Nova York está conectada. Todo mundo tem smartphone, tablet e/ou notebook. A quantidade de gente andando nas ruas e, aparentemente, falando sozinha, é impressionante. Anos atrás, seria um bando de malucos precisando de camisa de força.
Motoristas das onipresentes limusines, desde as pretas discretas às enormes brancas e pratas ficam teclando os smartphones ou fazendo videoconferência enquanto esperam seus clientes com os nomes escritos em uma folha de papel presa a um vidro da porta.
Taxis oferecem hotspots móveis, através de uma operadora, para quem venha de fora do país ou de uma eventual necessidade de cobertura extra, digamos, um tablet só com wi-fi que precise de conexão pontual no pesado tráfego de Manhattan.
Nos teatros e salas de show, o pedido de desligamento dos aparelhos antes do espetáculo é burocrático, mas para valer! Mas algumas peças são turbinadas por discussões nas redes sociais antes e depois da sessão, prolongando o tempo de envolvimento e chamando novas audiências.
A Biblioteca Pública de Nova York está com quase todo seu acervo de domínio público digitalizado e disponível de graça na internet, uma baita contribuição ao conhecimento humano.
Os tiras do NYPD, nos intervalos da jornada, além de fazer um lanche rápido no carro, não perdem a oportunidade para falar com o cônjuge, os filhos ou simplesmente agendar seu lazer nas folgas.
Fazer chamada de voz ou acessar a rede 4G com um smartphone dentro do Lincoln Tunnel é sem falhas em todo o trajeto.
Tudo bem, New York, ou Manhattan, é o umbigo do mundo. Mas… será essa a razão?
Acho que não. Com $ 50 dólares/mês, você tem ligações de voz e torpedos ilimitados dentro dos Estados Unidos, e uma franquia razoável de dados em uma rede 4G, que já cobre a maior parte do país. E você pode até ter um smartphone de graça, não o último modelo, mas um iPhone 4S ou um Samsung Galaxy S3, para um plano de 18 meses.
E o sinal é de boa qualidade!
O modelo americano cria a infraestrutura, gera a competição para ganhar clientes, baseado numa quantidade imensa de linhas habilitadas com uso intenso que geram faturamentos altos, mas com margens pequenas, porém adequadas .
No Brasil, com todas as imensas complicações burocráticas e regulatórias, somado a um modelo de competição limitada, a ponto de carecer de intervenção estatal para aumentar a oferta, o jeito é ganhar muito em cima de pouco tráfego unitário. Até que temos bastante linhas habilitadas, mas com um ticket médio bem abaixo das médias de países desenvolvidos.
Não seria a hora de aproveitar o tamanho do mercado brasileiro e induzir mudanças que, finalmente, beneficiassem prioritariamente o consumidor?
Em Nova York, o uso de smartphones, tablets e notebooks é tão cotidiano quanto andar, pegar um café no Starbucks, correr para o escritório e até mesmo respirar.
Mas tem mais, muito mais! Volto ao assunto para detalhar as iniciativas das comunidades, das empresas e do governo.
Achei interessante !