A Apple anunciou uma nova versão de seu CarPlay, o sistema para entretenimento e controle automotivo, pouco mais de um mês após seu lançamento, no Salão de Genebra.
Após indicar que entraria sozinha com toda sua grife no painel de automóveis, começando pelos mais caros, a empresa da maçã faz uma mudança radical de estratégia: agora o CarPlay estará também em modelos fabricados pela japonesa Pioneer. A Alpine já anunciou que também incorporará o produto, sob licença da Apple.
E os CarPlays já vendidos terão atualização de firmware para suportar as novas versões de sistema operacional que rodarão em hardwares de vários fabricantes.
Desde os antanhos da década de 1990, quando licenciou, sem sucesso, a tecnologia do Macintosh a terceiros, a Apple passou a andar sozinha, com arquitetura proprietária, e, não por acaso, acabou se tornando a empresa com maior valor de mercado no mundo.
Mas essa inesperada guinada não significa uma revisão profunda de conceitos. É, como levantado em postagem anterior, uma defesa de território, com a escalada da Microsoft no setor automotivo.
Depois de anos com uma boa mas limitada parceria com a Ford e seu Sync, a empresa de Bill Gates resolveu ousar neste início de abril, anunciando, na conferência anual de desenvolvedores, uma versão do Windows 8 para centrais de entretenimento, conforto e localização de carros.
Para variar, o Google também corre atrás desse mercado de dezenas de milhões de carros vendidos a cada ano mundo afora.
O que ainda limita o uso do CarPlay aqui no Brasil é o Siri, que ainda não fala português, e é a interface de voz entre o motorista e o carro, requerendo, claro, um iPhone 5, 5s ou 5c.
Mas o mercado brasileiro de carros não é desprezível, e o aumento da eletrônica embarcada e da sofisticação exigida pelos motoristas fará com que o Siri aprenda a língua de Camões muito em breve.
Nesse quesito do português, a Microsoft já atende.