Dinheiro nasce em árvores? Coisa antiga, essa imagem… Hoje em dia, a grana brota nas redes sociais, no Facebook em particular. Depois de comprar dezenas de empresas, inclusive o Instagram, por 1 bilhão de dólares em 2012, nesta quarta, 19, o Facebook anuncia a compra do WhatsApp por incríveis US$ 16 bilhões. 4 bi cash e 12 bi em ações.
Se você é uma das milhões de pessoas que andou deixando o Face de lado para usar a praticidade e o descolamento do WhatsApp, vai tudo ficar em casa agora.
Quando do anúncio da compra do Instagram, a febre da web de então, Mark Zuckerberg assegurou que nada mudaria e que as empresas operariam de forma independente.
Agora, o discurso é o mesmo: nada vai mudar, continua tudo separado, do jeito que sempre foi.
Parando para refletir, muita gente ainda usa -e bastante- o Instagram, sem se dar conta de que as direções do produto são dadas pelo Facebook. Não dá para imaginar o contrário, agora com a aquisição do WhatsApp.
Jan Koum, um dos criadores do WhatsApp, e amigo de Zuckerberg, não deve estar muito triste. Até porque há um acordo em separado, válido para os acionistas e funcionários do WhatApp, para mais US$ 3 bi em ações do Facebook, de uma classe restrita e especial, se determinados parâmetros da negociação se concretizarem.
Se der tudo errado, o Facebook paga uma multa de US$ 1 bilhão.
Na verdade, esse fluxo migratório para o WhatsApp estava além do que poderia ser suportado pelo gigante das redes sociais. São mais de 450 milhões de usuários ativos no aplicativo de mensagens, o dobro do Twitter e do porte de um Google+. Comprar market share vale isso, 16 bi, ou, dividindo, cada conta ativa -como a sua, a minha- no WhatsApp valeu US$ 35,55, ou algo como R$ 85. A taxa de crescimento, em 4 anos, é o dobro do Facebook, do Google, do Twitter no mesmo período.
Afinal, dinheiro não dá em árvores. Já nas redes sociais…