Você já visitou virtualmente algum museu do mundo via o fantástico Google Art Project, que já contempla dezenas de museus e 263 coleções, inclusive do nosso Museu de Arte Moderna de São Paulo?
Talvez você tenha entrado diretamente nos portais dessas renomadas casas do conhecimento, e teve a chance de ver –ou rever– obras incríveis, desde pinturas, esculturas, ruinas, objetos de várias civilizações, até múmias e fósseis, para citar os mais cotados grupos.
Pois agora, o British Geological Service disponibiliza um banco de dados com uma incrível coleção de imagens de fósseis em 3D e com alta definição, que podem ser acessadas pela internet. É simples girá-las para observação dos mais diversos ângulos, assim como buscar detalhes, com recursos de zoom. É gratuito, e você só precisa ter em seu computador um browser que seja compatível com o padrão HTML 5.
A base de dados ainda está sendo populada, mas existem exemplares imperdíveis, que atiçam até mesmo a curiosidade de leigos, como eu. Um exemplo é o pequenino Calymene neotuberculata ludicra que teria vivido há mais de 420 milhões de anos atrás.
Examinar o Calymene pela tela do computador já é uma experiência fascinante! Mas isso não é tudo. Fósseis possuem texturas próprias, e a curiosidade de tocá-los pode ser maior do que a de vê-los. Então o British Geological Service oferece também a opção de fazer um download dessas imagens nos formatos .ply e .org, o que permite que os arquivos baixados sejam usados em impressoras 3D que irão criar uma réplica física daquilo que você viu e gostou.
Essas impressoras ainda estão longe de serem tão onipresentes e baratas como as de jato de tinta, mas seus preços caem rapidamente e sua adoção aumenta na proporção inversa. Se você ainda não tem uma, fica cada vez mais fácil descobrir quem tenha e possa emprestar ou alugar para imprimir o fossil em 3D.
Não é incrível o que a tecnologia pode fazer, mesmo que seja apresentar um ser que viveu há quase meio bilhão de anos atrás?