Facebook testa plataforma para pagamentos online

Ter 1 bilhão de contas ativas é uma coisa. Já usar esse patrimônio para entrar em novos segmentos, completar a plataforma e, de quebra, ameaçar gigantes estabelecidos no mercado parece ser o norte do Facebook.

Agora são os pagamentos eletrônicos. A gigante das redes sociais confirmou ao AllThingsD que desenvolve uma ferramenta de pagamentos online, no estilo do PayPal, mas inteiramente dentro do Facebook.

Traduzido do facebookês, significa que eu, você e os demais 999.999.998 detentores de perfís na rede terão em breve mais um motivo para ficar mais tempo exclusivamente navegando pelas suas funcionalidades.

O sistema que o Facebook propõe não só vai direto de encontro ao mercado hoje dominado pelo PayPal. Como ele já tem adesão das principais bandeiras de cartões de débito e crédito, e pode alcançar quase o mundo todo de fornecedores, ele concorre com as Amazon e Google da vida. Isso sem contar com startups que colocam a cabeça àcima da linha d’água no mercado de pagamentos digitais. Como o Braintree e o Stripe, ambas com propostas inovadoras para simplificar transações de compra e venda pela internet e ainda não disponíveis no Brasil.

O anúncio reforça a grande tendência do mundo digital de 2013 em diante: soluções simples de usar em smartphones e tablets, que neste ano ultrapassam com folga a marca de 1 bilhão de unidades vendidas.

Embora o primeiro atingido seja o PayPal, a companhia anunciou que continua tendo relação privilegiada com o Facebook e pretende continuar assim por longo tempo; o Facebook divulgou release retribuindo as juras de amor ao PayPal.

O que fica claro é a briga pelo domínio de todo o ciclo da conectividade digital através de dispositivos móveis. O Google saiu na frente, mas sem proposta direta para a finalização da venda online; a Amazon faz isso como ninguém, mas não tem o domínio nas redes sociais; a Apple é fechada em si mesma, aparentemente confortável com seu domínio no segmento mais caro de produtos e serviços, que dão maior margem.

Faltava o Facebook, que agora reforça a linha definida há dois anos por Mark Zuckerberg, de que nós possamos resolver todas as nossas necessidades online sem sair de sua rede. O Facebook quer saber mais sobre cada um de nós. Mais conforto, menos privacidade.

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