Cingapura, a cidade-estado-ilha da Ásia, tem uma área de 716.1 km2; Hong Kong, 1.104 km2. Compará-los com os 8.5 milhões de km2 do Brasil não faz sentido, salvo se… falamos de internet.
Para efeitos de comparação e ordem de grandeza, a cidade de Curitiba tem 440 km2 e a ilha de Santa Catarina, onde fica parte da cidade de Florianópolis, 424.4 km² (163.9 mi²).
Mas, quando o assunto é internet…
(Olhar Digital)
A velocidade média da conexão à internet no Brasil foi de 2,7 Mbps no terceiro trimestre do ano passado e cresceu 10% em relação ao mesmo período de 2012, segundo o estudo “State of Internet“, publicado pela empresa Akamai. Mesmo assim, o Brasil ainda está abaixo da média global, que aponta conexão média de 3,6 Mbps, e ocupa a 84ª posição entre 122 países.
O desempenho brasileiro também fica aquém do resto do mundo no que diz respeito aos picos de conexão. Enquanto a média é de 17,0 Mbps – com a taxa mais elevada em Hong Kong (65,4 Mbps), o país registrou 16,7 Mbps de velocidade de acesso, queda de 10% em relação ao ano anterior.
Com o resultado, o Brasil caiu da 71ª para a 73ª posição no ranking global que avalia picos de conexão. Na América Latina, os índices variaram de 8 Mbps, na Venezuela, a 18,5 Mbps no Equador, que ficaram na 130ª e 64ª posições, respectivamente. Mundialmente, os que tiveram o menor índice são Namíbia (1,1 Mbps) e Egito (1,2 Mbps)
O estudo, que considera países com mais de 25 mil endereços de IP conectados à rede Akamai, também segmenta a análise por regiões – Américas, Ásia-Pacífico e EMEA (Europa, Oriente Médio e África). Nas Américas, apenas sete países operam a velocidade superior a 10 Mbps – considerada alta banda larga: EUA (com taxa de adoção de 34%), Canadá (24%), México (1,7%), Chile (1,1%), Argentina (0,9%), Brasil (0,9%) e Colômbia (0,5%).
Em relação às conexões de banda larga (entre 4 Mbps e 10 Mbps), destacam-se Canadá e EUA, com 82% e 75%, respectivamente. Dentre os outros países que se encaixam no perfil analisado, a adoção varia de 33%, no México, a 1,5% na Venezuela. O Brasil apresenta adoção de 20%, crescimento de 36% em relação ao último trimestre e de 65% se comparado ao mesmo período do ano anterior.
Conectividade Móvel
A média de velocidade de conexão dos provedores móveis analisados variou de 9,5 Mbps até 0,6 Mbps, no período. Já o pico variou entre 49,8 Mbps a 2,4 Mbps. Dezoito provedores mostraram velocidade média na faixa de banda larga (>4 Mbps) e outros 74 entregaram conexão média entre 1 e 4 Mbps. No Brasil, a velocidade média foi de 1,4 Mbps.
No que diz respeito ao uso de browsers, o relatório identificou que cerca de 38% dos pedidos de redes de celular vieram do Android Webkit e 24% foram originados do Apple Mobile Safari. A conclusão é outra quando todas as redes móveis – não só as de celulares – são adicionadas na análise, com cerca de 47% de pedidos originados via Apple Mobile Safari e 33% provenientes de Android Webkit.
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Não importa o jeito de olhar, saímos feios na foto global.
http://mashable.com/2014/01/28/fast-internet-speeds-asia/
Afinal, a Akamai (www.akamai.com), que produziu esse estudo, trafega 30% dos dados da web.
Note que as regiões mais rápidas estão na Ásia, onde a Coréia do Sul pretende estrear em 3 anos a tecnologia 5G, que promete entregar velocidades até 100 vezes maiores que a 4G, permitindo até o envio de imagens holográficas grandes de altíssima definição em tempo real.
Também fazem bonito os países do Leste Europeu, como a Bulgária (terra do pai da Dilma) e a Romênia (terra do Conde Drácula)! Na América Latina, só o Equador está acima da média mundial.
E o Brasil?
Quem usa rede celular, leva, no Brasil, o dobro do tempo para carregar uma página da internet do que via conexão fixa, na média. Na Coréia, tanto faz…
E, levando em conta que o tráfego de voz na internet móvel é cada vez menos relevante, veja como nossa situação piora. Obedecida a relação abaixo, como demoramos o dobro para carregar uma página (dados) na rede celular, e o volume de tráfego de dados já é 9 vezes maior do que o ddd dados, isso quer dizer que, na média, estamos 18 vezes mais lentos que a Coréia, mesmo ajustando para as velocidades médias. (isso é provocação, não é verdade)
Prioridade deve ser da Nação, não só do governo, dos parlamentares, das operadoras. O Brasil ser uma das 6 ou 7 maiores economias mundiais não pode estar em 84. lugar na velocidade da internet.
Falta comparar preços!