Desintoxicação Digital

Você é um viciado digital? Quantas horas por dia você fica conectado? Quantas vezes você acessa seu email, seu Facebook, seu Twitter? Existem várias medidas para definir se e como o uso de dispositivos digitais pode ser caracterizado como um vício, e como tal, merece ser tratado. Mas a observação crítica em lugares púbicos indica, no mínimo, algumas situações bem frequentes:

  1. No restaurante à luz de velas, o jovem casal comemora alguma data, mas, de repente, cada um fica batucando seu smartphone até que o garçom chegue com o pedido e tenha que sutilmente pedir “ahan… posso servi-los?”
  2. Nas salas de embarque dos aeroportos, quase todo mundo conectado com smartphone, tablet ou notebook; nas salas VIP, ambiente parecido
  3. Nos cinemas, se você senta nas fileiras de trás, fica aquele acende-apaga de telinhas à sua frente, quando não so suma campainha do celular ou aquele pui-piu do Twitter
  4. Nas festas de família então…
  5. Ah! As cerimônias religiosas também.

Aí surgem oportunidades de negócios. Várias agências de viagem oferecem pacotes para quem quer se desintoxicar. Uma delas oferece 5 dias numa vila escocesa que se desconectou com o propósito de receber visitantes que não queiram contato com seus aparelhos. Sucesso absoluto, até porque existem locais de acesso fixo à internet e alguns habitantes convidam para um chá das 5 típico e com um por fora de internet. Mas a região é famosa pelas suas águas cristalinas e pela produção de algumas marcas famosas de uísque. Não tem internet? Beba do bom! Aqui no Brasil, é só dar um Google no argumento Desintoxicação Digital e surgem aproximadamente 132.000 resultados em 0,41 segundos.

Na California, um blogueiro/jornalista Patrick Maio ganha a vida escrevendo sobre desintoxicação digital, embora, a meu ver, de forma exagerada. Outra californiana, Tanya Schevitz, coordenadora de um programa de Digital Detox apoia o Dia Nacional da Desconexão, como frua de desplugar os cidadãos americanos e fazê-los ter um dia normal de convívio familiar, como antigamente. Funcionará? Diz ela: “A idéia é recuperar e reinventar o dia antigo tradicional de descanso, mas para um público mais amplo”
Começam a surgir grupos de apoio aos digiholics, nos moldes dos Alcoólicos Anônimos. Psicoterapeutas e psiquiatras já se especializam no tema, e alguns até usam ferramentas digitais para acompanhar os pacientes em seu programa de reabilitação.
Mas será que no Brasil precisamos de tanta parafernália. Afinal,  não é sempre preciso pagar fortunas para um spa de desintoxicação digital ou mesmo um apoio profissional que pode não dar resultados.
Basta parar para pensar nos vários pontos perto de onde moramos ou trabalhamos que o acesso à internet é precário ou limitado. Em vez de soltar impropérios, talvez seja melhor aproveitar para fazer sua desintoxicação.
A não ser que o apelo da oferta da Escócia seja irresistível!

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Faça aqui o teste de seu nível de intoxicação digital. Boa sorte!

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E aqui você ouve o comentário ao vivo hoje na CBN Curitiba, bom Gabriela Brandalise

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Alguns resultados da busca por Desintoxicação Digital no Google:

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