing, por suposto.
Não por acaso, o iPad foi lançado em evento especial, e o “falando nisso” que fica para o final das apresentações do Steve Jobs ficou por conta da funcionalidade de leitor de eBooks, com a facilidade de ser a cores.
No final da semana passada, algumas editoras cancelaram seus contratos com a Amazon e assinaram com a Apple, até por conta de uma política de preços na nova iBookstore e margens mais interessantes.
Assim, enquanto os analistas reclamam do “iPhonão” que não tem isso, não faz aquilo, a Apple aproveita o sucesso das imagens na internet e apresenta o tablet mais completo do mercado, pronto para fotos, vídeos e livros, como nenhum outro. E a preços extremamente competitivos.
Eu acho que o iPad vai emplacar e criar uma forte tendência para produtos semelhantes. Vamos ver se a concorrência acorda.